sexta-feira, 23 de junho de 2017

A Questão Pedrógão

Ao observar a tragédia de Pedrógão, sinto uma grande revolta com todas as entidades governativas que infelizmente nos governam. A questão Pedrógão é uma questão que combina uma tragédia com negligência de um Estado excessivamente burocrático, corrupto, esquecido das suas verdadeiras obrigações e por fim determinados políticos realizam uma ação teatral, com intenção de se livrar das suas infelizes incompetências. Ao avaliar as consequências tardiamente desta grande tragédia, desastre ecológico, exige uma grande reflexão de todos nós sobre a função do Estado, sua atuação nula e mal antecipada das medidas florestais que nunca foram aprovadas nem discutidas em Assembleia da Républica , que na minha humilde opinião, já é considerado um grave pressuposto de má gestão política. 
A realidade é que todos nós pagamos impostos, que deviam ser bem empregues numa boa gestão de recursos humanos e tecnológicos, de forma a favorecer uma saudavél democracia com enorme qualidade de bens e serviços que os próprios cidadãos têem direito. Infelizmente a realidade não é aquela que devíamos ter, simplesmente votamos em governantes que se esquecem dos seus verdadeiros deveres de Estado, para depois virem para os meios de comunicação chorar de forma teatral e falar das pessoas que sofrerem, esquecendo-se de apurar as verdadeiras responsabilidades ou falhas de um sistema de proteção civil negligente, que custou 485 milhões de euros ao erário público. 
Todos os anos ocorrem fogos , no qual os nossos heróicos bombeiros com pouco recursos, chegam ao ridículo de irem de transportes públicos apagarem fogos e para o cúmulo da sátira ganharem 1,75 por hora. Perante este quadro situacional, em que todas as tecnoestruturas do Estado falham, quer ao nível da contratação dos recursos materiais ou de equipamentos mais viáveis para uma melhor solução de apagar fogos, que evidentemente poderia ser uma das missões que deveria ficar a cargo da Força Aérea Portuguesa, em vez do Estado comprar submarinos ou caças F16 de milhões euros. Evidentemente poderiam equipar a força Aérea Portuguesa para uma força de intervenção rápida de apagar  fogos com grande eficácia, dada à excelente formação dos pilotos portugueses. Infelizmente a realidade dos políticos é favorecer os amigos ou os camaradas em concursos públicos muito duvidosos, de forma a favorecer as suas ricas empresas, à custa dos impostos dos honestos cidadãos.
Não podemos pagar convenientemente um salário digno a um bombeiro, os seus transportes e a sua alimentação, mas podemos favorecer o amigo a ganhar um determinado concurso para pagar fogos a 35 000 euros por hora. Aqui está o verdadeiro problema da nossa política atual, favorecer quem não devia ser favorecido, prejudicar o pobre cidadão que perde os seus bens a sua própria família, jogar com a própria comunicação social, para confundir quem tem culpa nesta real tragédia de chupar o dinheiro público . 
A realidade infelizmente encontra-se sem culpados, sem leis, sem controlo, tudo quer simplesmente protagonismo político numa podridão permanente, esquecendo-se das mortes e das desgraças dos outros. 
A crítica permanente não resolve nada sobre as florestas Portuguesas, mas basta ter um palmo e meio de testa, para quem tenha uma certa visão holística do problema, para avaliar uma conjuntura do todo, no qual podemos concluir o seguinte:
- É necessário o ordenamento da floresta, segundo um plano diretor geral independente, onde haja responsabilização por parte dos proprietários neste processo. O Estado tem a verdadeira obrigação de ordenar as florestas Portuguesas com acessibilidades e meios tecnológicos, utilizando os drones com função de vigilância para uma prevenção mais primária de fogos,
- É necessário durante o verão, os militares que não fazem nenhum nos quartéis irem para o campo de ação florestal , com os seus generais, em vez estarem em festas no bem bom ou a dar comendas a quem não produz nada,
- É necessário equipar convenientemente os bombeiros, desde a sua formação técnica , física e académica, e por fim tecnológica, 
- É necessário obrigar o proprietário limpar o seu espaço ou alertar as Juntas de Freguesia ou Câmaras Municipais a desempenharem esta função, caso não haja disponibilidade financeira,
- É necessário os engenheiros florestais trabalharem transdisciplinarmente com as entidades locais , governativas, académicas de forma possam integrar e resolver todos os problemas da floresta Portuguesa,
- É necessário expropriar terra, se for preciso para resolver determinados problemas específicos da floresta, desde quebrar barreiras físicas, aplanar, plantar, replantar etc,
- É necessário fiscalizar todos o processo numa tecnoestrutura ascendente, de forma haja de fato evolução preventiva de todo o processo florestal,
- É necessário criar postos hídricos devidamente sinalizados, de forma toda a gente possam saber a sua localização,
- É necessário haver planos de fuga, sinalética, organização geral da proteção civil num centro nevrálgico sob a forma  de comando único, de forma possa avaliar todo o campo de ação num só voz de comando,
- É necessário realizar parcerias ou protocolos com os bombeiros Espanhóis que se encontram mais próximo da fronteira,
- É necessário criar uma logística de salvação para que possa assistir convenientemente as vítimas, as populações, idosos, crianças, etc,
- É necessário acabar com os lobbies das madeiras,  
- É necessário que os deputados trabalhem convenientemente sobre estas matérias na própria Assembleia da Républica, porque todos os anos acontece o mesmo cenário e ninguém faz nada ou fica sempre no esquecimento quando chega a estação do Inverno.
- É necessário renovar as carreiras dos guardas florestais, dando as condições necessárias para as suas diversas funções,
- É necessário por o mundo académico a trabalhar nas florestas, de forma haja cientifícidade na resolução dos problemas, reduzindo os gastos exorbitantes e as puras negligências.
Não podemos continuar assim todos os anos, espero que este simples alerta faça refletir alguém no poder político, que tenha a verdadeira coragem e intenção de mudar o sistema para melhor, de forma de futuro possa evitar novas tragédias.   

terça-feira, 20 de junho de 2017

O Julgamento Amoroso

Para uma linguagem franca e libertina que realizamos sobre as nossas observações, determinam o onús da prova dos juízes de valor que fazemos, sobre as nossas energias despendidas em sistemas hipercomplexos bastante controversos, onde o tabu e o ceticismo dão as respostas corporais necessárias ao amor que fazemos em espaço próprio. A constelação amorosa, permite uma maior dinâmica da paixão que prevalece num determinado espaço intimo, onde a exploração do corpo exige uma performance qualitativa de um sentimento que transcende as necessidades mais básicas de ambos os sexos. O limiar de excitação permanente, permite o despoletar de uma exploração corporal de um determinado território amoroso, onde é preciso ter coragem e paciência para vencer os tempos nublados que se aproximam. Não precisamos olhar com desconfiança o futuro, pois com o presente fortalecemos o estado da nossa alma, para um potencial de ação de energia necessária produzida à custa das massas corporais alternativas, que simplesmente transferem fluídos descontrolados por pensamentos ativos. A garantia da satisfação corporal ao longo da vida, exige uma revolução do pensamento manifestado por um pluralismo sexual adquirido ao longo das gerações. As necessidades mais básicas do prazer social libertino, manifesta-se em escolhas de repúdio de míseras orgias provenientes de infedilidades constantes de heterossexualidade ou de homossexualidade, que por fim manifestam-se num contato simples de lesbianismo puro, que talvez justifique o celibato permanente. Talvez o segredo de alcofa orientado para uma promiscuidade sexual teatral, insegura, arrogante ou submissa, exige uma atenção dobrada, ou uma reflexão por parte do indivíduo, que por sua vez deve parar durante um minuto para poder respirar ofegantemente e seguidamente observar à sua volta aquela pessoa que é mais instável em relação à outra, ou que é mais inflexível à tentação do elemento atrativo. O sexo é o teatro dos pobres, mas para quem acredite neste pressuposto, será necessário evidenciar situações em que são reconhecidas aos indivíduos certos instintos, vocacionados para um campo de persistência de engate, cujo devaneios são considerados desvios de conduta do pecado. Para alguns vultos femininos que se aproximam à nossa volta, com um simples olhar e um cheiro a perfume associado a uma bela indumentária, carateriza-se socialmente por um simples piropo de valor fútil do estético para o mais belo corpo moldado à natureza da sua própria juventude. Determinados critérios atrativos preenchem-nos a alma, com um determinado diagnóstico de foro psiquiátrico, que se manifesta em comportamentos fantasiosos, peculiares, padronizados e por fim disfuncionais, que até podem causar danos físicos e morais às nossas pobres condutas descontroladas.
Somos simplesmente psicopatas do cotidiano, que simplesmente lutamos contra a insatisfação dos sete pecados mortais da vida. Há quem diga que na guerra dos sexos a paz celebra-se na cama, talvez podemos explicar detalhadamente determinados princípios que nos levam a agir mais com  a emoção do que com o coração. Talvez o instinto mais feroz de cópula permanente possa justificar a conceção de determinados morfotipos camuflados, que auxiliam na descoberta das posições mais reprodutivas para a manutenção da própria espécie humana.
Antes de se relacionarem com alguém, terão de escolher o melhor caminho para a melhor cama, sem abrir mão à convivência mais intima de um real julgamento proposto entre quatro paredes.

Christopher Brandão, 2017