quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A ORIGEM DA HERNIA DISCAL

Após uma conversa telefónica com um grande amigo de juventude senti a necessidade de escrever este artigo de forma transmitir um humilde conhecimento ao leitor sobre o tema  o que é uma hérnia discal?
A hérnia de disco ocorre quando parte de um disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime as raízes dos nervos que se ramificam a partir da medula espinhal e que emergem da coluna espinhal. Este  é um problema  mais comum das zonas lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento biomecânico  que suportam mais carga.

Prognóstico

Cerca de 60% das pessoas respondem a uma terapêutica conservadora afim de uma semana, e 90% a 98% respondem ao fim de 6 semanas. A intervenção cirúrgica tem uma taxa de sucesso elevada quando a ressonância magnética ou o TAC mostra que se pode corrigir a causa dos sintomas. A hérnia discal é a projeção da parte central do disco intervetebral  denominado por núcleo pulposo. Os seus limites normais  constituem a parte externa do disco,e o ângulo fibroso. Ocorre geralmente póstero-lateralmente, em virtude da falta de ligamentos que sustentem o disco nesta zona.
O disco intervertebral é uma placa cartiliginosa que funciona como uma uma almofada entre os corpos vertebrais. Após os traumatismos derivados de quedas,ou acidentes de automovél e esforços ao levantar, entre outros, a cartilagem pode ser lesada através da compressão das raízes nervosas. Em qualquer zona da coluna vertebral poderá haver uma potencial hérnia discal.
Sintomas 
Do Disco cervical:
- Dor e rigidez na nuca, nos ombros e na escápula;
- Dificuldade de movimentação dos braços, com sensação de formigueiro ou parestesia.
 Do Disco lombar:
- dor anal, no quadril e no púbis, irradiando-se para o tornozelo;
- dor acentuada ao sentar, levantar peso, etc.;
- deformidade postural do saco;
- dificuldade para andar e devido as fortes contrações nos glúteos;
Algumas hérnias de disco podem ser tratadas sem a necessidade de cirurgia, no entanto é necessário avaliar o tipo de hérnia.
As sequelas podem variar desde os desvios no andar, perda parcial dos movimentos e até impotência sexual.
Fatores de risco de uma Hérnia discal?
Os discos intervertebrais são estruturas em formato de anel ou discos localizadas entre as vértebras que formam a coluna espinhal. Os discos são constituídos por tecido cartilaginoso e elástico e tem como principal função evitar o atrito entre uma vértebra com a outra, mas permitem o movimento entre elas.
A hérnia de discal acontece com o desgaste destes discos, causado pelo seu uso padronizado. A hérnia discal aprersenta-se por uma parte de um disco que sai da sua posição normal e passa a comprimir as raízes  nervosas, causando pressão sobre elas e, consequentemente a dor.
O desgaste pelo tempo é a principal causa de uma hérnia discal, mas forçar os músculos das costas em situações de levantamento de peso excessivo poderá ser um desencadeador deste problema, também um acidente ou injúria pode também levar ao surgimento de uma hérnia discal.
Para compreendemos melhor os discos intervertebrais que por sua vez são definidos por estruturas que funcionam como almofadas protetoras entre as vértebras que constituem a coluna vertebral. A importância de  cada disco constítuido por um núcleo de gel mole envolvido por uma armação exterior fibrosa mais densa e resistente. Por sua vez este núcleo apresenta-se por um gel viscoso de água sem ser comprimida á sua volta de anéis fibrosos dispostos em orientações diferenciadas que porsua vez são compostos por várias lâminas capazes de suportar uma maior capacidade de peso sobreposto. Esta estrutura permite que o disco seja suficientemente firme para manter o espaço intervertebral suficientemente mole permitindo assim uma compressão  da coluna em situações de motricidade, na flexão, extensão, hiperextensão e outras.
Em algumas pessoas em idade adulta a armação exterior apresenta-se rija, no qual o disco intervertebral poderá eventualmente desenvolver uma área de fraqueza ou uma pequena ruptura. Perante este quadro situacional, acontece numa parte do núcleo interior mole do disco que  sai da sua posição normal produzindo uma situação que se define por hérnia discal. Na eventualidade da hérnia discal comprimir as suas ramificações nervosas que passam pelo canal espinal próximo, poderá eventualmente provocar uma diversividade de sintomas relacionados com os nervos, incluindo a dor, a dormência e por fim a fraqueza muscular. Em situações de  extrema gravidade uma hérnia discal poderá até comprimir os nervos que controlam o intestino e a bexiga, provocando incontinência urinária e perda de controlo do intestino.
O excesso de peso e realizar atividades que exigem grande esforço físico, são fatores que podem desencadear problemas nas costas, entre elas a hérnia discal. Movimentos de padronização no trabalho exige muito dos músculos das costas e podem causar desgaste dos discos e consequentemente originar a hérnia discal.
Existem evidências genéticas relevantes no desenvolvimento de hérnias discais. O potencial de  maior risco para possuir uma hérnia discal poderá ser derivada dos progenitores  ou irmãos possuidores desta  doença.
Ainda não conhece as verdadeiras causas para  existência de hérnias discais, mas a maioria das teorias atribui a sua origem a uma combinação geral dos seguintes factores:
- Envelhecimento do disco no qual as hérnias discais são relativamente raras nas pessoas jovens, mas muito comuns em pessoas com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos. De todos os fatores responsáveis pelas hérnias discais, o fator envelhecimento é provavelmente relevante. Com o avanço da idade a armação exterior do disco poderá eventualmente sofrer uma degenerescência progressiva e lenta, após décadas de postura erecta com ação de flexão da coluna vertebral.
- Factores genéticos, em algumas famílias, vários membros sofrem de hérnias discais. Se a doença tem uma maior incidência familiar eventualmente poderá ter uma origem mais precoce, afectando pessoas com um nível etário jovem de valor aproximado  dos 21 anos de idade. Alguns estudos estão a começar a identificar genes específicos ligados às formas hereditárias da origem da doença da hérnia discal.
- Factores de risco individuais poderá eventualmente existir um potencial elevado de risco de desenvolvimento de uma hérnia discal na eventualidade de um indivíduo trabalhar ou participar em desportos que envolvam ações biomecânicas de levantamentos de grandes pesos ou movimentos biomecânicos excessivamente bruscos.
Existem três zonas distintas da coluna vertebral onde poderá eventualmente ocorrer uma potencial hérnia discal:
• Zona Cervical - entre as vértebras no pescoço
• Zona Torácica - entre as vértebras do tórax
• Zona Lombar - entre as vértebras na parte inferior da coluna, acima da bacia
As hérnias discais são mais comuns na região lombar, sendo raras na região torácica.
Sintomas de uma Hérnia Discal
Em regra geral, o primeiro sintoma de uma hérnia discal será obviamente  uma dor nas costas mais especificamente na área do disco afectado. Alguns investigadores acreditam que esta dor seja um sinal de aviso prévio de uma potencial lesão ou de um enfraquecimento da armação exterior rija do disco, o que não significa necessariamente uma origem de uma hérnia no núcleo interior. Se de fato verificar uma hérnia no núcleo interior, na eventualidade haja a compressão de um nervo próximo, no qual  os sintomas resultantes variam consoante a localização da origem da hérnia discal:
- Na zona cervical  poderá eventualmente existir uma dor no pescoço, na articulação do ombro, no omoplata, no membro superior ou até no tórax que conjuntamente poderá provocar a dormência ou fraqueza do membro superior até dos dedos. Na eventualidade a dor se manifestar conjuntamente no tórax e no braço, poderá eventualmente ser um sintoma de doença cardíaca. Por vezes, podem ocorrer alterações no aparelho urinário sob a forma de micção e até dores de cabeça.
- Na zona torácica os sintomas tendem a ser vagos e enganosos. Poderá eventualmente haver dor na parte superior e inferior das costas, no tórax, no abdómen e até nos membros inferiores, conjuntamente com a fraqueza e dormência numa ou ambos os membros inferiores. Algumas pessoas afectadas poderão se queixar de incontinência intestinal ou do aparelho urinário.
- Na zona lombar muitas pessoas sofrem durante anos de dor intermitente e ligeira na parte inferior das costas em situações biomecânicas de levantar pesos, ou de flexão súbita e torção abrupta que levam muitas vezes ao  agravamento dos seus sintomas ao ponto de procurarem ajuda médica. A principal queixa da maioria das pessoas possuidoras de uma hérnia discal lombar apresenta o sintoma de uma dor forte específica na articulação coxa- femoral. Esta dor denomina-se por dor ciática, uma vez ter origem na pressão das raízes nervosas que compõem o nervo ciático e, em regra geral, começa na parte inferior das costas e depois irradia para as nádegas até à parte posterior da articulação coxa- femoral. A dor ciática agrava-se progressivamente, se na eventualidade  o paciente tossir, espirrar, ou se virar abruptamente para uma posição decúbito dorsal com as costas. Embora, o repouso alivie muitas vezes a dor ciática, esta poderá agravar-se ao conduzir ou ao levantar-se de uma cadeira. Além disso, pode-se verificar os sintomas de dormência, formigueiro ou fraqueza muscular nos músculos dos nadegueiros ou no membro inferior do lado da dor. Em formas mais raras e mais graves da origem, da hérnia discal lombar, o nervo é comprimido de forma mais extensa podendo desenvolver-se sintomas adicionais, como o caso da dor rectal; perda de controlo do intestino e da bexiga; e dormência em redor da área genital,  das nádegas ou parte de trás das coxas.
Diagnóstico
Para um correcto diagnóstico é fundamental que o seu médico avalie toda a história médica do paciente, incluindo qualquer caso histórico de febre, cancro, ou uso de corticosteróides ou de lesões recentes nas costas. Depois deverá colocar-lhe questões específicas sobre a dor:
- Tem tido episódios mais ligeiros de dor nas costas no passado?
- Onde se localiza a sua dor? 
.Limita-se à coluna ou irradia para o ombro, braço, tórax, nádegas ou perna?
- Quando é que começou a dor?
- Começou quando tentou levantar algo pesado ou foi desencadeada por uma torção ou flexão súbita das costas?
- O que a alivia e o que a agrava?
- A dor desaparece quando descansa a área afectada ou está presente mesmo em repouso?
- Notou qualquer dormência, formigueiro ou fraqueza muscular nos braços ou pernas?
- Há problemas com o controlo do intestino ou da bexiga, dor rectal ou dormência nas nádegas ou área genital?
Após avaliar toda história médica e sintomas, o médico irá efectuar um exame físico minucioso para excluir outras doenças que possam provocar dores nas costas, tais como o cancro ou uma infecção óssea das vértebras. Este exame físico geral será seguido por um exame mais detalhado das costas, durante o qual o médico deverá procurar diferenças entre os lados direito e esquerdo, contracturas ou espasmos musculares, curvatura anormal, limitação do movimento biomecânico, falta de flexibilidade, áreas de dormência e áreas de sensibilidade. Estes diagnóstico poderão ajudar a excluir outros tipos de problemas nas costas que podem provocar sinais e sintomas idênticos às outras doenças.
Na eventualidade do surgimento de uma hérnia discal lombar o médico poderá pedir ao paciente para efectuar manobras específicas, tais como andar nos dedos dos pés, andar nos calcanhares, agachar-se e levantar-se e flectir o pé contra uma resistência. É possível que faça um teste que envolva deitar-se de costas com os membros inferiores direitos , enquanto o paciente relaxa, o médico poderá levantar lentamente cada membro inferior individualmente de forma determinar o ângulo onde começa a dor no membro inferior. O paciente deverá também realizar um exame neurológico minucioso, procurando alterações nos reflexos, assim como qualquer evidência de fraqueza muscular ou diminuição da sensação.
Poderá ser recomendado a realizar radiografias à coluna, ou uma tomografia axial computorizada (TAC) e até, uma ressonância magnética nuclear (RMN) se houver dúvidas relativamente ao diagnóstico inicial e em especial se os sintomas persistirem ou se agravarem ao fim de várias semanas de tratamento ou se está a considerar cirurgia. Tendo em conta que os testes de imagem, tais como RMN ou TAC, podem mostrar anomalias do disco mesmo em pessoas sem sintomas, os resultados devem ser interpretados cuidadosamente, pois é comum encontrar anomalias que não têm repercussão clínica. O seu médico também pode recomendar uma electromiografia, um teste que analisa a função muscular e nervosa para identificar locais de compressão ou irritação nervosa.
Na maioria das pessoas, a dor nas costas (lombalgia) melhora, gradualmente, após quatro a seis semanas de tratamento.
Em muitos casos não é possível evitar uma hérnia discal. No entanto, se o paciente sofreu uma hérnia discal no passado, pode conseguir diminuir as probabilidades de voltar a acontecer se:
- Evitar actividades que requeiram levantar pesos ou flexões repetitivas
- Praticar uma boa postura
- Manter um peso saudável
- Seguir um programa de fisioterapia direccionado para aumentar a força muscular das costas e melhorar a flexibilidade do abdómen 
- Praticar exercício regular, particularmente, natação e caminhada
Tratamento Da hérnia Discal
Na maioria dos casos, uma hérnia discal (com ou sem ciática) irá responder a um tratamento conservador. Isto poderá  incluir repouso na cama em regra geral, não mais de um ou dois dias; banhos quentes; almofadas de aquecimento; e medicamentos, tais como aspirina ou outros fármacos anti-inflamatórios não-esteróides ou relaxantes musculares. Alguns médicos prescrevem corticosteróides orais, embora haja dúvidas sobre os benefícios deste tratamento.
Tendo em conta que a inactividade prolongada também tem inconvenientes, o médico pode sugerir que comece logo um regime de exercícios. Mesmo que comece o tratamento com um a dois dias de repouso na cama, ainda lhe podem pedir para completar dois a três períodos de caminhada de 20-minutos por dia. Ao fim de uma a duas semanas, em regra geral, poderá começar um programa mais intensivo de exercícios aeróbicos diários como caminhada, andar de bicicleta, natação e fisioterapia. Outros tipos de tratamento conservadores têm sido úteis em algumas pessoas que inclui métodos de ultra-sons, de massagem e  acupunctura.
Quando estas medidas mais conservadoras não funcionam, as injecções de corticosteróides epidurais podem ser úteis, embora a evidência seja discutível. Isto envolve a injecção cuidadosa de um corticosteróide de longa acção e de um anestésico, no espaço próximo da espinal medula e nervos comprimidos. Estas injecções são orientadas por Raios-X ou TAC para que se possa colocar a agulha, de forma precisa, no local adequado. Se o paciente eventualmete ter perdido o controlo do intestino ou da bexiga, e se apresentar evidência de lesão nervosa progressiva ou se tiver dor implacável que persiste apesar das semanas de tratamento conservador, pode haver necessidade de um tratamento mais agressivo, incluindo a cirurgia. Na maioria dos casos, isto significa remover o fragmento do disco herniado.

Tempo de contacto de um médico

 O Contacte do médico se na eventualidade apresentar uma dor forte nas costas, particularmente, se desenvolver dor ou dormência nos membros inferiores e superiores, ou se perder o controlo dos intestinos e da bexiga.

Autor - Christopher Brandão 2015


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