sexta-feira, 29 de março de 2019

A Deficiência Intelectual Inclusiva na Sociedade Escolar



As característica das deficiências intelectuais são baseadas num processo de inclusão escolar  social, de forma a ultrapassar as barreiras cognitivas encontradas durante o processo de ensino-aprendizagem. A intervenção do Técnico de Psicomotricidade em ambiente escolar inclusivo, demonstra uma certa necessidade de conhecer as deficiências cognitivas encontradas perante as dificuldades que surgem durante o ano letivo escolar. Para que haja uma melhor orientação para conduzir determinados casos mediáticos complexos, que exigem uma intervenção mais adequada, será necessário que os técnicos estejam incorporados em equipas multidisciplinares, de forma seja facilitada a deteção de transtornos decorrentes de etiologias diferenciadas por parte dos professores, que por sua vez devem ser instruídos em metodologias de ensino cada vez mais eficazes, de forma haja uma maior motivação por parte dos alunos, durante o seu contexto de ensino - aprendizagem.

Existe uma enorme complexidade em diagnosticar o indivíduo possuidor de uma deficiência intelectual, essencialmente num determinado nível etário, onde é facilmente confundida com uma patologia precoce.

Um conhecimento científico engloba várias características especificas, que geralmente poderá gerar más interpretações por parte da sociedade civil, cada vez mais confusa ao nível da informação relacionada com os vários estereótipos de deficiência. Muitas pessoas sofrem de um conjunto de preconceitos derivados de informações bastantes técnicas e complexas, para quem desconhece a real realidade da deficiência tem uma enorme dificuldade de compreensão.

Entendemos que a nossa cultura é muito preconceituosa desde os primórdios da humanidade, mas para as pessoas com deficiência excluídas à priori desde da fase do nascimento até à sua morte, traduzem situações cada vez mais problemáticas para o contexto familiar. Com o desconhecimento da matéria, torna-se necessário uma visão holística dos problemas, que por sua vez abrange uma análise detalhada de cada caso. Atualmente a falta de informação e de orientação das pessoas, ultimamente tem sido acompanhada durante o seu percurso de vida escolar, principalmente em alunos inteligentes e brilhantes, que por sua vez sentem dificuldades de adaptação ao contexto escolar. Estes muitas vezes sofrem bullying por serem mal compreendidos na sua própria filosofia de vida.

Segundo os autores Batista e Edmundo (2004) acreditam que a grande maioria das crianças que são deficientes mentais sofrem de atrasos cognitivos, o que simplesmente restringem a sua própria comunicação, motricidade, e por fim não desenvolvem as tarefas necessárias do seu cotidiano.

A explicação médica para as prováveis causas das pessoas possuidoras de deficiência mental, entre as causas mais comuns se destacam, as condições genéticas que se apresentam por genes anormais herdados pelos seus próprios progenitores. Durante a gestação, a mulher também corre o risco na eventualidade de ser alcoólatra, ou de adquirir alguma doença durante a gravidez que possa ser prejudicial ao desenvolvimento do feto, até mesmo durante o parto, na eventualidade da criança permanecer por um determinado tempo sem  oxigénio, poderá eventualmente acarretar sequelas para toda a vida.

A fase cognitiva derivada pelo mau funcionamento intelectual, desenvolve-se significativamente abaixo da média, devido às limitações de operacionalidade adaptativa, referente à capacidade do indivíduo em dar respostas adequadas à sociedade. Os cuidados pessoais e as competências domésticas, encontram-se relacionadas com as habilidades sociais, através da utilização de recursos humanos ou materiais que auxiliam na autonomia do individuo, de forma a promover a sua qualidade de saúde e de segurança. É possível manter uma vida com um padrão normal, mesmo possuindo algum tipo de deficiência, sendo ela motora, visual, auditiva e até mesmo intelectual. Segundo Grossman (1997), a deficiência mental refere-se ao mau funcionamento do sistema cognitivo geral, que significativamente se encontra abaixo da média, derivado a falhas comportamentais mal-adaptadas. Nesta perspetiva, constata-se que a deficiência intelectual não é uma doença propriamente dita, em que não é esperada uma cura para quem é detentora, ou algum prejuízo para quem convive ou lida com ela há demasiado tempo. A humanização de cada sujeito é fundamental para a existência de uma boa prática de saúde, de educação, de assistência técnica, dentro de muitos outros parâmetros que ajudam a família nesta luta diária permanente.

A fase de diagnóstico ao nível da deficiência intelectual é bastante complexa ao nível de síndromas, que por sua vez causam atrasos cognitivos, sendo essas identificadas por Síndroma de Down, Síndroma de Angelman, Síndroma de Rubinstein-Taybi, Síndroma de Lennox-Gastaut, Esclerose Tuberosa, entre outras menos comuns. Todos estes síndromas se enquadram no quadro de deficiência intelectual, onde a medicina está muito avançada atualmente, no qual a fase pré-natal poderá ser diagnosticada previamente, na eventualidade da existência de alguma alteração genética, ao nível do desenvolvimento psicomotor da criança, assim podendo preparar a família para um pior cenário possível.

Segundo Grossman (1997) a criança com deficiência intelectual deve ser inserida na sociedade como qualquer criança normal, onde há necessidade de atendimentos que podem propiciar condições de liberdade para que o aluno possuidor de deficiência mental possa desenvolver a sua inteligência dentro de um quadro situacional de recursos humanos e materiais existentes numa determina instituição.

A criança e o adolescente portadores de algum tipo de transtorno, durante muito tempo foram encaminhados ao médico especialista que isoladamente traçaram um diagnóstico individual, aplicando um tratamento específico para uma determinada patologia. Nos dias atuais, estes transtornos são estudados pela maioria dos profissionais que atuam nestas áreas da saúde e de educação de forma multitransdisciplinar, onde trabalham de modo articulatório para o mesmo objetivo, de forma a detetar precocemente os transtornos que geralmente surgem nesta fase de vida, com a intenção de fornecer um tratamento mais adequado ao indivíduo e a respetiva informação mais adequada à família.

Em relação aos transtornos provenientes de uma história familiar, onde se encontram presentes os fatores genéticos que desempenham um papel importante na etiologia, através de um conjunto de causas possíveis que podem ser detetadas por  um processo de investigação científica.

Todos os transtornos são inclusivos ao nível da sua categoria de desenvolvimento psicológico, inclusive os transtornos específicos referentes ao desenvolvimento das habilidades psicomotoras escolares, onde possuem algumas características que ocorrem invariavelmente no decorrer da fase da infância; comprometendo o atraso no desenvolvimento das funções relacionadas com a maturação biológica do sistema nervoso central.

Os estudos investigados por Zorzi (2003), analisam diversos tipos de transtornos inerentes ao processo de ensino aprendizagem, onde se depreende uma classificação hipercomplexa ao nível de uma solução cientifica. O transtorno não é um termo exato, porém poderá ser usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecíveis.

A maioria dos casos mediáticos dependem das funções afetadas pela comunicação ou pelas habilidades visuo espaciais relacionadas com a coordenação motora. É característico que as patologias diminuam progressivamente, à medida que a criança cresce, embora os deficits mais ligeiros frequentemente perdurem durante a vida adulta.

Os fatores ambientais frequentemente podem influenciar as funções de desenvolvimento psicomotor, porém na maioria dos casos não possuem uma influência predominante, embora exista uma concordância global sobre os transtornos do desenvolvimento psicológico. A etiologia na maioria dos casos é desconhecida porque há uma incerteza contínua, a respeito de casos identificados em situações escolares, que por sua vez devem ser analisados e acompanhados individualmente por uma equipa multidisciplinar.

A criança com deficiência intelectual, tem uma perspetiva diferenciada de aprendizagem e consequentemente tem uma dificuldade em construir um conhecimento que seja capaz de demonstrar a sua capacidade cognitiva perante os outros.

Christopher Brandão, 2019









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