Algumas regras básicas do ténis moderno durante o tempo de prática, eventualmente existe uma enorme probabilidade de acabar em lesões complexas, devido à falta de conhecimento da biomecânica da modalidade. Uma das maiores preocupações do tenista, será a lesão da articulação do cotovelo, denominada por ténis elbow, oriunda de diversas causas possíveis, para o desenvolvimento da própria patologia. As prevenções das lesões em geral, não podem ser evitadas pela má execução biomecânica dos gestos técnicos da modalidade, ou por uma simples queda no campo. As torções dos membros inferiores acontecem, por não terem controlo sobre elas, eventualmente muitas outras lesões podem ser evitadas, se os atletas forem mais atentos e preventivos com o seu próprio sistema locomotor.
Em princípio o atleta mesmo amador, necessita mesmo de saber a verdadeira informação técnica performativa, para poder jogar adequadamente, nem que seja pelo puro lazer. O Ténis mantém a hemostasia psíquica e física num todo, que por sua vez funciona como uma terapia de compensação das próprias adversidades do jogo. Perante este quadro situacional, é válido afirmar até um certo ponto, que um sistema de preparação corporal seja mais adequado às exigências biomecânicas da mobilidade, de forma poder reequilibrar o desgaste das articulações que toda a modalidade produz.
O ténis exige bastante do aparelho locomotor e do sistema cardiorespiratório vascular, por ser uma modalidade desportiva assimétrica, com piques de aceleração curtos e rápidos, baseados numa metodologia de treino interval training.
A instalação de uma lesão não se dá subitamente, ela é o resultado de uma combinação de pequenos fatores, que ao longo do tempo têm a potência necessária para criar uma patologia grave e outras vezes vai-se empurrando a situação recorrendo a anti-inflamatórios relaxantes e musculares. Não temos a cultura desportiva necessária para cuidar a compensação dos desgastes causados pela prática, mas é necessário a formação em saúde que crie hábitos saudáveis nos indivíduos. O ser humano, é um ser que vive em rotinas padronizadas, com pouco espaço para o seu desenvolvimento psicomotor. Não ter hábitos saudáveis e viver cada dia de uma forma diferenciada, não nos dá as raízes necessárias para a consistência de realizar feitos gloriosos em diversas áreas competitivas. É necessária uma prática paralela à atividade desportiva, realizada em campo de forma regular, para manter distante as lesões do aparelho locomotor. Não existe uma receita mágica para uma boa prática biomecânica e performativa, embora não precisa ser tão extensa e proporcional ao tempo que se passa em campo jogando. A maior dificuldade está na instauração do hábito desportivo contínuo, que depende essencialmente do tempo despendido no jogo propriamente dito.
O fator fundamental para prevenir as lesões, é uma prática concomitante ao desporto, destinada a reequilibrar a musculatura, os tendões, as articulações e o alinhamento postural da coluna vertebral. A escolha mais apropriada ao perfil do atleta, inclui-se numa rotina de uma boa metodologia de treino, que deverá ser realizada em duas a três vezes por semana, num tempo mínimo de meia hora, será suficiente. Um trabalho semanal auxiliado por um profissional de exercício, também poderá ser uma boa solução, para um bom condicionamento cardiovascular, que por sua vez protegerá o órgão do coração e melhorará a oxigenação dos tecidos durante a prática, além de auxiliar na recuperação do organismo no período pós-prática.
Devemos evitar os excessos de exercícios para os atletas amadores, que têm uma tendência ao fanatismo e com muita frequência se lesionam, por forçar demais o corpo. É preciso aprender a dosear a prática e colocar-se à escuta do próprio corpo, para saber quando é o momento exato da pausa ou do descanso. O organismo precisa de um tempo para reequilibrar-se metabolicamente e estruturalmente após o esforço. Antes que esse processo se complete, o jogador durante o aquecimento à volta do campo tem a probabilidade de se lesionar, na eventualidade do organismo não estiver totalmente recuperado. Cada atleta tem um tempo específico de recuperação, que varia segundo a sua própria morfologia física, condicionada à intensidade do esforço que foi realizado.
Aprender a ouvir o corpo, é algo importantíssimo para o desenvolvimento da sensibilidade do atleta, ao sono e à alimentação. Para muitas pessoas, estes aspetos de saúde podem parecer algo surreal, sem ligação direta com a prevenção de lesões, mas na realidade encontram-se intimamente ligados. Um organismo bem hidratado e bem alimentado com alimentos que nutrem o corpo ao nível da quantidade certa, provoca as melhores condições de funcionamento ao nível do repouso e do esforço. O sono é algo crucial, e quando não se dorme o tempo suficiente, a qualidade fica seriamente prejudicada porque não se dá as condições de regeneração necessárias, para que o organismo possa recuperar do cansaço, no qual deixa o atleta vulnerável e sensível. Na hora de uma maior exigência de prática desportiva, será mais susceptível a lesões.
A boa biomecânica auxiliada por um bom material desportivo, é uma caraterística específica essencial à modalidade, se na eventualidade existir uma falha biomecânica, a orientação técnica de um professor é essencial para a correção dos movimentos repetitivos incorretos, que não sejam o início de uma futura lesão. Mesmo para aqueles atletas que não teêm uma boa biomecânica, os treinadores devem estar atentos aos vícios que podem ser adquiridos ao longo das suas carreiras desportivas, para que futuramente possam ser corrigidos e evitados oportunamente. O equipamento desportivo também é um fator fundamental pela sua importância de evitar a sobrecarga na coluna e nas articulações, por exemplo um par de ténis específico e uma boa raquete com a empunhadura correta realiza a pressão ideal na corda da raquete e ao mesmo tempo o anti vibrador embora o seu uso protetor seja indiscutível, a sua função de amortecimento da bola seja eficaz ao nível do batimento da bola.
Christopher Brandão, 2019
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