Não podemos negar a inconstitucionalidade alegada por um famoso advogado açoriano sobre a quarentena de 15 dias em unidades hoteleiras dos Açores, grátis aos residentes e pagas a não residentes . Perante este quadro situacional ,houve um comandante da TAP também açoriano que decidiu não realiza-la até ao fim, talvez por capricho e aproveitando a sua amizade com este senhor advogado, decidiu contrariar todas as regras mais eficazes impostas pelo Governo Da Região Autónoma dos Açores . Infelizmente por coincidência , o Presidente do maior partido da oposição , tem uma afinidade de militância com este famoso advogado. Não podemos esquecer, o exemplo que aconteceu na terra de Ovar, onde o seu Presidente da Câmara Municipal decretou o estado de emergência, indo contra as normas da República, no qual realizou uma cerca sanitária à volta do concelho , evitando assim a circulação de pessoas e só permitindo a deslocação de bens e serviços e obviamente pessoas autorizadas . Não houve ninguém que apresentasse queixa , porque a consciência moral e o bom senso prevaleceu perante a população e o esforço em cumprir a quarentena foi extenuante , mas a solidariedade foi maior e ultrapassou todos os obstáculos do covid-19 , além do reconhecimento pelo enorme esforço camarário desenvolvido pelas próprias autoridades de segurança e proteção civil , em defesa da saúde pública e da salvação de um maior número possível de vítimas desta pandemia viral. Infelizmente na nossa Região Autónoma dos Açores, aconteceram situações bastante delicadas durante o estado de calamidade e de emergência, que na minha humilde opinião, deverão ser discutidas de futuro , sobre as grandes vulnerabilidades da Autónima Açoriana que apresenta atualmente, por sua vez são exemplificadas em casos bastantes controversos e polêmicos, que puseram em polvorosa a sociedade civil, nos seus diversos setores socioeconômicos .
A primeira situação foi a do Primeiro-Ministro da República não encerrar o espaço aéreo dos Açores, numa fase primária da situação pandémica , apesar da enorme insistência e diligência do nosso Presidente Regional da Autônoma dos Açores, não houve respeito pelo povo Açoriano, ao continuar com os voos da companhia aérea de Transportes portugueses denominada Tap, no qual permitiu aumentar os casos covid-19, através da população flutuante oriunda do exterior.
A segunda situação foi a questão confusa de ultrapassagem de poderes pelo Representante da República, além da falta de respeito do Governo da República pelo fretamento de um falcon para vir buscar sua excelência a S.Miguel, para ser ouvido pessoalmente pelo próprio e nem sequer convocarem o Senhor Presidente Regional Dos Açores, eleito democraticamente pelos Açorianos e que supostamente deveria ser obrigatoriamente o representante máximo de todos nós perante a República . Esta situação prova a vulnerabilidade da autonomia, além de condicionar todo o processo complexo de gestão do estado de emergência, pondo em cheque o domínio de competências do próprio Governo.
O terceiro caso , surge de uma simples traição de judas, em que um advogado em vez de se preocupar com a saúde pública de todos os açorianos, simplesmente decide defender um pseudocapricho de um senhor comandante, que sabia que tinha de fazer quarentena , mas não queria fazer, por achar que ter uma residência nos Açores, poderia ultrapassar todas as regras decretadas pelo Governo Regional, simplesmente arranja o seu amigo para encontrar um artifício deficitário na lei, de forma a pôr em risco a saúde pública de todos nós. A maior coincidência de todas, é militante do maior partido da oposição da Região, onde desempenhou funções de deputado na Assembleia Regional, foi advogado na Câmara Municipal de Ponta Delgada, decide dar dois tiros, um no seu próprio pé, desgraçando a sua carreira politica originária da sua exposição pública, ganhou um certo protagonismo pela negativa e reprovável pela maioria das classes sociais açorianas.
A grande conclusão que podemos tirar desta infeliz época pandémica, será obviamente as vulnerabilidades de um sistema autonômico , no qual o povo açoriano merece o devido respeito de uma grande mudança paradigmática na constituição Portuguesa, para de futuro possamos ter uma melhor operacionalidade ao nível da eficácia govermental , em prol de uma eficiência geoestratégica. Será que extinção urgente do cargo de Representante da República não permitirá o verdeiro reforço da autonomia que muitos açorianos lutaram e desejaram desde de sempre? . É necessário de futuro que tenhamos a verdadeira identidade representativa de um Presidente Regional eleito democraticamente pelo nosso povo, mas para este contexto político, será necessário propor à República a exclusividade de poderes , eliminando o cargo de representante, da República, de forma a poupar mais um sumptuoso ordenado do erário público , em que todos nós pagamos?. Espero que esta humilde reflexão faça crescer a todos nós açorianos , filhos de uma terra pródiga e que sejamos mais unidos do nunca, por uma luta de uma enorme causa de poderes autonómicos que nos faça crescer e desenvolver, através de uma melhor representatividade governativa.
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