sábado, 16 de junho de 2018

O Homem do atalho

A dimensão de procura da satisfação da alma,  leva muitas vezes na vida a caminhos tentadores do pecado.  Surge a questão  de um sexagenário libertino, que infelizmente vive num estado  permanente de insatisfação , derivado de um complexo de culpa  ativo de ações  realizadas no passado, que ainda não foram absolvidas no futuro pelas suas memórias. Talvez a sua escolha presente, seja pertinente em  tomar uma simples  decisão de encontrar num atalho uma estranha carente, com pretensões de serviços de satisfação do corpo, que provavelmente concretizarà as suas fantasias pornográficas, manifestadas durante em sonhos de levantar sete cobertores numa noite.
Um homem que vive num limiar de excitação oculto,  será que não tem direito de procura aquilo que não tem em casa?
Talvez este dilema esteja correcto perante o seu raciocínio lógico, mas o julgamento da sua própria índole moral, poderá ser condenável pela sociedade tradicionalista onde se encontra inserido. Relativamente à sua condenação da sua má conduta, não poderá ser julgada em praça pública, pelas suas puras tentações vocacionadas à mísera satisfação dos seus instintos carnais, leva a um direito de procura momentânea, de escolher o caminho mais fácil de alívio de tensões, por um simples ato manual biomecânico estimulado por um estranho vulto feminino.  A casualidade libertina e selvática de desperdício da semente da vida por uma simples troca comercial não merece ser valorizado em contexto de virilidade durante o momento heróico de pura ejaculação de troca de fluidos.
Ninguém tem o direito de julgar ninguém, pelos seus próprios atos dantescos, mas o  julgamento da vida determinará se vale a pena morrer satisfeito por um preço tão baixo a retalho, ou ser vendido em saldos numa simples vitrina da vida?.
Nesta reflexão libidanesca, só o desespero leva ao ser humano a escolher um atalho em vez de um verdadeiro caminho , porque é a opção mais fácil de ser destruído pelos sete pecados mortais, do que  ser construído pela realidade de acumulação e  manutenção dos difíceis sete caminhos do amor da vida.

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