terça-feira, 19 de maio de 2020

Traição Açoriana !

Não podemos negar a inconstitucionalidade alegada por um  famoso advogado açoriano  sobre a quarentena  de 15 dias em unidades  hoteleiras dos Açores, grátis aos residentes e pagas a não residentes . Perante este quadro situacional ,houve um comandante da TAP também açoriano que decidiu não realiza-la até ao fim, talvez por capricho e aproveitando a sua amizade com este senhor advogado, decidiu contrariar todas as regras mais eficazes impostas pelo Governo Da Região Autónoma dos  Açores . Infelizmente  por coincidência , o Presidente do maior partido da oposição , tem uma  afinidade de militância  com este famoso advogado.  Não podemos esquecer, o exemplo que aconteceu na terra de Ovar, onde o seu Presidente da Câmara Municipal  decretou o estado de emergência,  indo  contra as normas da República,  no qual realizou uma cerca sanitária à  volta do concelho , evitando assim a circulação de pessoas e só permitindo a deslocação de bens e serviços e obviamente  pessoas autorizadas .  Não houve ninguém  que apresentasse queixa , porque  a consciência  moral e o bom senso prevaleceu perante a população e o esforço em cumprir a quarentena foi  extenuante , mas a solidariedade foi maior e ultrapassou todos os obstáculos do covid-19 , além  do reconhecimento  pelo enorme esforço camarário desenvolvido pelas próprias autoridades de segurança  e proteção civil , em defesa da saúde pública e da salvação de um maior número  possível de vítimas  desta pandemia viral.  Infelizmente na nossa Região Autónoma dos Açores,  aconteceram situações bastante delicadas durante o estado de calamidade e de emergência,  que na minha humilde opinião,  deverão ser discutidas de futuro , sobre as grandes vulnerabilidades da Autónima Açoriana  que apresenta atualmente, por sua vez são exemplificadas em casos bastantes controversos e polêmicos,  que puseram em polvorosa a sociedade civil, nos seus diversos setores socioeconômicos  .
A primeira  situação foi a do Primeiro-Ministro  da República não encerrar o espaço aéreo dos Açores, numa fase primária da situação pandémica ,  apesar da enorme insistência e diligência do nosso Presidente Regional da Autônoma dos Açores,  não houve respeito pelo povo Açoriano, ao continuar com os voos da companhia aérea de Transportes portugueses denominada Tap, no qual permitiu aumentar os casos covid-19, através da população flutuante oriunda do exterior.
A segunda situação foi a questão confusa de ultrapassagem de poderes pelo Representante  da República,  além  da falta de respeito do Governo da República pelo fretamento de um falcon para vir buscar  sua excelência a S.Miguel, para ser ouvido  pessoalmente pelo próprio  e nem sequer convocarem o Senhor Presidente Regional Dos Açores, eleito democraticamente  pelos Açorianos e que supostamente  deveria ser  obrigatoriamente o representante máximo  de todos nós perante a República .  Esta situação  prova a vulnerabilidade da autonomia,   além de condicionar todo o processo complexo de gestão do estado de emergência, pondo em cheque o domínio de competências do próprio Governo. 
O terceiro caso ,  surge de uma simples traição  de judas, em que um advogado em vez de se preocupar com a saúde pública  de todos os açorianos,  simplesmente decide defender um  pseudocapricho de um senhor comandante, que sabia que tinha de fazer quarentena ,  mas não  queria fazer,  por achar que ter uma  residência nos Açores,  poderia ultrapassar todas as regras decretadas pelo Governo Regional,  simplesmente arranja o seu amigo para encontrar um artifício deficitário na lei, de forma a pôr em risco a saúde pública  de todos nós. A maior coincidência de todas, é   militante do maior partido da oposição da Região, onde desempenhou funções de deputado na Assembleia Regional, foi advogado na Câmara Municipal de Ponta Delgada, decide dar dois tiros, um no seu próprio pé, desgraçando  a sua carreira politica  originária  da sua  exposição pública, ganhou um certo protagonismo pela negativa e reprovável pela maioria das classes sociais açorianas. 
A grande conclusão que podemos tirar desta infeliz época  pandémica, será obviamente  as vulnerabilidades de um sistema autonômico ,  no qual o povo açoriano merece o devido respeito de uma grande mudança paradigmática na constituição Portuguesa,  para de futuro possamos ter uma melhor operacionalidade ao nível da eficácia govermental , em prol de uma eficiência  geoestratégica.  Será que extinção urgente do cargo de Representante da República não permitirá o  verdeiro reforço da autonomia que muitos açorianos lutaram e desejaram desde de sempre? . É necessário de futuro que tenhamos a verdadeira identidade  representativa de um Presidente Regional   eleito democraticamente pelo nosso povo,  mas para este contexto político, será necessário propor à República  a exclusividade de poderes , eliminando o cargo de  representante, da República,  de forma a poupar mais um sumptuoso ordenado do erário público , em que todos nós pagamos?. Espero que esta humilde reflexão faça crescer a todos nós açorianos , filhos de uma terra pródiga  e que sejamos mais unidos do nunca, por uma luta de uma  enorme  causa de poderes autonómicos que nos faça crescer e desenvolver, através  de uma melhor  representatividade governativa.       

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