sexta-feira, 28 de junho de 2019

Atuação do Profissional Neuropsicomotor em Contexto Escolar


As inúmeras transformações das áreas das necessidades educativas especiais, incidem essencialmente na atuação do papel do neuropsicomotor, que por sua vez deverá ser orientado para um trabalho inclusivo eficaz de multitransdiciplinariedade em populações específicas  escolares, de alunos problemáticos ou com dificuldades neuropsicomotoras. A neuropsicomotricidade poderá ser uma nova alternativa científica, para um novo campo de ação de conhecimento, projetado para uma nova metodologia de trabalho inclusivo, das próprias dificuldades dos alunos, que vão surgindo ao longo do processo de ensino e aprendizagem. A escola, é o espaço institucional mais adequado para o desenvolvimento da prática neuropsicomotora, em que os indivíduos apresentam as melhores  fases  etárias para aprendizagem de uma psicologia de auto-superação, necessária para ultrapassar os seus próprios problemas neuropsicomotores. 
A intencionalidade operante, poderá ser um papel de conquista de grande relevância do profissional neuropsicomotor, perante as suas limitações existentes em espaço escolar.
A neurociência auxilia na compreensão do funcionamento do próprio processamento cerebral, que por sua vez se encontra relacionado com o sistema nervoso central. Estas estruturas são primordiais para a compreensão da plasticidade neural das áreas do córtex, que simultaneamente se encontram ativadas pelos estímulos das sinapses. Certamente os professores irão compreender o sucesso educativo pela qualidade de lecionação do seu próprio ensino, na eventualidade de se estudar o funcionamento do cérebro ao longo do processo de ensino- aprendizagem.
A neuropsicopedagogia é considerado um campo do conhecimento que complementa de modo sistémico todas as outras áreas, através de determinados princípios diferenciados, que se correlacionam num somatório de informações pertencentes ao domínio das Ciências Humanas, nomeadamente das áreas da Psicologia, da Pedagogia, da Sociologia, da Antropologia, entre outras. É necessário que o profissional neuropsicomotor recorra a uma técnica científica, que operacionalize toda aprendizagem significativa, através de um conjunto de interações que promova o respetivo desenvolvimento das competências cognitivas do aluno. De uma maneira geral, o profissional de neuropsicomotricidade apropria-se da sua técnica de abordagem científica, no qual podemos concluir que a sua desmistificação depende essencialmente da dificuldade da aprendizagem dos alunos num dado momento.  São necessárias algumas intervenções técnicas distintas, geralmente  utilizadas em determinados alunos, que apresentam problemas ao nível da organização do seu  estudo.
É de salientar que todo processo é dinâmico para que haja um novo paradigma em novas investigações, que futuramente poderão servir de base a novos conhecimentos.
A neurociência tem demonstrado a sua importância relativamente ao futuro, que poderá complementar a educação no seu conjunto de saberes que são  desmistificados pelo Sistema Nervoso Central, onde é o local onde tudo acontece, a nível comportamental, cognitivo e emocional. A partir dos conhecimentos desta nova área, provavelmente a educação poderá evoluir para um paradigma de eficácia, para que haja melhorias na qualidade de estudo dos próprios estudantes. Alguns tratamentos incidem em determinados distúrbios neurológicos que ,contribuíram significativamente para o desenvolvimento de soluções mais relacionadas com os problemas educacionais.
A aprendizagem significativa transforma o sistema nervoso central pela plasticidade cerebral, que é um processo adaptativo que dá ao indivíduo as possibilidades de aprender, mediante situações novas que podem ser estimuladas de uma forma cada vez mais lúdica  .
Podemos abordar de uma forma sucinta todo o processo de ensino-aprendizagem que deverá ser motivador, para que possa ser considerado um fator positivo de seleção da atenção. O cérebro modifica-se em contato com o meio envolvente onde se encontra inserido o indivíduo, enquanto a memória é mais efetiva, quando surge uma nova informação associada a um determinado  bem tangível .
O técnico neuropsicomotor começa sempre numa trajetória de insucesso escolar, dentro de um determinado espaço de aprendizagem, onde o estudante poderá melhorar a estimulação diferenciada diariamente, por novos processos de organização dos recursos materiais e tecnológicos.
As informações sobre os diferentes aspetos do sistema nervoso, onde podemos recolher o conhecimento necessário para compreender todo o processo de aprendizagem, que ultimamente tem demostrando as diversas potencialidades educacionais. A ciência vem demonstrando que a aprendizagem é a chave do progresso do desenvolvimento cognitivo, porém os modelos de educação praticados atualmente, não se encontram orientados para o conhecimento cerebral, de forma que a mente seja considerada um instrumento de poder de compreensão cognitiva .
O conhecimento sobre a memória, o esquecimento, o tempo, o sono, a atenção, o medo, o humor, a afetividade, o movimento, os sentidos e por fim a linguagem que interpreta as imagens complexas que projetam o pensamento do sujeito, por sua vez possibilita à espécie humana progressos comunicativos necessários , à  compreensão da plasticidade neural. 
O conhecimento pode desenvolver-se em diversas fases de aprendizagem, que por sua vez transforma as diversas fases da vida do ser humano até à sua morte. 
A aprendizagem educativa depende da capacidade adaptativa do sistema nervoso, que ocorre em todo o momento das nossas vidas. As necessidades de novas aprendizagens, vão surgindo à medida que as evoluções cerebrais se concretizam para novas adaptações do sistema nervoso central, para que sejam capazes de se modificar ao nível da sua organização estrutural, do seu próprio funcionamento.
A plasticidade consiste na possibilidade dos neurônios transformarem a sua forma numa função de modo prolongado ou permanente, de uma ação decorrente do meio ambiente externo. As experiências do dia à dia cria impulsos que percorre todo o sistema nervoso central, através da plasticidade cerebral desenvolvida ao longo da vida, pelo processo de aprendizagem. Para compreendemos o nosso sistema nervoso, é  necessário compreender as modificações ao nível da organização da tecnoestrutura de funcionamento cerebral, mediante as experiências vividas ou adquiridas das várias formas de plasticidade, onde se destacam a:
Neurogénese - ocorre da razão do nascimento de novos neurônios;
Neuroplasticidade do desenvolvimento- compreende vários e complexos estágios, afim de permitir o natural desenvolvimento do cérebro;
Neuroplasticidade após lesão cerebral- ocorre pela auto-reparação dos tecidos cerebrais em função de reabilitação específica;
Neuroplasticidade decorrente das experiências de vida- o cérebro reorganiza-se para atender aos nossos desafios de aprendizagem, e modifica as conexões neurais, fixando-as na memória.
Neuroplasticidade intencional- demonstra quanto podemos provocar as transformações anatômicas e funcionais do cérebro de forma intencional, através de atividades específicas, como por exemplo a meditação.
O funcionamento do cérebro e do sistema nervoso é fundamental para compreender o que está acontecendo com o aluno, ao nível das suas dificuldades, é necessário compreender todo o processo de aprendizagem cerebral.
Para atingir o sucesso escolar, é necessário compreender o desenvolvimento cerebral  referente às características etárias de cada aluno. A plasticidade neural, é maior nas regiões cerebrais responsáveis pelo papel da aprendizagem, enquanto nas áreas do córtex motor encontram-se simultaneamente estimuladas pelas sinapses dos neurónios e das células dendríticas. Os fatores mais importantes que devem ser reconhecidos pelos profissionais de educação, que obrigatoriamente devem ter o conhecimento necessário para contribuir para a valorização das competências dos alunos, através de uma melhor qualidade de ensino. Os professores terão mais sucesso no processo de ensino e aprendizagem, se conhecerem melhor o funcionamento do cérebro, a partir dos conhecimentos dos próprios alunos. O sucesso escolar depende também do apoio familiar, em complemento do apoio dos professores com a globalidade da comunidade educativa, de forma capacitarem a aprendizagem do aluno para uma melhor condição de autonomia.

O conhecimento sobre o funcionamento cerebral é fundamental para compreender desenrolamento da aprendizagem de todos os alunos de todas as idades e diferentes estratos sociais. É importante realçar a área da neurociência cognitiva, com o objetivo de analisar e estabelecer as relações entre o cérebro e a cognição, principalmente nas áreas educativas mais relevantes, cujo a avaliação neuropsicomotora poderá detetar determinados transtornos de aprendizagem.

O sistema neural complexo, deve ser avaliado pela pedagogia escolar, ao nível da sua dinâmica individual, diferenciada em alunos que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem  para o mundo externo. Aprender é um processo lento que requer um alto consumo de energia, em virtude do esforço consciente da atenção seletiva, que por sua vez é sustentada à custa de fatores emocionais e intelectuais.
As novas aprendizagens, dependem das funções cerebrais sistêmicas de redes interconectadas. Por outro lado, para recuperar uma aprendizagem residual, acionamos somente a área cerebral necessária para realizar aquela ação. Quanto mais repetimos a mesma aprendizagem, mais o cérebro reduz o número de neurônios envolvidos naquela atividade, o que nos permite  compreender os riscos de uma educação centrada na padronização. A partir do momento em que entramos em contato com algum estímulo externo, o cérebro passa a trabalhar de uma forma intensa, para dar uma resposta mais rápida. A informação viaja pelos nossos neurônios, a uma velocidade de 360 km/h, em que a resposta varia de pessoa para pessoa, de acordo com a experiência cerebral de cada um. A velocidade é bem significativa e vem demonstrando a grande capacidade do nosso cérebro de se adaptar a novas situações, na eventualidade de ocorrer situações graves na nossa vida. Os nossos sentidos têm uma responsabilidade primordial para o processamento da aprendizagem. 
Atualmente sabemos que os estímulos mais adequados em cada faixa etária, promovem um maior número de conexões sinápticas, para além de criar as condições mais propícias para a aprendizagem. É preciso saber como se dá a maturação neurológica, para que se possa estimular adequadamente as conexões dos neurônios, de forma não causar prejuízos ao processo de ensino e aprendizagem. É muito importante ter esse conhecimento, para compreender como ocorre este processo de aprendizagem, com o intuito de ajudar os alunos nas suas devidas dificuldades. Perante estas informações relevantes, é de vital importância o professor compreender as relações que existem entre a aprendizagem, as emoções e a afetividade, de forma o aluno consiga adquirir o gosto pela aprendizagem por meio de esforço cognitivo. O contexto em que o aluno vive, cria modelos de aprendizagem que ativam a sua própria eficácia, para formar novas redes sinápticas, que dependem essencialmente das funções sistêmicas do cérebro. A capacidade de aprendizagem, consiste em criar novas forma de ensinamento, com o objetivo de proporcionar novas sinapses. Se o aluno não aprende de uma maneira, é necessário ensiná-lo de outras maneiras, de forma fazer com que o aluno aprenda a gostar. 
Na neuropsicomotricidade vale a pena salientar uma determinada área de estudo que avalie as neurociências por objetivos, através de uma análise dos processos cognitivos. A atuação de uma certa área  educativa especial ou inclusiva escolar, deve contemplar a observação, a identificação e por fim a análise do ambiente escolar, relativamente às questões relacionadas com o próprio desenvolvimento do aluno em diversas áreas psicomotoras, cognitivas e comportamentais. A criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem do aluno, traduz o seu encaminhamento para outros profissionais, quando for necessário recorrer a outra área de atuação e de especialização.
A importância da neurociência faz-nos refletir sobre o sistema de ensino convencional. sabemos que existe uma certa fragilidade para ensinar alunos que apresentam alguma dificuldade, ou transtornos de aprendizagem, mas é de extrema importância abrir um espaço  em que intervenha o profissional neuropsicomotor neste processo, de forma auxiliar as instituições escolares a reformularem a sua prática pedagógica. Desta forma surge novas oportunidades de aprendizagem ao aluno, através da criação de estratégias que favoreçam todo o processo de ensino.

O profissional neuropsicomotor detém o conhecimento necessário para colaborar de maneira categórica durante o processo de transformação do ensino, de forma ajustar o ensino com êxito à sua melhor forma de aprendizagem .
Notamos cada vez mais, a necessidade de reformular as práticas educacionais de muitos educadores, que percebem nitidamente que as suas carreiras profissionais apresentam inúmeros resultados negativos, relacionados com a sua didática em sala de aula. Conclui-se que é imprescindível conhecer o funcionamento cerebral constatado na matriz do problema, de forma saber qual é a melhor abordagem que se aplica para ultrapassar tais dificuldades. É neste momento que entra o profissional de neuropsicomotricidade com o seu papel relevante, em auxiliar docentes e a compreender o seu funcionamento, afim de reorganizar as suas aulas no seu processo de ensino, de forma que resulte num estímulo cerebral mais eficaz possível. O resultado do sucesso, depende do processo neurobiológico de cada indivíduo, na eventualidade ser respeitado a individualidade de cada um. 
Para perceber o papel do neuropsicomotor através das estratégias técnicas aprendidas ao longo da sua formação, possibilitando a sua atuação neste espaço, de uma forma reeducativa, compreendendo o funcionamento cerebral. 
O mais importante, é aplicar com os alunos novos conhecimentos, para desvendar as possíveis perturbações na aprendizagem do indivíduo, de forma eliminar ou amenizar os obstáculos. 
Vale a pena lembrar que a superação das dificuldades, é um dos principais desafios impostos pelo sucesso escolar, que por sua vez terá um enorme caminho percorrido pelo profissional neuropsicomotor. Não é nada fácil criar expectativas ao nível do seu desempenho profissional, que por sua vez reflete diretamente no rendimento escolar do aluno, que se encontra em processo de evolução.

Concluímos que a Neuropsicomtricidade apesar de ser uma área muito recente, vem trazendo grandes contribuições educativas ao nível do trabalho multitransdisciplinar dentro de um determinado contexto escolar, que resultará em produtos satisfatórios para o educando, bem como para os professores que necessitam de um maior conhecimento sobre nesta nova área.

Palavras-chave:Neuroaprendizagem, Dificuldades de Aprendizagem, Aprendizagem significativa, Córtex, Cerebral. Neuropsicomotricidade, Neurociências, atuação do profissional  neuropsicomotor e psicologia educacional.

 Christopher Brandão, 2019

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Adeus Pai

Neste momento agradeço a presença de todos vós, apesar da enorme dor e saudade, temos que  recordar um ser humano de grande valor de bondade, que sempre nos deu um conceito de família e de unidade para vida. A sua humildade traduz uma verdadeira mensagem de amizade e fraternidade eterna com todos que conviverem com ele. É na sua perseverança nos ensinou a lutar pelos nossos ideais e ambições, mas o verdadeiro caminho da vida  é compreendemos que há um tempo de chegada e um tempo de partida, que nos recordará eternamente com o seu exemplo para a vida. Não devemos encontrar ou justificar a sua falta ou a sua metafisica presença, simplesmente recordar aquele amigo do seu amigo, o pai dos seus filhos e da sua linda mulher que tanto amou e esforçou de sermos sempre unidos, em todos os grandes e pequenos momentos. Jamais estas palavras agradecem o seus nobres atos ou  justificarão a sua enorme falta, simplesmente partiu para seguir o senhor, o nosso verdadeiro pastor . De certeza não queria ver lágrimas , mas sim sorrisos, com a convicção que partiu numa serenidade de uma verdadeira  despedida complexa, que nos depreende a alma. Neste vazio relutante, só encontraremos o seu verdadeiro repouso na sua paz de alma, que nos animava permanentemente pela simples frase festiva" Vasco amanhã não  haja escola" . É com esta frase despedi-nos humildemente , mas fortemente entrelaçados,  de continuarmos os nossos caminhos, até um dia cruzarmos com o dele na paz do senhor. Até  breve meu querido pai, que o senhor vos acompanhe eternamente, até um dia estaremos próximo de ti , mas nunca deixando a enorme saudade que nos fazes falta. Muito obrigado pela vossa atenção, um enorme agradecimento a todos vós presentes e ausentes, mas sem estas humildes palavras, nunca compreendia a essência da sua verdadeira partida.

Do Teu Estimado Filho
Christopher Brandão 19 Junho de 2019

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Nadal o Verdadeiro Paradigma Tenistico

Para quem assistiu ao Gram Slam Roland Garros 2019,  chegou à conclusão que a longevidade e maturidade tenistica poderá ser a fórmula mágica que transcede o confronto de gerações entre a juventude  rebelde, que cada vez mais vai ter de esperar pelo seu tempo de ascensão.  Na época atual, a dimensão idade traduz o exponente máximo de maturidade desportiva , expressa numa linguagem performativa eficaz, em prol de uma eficiência energética, baseada numa enconomia esforço cada vez mais produtiva e enriquecida de gestos técnicos antagônicos à forma tradicional de se jogar o tênis de alta competição. A final de Roland Garros 2019, traduz a verdadeira essência  de um jogador de Top Máximo, designado por uma marca Nadal, em que se desenvolveu numa simples fórmula biomecânica,  manisfestada por uma equação de potência máxima para uma aceleração máxima ,em cada gesto técnico que imprimia de forma crescente , em cada ponto que conquistava, para alcançar  a final contra o jovem Thiem. Podemos observar as suas características morfológicas corporais onde se apresenta por um tipo de  morfotipo  mesomorfo, altamente musculado, com um comportamento psicológico confiante sem oscilações . Podemos avaliar a sua antítese técnica,  em que considero um desvio padrão à técnica tradicional da própria  modalidade, de se ministrar ao processo de ensino aprendizagem. A complexidade da sua metodologia de  treino, poderá ser considerada sistemática  à realidade de jogo ,onde o atleta comprova em campo a  sua ação paradigmática do seu próprio  estilo de jogo, evolutivo às  suas capacidades, para um repertório psicomotor hipercomplexo  multicombinado de gestos tecno táticos diversificados e automatizados, em prol de uma nova eficiência de sustentabilidade, capaz de superar  e de dificultar cada vez mais, a nova geração atual tenistas, a entrarem para o top do ATP.  O ônus  da prova, comprova que a marca Nadal , distingue-se  pela sua persistência e por sua vez amplia a sua consistência, cada vez mais produtiva, em ações biomecânicas antagônicas ao ténis tradicional, no seu processo de ensino aprendizagem. A fórmula mágica, está na inovação temporal, que se afina ao longo do tempo por uma prática insistente de grande produtividade biomecânica bem desenvolvida, nas diversas áreas do treino desportivo, por uma equipa de especialistas que se encontram por atrás de um enorme  bastidor de conhecimento e experiência. A vitória deve-se ao enorme reconhecimento do seu treinador atual, Carlos Moya que na sua época já era um grande especialista em terra batida, que talvez com o seu conhecimento e a sua experiência ,seja um grande impulsionador de liderança de muitos fatores favoráveis que provavelmente tenha contribuído para uma grande vitória. Para o jovem Thiem, tenho esperança da sua margem de progressão de futuro, para que possa vencer e evoluir ao nivel das suas variantes técnicas e táticas, que só talvez com o tempo, seja a razão pura da sua maturidade e persistência,  talvez tenha maior probabilidade de adquirir uma maior experiência necessária,  para o próximo ano e  provavelmente venha massacrar por vingança ou orgulho o seu opositor.  Em 2020 com uma probabilidade estatística de uma grande vitória, levantando o troféu que tanto ambiciona. Relativamente ao Nadal doze títulos em terra batida descreve uma história com ação e desenvolvimento desportivo, que simplesmente traduz uma marca que nada é impossível ultrapassar, basta trabalhar com a mesma garra e com maior produtividade de ambicionar cada vez mais. Párabens  Nadal e que continues a jogar por muitos anos!.
Christopher Brandão 2019

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Treino Táctico Tenístico



Saber o que fazer em cada situação de jogo é complexo ao jogador competitivo, para compreender qual a complexidade da metodologia de treino a ser aplicada numa determinada estratégia táctica. A dúvida temporal quantifica-se pela experiência de jogo, através de uma tomada de decisão de um melhor gesto técnico a ser aplicado durante a competição. Será que o jogador deve deslocar-se para a rede ou ficar no fundo do campo? Qual aplicação de um gesto técnico com potência ou se realiza um amortie? Será que o jogador deve efetuar um lob ou um gesto técnico de direita? Muitas vezes, a complexidade da tomada decisão não foi a melhor pela existência da dúvida, é necessário a razão que gerou um problema de má execução técnica durante a jogada que levou à consequência da perda do ponto. 

Estas dúvidas podem aparecer durante o jogo, levando à falta de confiança do atleta e quando acontecem num momento decisivo, podem ser fatais levando a uma derrota. Para melhorar o conhecimento tático de jogo, é necessário que o atleta tenha a clareza e a destreza necessária para tomar a melhor decisão possível e saber qual é a melhor opção de cada jogada num determinado contexto de jogo, onde a probabilidade estatística poderá ser a solução estratégica para aplicação de uma melhor metodologia de treino tático. 

A operacionalidade estatística no tênis leva a compreender a complexidade da modalidade definida por um jogo de percentagens com critérios de validade baseado em números e probabilidades de acerto e erro. Torna-se imprescindível que durante as sessões de treino, os treinadores devem realizar treinos específicos relacionados com as táticas de jogo, através da aplicação de esquemas específicos, onde o atleta é automatizado no seu pensamento, de forma a refletir sobre o resultado das suas decisões, mediante as suas aptidões específicas. O treino tático instrumentaliza o jogador à sua inteligência, em prol de uma solução do seu problema. 

Quais são os benefícios do treino tático no jogador competitivo?
- Comprova qual a jogada com êxito ou não que deriva de um resultado negativo ou positivo de uma determinada situação de jogo;
- Solidifica a padronização técnica dos conceitos táticos de situações exemplificadas na subida à rede em deslocamento ascendente, de forma devolver a bola, aplicando um gesto técnico cruzado ou ao fundo do campo, de forma colocar o adversário a bater a bola em deslocamento e com dificuldades,
- Incentiva continuamente o jogador a utilizar a sua liberdade de escolha, na aplicação do melhor gesto técnico em cada situação de jogo,
- Consciencializa o tenista ao nível das suas potencialidades de jogo e limitações. 

Clareza de pensamento

Ao organizar as sessões de treino tático, é importante que sejam incluídas as situações de erros que se repetem com maior frequência nos jogos. É de vital importância que o jogador clarifique na sua mente a informação dada de forma que saiba quais são as melhores opções táticas favoráveis em cada situação de jogo, ou seja, se acontecer uma situação de jogo inédita, terá sempre uma segunda opção. Também é importante que se construam exercícios e pontos em condições semelhantes a uma partida real, atendendo a uma maior diversidade de adversários, será melhor a introdução por parte do treinador de alguns exercícios que servirão de base para criar novos modelos de treino tático. O jogador assimilou a técnica do serviço que deverá ser o gesto técnico mais importante no ténis, terá de compreender qual a melhor maneira de lidar como o jogador adversário na resposta ao serviço, o que faz muito a diferença na qualidade técnica. Os gestos técnicos usados para responder o serviço são o forehand e o backhand, mas as características específicas destes golpes de fundo adquirem durante a devolução uma complexidade especifica de conhecimento, de forma os treinadores de ténis tratarem a resposta de serviço como uma técnica distinta e específica. 

Quais são as informações mais importantes sobre a devolução da bola que devem ser instruídas aos atletas?

A maneira de assegurar a raquete enquanto se espera o serviço é necessário dar importância à empunhadura do seu golpe favorito para responde- lo de forma eficaz mas se o adversário tem uma percentagem maior de serviços dirigidos para o backhand deverá existir um timing de espera, com um determinado tipo de empunhadura. O jogador deverá posicionar-se o mais à frente possível, de forma esperar por um segundo serviço mais fraco ou curto, e mais atrás para um primeiro serviço mais potente a fundo do campo. O tempo do pequeno salto de antecipação é primordial, de forma o jogador deva estar assente com a zona plantígrada do pé (ground reation) ao salto, quando o adversário realiza o impacto na bola. O jogador terá menos tempo para armar o gesto técnico contra servidores de bom nível, onde é aconselhável que diminua o tamanho da sua preparação, com uma maior rotação do tronco mais em velocidade. Os jogadores que possuem a dominância lateral para uma rotação do tronco onde os tenistas são muito rápidos para rodar o tronco e armar um forehand, do que outros tenistas para um backhand. Este conjunto de informações pode ajudar o atleta a determinar a sua preferência, e responder ao serviço do adversário por um ou por outro lado, na eventualidade do serviço vier para cima do corpo. O cérebro dos atletas de alta competição habitua-se gradualmente com devoluções mais rápidas. Para antecipar a direção e o efeito do serviço do adversário é importante o atleta acompanhar a bola desde o início do lançamento e procurar a linguagem corporal mais subtil, na eventualidade do adversário mudar um pouco a posição do corpo para um serviço aberto. É mais fácil devolver exatamente a direção de onde veio a bola, do que mudar a trajetória da bola que só deve ser feito em serviços mais lentos e mais curtos. Devolver o serviço bem no fundo do campo e no meio contra adversários que servem e possuem um respeitável jogo de fundo de campo, poderá ser eventualmente uma excelente táctica. Se o adversário serve e sobe à rede poderá ser uma das melhores soluções por as bolas nos pés. 

Metodologia de treino a ser aplicada ao nível etário mais adequado Durante o nível etário compreendido entre os 5 e 7 anos, um dos maiores conhecimentos que os treinadores devem transmitir na fase da infância é a importância do jogo lúdico para uma prática individualizada, com aplicação da bola contra uma parede. É considerada uma das brincadeiras lúdicas mais simples que estimula as crianças para uma melhor aquisição da velocidade de reação. A motricidade lúdica pode envolver bolas grandes a uma maior distância, entre a parede e a criança, que pode usar as duas mãos para jogar e recuperar. Com o tempo a dificuldade aumenta as distâncias e as bolas são cada vez menores, até chegar à de ténis, com o objetivo de arremessar e recuperar usando apenas uma mão na fase de preensão. Professores e treinadores podem incentivar as crianças a criar habilidades para rebater a bola contra a parede usando a raquete. Podemos concluir em diversas situações de prática isolada a parede é um grande amigo dos tenistas de todos os níveis etários. A complexidade em misturar habilidades simples e complexas na parede em situações arremessar, chutar e rebater, é também considerado um desafio interessante para assimilação de reportórios psicomotores ricos para as crianças.

No nível etário compreendido entre os 8 a 10 anos, o processo de ensino e aprendizagem do serviço é ideal para ter alguém do outro lado do campo que esteja aprendendo a devolver a bola, estabelecendo uma comunicação performativa. O planeamento das atividades em equipas duplas, no qual um atleta realiza o treino do arremesso enquanto o outro treina a fase de preensão; para posteriormente realizar o treino do serviço no campo do mini-ténis enquanto o outro responde. Um jogo simples que envolve equipas em colaboração de dois a dois no campo do mini-ténis é ideal, se as equipas formadas por duas pessoas conseguir servir por cima da rede e responder também por cima será uma grande vitória para ambos. A contagem pode ser como no jogo real: quinze, trinta, quarenta ou então por pontos até aos dez. Na eventualidade de um jogo ser difícil para os competidores de níveis etários mais baixos basta adaptá-lo para que consigam ter um determinado grau de sucesso abaixando a rede ou jogando sem rede, diminuindo as distâncias etc. Se a atividade envolver apenas dois participantes, adapte as regras para baterem recordes consoante o seu nível etário e nível técnico. Para atletas de melhor nível técnico basta aumentar a área do jogo de forma a aumentar a complexidade de serviço, devolvendo a bola em três quartos do campo ou na sua integridade total. 

Se o nível técnico do grupo for alto pode-se colocar alvos para a resposta do serviço, iniciando com os alvos direcionados a determinados objetos. A marcação de pontos nas duplas que acertarem na área do serviço e na resposta será um fator de motivação. 

No nível etário compreendido entre os 10 e os 12 anos, estimular o pensamento hipotético, utilizando estratégias de serviço e resposta ao serviço onde é altamente recomendável nesta fase por parte dos melhores especialistas da área. Os treinadores podem efetuar jogos nos quais os tenistas vão percebendo o impacto que causam com seu serviço e respetiva devolução. Se aos alunos marcam pontos, assim cada um tem direito ao serviço com duas bolas, no qual beneficia-se o Ace em três pontos; o serviço com resposta na rede ou fora vale dois pontos; o serviço em que o adversário responde no campo vale um ponto, e os erros de serviço na rede, ou fora são penalizados. Cada equipa servidora possui vinte bolas para jogar em que se somam os pontos ganhos, enquanto os recetores servem no final e por fim contam-se os pontos. Este jogo estimula servidores e recetores ao desenvolvimento da modalidade. Aqui também valem as adaptações de forma a diminuir os espaços, caso os alunos ainda estejam aprendendo a servir e a receber dependendo do seu objetivo tático na aula, os treinadores devem supor que queiram trabalhar as respostas do serviço ao fundo do campo. Cada vez que um serviço for devolvido numa área delimitada ao fundo do campo, o servidor também não marca ponto. 

O nível etário dos 13 anos em diante, os jogos podem ser criados para estimular a resposta ao serviço são infinitos e diversificados. As partidas de duplas são excelentes, pois promovem ainda mais as variações táticas, de forma a responder longe do atleta que se encontra na rede. Responder aos pés do servidor que subiu à rede ou então responder com o gesto técnico do lob contra ao tenista adversário que se encontra na rede, de forma angulado ou para o corredor cruzado. Se tiver apenas duas pessoas para praticar a modalidade vale a pena mudar as regras, como exemplo delimitar as áreas de forma a responder o serviço, na eventualidade da bola cair na zona do serviço delimitada, já marca um ponto de bónus, mas não pode sair da linha de fundo para responder ao serviço, senão o atleta perde o ponto. Só pode responder ao serviço o atleta que faça a técnica de top spin, ou responder em slice, se o servidor necessariamente subir à rede. Se o recetor necessariamente subir à rede numa perspetiva de uma devolução eficaz. 

Christopher Brandão, 2019