A finalidade de expor ideias sobre a avaliação do processo de ensino aprendizagem tem como objetivo analisar um instrumento construtivo, que seja capaz de dar resposta ao conhecimento adquirido pelos alunos, durante o processo de ensino-aprendizagem. A metodologia centrada no sistema educativo, ainda é problemática ao nível de programas, visto que os professores criticam cada vez mais a sua prática pedagógica. A avaliação tem um requisito preparatório de conhecimentos centrada na crítica da razão pura do autoconhecimento orientado para a autonomia e tomada de decisão consciente do aluno, de ter o direito de traçar o seu próprio percurso profissional como alternativa de ação. O paradigma da avaliação propicia a mudança ao nível do progresso da aprendizagem processual, contínua, participativa, diagnóstica e investigativa. Na prática pedagógica é necessário conhecer e interpretar o contexto histórico e social que se encontra inserida nas principais reformas educativas do sistema educativo português dos anos 90, mas para que isto aconteça, será necessário refletir em novos paradigmas que exigem uma reorganização da tecnoestrutura educativa, orientada para a sociedade civil, questionando seriamente a hipercomplexidade das medidas políticas ultimamente adotadas no próprio sistema, para melhor compreender a sua influência na sociedade contemporânea.
Segundo Miras e Solé (1996, p. 378) a avaliação sumativa tem como objetivo determinar o grau do domínio do aluno numa determinada área de aprendizagem, permitindo uma classificação que poderá certificar a aprendizagem realizada. A avaliação diagnóstica pretende averiguar o nível de conhecimentos do aluno, face a novas aprendizagens que lhe vão ser propostas, no qual as aprendizagens anteriores servem de base às situações presentes.
O professor não deve simplesmente classificar o aluno dentro dos padrões predeterminados, sem antes refletir e ter a certeza de que todas as possibilidades foram esgotadas na ministração de conhecimentos ao nível da aprendizagem.
O tempo de avaliar exige uma enorme preparação técnica ao nível das habilidades e competências, orientadas para um bom desempenho metodológico de uma classe educativa, possuidora de uma visão holística de teorias de procura de novas situações estimulantes, que sejam capazes de solucionar os próprios problemas dos alunos.
A maioria das escolas portuguesas tem por base um principio de sustentação lógica de organização escolar pouco virado ao mercado tecnológico e laboral, apresentando algumas medidas fracassadas ao nível de interrelações que estabelecem entre a escola com a respetiva sociedade que se encontram envolvidos.
São instrumentos imprescindíveis à verificação da aprendizagem do aluno e ao mesmo tempo fornece as informações necessárias para um bom ou mau desempenho do trabalho realizado pelo aluno e professor, direcionando para um esforço realizado durante o processo de ensino e aprendizagem.
O objetivo principal será estimular os docentes a trabalharem com motivação para um compromisso de dar o melhor em prol de um bom desempenho das suas funções, moldando os alunos para uma formação necessária ao desenvolvimento socioeconómico da própria sociedade em que se encontram inseridos.
A metodologia teórico prática exige um critério de êxito de um processo avaliativo que seja capaz de certificar o próprio processo de ensino- aprendizagem fundamentado para uma melhor preparação ao mundo globalizado.
A avaliação deve melhorar para melhor ensinar a boa performance da prática pedagógica em contexto de sala de aula, mas para este quadro situacional, o professor deverá ter uma boa noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, de forma saber quais são as metodologias de ensino mais adotadas e que se encontram a surtir o melhor efeito na própria aprendizagem. No passado, avaliar significava apenas aplicar provas, dar uma nota e classificar os alunos em aprovados e reprovados. Atualmente existem ainda alguns professores que acreditam somente neste processo, contudo essa visão redutível tem sido ultimamente transformada para uma nova realidade educativa. A avaliação da aprendizagem poderá eventualmente ser um novo paradigma construtivo do currículo escolar que se encontra intimamente relacionada com a gestão dos programas de aprendizagem a serem aplicados no próprio sistema educativo. Neste sentido, é importante que o professor avalie constantemente a sua prática educacional para que melhore a sua participação no ensino eficiente e eficaz, sem correr o risco de ultrapassar os conceitos pré-moldados de poder totalitário de uma verdade meramente absoluta.
Avaliar numa perspetiva construtiva do conhecimento não é tarefa fácil, pois requer uma relação simbiótica de ambas as partes, tanto do professor que avalia e do aluno que está sendo avaliado para uma totalidade de aquisição de conhecimento. Os métodos de avaliação não se resume à mecânica de um mero conceito formal e estatístico para fins governativos, por um simples conjunto de práticas pedagógicas a serem aplicadas durante o processo de ensino e aprendizagem. Avaliar não é simplesmente atribuir notas obrigatórias que levam à decisão de aprovação ou retenção do aluno em determinadas disciplinas que funcionam como instrumentos imprescindíveis à verificação da aprendizagem efetiva e que ao mesmo tempo fornece as informações necessárias sobre o trabalho docente direcionado para uma análise de esforço empreendido pelo aluno durante o processo de ensino e aprendizagem. Para contemplar a melhor abordagem pedagógica dos programas ministrados, será necessário dar autonomia responsavél ao aluno pelo seu próprio desenvolvimento intelectual, de forma possa adquirir novos conhecimentos para as suas decisões profissionais, procurando analisar de futuro os seus próprios erros ou ajustamentos. Nesta perspetiva, o professor e o aluno passam a ser elementos fundamentais na construção do conhecimento que busque as soluções necessárias para um bom desenvolvimento da aprendizagem. Esta nova visão holística, vem favorecer a avaliação num determinado momento terminal do processo educativo, transformando-se num elemento de reflexão sobre a ação desenvolvida na prática educativa, de forma possa compreender uma maior eficiência das dificuldades manifestadas pelos alunos no momento da aprendizagem. Buscar novas soluções no desempenho das aulas desenvolvidas pelo professor, que por sua vez, não poderá avaliar somente em função das suas preocupações em atribuir uma nota ao aluno x, y,z , provavelmente poderá cometer uma injustiça a curto prazo, ao nível da quantificação da análise dos próprios conhecimentos transmitidos aos seus próprios alunos, através de uma etapa de procedimento que exige uma prévia verificação de um processo de apreciação, de julgamento ou valorização do aluno que revelou ter aprendido durante um certo período de tempo, uma progressão de conhecimentos adquiridos durante o processo de ensino e aprendizagem. Existe uma ligação entre a avaliação da aprendizagem com o próprio trabalho do professor, que se desenvolve continuamente e sistematicamente no processo de ensino e aprendizagem. A exigência da parte do professor em ter um maior empenho de inovação, depende essencialmento do seu modo operacional de pensar e agir na busca de novas estratégias e metodologias capazes de serem desenvolvidas ao nível do ensino da formação das especificidades, que por sua vez, são essenciais à aquisição dos conhecimentos pelos alunos, através da necessidade de uma prática avaliativa, que leve em consideração uma abordagem formativa e útil para o mercado de trabalho. Para que haja esta concretização é fundamental que o professor conheça o seu aluno na sua forma mais lógica de raciocínio.
Uma sólida preparação pedagógica poderá eventualmente abordar os conteúdos mais adequados às necessidades especificas dos alunos, provavelmente dando maiores possibilidades de respostas no ato de avaliar as atitudes, que envolvem as componentes mais cognitivas, motoras e afetivas.
A intenção de conduzir um conhecimento científico baseado na aprendizagem individualizada, tem sofrido ultimamente uma série de transformações e interpretações que necessitam de uma análise crítica dentro de um processo educativo de prática pedagógica, que muitas vezes é utilizada no sentido do professor realizar uma orientação aos alunos para uma busca de respostas e informações concretas sobre o conhecimento adquirido pelo simples ato avaliativo.
Christopher Carmo Brandão, 2016
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