quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
cineantropologia: A ORIGEM DA HERNIA DISCAL
cineantropologia: A ORIGEM DA HERNIA DISCAL: Após uma conversa telefónica com um grande amigo de juventude senti a necessidade de escrever este artigo de forma transmitir um humilde co...
A ORIGEM DA HERNIA DISCAL
Após uma conversa telefónica com um grande amigo de juventude senti a necessidade de escrever este artigo de forma transmitir um humilde conhecimento ao leitor sobre o tema o que é uma hérnia discal?
A hérnia de disco ocorre quando parte de um disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime as raízes dos nervos que se ramificam a partir da medula espinhal e que emergem da coluna espinhal. Este é um problema mais comum das zonas lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento biomecânico que suportam mais carga.
Prognóstico
Cerca de 60% das pessoas respondem a uma terapêutica conservadora afim de uma semana, e 90% a 98% respondem ao fim de 6 semanas. A intervenção cirúrgica tem uma taxa de sucesso elevada quando a ressonância magnética ou o TAC mostra que se pode corrigir a causa dos sintomas. A hérnia discal é a projeção da parte central do disco intervetebral denominado por núcleo pulposo. Os seus limites normais constituem a parte externa do disco,e o ângulo fibroso. Ocorre geralmente póstero-lateralmente, em virtude da falta de ligamentos que sustentem o disco nesta zona.
O disco intervertebral é uma placa cartiliginosa que funciona como uma uma almofada entre os corpos vertebrais. Após os traumatismos derivados de quedas,ou acidentes de automovél e esforços ao levantar, entre outros, a cartilagem pode ser lesada através da compressão das raízes nervosas. Em qualquer zona da coluna vertebral poderá haver uma potencial hérnia discal.
Sintomas
Do Disco cervical:
- Dor e rigidez na nuca, nos ombros e na escápula;
- Dificuldade de movimentação dos braços, com sensação de formigueiro ou parestesia.
Do Disco lombar:
- dor anal, no quadril e no púbis, irradiando-se para o tornozelo;
- dor acentuada ao sentar, levantar peso, etc.;
- deformidade postural do saco;
- dificuldade para andar e devido as fortes contrações nos glúteos;
Algumas hérnias de disco podem ser tratadas sem a necessidade de cirurgia, no entanto é necessário avaliar o tipo de hérnia.
As sequelas podem variar desde os desvios no andar, perda parcial dos movimentos e até impotência sexual.
Fatores de risco de uma Hérnia discal?
Os discos intervertebrais são estruturas em formato de anel ou discos localizadas entre as vértebras que formam a coluna espinhal. Os discos são constituídos por tecido cartilaginoso e elástico e tem como principal função evitar o atrito entre uma vértebra com a outra, mas permitem o movimento entre elas.
A hérnia de discal acontece com o desgaste destes discos, causado pelo seu uso padronizado. A hérnia discal aprersenta-se por uma parte de um disco que sai da sua posição normal e passa a comprimir as raízes nervosas, causando pressão sobre elas e, consequentemente a dor.
O desgaste pelo tempo é a principal causa de uma hérnia discal, mas forçar os músculos das costas em situações de levantamento de peso excessivo poderá ser um desencadeador deste problema, também um acidente ou injúria pode também levar ao surgimento de uma hérnia discal.
Para compreendemos melhor os discos intervertebrais que por sua vez são definidos por estruturas que funcionam como almofadas protetoras entre as vértebras que constituem a coluna vertebral. A importância de cada disco constítuido por um núcleo de gel mole envolvido por uma armação exterior fibrosa mais densa e resistente. Por sua vez este núcleo apresenta-se por um gel viscoso de água sem ser comprimida á sua volta de anéis fibrosos dispostos em orientações diferenciadas que porsua vez são compostos por várias lâminas capazes de suportar uma maior capacidade de peso sobreposto. Esta estrutura permite que o disco seja suficientemente firme para manter o espaço intervertebral suficientemente mole permitindo assim uma compressão da coluna em situações de motricidade, na flexão, extensão, hiperextensão e outras.
Em algumas pessoas em idade adulta a armação exterior apresenta-se rija, no qual o disco intervertebral poderá eventualmente desenvolver uma área de fraqueza ou uma pequena ruptura. Perante este quadro situacional, acontece numa parte do núcleo interior mole do disco que sai da sua posição normal produzindo uma situação que se define por hérnia discal. Na eventualidade da hérnia discal comprimir as suas ramificações nervosas que passam pelo canal espinal próximo, poderá eventualmente provocar uma diversividade de sintomas relacionados com os nervos, incluindo a dor, a dormência e por fim a fraqueza muscular. Em situações de extrema gravidade uma hérnia discal poderá até comprimir os nervos que controlam o intestino e a bexiga, provocando incontinência urinária e perda de controlo do intestino.
O excesso de peso e realizar atividades que exigem grande esforço físico, são fatores que podem desencadear problemas nas costas, entre elas a hérnia discal. Movimentos de padronização no trabalho exige muito dos músculos das costas e podem causar desgaste dos discos e consequentemente originar a hérnia discal.
Existem evidências genéticas relevantes no desenvolvimento de hérnias discais. O potencial de maior risco para possuir uma hérnia discal poderá ser derivada dos progenitores ou irmãos possuidores desta doença.
Ainda não conhece as verdadeiras causas para existência de hérnias discais, mas a maioria das teorias atribui a sua origem a uma combinação geral dos seguintes factores:
- Envelhecimento do disco no qual as hérnias discais são relativamente raras nas pessoas jovens, mas muito comuns em pessoas com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos. De todos os fatores responsáveis pelas hérnias discais, o fator envelhecimento é provavelmente relevante. Com o avanço da idade a armação exterior do disco poderá eventualmente sofrer uma degenerescência progressiva e lenta, após décadas de postura erecta com ação de flexão da coluna vertebral.
- Factores genéticos, em algumas famílias, vários membros sofrem de hérnias discais. Se a doença tem uma maior incidência familiar eventualmente poderá ter uma origem mais precoce, afectando pessoas com um nível etário jovem de valor aproximado dos 21 anos de idade. Alguns estudos estão a começar a identificar genes específicos ligados às formas hereditárias da origem da doença da hérnia discal.
- Factores de risco individuais poderá eventualmente existir um potencial elevado de risco de desenvolvimento de uma hérnia discal na eventualidade de um indivíduo trabalhar ou participar em desportos que envolvam ações biomecânicas de levantamentos de grandes pesos ou movimentos biomecânicos excessivamente bruscos.
Existem três zonas distintas da coluna vertebral onde poderá eventualmente ocorrer uma potencial hérnia discal:
• Zona Cervical - entre as vértebras no pescoço
• Zona Torácica - entre as vértebras do tórax
• Zona Lombar - entre as vértebras na parte inferior da coluna, acima da bacia
As hérnias discais são mais comuns na região lombar, sendo raras na região torácica.
Sintomas de uma Hérnia Discal
Em regra geral, o primeiro sintoma de uma hérnia discal será obviamente uma dor nas costas mais especificamente na área do disco afectado. Alguns investigadores acreditam que esta dor seja um sinal de aviso prévio de uma potencial lesão ou de um enfraquecimento da armação exterior rija do disco, o que não significa necessariamente uma origem de uma hérnia no núcleo interior. Se de fato verificar uma hérnia no núcleo interior, na eventualidade haja a compressão de um nervo próximo, no qual os sintomas resultantes variam consoante a localização da origem da hérnia discal:
- Na zona cervical poderá eventualmente existir uma dor no pescoço, na articulação do ombro, no omoplata, no membro superior ou até no tórax que conjuntamente poderá provocar a dormência ou fraqueza do membro superior até dos dedos. Na eventualidade a dor se manifestar conjuntamente no tórax e no braço, poderá eventualmente ser um sintoma de doença cardíaca. Por vezes, podem ocorrer alterações no aparelho urinário sob a forma de micção e até dores de cabeça.
- Na zona torácica os sintomas tendem a ser vagos e enganosos. Poderá eventualmente haver dor na parte superior e inferior das costas, no tórax, no abdómen e até nos membros inferiores, conjuntamente com a fraqueza e dormência numa ou ambos os membros inferiores. Algumas pessoas afectadas poderão se queixar de incontinência intestinal ou do aparelho urinário.
- Na zona lombar muitas pessoas sofrem durante anos de dor intermitente e ligeira na parte inferior das costas em situações biomecânicas de levantar pesos, ou de flexão súbita e torção abrupta que levam muitas vezes ao agravamento dos seus sintomas ao ponto de procurarem ajuda médica. A principal queixa da maioria das pessoas possuidoras de uma hérnia discal lombar apresenta o sintoma de uma dor forte específica na articulação coxa- femoral. Esta dor denomina-se por dor ciática, uma vez ter origem na pressão das raízes nervosas que compõem o nervo ciático e, em regra geral, começa na parte inferior das costas e depois irradia para as nádegas até à parte posterior da articulação coxa- femoral. A dor ciática agrava-se progressivamente, se na eventualidade o paciente tossir, espirrar, ou se virar abruptamente para uma posição decúbito dorsal com as costas. Embora, o repouso alivie muitas vezes a dor ciática, esta poderá agravar-se ao conduzir ou ao levantar-se de uma cadeira. Além disso, pode-se verificar os sintomas de dormência, formigueiro ou fraqueza muscular nos músculos dos nadegueiros ou no membro inferior do lado da dor. Em formas mais raras e mais graves da origem, da hérnia discal lombar, o nervo é comprimido de forma mais extensa podendo desenvolver-se sintomas adicionais, como o caso da dor rectal; perda de controlo do intestino e da bexiga; e dormência em redor da área genital, das nádegas ou parte de trás das coxas.
Diagnóstico
Para um correcto diagnóstico é fundamental que o seu médico avalie toda a história médica do paciente, incluindo qualquer caso histórico de febre, cancro, ou uso de corticosteróides ou de lesões recentes nas costas. Depois deverá colocar-lhe questões específicas sobre a dor:
- Tem tido episódios mais ligeiros de dor nas costas no passado?
- Onde se localiza a sua dor?
.Limita-se à coluna ou irradia para o ombro, braço, tórax, nádegas ou perna?
- Quando é que começou a dor?
- Começou quando tentou levantar algo pesado ou foi desencadeada por uma torção ou flexão súbita das costas?
- O que a alivia e o que a agrava?
- A dor desaparece quando descansa a área afectada ou está presente mesmo em repouso?
- Notou qualquer dormência, formigueiro ou fraqueza muscular nos braços ou pernas?
- Há problemas com o controlo do intestino ou da bexiga, dor rectal ou dormência nas nádegas ou área genital?
Após avaliar toda história médica e sintomas, o médico irá efectuar um exame físico minucioso para excluir outras doenças que possam provocar dores nas costas, tais como o cancro ou uma infecção óssea das vértebras. Este exame físico geral será seguido por um exame mais detalhado das costas, durante o qual o médico deverá procurar diferenças entre os lados direito e esquerdo, contracturas ou espasmos musculares, curvatura anormal, limitação do movimento biomecânico, falta de flexibilidade, áreas de dormência e áreas de sensibilidade. Estes diagnóstico poderão ajudar a excluir outros tipos de problemas nas costas que podem provocar sinais e sintomas idênticos às outras doenças.
Na eventualidade do surgimento de uma hérnia discal lombar o médico poderá pedir ao paciente para efectuar manobras específicas, tais como andar nos dedos dos pés, andar nos calcanhares, agachar-se e levantar-se e flectir o pé contra uma resistência. É possível que faça um teste que envolva deitar-se de costas com os membros inferiores direitos , enquanto o paciente relaxa, o médico poderá levantar lentamente cada membro inferior individualmente de forma determinar o ângulo onde começa a dor no membro inferior. O paciente deverá também realizar um exame neurológico minucioso, procurando alterações nos reflexos, assim como qualquer evidência de fraqueza muscular ou diminuição da sensação.
Poderá ser recomendado a realizar radiografias à coluna, ou uma tomografia axial computorizada (TAC) e até, uma ressonância magnética nuclear (RMN) se houver dúvidas relativamente ao diagnóstico inicial e em especial se os sintomas persistirem ou se agravarem ao fim de várias semanas de tratamento ou se está a considerar cirurgia. Tendo em conta que os testes de imagem, tais como RMN ou TAC, podem mostrar anomalias do disco mesmo em pessoas sem sintomas, os resultados devem ser interpretados cuidadosamente, pois é comum encontrar anomalias que não têm repercussão clínica. O seu médico também pode recomendar uma electromiografia, um teste que analisa a função muscular e nervosa para identificar locais de compressão ou irritação nervosa.
Na maioria das pessoas, a dor nas costas (lombalgia) melhora, gradualmente, após quatro a seis semanas de tratamento.
Em muitos casos não é possível evitar uma hérnia discal. No entanto, se o paciente sofreu uma hérnia discal no passado, pode conseguir diminuir as probabilidades de voltar a acontecer se:
- Evitar actividades que requeiram levantar pesos ou flexões repetitivas
- Praticar uma boa postura
- Manter um peso saudável
- Seguir um programa de fisioterapia direccionado para aumentar a força muscular das costas e melhorar a flexibilidade do abdómen
- Praticar exercício regular, particularmente, natação e caminhada
Tratamento Da hérnia Discal
Na maioria dos casos, uma hérnia discal (com ou sem ciática) irá responder a um tratamento conservador. Isto poderá incluir repouso na cama em regra geral, não mais de um ou dois dias; banhos quentes; almofadas de aquecimento; e medicamentos, tais como aspirina ou outros fármacos anti-inflamatórios não-esteróides ou relaxantes musculares. Alguns médicos prescrevem corticosteróides orais, embora haja dúvidas sobre os benefícios deste tratamento.
Tendo em conta que a inactividade prolongada também tem inconvenientes, o médico pode sugerir que comece logo um regime de exercícios. Mesmo que comece o tratamento com um a dois dias de repouso na cama, ainda lhe podem pedir para completar dois a três períodos de caminhada de 20-minutos por dia. Ao fim de uma a duas semanas, em regra geral, poderá começar um programa mais intensivo de exercícios aeróbicos diários como caminhada, andar de bicicleta, natação e fisioterapia. Outros tipos de tratamento conservadores têm sido úteis em algumas pessoas que inclui métodos de ultra-sons, de massagem e acupunctura.
Quando estas medidas mais conservadoras não funcionam, as injecções de corticosteróides epidurais podem ser úteis, embora a evidência seja discutível. Isto envolve a injecção cuidadosa de um corticosteróide de longa acção e de um anestésico, no espaço próximo da espinal medula e nervos comprimidos. Estas injecções são orientadas por Raios-X ou TAC para que se possa colocar a agulha, de forma precisa, no local adequado. Se o paciente eventualmete ter perdido o controlo do intestino ou da bexiga, e se apresentar evidência de lesão nervosa progressiva ou se tiver dor implacável que persiste apesar das semanas de tratamento conservador, pode haver necessidade de um tratamento mais agressivo, incluindo a cirurgia. Na maioria dos casos, isto significa remover o fragmento do disco herniado.
Tempo de contacto de um médico
O Contacte do médico se na eventualidade apresentar uma dor forte nas costas, particularmente, se desenvolver dor ou dormência nos membros inferiores e superiores, ou se perder o controlo dos intestinos e da bexiga.
Autor - Christopher Brandão 2015
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
cineantropologia: Dislexia, Disgrafia, Disortografia, e Discalculia ...
cineantropologia: Dislexia, Disgrafia, Disortografia, e Discalculia ...: Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia Em Alunos (NEE) neste artigo iremos analisar dentro do universo das Necessidades Educa...
Dislexia, Disgrafia, Disortografia, E Discalculia Em Alunos( NEE)
Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia Em Alunos (NEE)
neste artigo iremos analisar dentro do universo das Necessidades Educativas Especiais (NEE), as dificuldades
de Aprendizagem que são a problemática de maior taxa de prevalência de um valor aproximado de 48%. Segundo a
Associação Portuguesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagem Específicas, o número
de alunos que apresentam estes distúrbios tem vindo a aumentar, registando-se atualmente
uma prevalência compreendida numa percentagem de 5% a 10% do universo total de alunos.
Assim, torna-se imprescindível para quem convive, ensina, ou trabalha diariamente com
crianças com Dislexia, Disgrafia, Disortografia ou Discalculia esteja preparado para
compreender toda a problemática relacionada com as suas características e a melhor solução em responder às suas necessidades específicas de forma a promover ou criar contextos educativos e pedagógicos
individualizados, que por sua vez estimulem o desenvolvimento individual e social do processo ensino-aprendizagem orientado para o sucesso escolar e profissional.
As Dificuldades de Aprendizagem quer individualizadas quer específicas foram baseadas em estudos pioneiros realizados nesta temática que por sua vez são datadas ao ano de 1800.
A expressão “dificuldades de aprendizagem” surgiu somente no ano de 1962 com a
definição de Kirk, que apenas centrava estas dificuldades em processos integrados na linguagem e
no rendimento académico, apontando as suas causas referenciadas para uma disfunção cerebral baseada numa
alteração comportamental e emocional. Outras definições foram surgindo, dificultando uma aceitação global.
O U. S. Office of Education no ano de 1977 e o National Joint
Committee on Learning Disabilities em 1994 são, talvez, as mais referenciadas obras ao nível da literatura especializada. Segundo as referencias destas literaturas, as dificuldades de aprendizagem encontram-se associadas
a obstáculos relacionados a processos psicológicos referentes à compreensão e ao uso da linguagem relacionada com disfunções do sistema nervoso central. Perante este quadro situacional exclui-se as
problemáticas resultantes das deficiências sensoriais, motoras ou mentais que por sua vez estejam relacionados com as perturbações emocionais, baseadas em fatores socioculturais e económicos. Segundo o Português Luís de Miranda Correia em 2008 apresenta uma proposta
que vai ao encontro das definições referidas anteriormente baseadas nas dificuldades de aprendizagem específicas que por sua vez dizem respeito à forma como
um indivíduo processa a informação num formato de fluxograma informático ,(input- a recebe, a integra, a retém, e a output-exprime , tendo em conta as suas capacidades e o conjunto das suas ações manifestadas em tarefas). As dificuldades de aprendizagem específicas podem, assim,
manifestar-se nas áreas da fala, da leitura, da escrita, da matemática ou
da resolução de problemas, envolvendo défices cognitivos que muitas vezes envolvem problemas de
memória, perceptivos, motores, de linguagem, de pensamento e até problemas metacognitivos. Estas dificuldades não resultam de privações
sensoriais, deficiência mental, problemas motores, défice de atenção,
perturbações emocionais ou sociais, embora exista a possibilidade destes
ocorrerem em concordância com elas, vindo futuramente alterar o modo como
o indivíduo interage com o meio.
A expressão dificuldades de aprendizagem, no entanto abrange todos os problemas
de aprendizagem, quer sejam intrínsecos ao indivíduo ou relacionados a fatores externos baseados muitas vezes numa metodologia de ensino aprendizagem desadequada. Quando passamos a descrever
apenas definições exclusivas, causas próprias e características muito específicas,poderão ser consideradas dificuldades de aprendizagem específicas, ou
seja, a Dislexia, a Disgrafia, a Disortografia e a Discalculia.
A Dislexia definição etimologicamente, dislexia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “lexia” (leitura,
reconhecimento das palavras). É caracterizada por dificuldades na correção ou fluência na leitura de
palavras, por baixa competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades
resultam tipicamente num défice da componente fonológica da linguagem
que é frequentemente imprevisto em relação a outras capacidades
cognitivas extensíveis às condições educativas. Posteriormente, podem surgir
dificuldades de compreensão na leitura, ou na experiência da leitura reduzida que
podem impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos
gerais.
A Associação Internacional de Dislexia, 2003, cit. por Teles, 2009.
Fonseca (1999, cit. por Moura, 2011) acrescenta tratar-se de uma “dificuldade duradoura”
que surge em "crianças inteligentes, escolarizadas, sem qualquer perturbação sensorial e
psíquica já existente.”
De origem neurobiológica, a dislexia afeta, portanto, a aprendizagem e utilização
instrumental da leitura, resultando de problemas ao nível da consciência fonológica ,
independentemente do quociente de inteligência (QI) dos indivíduos.
De facto, contrariamente aos que julgam, a dislexia não está associada a um
baixo nível intelectual; pelo contrário, um disléxico pode revelar padrões acima da média de inteligência para a sua faixa etária noutras áreas que não a leitura. As suas causas, não existem de acordo à identificação de uma causa exclusiva para a dislexia. Alguns
autores afirmam mesmo que se trata de uma perturbação de causas múltidiversificadas.. A consciência fonológica é a habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais
da linguagem segundo Martins, 2011); é perceber, de forma consciente, que os sons associados às letras são os
mesmos da fala e que estes podem ser manipulados. O termo consciência fonológica foi definido como a percepção de que as palavras são construídas por diversos
sons. Tal conceito diz respeito tanto à compreensão da fala que pode ser segmentada quanto à habilidade de
manipular esses segmentossegundo Medeiros e Oliveira 2008, cits. por Martins, 2011. Segundo Martins (2011),
podemos distinguir dois níveis de consciência fonológica:
1) a segmentação da língua: a frase pode ser
segmentada em palavras, as palavras em sílabas e as sílabas em fonemas;
2) as unidades segmentadas
repetem-se em diferentes frases, palavras e sílabas.
Na área da genética, há quem defenda tratar-se de um problema hereditário,
fundamentando em estudos que revelam que os disléxicos apresentam, pelo
menos, um familiar próximo com dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta perspectiva, outros investigadores apontam as mutações de alguns
cromossomas como causa do problema, nomeadamente nos cromossomas 6 e 15 segundo (Salles et
al., 2004) e, mais recentemente, no cromossoma 2 segundo (Cruz, 2009). Há autores que afirmam que a dislexia é mais comum em indivíduos do género
masculino; contudo, Shaywitz (2003, cit. por Cruz, 2009) sugere que estas conclusões estão
relacionadas com a forma como são identificados: geralmente as raparigas pelo seu
comportamento mais calmo e harmonioso passam mais despercebidas e, consequentemente,
não são tão facilmente identificàveis. Nos seus estudos, Shaywitz evidência uma proporção
semelhante na distribuição desta problemática por género.
Na área da neurobiologia também têm surgido algumas conclusões ao nível das
diferentes partes do cérebro que por sua vez desempenham funções específicas. A área esquerda do
cérebro, por exemplo, é responsável pela linguagem; no qual nesta zona, foram identificadas três
subáreas distintas:
- Uma delas processa fonemas ,a vocalização e articulação das palavras
(região inferior frontal),
- Outra analisa palavras ,a correspondência grafema-fonema (região
parietal-temporal) ,
- A última reconhece palavras e possibilita a leitura rápida e automática
(região occipital-temporal).
Os disléxicos parecem ter dificuldade em aceder às
áreas localizadas na parte posterior do cérebro que por sua vez são regiões responsáveis pela análise
das palavras e pela automatização da leitura, Recorrendo mais à área de Brocca (área frontal
inferior esquerda) e a outras zonas do lado direito do cérebro que nos fornece pistas visuais.
Verificou-se que os primeiros apresentam piores desempenhos em tarefas que
impliquem a produção, percepção, compreensão e segmentação da linguagem e também
memória linguística; no entanto, foi também demonstrado que o treino de habilidades de
análise da linguagem tem um efeito positivo no rendimento segundo o autor (Citoler, 1996, cit. por
Cruz, 2009, p. 160). A caraterização nos testes de inteligência de uma uma criança disléxica apresenta desempenhos superiores
nas funções não verbais quando comparativamente às funções verbais, os valores apresentam-se mais baixos nas
subescalas de memória de dígitos ao nível da aritmética e dos códigos, apresentando um QI não verbal de
realização superior ao QI verbal. Muitas vezes as crianças desléxica demonstra altos indices de insegurança e de baixa auto estima, culpabilizando-se e sentindo-se,
muitas vezes, triste e deprimida. Muitas destas crianças recusam-se a realizar actividades ligadas à leitura e, por vezes, à escrita também com medo de revelarem os erros que cometem.
Estes alunos podem apresentar algumas ou várias das seguintes caraterísticas segundo Nielsen, 1999, Torres & Fernández, 2001; Cruz, 2009 e Moura, 2011:
Na expressão oral:
- Têem dificuldades em selecionar as palavras adequadas para comunicar (tanto a nível
oral, como escrito);
- Revelam pobreza de vocabulário;
- Elaboram frases curtas e simples e têem dificuldade na articulação de ideias;
Na leitura/escrita:
- Fazem uma soletração defeituosa lêem palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou
reconhecem letras isoladamente sem conseguir ler;
- Na leitura silenciosa, murmuram ou movimentam os lábios;
- Perdem a linha de leitura;
- Apresentam problemas de compreensão semântica (na interpretação de textos);
- Revelam dificuldades acentuadas ao nível da consciência fonológica, isto é, na
tomada de consciência de que as palavras faladas e escritas são constituídas por fonemas;
- Confundem/invertem/substituem letras, sílabas ou palavras;
- Na escrita espontânea composições/redações mostram severas complicações dificuldades na composição e organização de ideias.
Outras competências apresentam dificuldades em guardar e recuperar nomes, palavras, objetos e sequências ou fatos passados: letras do alfabeto, dias da semana, meses do ano, datas,
horários;
- não conseguem orientar-se no espaço, sendo incapazes de distinguir, por exemplo,
a direita da esquerda ,o que dificulta a orientação com mapas, globos;
- Têem dificuldades nas disciplinas de História ,em captar as sequências temporais, de
Geografia ,no estabelecimento de coordenadas, e Geometria nas relações espaciais;
- Têem dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
- Apresentam falta de destreza manual e, por vezes, caligrafia ilegível.
-Eventualmente,poderão ter dificuldades com a matemática, sobretudo na
assimilação de símbolos e em decorar a tabuada.
Assim, a dislexia poderá estar associada a cada uma das outras dificuldades
específicas (Disgrafia, Disortografia e/ou Discalculia). Há autores que analisam mesmo a
dislexia e a disortografia em conjunto, pois uma criança com dificuldades ao nível da leitura
vai com certeza revelar também problemas ao nível da escrita. A intervenção nunca é tarde demais para ensinar disléxicos a ler e a processar informações com
mais eficiência. Obviamente, não existe um tratamento padrão adequado a todas as crianças
com dislexia, pelo que o recurso a uma intervenção individualizada deverá ser a
preocupação principal de quem quer ajudar.
É importante recordar, também, que estas crianças revelam um ritmo de trabalho
mais lento quando comparado com os restantes colegas e, muitas vezes, incongruente, por
isso não é de espantar que num dia consiga ler três frases, mas no dia seguinte apresente
graves dificuldades na leitura de uma palavra. Há que dar tempo ao tempo e, acima de tudo,
motivá-la e reforçá-la sempre por escassos que sejam os resultados positivos , lembre-se
que a leitura lhe exige um esforço enorme e se ela não faz melhor é porque não consegue e
não porque não quer ou porque é preguiçosa. Quando errar, deve ser corrigida
imediatamente e deve ser explicado o motivo do erro e como evitar repeti-lo. Deve evitar,
ainda, obrigá-la a ler em voz alta em frente dos familiares ou colegas ,a não ser que ela
mostre vontade de o fazer; esta poderá ser uma tarefa bastante dura e com repercussões
drásticas para o seu futuro desempenho.
Na sala de aula, deve estar sentada numa mesa ou secretária próxima do professor e
não no fundo da sala, para que este possa auxiliá-la sempre que haja necessidade e para
que ela se sinta mais confortável quando pretende esclarecer alguma dúvida. Devem, ainda,
reduzir-se possíveis focos de distração, como algum colega mais conversador ou algum outro
barulho que a possa distrair;atendendo que estas crianças já estão pouco motivadas para se concentrar, se
puderem evitar-se distrações ambientais tanto melhor, para ela e também para o professor.
No momento da avaliação, devem evitar-se questões longas e complicadas, pois a
criança poderá demorar mais tempo a tentar compreender a pergunta do que a dar a
resposta. Pode, por exemplo, ler as perguntas ou pedir auxílio ao professor de ensino
especial ou a um colega de turma, para que a criança compreenda o que é solicitado.
A este tema, Segundo Hennigh (2003, p. 69) propõe o recurso aos pares ou a tutoria entre
alunos de diferentes idades, deste modo, a criança disléxica recebe a assistência necessária sempre que necessitar do professor para um ensino individualizado” e
“as crianças apreciam o processo de aprendizagem grupal quando interagem com outros alunos da
sala de aula ou de outras salas de aula. Poderá ser uma forma de promover um bom
relacionamento da criança com os colegas, por exemplo, de auxiliar o professor,
quando tem uma turma com um grande número de alunos e, obviamente, é difícil numa aula chegar a todosos alunos.
Um outro aspeto a ter em conta na intervenção com estas crianças é o recurso a uma
terapia multissensorial, utilizando um processo de ensino aprendizagem de todos os sentidos segundo Torres & Fernández,
2001. Os métodos multissensoriais são métodos que combinam todos os sentidos do corpo, no qual a visão, a audição e o tato ajudam a criança a ler e a soletrar corretamente as palavras. Assim, a criança começa por observar o grafema escrito, depois “escreve-o” no ar com o dedo, escutando e
articulando a sua pronúncia; posteriormente, deve cortá-lo, moldá-lo em
plasticina,fina ou barro e, de olhos fechados reconhecê-lo pelo tato. A realização destas
atividades favorece a criação de imagens visuais, auditivas, cinestésicas, tácteis e
articulatórias que em conjunto, incidem na globalização ou unidade do processo de
leitura e da escrita.
Os mesmos autores sugerem, ainda, o treino psicomotor (esquema corporal,
lateralidade, orientação espácio-temporal), percetivo-motor (capacidades visuomotoras e
coordenação manual) e também psicolinguístico (descodificação auditiva, visual, expressão
verbal, entre outros).
Por último, é importante referir a necessidade da articulação entre todas as pessoas
que intervêm junto da criança segundo Rief e Heimburge (2000, p. 127) sublinham que “os pais
devem estar dispostos a partilhar informações com os professores, assim como devem tentar
saber como podem ajudar e apoiar o professor de todas as maneiras possíveis” e viceversa.
É extremamente importante que pais, professores, educadores estejam em
constante comunicação; só assim se garantirá o rigor e qualidade do trabalho efetuado e se
evita, por exemplo a padronização de tarefas de tal forma as crianças estejam constantemente a realizar os mesmos exercícios
e a trabalhar as mesmas letras, pois para estas crianças “Há uma grande necessidade de
atividades diversificadas que envolvam tanto a expressão corporal como o sabor, o cheiro, a
cor e a expressão plástica. Aprender não é falar sobre, é fazer!” e “para aprender bem, é
necessário estar envolvido”segundo (Silva 2004, p. 44 e p. 56).
A Disgrafia
Definição
Etimologicamente, disgrafia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “grafia” (escrita), ou
seja, é “uma perturbação de tipo funcional que afeta a qualidade da escrita do sujeito, no
que se refere ao seu traçado ou à grafia.” (Torres & Fernández, 2001, p. 127); prende-se com
a “codificação escrita (…), com problemas de execução gráfica e de escrita das palavras”
(Cruz, 2009, p. 180).
A criança com disgrafia apresenta uma escrita desviante em relação à norma/padrão,
isto é, uma “caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal
proporcionadas” (A.P.P.D.A.E., 2011b); a chamada “letra feia”.
Obviamente que uma criança em processo de ensino aprendizagem da escrita apresenta,
naturalmente, dificuldades no traçado das letras. Assim, durante este período, o professor
deverá ter uma especial atenção e fornecer as orientações necessárias para que os alunos
realizem adequadamente a escrita, evitando, deste modo, a ausência de outras
problemáticas associadas, à permanência de traçados incorretos que, consequentemente,
poderão evoluir para um quadro de disgrafia. As causas da disgrafia é hipercomplexa, pois são muitos os fatores que podem
levar a uma escrita alterada.
Torres & Fernández (2001) agrupam em três tipos as causas da disgrafia: maturativas, carateriais e pedagógicas. As primeiras estão relacionadas com perturbações de lateralidade
e de eficiência psicomotora (motricidade, equilíbrio). Estas crianças são desajeitadas do
ponto de vista motor geralmente possuem idade motora inferior à idade cronológica e
apresentam uma escrita irregular ao nível da pressão, velocidade e traçado, bem como
perturbações de organização percetivo-motora, A estruturação,orientação espacial e
interiorização do esquema corporal. As causas materiais, por seu lado, estão associadas a
fatores de personalidade, que podem, consequentemente, determinar o aspeto do grafismo
(estável/instável, lento/rápido), e também a fatores psicoafetivos, pois o sujeito reflete na
escrita o seu estado de tensão emocional. As causas pedagógicas poderão estar
relacionadas, por exemplo, com uma instrução de ensino aprendizagem rígido e inflexível, com uma mudança
inadequada de letra de imprensa para letra manuscrita ou uma ênfase excessiva na
qualidade ou rapidez da escrita.
Um outro autor, Cinel (2003), apresenta-nos cinco grupos de causas promotoras da
disgrafia:
- Distúrbios na motricidade ampla e fina, relacionados com a falta de coordenação
entre o que a criança se propõe fazer (intenção) e o que realiza (perturbações no domínio do
corpo);
- Distúrbios na coordenação visuo motora, associada à dificuldade no
acompanhamento (visual) do movimento dos membros superiores e inferiores;
- Deficiência na organização temporoespacial (direita/esquerda, frente/atrás/lado e
antes/depois);
- Problemas na lateralidade e direccionalidade (dominância manual);
- Erros pedagógicos, relacionados com falhas no processo de ensino e aprendizagem relacionadas com estratégias
inadequadamente escolhidas pelos docentes ou mesmo desconhecimento deste problema.
A caraterização da disgrafia por vários autores têm sugerido devido à existência de caraterísticas comuns às crianças , contudo, é importante saber que a apresentação de apenas um ou dois dos comportamentos
que se seguem não é suficiente para confirmar toda a problemática que envolve a criança num conjunto ou na totalidade das seguintes condições apresentadas:
- letra excessivamente grande (macrografia) ou pequena (micrografia);
- forma das letras irreconhecível (por vezes distorcem, inclinam ou simplificam tanto
as letras que a escrita é praticamente indecifrável);
- traçado exagerado e grosso (que vinca o papel) ou demasiado suave e impercetível;
- grafismo trémulo ou com uma marcada irregularidade, originando variações no
tamanhos dos grafemas;
- escrita demasiado rápida ou lenta;
- espaçamento irregular das letras ou das palavras, que podem aparecer desligadas,
sobrepostas ou ilegíveis ou, pelo contrário, demasiado juntas;
- erros e borrões que quase não deixam possibilidade para a leitura da escrita
(embora as crianças sejam capazes de ler o que escrevem);
- desorganização geral na folha/texto;
- utilização incorreta do instrumento com que escrevem (Ajuriaguerra et al., 1973 e
Casas, 1988, cits. por Cruz, 2009; Torres & Fernández, 2001).
Assim, embora fornecendo nomenclaturas diferentes, os dois autores completam-se,
sendo indispensável considerar os seus respetivos contributos para que possam encontrar,
de uma forma abrangente, todas as possíveis origens desta problemática. A caraterização de uma criança com disortografia demonstra, geralmente, falta de vontade para
escrever e os seus textos são reduzidos, com uma organização pobre e pontuação
inadequada.
A sua escrita evidência numerosos erros ortográficos de natureza muito diversa segundo Torres & Fernández, 2001:
Erros de caráter linguístico-percetivo:
- omissões, adições e inversões de letras, de sílabas ou de palavras;
- troca de símbolos linguísticos que se parecem sonoramente (“faca”/“vaca”).
Erros de caráter visoespacial:
- substitui letras que se diferenciam pela sua posição no espaço (“b”/“d”);
- confunde-se com fonemas que apresentam dupla grafia (“ch”/“x”);
- omite a letra “h”, por não ter correspondência fonémica.
Erros de caráter visuoanalítico:
- não faz sínteses e/ou associações entre fonemas e grafemas, trocando letras sem
qualquer sentido.
Erros relativos ao conteúdo:
- não separa sequências gráficas pertencentes a uma dada sucessão fónica, ou seja,
une palavras (“ocarro” em vez de “o carro”), junta sílabas pertencentes a duas palavras (“no
diaseguinte”) ou separa palavras incorretamente.
Erros referentes às regras de ortografia:
- não coloca “m” antes de “b” ou “p”;
- ignora as regras de pontuação;
- esquece-se de iniciar as frases com letra maiúscula;
- desconhece a forma correta de separação das palavras na mudança de linha, a sua
divisão silábica, a utilização do hífen.
De uma forma geral, a caraterística mais comum nas crianças com disortografia é,
sem dúvida, a ocorrência de erros ortográficos, sejam estes de caráter linguístico-percetivo,
visuoespacial, visuoanalítico, de conteúdo ou referentes às regras de ortografia. No entanto,
quando intervimos junto destes indivíduos, devemos ter a noção de que outros aspetos
estão envolvidos no ato da escrita e, consequentemente, importa analisa-los e trabalhá-los.
Christopher Brandão 2015
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