Uma irresistivel tentação, ao provar o chá Gorreana com outras plantas originárias de várias fragrâncias, permitiu criar um sabor exótico distinto dos outros chá existentes, que simplesmente apaixona qualquer um ao bebe-lo. No passado houve um entusiasta amante da natureza que teve a brilhante ideia de testar a cultura do chá na linda paisagem situada na Maia em S. Miguel. Alguns investigadores sustentam que a Camellia é a suposta planta que se encontra na origem do chá verde e do chá preto introduzido nos Açores, nomeadamente em São Miguel no ano 1750. Sabe-se ainda da existência do seu primário cultivo na ilha Terceira para posteriormente ser exportado para Portugal Continental, mais especificamente para a sua nobre capital Lisboa no ano 1801.
Com a introdução das sementes de chá na ilha de São Miguel pelas mãos do grande micalense chamado Jacinto Leite, que por sua vez avaliou o clima temperado marítimo da ilha, e as suas pluviosidades por metro quadrado bem distribuídas ao longo do ano, conclui que seria as condições ideais para a sua cultura. No século XIX, como alternativa à crise do ciclo comercial da laranja então vivida naquela época, introduziu-se esta nova cultura incentivado pela sociedade Promotora da Agricultura Micalense, que por sua vez contratou dois técnicos chineses oriundos de Macau para virem para São Miguel no ano 1878. Estes, por sua vez, trouxeram novas sementes de "Jasmin grandiflorum" e da "Malva vacciones" onde ensinaram e ministraram as principais técnicas de preparação das folhas para o próprio fabrico do chá.
As pioneiras experiências foram executadas com a apanha da folha nas localidades das Capelas, do Pico da Pedra, e por fim na Ribeira Grande, mais especificamente na freguesia do Porto Formoso . Naquela época , embora não se tenham obtido grandes quantidades de folhas, foi o suficiente para garantir a manutenção desta cultura até ao momento atual. A própria propriedade da Gorreana apresenta características de um solo argiloso com um ph ácido, permitiu o cultivo de um chá com uma diversidade de aromas bastante agradáveis, que faz apaixonar qualquer um pelo seu sabor agradável e puro. Atualmente, o chá ali produzido é de excelente qualidade ecológica graças à grande promoção regional, nacional e internacional das marcas de chá preto, chá verde e semi fermentado, que complementa a confecção dos famosos gelados da mesma marca Gorreana. Ao longo da história a fábrica foi passando de geração em geração pela mesma família.
Atualmente é gerida por duas irmãs, empresárias de sucesso que simplesmente transformaram a excelente marca de chá Gorreana e os seus derivados para o mercado globalizado, internacionalizando o famoso produto que serve de embaixador da marca Açores no mundo. Devido à sua grande qualidade de sabores ao longo do tempo, a marca detém o título da fábrica mais antiga de chá da Europa, graças à manutenção da tradição do seu cultivo e à sua confecção. Atualmente é considerada na ilha S.Miguel um principal local de atração turística a todos que pretendem conhecer, saborear e trazer os seus excelentes produtos pelo mundo.
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