A importância da técnica de corrida no ténis permite essencialmente desenvolver uma maior variabilidade e diversidade de situações para que os
atletas possam ganhar mais jogos. A execução da corrida com raquete é um dos
fatores primordiais que permite quantificar a realidade do jogo, através de um
conjunto de exercícios que sejam capazes de dar resposta a uma grande maioria
de contextos de jogo.
Um dos principais exercícios a desenvolver na técnica de
corrida no ténis é a pliometria com a introdução dos skipping baixo, médio e
alto. A aplicação do skipping com um trabalho simultâneo dos membros superiores
em diversos planos anatómicos, permite uma diversidade de situações essenciais
à multidiversidade de situações de jogo. Os exercícios de mobilidade com
aplicação de barreiras, permitem um melhor desempenho da ação do ground
reaction da zona plantígrada do pé, através da aplicação de exercícios específicos
assimétricos.
A preparação física no ténis é complexa no contexto
competitivo, ao nível da aquisição das competências específicas das melhores
performances, é necessário que os treinadores avaliem a carga a ser executada,
o tipo de género que se encontra à frente do treinador para a ser treinado, a
discriminação da ordem de trabalhos ao nível das metodologias de treino a serem
trabalhadas nas capacidades motoras e por fim uma ruptura paradigmática permanente
contra a corrente da tradição e da cultura desportiva, enraizada no alto
rendimento do país em questão.
A preparação hermética para o campo é necessária para que o atleta esteja
preparado fisicamente e psicologicamente para a ação, realizando primariamente um aquecimento
de prevenção de lesões. Pela parte do treinador é necessário que haja uma
análise dos dados estatísticos de forma encontre um balance necessário ao nível
da mobilidade e controlo psicomotor de uma determinada sessão temporal de treino.
O aquecimento standard é fundamental para a preparação da sessão da mobilidade,
de forma haja um treinamento da facilitação propriocetiva neuromuscular.
A calendarização da metodologia de treino em 4 partes
fundamentais permite a ativação específica da parte psicológica e do retorno à
calma das habilidades básicas e especificas.
A ativação específica cardiovascular e sua estabilização será
um fator importante para a mobilização do aparelho osteomuscular, através da aplicação
de exercícios de corda ou de baias durante os períodos de tempo compreendidos
entre os 2 a 3 minutos.
A criação de exercícios de desequilíbrio em planos
diferenciados cria uma componente de força de oposição em atletas de frente a
frente, em que muitos destes exercícios são criados de forma lúdica, para que os processos de motivação permitem uma ativação de estímulos orientados para a pliometria,
velocidade e agilidade.
O interval training será fundamental para que a aceleração
ocorra num curto espaço de tempo, de forma a provocar um estímulo na velocidade
de reação, reagindo o atleta a um estimulo visual, exemplificado a partir de uma
bola de ténis a ser tirada à mão pelo treinador.
A importância da força explosiva em relação à travagem dos
apoios é diferenciada nos sexos masculino e feminino ao nível da distância,
segundo um determinado nível de intensidade, no qual os atletas devem sempre incorporar
a raquete para que haja um maior sucesso nas ações técnico táticas propostas
pelo treinador.
A má gestão da força e da potência poderá eventualmente
provocar situações de frustração nos atletas, na eventualidade da intensidade
máxima que se encontra orientada para um determinado o objetivo de jogo em causa, geralmente encontra-se condicionada à posição postural do atleta, o que não influencia a colocação dos
apoios em situações de acelerações máximas.
A questão da inércia é necessária para que o atleta execute
com mais força o passe lateral, que depende essencialmente dos fatores
morfológicos e de maturação, que por sua vez se encontram relacionados com desenvolvimento psicomotor
do atleta ao longo do seu tempo de vida ativa desportiva.
Christopher Brandão, 10 Janeiro 2019