quinta-feira, 20 de abril de 2017

O Abuso sexual na criança

Ao analisar um programa televisivo, no qual todos os intervenientes apresentaram o seu ponto de vista e realizaram algumas conclusões ou medidas a um tema que infelizmente ainda se encontra escondido ou omitido na sociedade açoriana.
Os fatores de pobreza, educação, vítima , estatística foram bem argumentados, durante o desenvolvimento do debate  que decorreu durante um programa televisivo açoriano. A questão da prevenção primária do abuso sexual da criança, seria necessária debate-la,  atendendo ser um trabalho de crucial relevância, que poderá apresentar várias hipóteses de combater a origem do problema do que a sua própria consequência. O abuso sexual, geralmente nasce no seio das próprias familias destruturadas ou estruturadas, o que interessa essencialmente detetar o problema antes da consumação do ato. Perante este quadro situacional ser bastante previsível, poderá ser quantificado por um estudo científico das diversas áreas científicas relacionadas com a psicologia comportamental, associada à sociologia e por fim ao direito auxiliado pela segurança social, poderá naturalmente encontrar as melhores medidas a serem aplicadas, consoante a especificidade de cada caso de abuso.
O problema atual na prevenção do abuso sexual, se encontra na desarticulação das diversas instituições, em vez de funcionarem numa mesma direção, simplesmente atuam de forma individualista e egocêntrica sem objectivo  bem definido e clarificado a longo prazo. Sabemos que a educação é primordial ao indivíduo, mas se esquecemos da educação da sua pobre familia como iremos colmatar o problema da pobre criança?. A escola desempenha um papel abrangente à sua área, mas sem auxílio dos apoios dos agentes exteriores, como exemplo das técnicas da segurança social e das psicólogas à família, deduzo que seja um trabalho contra maré, porque a criança  aprende e recebe o conhecimento exato da escola, mas evidentemente não poderá por em prática na família, face ao seu baixo nível de instrução e de informação, que não promove o desenvolvimento necessário à sua prática . Este trabalho deverá ser realizado numa triologia interativa  entre família, escola e sociedade. A educação não é exclusiva ao aluno, terá obviamente ser abragangido por toda a família e respetiva sociedade representada pelas diversas instituições, de forma abranger as diversas áreas transdisciplinares que melhor solucione o problema específico de cada criança abusada.
Os tribunais, as comissões de menores, a escola, a família, a vítima, as psicólogas e as técnicas de segurança social devem trabalhar multidisciplinarmente, de forma encontrarem as melhores medidas que realmente quebre os ciclos de pobreza, de toxicodependência, de prostituição,  de criminalidade, que são as principais variáveis que interferem no abuso sexual da criança. Infelizmente o governo atribui rendimentos mínimos sem orientação de nutricionistas, sem dar formação à família nuclear , deduz-se que o gasto é péssimo ou deficiente na alimentação, ou o gasto é  indevido em produtos de tabaco ou de bebida dos seus progenitores, são fatores cruciais  que propiciam ao vício e que provocam a instabilidade  emocional e familiar da criança, não levando à quebra de ciclos de pobreza interageracional, que obviamente devia ser combatidos pela educação e conhecimento para vida quer profissionalmente, quer socialmente.
Avaliando todo o programa televisivo, achei interessante falarem em estatísticas e observatórios, mas falarem dos instrumentos  necessários ao combate deste flagelo ao nível das instituições, talvez teria mais utilidade por parte dos intervenientes apresentarem soluções mais eficazes neste universo mais concreto, do que propor medidas mais abstractas num tema tão delicado em termos sociais das vítimas mais vulneráveis da sociedade contemporânea, as pobres crianças abusadas.

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