As lutas por meio de invasões territoriais, criam fortes laços de sangue pela redenção do pecado, muitas vezes mal compreendida pela civilização. Provavelmente a natureza humana, através das suas faculdades psicomotoras, opercionaliza de forma consciente os seus melhores instrumentos de poder, a mente e o corpo, para a purificação da alma, em determinados espaços cronológicos de perigo, guerra, fome e epidemia. A finalidade humana age consoante a sua necessidade de encontrar o seu verdadeiro caminho da verdade na sua própria espiritualidade. Na eventualidade desejarmos uma comunicação presencial com Deus, devemos realiza-la através da ciência teológica, de forma podermos compreender o livro da Sagrada Escritura pela aquisição do culto religioso.
Para melhoramos a nossa própria conduta humana, devemos consultar a Bíblia, porque é a única fonte de conhecimento teológico, que tem por base uma linguagem metafísica de origem mitológica e divina. Relativamente à questão problemática da fé, como força inspiradora de uma vontade consciente, divina e sobrenatural sobre a vida humana em sociedade, que por sua vez se constroi à custa de uma índole simbólica intelectual, fundamental ao desenvolvimento misericordioso da vontade própria do indivíduo.
A hermenêutica tradicional analisa de forma sistemática a interpretação dos textos sagrados, com base num determinado pressuposto de doutrina cristã, para que possa ser compreendida por qualquer ser humano. A dimensão de cultura sagrada Bíblica, tem por epicentro a personagem de Jesus Cristo, relatada biograficamente em factos históricos antes e após do seu nascimento. Na sua generalidade exemplifica as suas boas ações realizadas ao longo da sua vida. Numa fase primária, a bíblia divide-se pelo Antigo Testamento, que por sua vez se encontra agrupada em quatro fases históricas:
1- Pentateuco ou cincos livros de Moisés , Genesis , Êxodo, Levitico, Números , Deuteronomio
2- Livros históricos, Josué, Juizes, Rute, Reis, Crônicas, Esdras e Neemias, Tobias, Judite, Ester, Macabeus,
3-Livros didaticos ou poéticos: jo ,Salmos, Provérbios, Eclesiastes,Cantico dos Canticos, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sabedoria de Jesus, Filho de Sirac),
4- Livros proféticos: Isias, Jeremias, Lamentacoes, Baruc, Ezequiel, Daniel, os Doze profetas menores, (Amos,Oseias,Joel, Abdias,Jonas, Miqueias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, zacarias, Malaquias.
Relativamente ao Novo Testamento tem o seu lugar de destaque, mas destina-se aos quatros Evangelhos, segundo S. Mateus, S.Marcos, S.Lucas, S.João e posteriormente uma descrição histórica dos Atos dos Apóstolos associada às catorze epístolas de S.Paulo aos Romanos,duas aos Coríntios, aos Galatas, aos Efesios ,aos Felipenses, aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, uma a Tito, a Filemon, aos Hebreus, sete epístolas designadas católicas ou canônicas, uma de Tiago, duas de Pedro, três de João, uma de Judas e por fim o livro profético, a Apocalipse.
O elenco principal dos livros sagrados designa-se cânon, cujo seu sentido se encontram mais padronizado no seu sentido mais conotativo. O cânon católico é constituído no século IV, com base nas cartas pontifícias e nos concilios provinciais Africanos, para posteriormente ser sancionado pelos concílios ecumênicos de Florença datados em ( 1441) e de Trento (1546) e posteriormente confirmado pelo Concílio do Vaticano em (1870).
A integração do Cânon, não dá importância à sua leitura de forma sequenciada ou ordenada, simplesmente se encontra primariamente enquadrada no Antigo Testamento ao Pentateuco e no Novo Testamento aos Evangelhos.
Podemos concluir que a jurisprudência da Sagrada Escritura está sujeito a uma análise de juizo de valor por parte da Igreja, que tem o devido direito de interpretar a palavra de Deus, com a sua própria linguagem condescendente de eterna sabedoria.