terça-feira, 20 de junho de 2017

O Julgamento Amoroso

Para uma linguagem franca e libertina que realizamos sobre as nossas observações, determinam o onús da prova dos juízes de valor que fazemos, sobre as nossas energias despendidas em sistemas hipercomplexos bastante controversos, onde o tabu e o ceticismo dão as respostas corporais necessárias ao amor que fazemos em espaço próprio. A constelação amorosa, permite uma maior dinâmica da paixão que prevalece num determinado espaço intimo, onde a exploração do corpo exige uma performance qualitativa de um sentimento que transcende as necessidades mais básicas de ambos os sexos. O limiar de excitação permanente, permite o despoletar de uma exploração corporal de um determinado território amoroso, onde é preciso ter coragem e paciência para vencer os tempos nublados que se aproximam. Não precisamos olhar com desconfiança o futuro, pois com o presente fortalecemos o estado da nossa alma, para um potencial de ação de energia necessária produzida à custa das massas corporais alternativas, que simplesmente transferem fluídos descontrolados por pensamentos ativos. A garantia da satisfação corporal ao longo da vida, exige uma revolução do pensamento manifestado por um pluralismo sexual adquirido ao longo das gerações. As necessidades mais básicas do prazer social libertino, manifesta-se em escolhas de repúdio de míseras orgias provenientes de infedilidades constantes de heterossexualidade ou de homossexualidade, que por fim manifestam-se num contato simples de lesbianismo puro, que talvez justifique o celibato permanente. Talvez o segredo de alcofa orientado para uma promiscuidade sexual teatral, insegura, arrogante ou submissa, exige uma atenção dobrada, ou uma reflexão por parte do indivíduo, que por sua vez deve parar durante um minuto para poder respirar ofegantemente e seguidamente observar à sua volta aquela pessoa que é mais instável em relação à outra, ou que é mais inflexível à tentação do elemento atrativo. O sexo é o teatro dos pobres, mas para quem acredite neste pressuposto, será necessário evidenciar situações em que são reconhecidas aos indivíduos certos instintos, vocacionados para um campo de persistência de engate, cujo devaneios são considerados desvios de conduta do pecado. Para alguns vultos femininos que se aproximam à nossa volta, com um simples olhar e um cheiro a perfume associado a uma bela indumentária, carateriza-se socialmente por um simples piropo de valor fútil do estético para o mais belo corpo moldado à natureza da sua própria juventude. Determinados critérios atrativos preenchem-nos a alma, com um determinado diagnóstico de foro psiquiátrico, que se manifesta em comportamentos fantasiosos, peculiares, padronizados e por fim disfuncionais, que até podem causar danos físicos e morais às nossas pobres condutas descontroladas.
Somos simplesmente psicopatas do cotidiano, que simplesmente lutamos contra a insatisfação dos sete pecados mortais da vida. Há quem diga que na guerra dos sexos a paz celebra-se na cama, talvez podemos explicar detalhadamente determinados princípios que nos levam a agir mais com  a emoção do que com o coração. Talvez o instinto mais feroz de cópula permanente possa justificar a conceção de determinados morfotipos camuflados, que auxiliam na descoberta das posições mais reprodutivas para a manutenção da própria espécie humana.
Antes de se relacionarem com alguém, terão de escolher o melhor caminho para a melhor cama, sem abrir mão à convivência mais intima de um real julgamento proposto entre quatro paredes.

Christopher Brandão, 2017

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