terça-feira, 31 de março de 2015

PSICOMOTRICIDADE ESTUDANTIL


 Neste artigo iremos abordar a importância da educação para o desenvolvimento global do aluno e os aspetos que envolvem a Psicomotricidade, que por sua vez favorecem o processo ensino-aprendizagem do conhecimento, como algo mais amplo, do que a simples transmissão de informações. Sendo assim, através deste conhecimento poderemos efetuar algumas considerações sobre a importância da Psicomotricidade na Educação, visando o steady stadium necessário ao desenvolvimento psicomotor do aluno; utilizando estratégias e procedimentos metodológicos fundamentais à pesquisa bibliográfica e exploratória. A importância da Psicomotricidade para a educação escolar funciona como um instrumento auxiliar do aluno em todas as áreas de estudo voltadas para a organização afetiva, motora, social e intelectual. Ela contribui para o processo educativo com finalidades de desenvolver nos alunos uma psicomotricidade satisfatória e ao mesmo tempo, contribuir para uma evolução psicossocial que permita um critério de êxito escolar. Sendo importante ao professor ter conhecimentos sobre a psicomotricidade e desenvolvimento motor de forma a proporcionar uma dimensão social em espaços educativos, através de uma relação de contato e confiança com o aluno de forma tenha uma perceção mais próxima dos seus interesses e motivações ao nível de classe. As diferenças relacionadas com as expressões corporais em motricidade definem uma panóplia de sensações sinestésicas, sensoriais, emocionais, neurológicas, organizadas por vias recetivas e propriocetivas onde o aluno define estímulos produzidos por marcos de desenvolvimento psicomotor que compreenda a relação do seu ego e do outro. A Psicomotricidade contribui de uma maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como principal objetivo, incentivar a práxis da motricidade em todas as etapas do ciclo de vida de um sujeito. Por meio das atividades os alunos criam a ludomotricidade para o seu lazer ou divertimento e por sua vez interpretam o seu espaço cineantropológico onde se relacionam.
A psicomotricidade tem a finalidade de auxiliar no desenvolvimento psicomotor e afetivo do indivíduo com uma finalidade em auxiliar a expansão e equilíbrio da sua afetividade através da interação com o seu espaço cineantropológico. Perante este quadro situacional existem algumas considerações sobre a importância da Psicomotricidade na Educação escolar visando o equilíbrio e o desenvolvimento motor e intelectual do aluno. Para o desenvolvimento deste conhecimento é necessário quantificar a pesquisa bibliográfica e histórica do contexto familiar e individualizado do aluno de forma compreendemos a dimensão exploratória dos problemas através da construção de hipóteses e variáveis. O conhecimento adquirido pelos livros, documentos, e artigos científicos visam a procedimentos metodológicos com base em soluções eficazes no levantamento dos dados e da pesquisa bibliográfica e histórica dos vários contextos do aluno na qual abrange um conhecimento do seu próprio quadro situacional ao nível familiar, escolar, e por fim individualizado. Todo o material recolhido é submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. De acordo com a pesquisa bibliográfica e histórica em contexto familiar, escolar podemos realizar uma análise do levantamento das informações fundamentais, para análise da origem do problema produzido num determinado contexto comportamental, emocional e psicomotor do aluno. A pesquisa histórica e bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes origens problemáticas do aluno de forma haja solução por parte do professor ao nível das contribuições científicas disponíveis sobre um determinado problema. Provavelmente dará todo o suporte em todas as fases de solução para qualquer origem problemática, uma vez que auxilia na definição do problema existente. Além de ser uma pesquisa exploratória que busca informação num contexto de entrevista aberta de forma a proporcionar uma maior familiaridade com o problema, visto a torná-lo explícito na construção de soluções. Em Regra geral as formas de pesquisa histórica/ bibliográfica em formato de entrevista aberta provavelmente poderá ser uma primeira aproximação entre a família, o técnico e o aluno e por sua vez cria uma maior relação. O levantamento de fatos é quase sempre realizado num formato de entrevista aberta que visa essencialmente um levantamento histórico/ bibliográfico das famílias do aluno com os profissionais de psicomotricidade. A Fundamentação Teórica da Psicomotricidade poderá ter um papel fundamental na definição do contexto histórico bibliográfico da família, da escola e por fim do próprio aluno. A base do trabalho com alunos problemáticos ou com dificuldades no processo ensino-aprendizagem na educação escolar provavelmente terá uma maior incidência na estimulação preceptiva relacionada com o desenvolvimento do esquema corporal. O aluno organiza aos poucos o seu espaço cineantropológico a partir do seu próprio corpo. O papel do técnico tem como finalidade o desenvolvimento integral do aluno de acordo com o seu desenvolvimento psicomotor que engloba aspetos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais, complementando a ação familiar com a escola e por fim com a sociedade. Para que haja esse desenvolvimento integral é necessário sermos conscientes da importância da psicomotricidade, considerando-a como ciência que envolve toda a ação realizada pelo indivíduo, que represente as suas condutas e necessidades, ao nível do desenvolvimento das suas relações com o seu espaço físico e geográfico. A motricidade permite ao aluno explorar o seu espaço, assim, sem o contato concreto do aluno que potencialmente pode desenvolver um bloqueio e isolar-se para toda a vida. Por isso, a construção do esquema corporal e da organização das sensações relativas ao próprio corpo têm um papel fundamental no desenvolvimento do aluno. O psicomotricista é um profissional que cuida de todo o processo de afetividade, de cognição, de motricidade e de linguagem de forma haja uma dinâmica psicomotora que auxilie no potencial de relação das vias da motricidade. A ludomotricidade incentiva e amplia a possibilidade de comunicação verbal e não-verbal interagindo e articulando com atividades grupais, onde o aluno se encontra com o seu espaço cineantropológico para a definição da sua própria conduta. Assim as transformações resultam numa maior flexibilidade em relação com os colegas, os amigos, os familiares e com diversos grupos heterogéneos.
A  Psicomotricidade pela análise histórico e familiar define-se a partir da neurologia, no início do século XIX, de forma a nomear as áreas de brodmann e as zonas do córtex cerebral situadas para além das regiões motoras. Só em pleno século XIX o corpo começa a ser estudado, em primeiro lugar, por neurologistas, por necessidade de compreensão das estruturas cerebrais, e posteriormente por psiquiatras, para a classificação de fatores patológicos dos sintomas. É justamente a partir da necessidade neurológica que houve a necessidade de encontrar uma área da ciência que explicasse certos fenômenos clínicos que se carateriza pela primeira vez por um termo complexo definido por psicomotricidade. Em 1870 foram realizadas as primeiras pesquisas que dão origem à área psicomotora e que por sua vez correspondem a um conhecimento puramente neurológico. No campo patológico destaca-se neuropsiquiatria de fundamental importância para o psicomotor, atendendo à independência da debilidade motora, antecedente ao sintoma psicomotor, de uma possível correlação neurológica entre o termo de psicomotricidade.
A introdução dos primeiros estudos sobre a debilidade motora nos indivíduos possuidores de restrições mentais. O conceito de psicomotricidade ganhou projeção significativa, uma vez que traduz a solidariedade profunda e original entre a atividade psíquica e a atividade motora. O movimento é equacionado como parte integrante do comportamento. A psicomotricidade é produto de uma relação inteligível entre o indivíduo e o espaço, e por sua vez funciona como instrumento privilegiado a partir da consciência concreta. A ação educativa escolar de motricidade espontânea define-se por uma linguagem corporal do indivíduo através de uma imagem do corpo que por sua vez contribuiu para a formação de sua personalidade. É uma prática pedagógica que contribuiu para o desenvolvimento integral do aluno no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspetos físicos, mentais, afetivo-emocionais e sociodesportivoculturais. A capacidade em determinar e coordenar mentalmente os movimentos corporais; a atividade ou conjunto de funções psicomotoras segundo Fonseca (1988) relata que a psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. A educação psicomotora é uma educação global que, associado aos potenciais cognitivos, afetivos, sociais e motores do aluno, dá-lhe estabilidade, equilíbrio e por sua vez permite o seu desenvolvimento organizado corretamente nas suas relações com os diferentes meios de ação.  A psicomotricidade numa fase inicial é determinada pela organização funcional da conduta da ação a um certo tipo de prática da reabilitação gestual. A psicomotricidade realiza a necessária prevenção e tratamento de problemas, a fim de maximizar o potencial dos alunos, não só ao nível motor, mas também em outras especificidades relacionadas com a própria personalidade. Considera-se a Psicomotricidade como uma prática independente em desenvolvimento. A sua origem ocorre no século XIX, no momento em que o corpo deixa de ser materialista para se transformar num corpo motricomunicativo. Envolve toda a ação realizada pelo indivíduo, que represente as suas necessidades interrelacionadas entre psiquismo-motricidade. A Educação Psicomotora encontra-se presente em todas as atividades da nossa vida quotidiana.
É natural que desde cedo os alunos pudessem aprender pela educação do movimento. O desenvolvimento psicomotor é iniciado a partir do vínculo da progenitora. As primeiras experiências sensitivas motrizes permitem ao ser humano realizar atividades cineantropológicas de forma a satisfazer as suas necessidades primárias dentro do espaço uterino materno. O feto começa a exercer pressão contra as paredes uterinas de forma mobilizar as suas próprias extremidades, proporcionando uma retroalimentação sensorial tátil e quinestésica e por fim propriocetiva. Após o nascimento, a individuo continuará explorando o seu corpo com o seu espaço que o rodeia, desta forma, toma consciência do poder do seu corpo e que poderá utilizá-lo ao longo dos processos psicomotores. É essencial reconhecer na imagem corporal uma especificidade de forma integrá-lo como um conteúdo de uma estrutura. A estrutura da educação psicomotora é a base fundamental para o processo cognitivo que por sua vez se desenvolve no processo de ensino-aprendizagem. O desenvolvimento da mesma sempre evolui do geral para particular e muitos alunos encontram dificuldades na vida escolar pelo simples fato de não ter desenvolvido os seus motors skills ao nível do desenvolvimento psicomotor. Através da Psicomotricidade e dos órgãos dos sentidos o aluno descobre o seu espaço cineantropológico para a sua autodescoberta. A educação psicomotora deverá ser considerada uma educação de base no processo de ensino-aprendizagem primário. Por sua vez condiciona todos os aprendizes em idade pré-escolar; a tomar consciência do seu corpo, da lateralidade e por fim a situar-se no espaço e no tempo de forma adquirir habilmente a coordenação motriz dos seus próprios gestos.
A educação psicomotora deve ser praticada na mais tenra idade de forma seja orientada com perseverança para prevenir inadaptações de correção difícil quando estruturada. Poderá ter uma perspetiva preventiva ao nível do desenvolvimento do melhor ambiente proporcionado ao melhor processo de ensino aprendizagem do próprio aluno. Também é vista como forma reeducativa quando trata de sujeitos que apresentam ligeiros atrasos motores e até problemas mais sérios. Para Fonseca (1988), “é um meio de imprevisíveis recursos para combater a inadaptação escolar”. Durante o processo de ensino-aprendizagem são utilizados alguns elementos básicos da psicomotricidade com maior incidência na lateralidade, na orientação espacial e temporal, no esquema corporal e coordenação motora, por sua vez estes elementos auxiliam um melhor desenvolvimento da aprendizagem, na eventualidade do aluno apresentar algum deficit cognitivo ou significativas dificuldades na aquisição da linguagem verbal e escrita associadas ao direcionamento errado das grafias, ou trocas e omissão de letras e também ordenação de sílabas e palavras, por fim dificuldades no pensamento abstrato e lógico entre outros. Considera-se a psicomotricidade uma orientação de realização de querer fazer, ou saber o poder fazer. A educação psicomotora deverá ter uma formação de base indispensável a todo o aluno. Durante anos a Psicologia tentou compreender e solucionar o desenvolvimento do sujeito à medida que cresce, desenvolve e amadurece fisicamente e cognitivamente ao longo do seu ciclo de vida, a sua inteligência também se desenvolve num paradigma de mudança comportamental, social e emocional. A educação psicomotora deverá ser entendida como uma metodologia de ensino que instrumentaliza a motricidade humana através de um meio pedagógico que tenta favorecer o desenvolvimento do aluno. De acordo com a educação psicomotora que por sua vez poderá ser compreendida como uma técnica de educação, através de exercícios de ludomotricidade adequada a cada nível etário, leva ao aluno ao seu desenvolvimento global. Devemos estimular toda atitude corporal, respeitando as diferenças individuais (o ser é único, diferenciado e especial) levando à autonomia do indivíduo a um lugar de perceção, de expressão e criação de todo seu potencial cognitivo e motriz. Através das várias pesquisas, especialistas na área acreditavam que a psicomotricidade auxilia e capacita o melhor aluno para uma melhor assimilação das aprendizagens escolares. Perante este quadro situacional tentou-se trazer os seus recursos para a sala de aula, num formato de educação psicomotora.
A importância da psicomotricidade a ser trabalhada na escola por unidades especializadas provavelmente poderá condicionar todos os alunos em contexto de aprendizagem desde do ensino pré- escolar até ao universitário; de modo a tomar consciência corporal da sua lateralidade de forma a situar no seu espaço e a dominar o seu tempo de intenção de adquirir habilmente a coordenação dos seus gestos motrizes e ao mesmo tempo desenvolver a sua inteligência. Deverá ser praticada em baixo nível etário e por sua vez orientada com perseverança de forma a prevenir inadaptações estruturadas de difícil correção. O principal objetivo da educação psicomotora não se restringe ao conhecimento do aluno sobre uma imagem do seu corpo e por sua vez não se prende apenas ao seu conteúdo, mas auxilia na descoberta estrutural da relação entre as partes e a totalidade do corpo, formando no seu todo uma unidade organizada e instrumentalizada com o seu meio. Assim, quando mais cedo o aluno for abordado em ambiente escolar maior probabilidade de desenvolvimento da maturidade, da consciência e por fim da inteligência. O objetivo central da educação psicomotora será a educação motriz necessária ao desenvolvimento psicomotor do aluno da qual depende, ao mesmo tempo, da evolução da sua personalidade e da aquisição do critério de êxito para o sucesso escolar.
Um dos argumentos que justificam a educação psicomotora na educação básica durante a fase pré-escolar é a evidência do seu papel na prevenção das dificuldades de aprendizagem. É durante este período que a personalidade de cada indivíduo vai sendo moldada. Outro papel atribuído à educação psicomotora é a prevenção, na medida em que dá as melhores condições ao aluno para melhor desenvolver o seu processo de ensino-aprendizagem. Também é vista como forma reeducativa quando se trata de indivíduos que apresentam um ligeiro deficit motor ou até problemas mais complexos. É um meio de imprevisíveis recursos para combater a inadaptação escolar. A educação psicomotora na idade escolar deve ser, antes de tudo, uma experiência ativa de confrontação com o espaço cineantropológico. Desta forma o ensino segue uma perspetiva verdadeira de preparação para a vida no qual a escola desempenha um papel crucial na aquisição de métodos pedagógicos renovados que por sua vez ajudam o aluno na melhor maneira de se desenvolver para a vida social, de forma a tirar o melhor partido possível de todos os seus recursos. A educação psicomotora tem sido enfatizada em várias instituições escolares e ultimamente estar a ser aplicada principalmente na Educação Infantil nos anos iniciais do Ensino Fundamental considerada a fase em que os alunos estão descobrindo em si mesmo, a sua identidade real do mundo em que vivem. Os Neuropsiquiatras, os psicólogos, os fonoaudiólogos reforçam cada vez mais a importância do capital do desenvolvimento psicomotor durante os primeiros anos de vida, entendendo ser um marco de aquisições extremamente significativas ao nível físico. As conquistas emocionais e cognitivas igualmente marcam a educação motriz numa relação entre pensamento e ação, englobando todas as funções neurofisiológicas e psíquicas. A dupla finalidade em assegurar o desenvolvimento funcional do aluno tendo em conta as potencialidades em ajudá-lo na sua afetividade de forma a expandir-se e equilibrar-se, através da interação do meio humano. A educação psicomotora em contexto escolar deveria desenvolver os alunos numa postura correta relativamente ao processo de ensino-aprendizagem e ser de caráter mais preventivo ao nível do desenvolvimento integral que se encontra definido no indivíduo em várias etapas de crescimento. Partindo deste pressuposto seria necessário quantificar um desenvolvimento funcional metódico de forma a facilitar as aprendizagens mais específicas. Perante este quadro situacional de desenvolvimento funcional a educação psicomotora desempenha um papel fulcral no ingresso de uma imagem corporal operatória para uma condição de disponibilidade pessoal em relação aos recursos materiais e humanos.

A importância da Psicomotricidade para a educação escolar define-se como uma prática não apenas preparatória do processo de ensino- aprendizagem, mas como instrumento metodológico de reforço ao aluno que enquanto sujeito atua no sentido de facilitar a construção da sua unidade corporal, na afirmação da sua identidade e conquista da sua autonomia cognitiva e afetiva. A psicomotricidade serve de metodologia estratégica para todas as áreas de conhecimento voltadas para a organização afetiva, motora, social e intelectual do individuo que se define de futuro homem como um ser ativo capaz de se conhecer cada vez mais as suas diferentes adaptações a diferentes situações e espaços. Conclui-se que a psicomotricidade é indispensável ao processo educativo escolar no intuito de se desenvolver nos alunos um desenvolvimento psicomotor satisfatório e ao mesmo tempo contribuir para uma evolução psicossocial virada para o critério de êxito e para o sucesso. Compreende-se que a Psicomotricidade contribui de um forma expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal que incentiva em todas as etapas de vida a prática motriz de um indivíduo. Através da ludomotricidade os alunos criam, interpretam e relacionam o espaço cineantropológico em que vivem. É importante o professor conhecer as funções psicomotoras de forma contribuírem para o crescimento e desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, pois sem esse conhecimento, o professor, poderá ultrapassar etapas do desenvolvimento motor que futuramente causará problemas aos alunos.


Autor- Christopher Brandão 2015

domingo, 15 de março de 2015

cineantropologia: TESTE DA FIGURA COMPLEXA DE ANDRÉ REY

cineantropologia: TESTE DA FIGURA COMPLEXA DE ANDRÉ REY:              NESTE ARTIGO IREMOS ANALISAR AS VANTAGENS DE UTILIZAR O TESTE DA FIGURA COMPLEXA DE ANDRÉ REY. A ATIVIDADE PERCEPTIVA (NA CÓ...

TESTE DA FIGURA COMPLEXA DE ANDRÉ REY

            
NESTE ARTIGO IREMOS ANALISAR AS VANTAGENS DE UTILIZAR O TESTE DA FIGURA COMPLEXA DE ANDRÉ REY. A ATIVIDADE PERCEPTIVA (NA CÓPIA) É AVALIADA PELA CAPACIDADE QUE O ALUNO TEM DE ORGANIZAR A REPRODUÇÃO DE UM CONJUNTO COMPLEXO DE ESTÍMULOS, TENDO COMO SUPORTE A VISUALIZAÇÃO DO SEU MODELO.
A MEMÓRIA VISUAL E SUA REPRODUÇÃO É AVALIADA ATRAVÉS DA SUA CAPACIDADE DE REPRODUZIR A MEMÓRIA AO MESMO MODELO, AGORA SEM REPRESENTAÇÃO.
É UM TESTE FORTEMENTE ORIENTADO PARA MECANISMOS MNÉSICOS E ATENCIONAIS E POR SUA VEZ PODE SER UM FORTE ELEMENTO DE AVALIAÇÃO COGNITIVA DOS ALUNOS COM PERTURBAÇÕES DE PENSAMENTO.  É CAPAZ DE DIAGNÓSTICAR SUJEITOS COM ESQUIZOFRENIA.
 O OBSERVADOR DEVERÁ OBSERVAR O RESULTADO DA CÓPIA DA FIGURA COMPLEXA DE REY POR PARTE DE UM ALUNO COM TENDÊNCIAS DE SER ESQUIZOFRÉNICO EM IDADE DA ADOLESCÊNCIA, NA EVENTUALIDADE DE DESENHAR UMA CASA A UM NÍVEL DE ESCOLARIDADE PRIMÁRIA.
O CONCEITOS CHAVE DE APROXIMAÇÃO DE UM ESQUEMA FAMILIAR, QUANDO O ALUNO PARTE DE UM MODELO REAL APRESENTADO IMAGETICAMENTE  POR UM GRAFISMO FAMILIAR MAIS RELACIONADO COM A SUA PERCEPÇÃO IDIOSSINCRÁTICA DO QUE COM UMA TAREFA/ESTÍMULO PROPOSTO.
NÃO SIGNIFICA NECESSARIAMENTE QUE A POBREZA DE PENSAMENTO QUANTIFICADO EM ALGUNS ALUNOS SE REDUZEM DE ESQUEMAS PARA FAMILIARISMOS DE UM ELEVADO NÍVEL DE COMPLEXIDADE.
ASSIM, A ANALISE DESTA REDUÇÃO PARA UM ESQUEMA FAMILIAR DEVERÁ SER CONSIDERADA DE FORMA INTEGRADA COM OS RESULTADOS DE OUTROS TESTES, E NO FIM DA APLICAÇÃO DE TODOS OS TESTES DEVERÁ PROCEDER-SE AO METÓDO DE ENTREVISTA PARA TENTAR COMPREENDER O MOTIVO PELO QUAL O ALUNO PROCEDEU DE TAL FORMA.
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE FORMA DETETAR ERROS AO NÍVEL DE PROCESSAMENTO SENSORIAL, PERCEPTIVO, PERSERVAÇÃO COM ESTÍMULOS ADOTADOS ANTERIORMENTE.
PODEREMOS OBSERVAR OS RESULTADOS DA CÓPIA DO TESTE DA FIGURA DE REY POR PARTE DE UM ALUNO COM TENDÊNCIAS ESQUIZOFRÉNICAS DE IDADE DE 13 ANOS E COM ESCOLARIDADE DE NÍVEL ESCOLAR DE QUARTA CLASSE.
PODEMOS VERIFICAR MAIS UMA VEZ QUE EXISTE UMA REDUÇÃO A UM ESQUEMA FAMILIAR, NO QUAL O DESENHO ASSENTA SOB O SEU LADO ESQUERDO PARECENDO REPRESENTAR UM ANIMAL OU UMA CONSTRUÇÃO HUMANA.
 APESAR DA REDUÇÃO A ESQUEMA FAMILIAR APRESENTA UM ELEVADO NÍVEL DE PORMENOR E CARACTERÍSTICAS QUE  FAZEM APROXIMAR-SE DE UM PADRÃO HOMOGÉNEO, ALGO SIMILAR AO MODELO ORIGINAL DE PADRÃO PRÓPRIO.
É QUASE INEVITAVÉL REFERIR QUE O ALUNO PARECE TER TENTADO DESENHAR UM ANIMAL MARINHO, UM PEIXE, PARTICULARMENTE, APRESENTANDO O QUE PARECE SER UMA BARBATANA DORSAL, UMA BARBATANA VENTRO-LATERAL DIREITO DO OLHO, BEM COMO UMA MANDÍBULA, BOCA E NARIZ TÍPICO DOS PEIXES SELACIMORFS (TUBARÃO).
NO CASO DO ALUNO TER APRESENTADO EM FIGURA PERMITE-NOS DISCUTIR UM ASPETO DE MAIOR RELEVÂNCIA, NA UTILIZAÇÃO DA FIGURA DO TESTE DE REY
 UM AVALIADOR NÃO TREINADO PODERÁ PENSAR QUE SEMPRE QUE UMA CÓPIA SEJA REALIZADA COM PRECISÃO, A RESPETIVA REPRODUÇÃO POR MEMÓRIA  DEVERÁ SER, EM TERMOS DE PROBABILIDADES MAIS ARRISCADA DO QUE EM SITUAÇÕES EM QUE A CÓPIA É DISTORCIDA OU POBRE.
VERIFICA-SE ENTÃO O DESEMPENHO DO ALUNO COM DIAGNÓSTICO DE ESQUIZOFRENIA DE 17 ANOS DE IDADE E COM A ESCOLARIEDADE DE QUARTA CLASSE COMPLETA. A SUA CÓPIA CUMPRE OS REQUISITOS PARA SER CLASSIFICADO COMO UMA REPRODUÇÃO NORMATIVA, UMA VEZ QUE AS CATERÍSTICAS DO MODELO ESTÃO ADEQUADAMENTE REPRESENTADAS COM EXCEÇÃO FEITA AO PENTÁGONO DO LADO DIREITO QUE DEVERIA PENDER DIRETAMENTE DO VÉRTICE DO TRIÂNGULO E NÃO DE UMA HASTE COMO FOI REPRESENTADO PELO ALUNO. UMA ANÁLISE MAIS DETALHADA PERMITE VERIFICAR AO OBSERVADOR SE O ALUNO SEGUIU UMA REPRESENTAÇÃO DAS CORES COM QUE FOI REALIZANDO A CÓPIA. O ALUNO INICIOU O SEU DESENHO POR PARTICULARIDADES DO MODELO, (LINHA NEGRA ESCURA SEGUIDA DE VIOLETA), E POSTERIORMENTE REPRESENTOU APENAS A ARMAÇÃO CENTRAL, MAIS TÍPICO EM ALUNOS NORMATIVOS.
EM CASOS EM QUE TAL OCORRE, A PROBABILIDADE DE REPRESENTAÇÃO POR MEMÓRIA DEFICITÁRIA PODERÁ SER EXPONENCIALMENTE AUMENTADA. TAL PARECE OCORRER PELO FATO DE, NÃO SEGUIR UMA REPRESENTAÇÃO ORDENADA, OS MECANISMOS DE REPRESENTAÇÃO VISUO-ESPACIAL DE MEMÓRIA ASSOCIATIVA APRESENTA-SE PREJUDICADA E POR SUA VEZ A TELA É SUSTENTADO PELA MEMÓRIA  DA FIGURA SEGUINTE.
O CONCEITO CHAVE RECORDA QUE A REPRESENTAÇÃO SOBRE UMA ARMAÇÃO CENTRAL É UMA DAS TIPOLOGIAS MAIS FREQUENTES EM ALUNOS NORMATIVOS.
O ALUNO QUE INICIA O DESENHO PELA ARMAÇÃO CENTRAL (RETÂNGULO) E PROSSEGUE COM O PREENCHIMENTO DA MESMA, JUSTAPONDO OS RESTANTES ELEMENTOS DO MODELO QUE DEVE PERMITIR AO ALUNO QUE REALIZE UMA CÓPIA E A REVOGAÇÃO COM O USO DO LÁPIS DE VÁRIAS CORES, UMA VEZ QUE A ANÁLISE DA FORMA COMO REALIZA CADA UM DOS ENSAIOS PODERÁ SER POR VEZES MAIS RELEVANTE DO QUE A ANÁLISE CONCRETA DO RESULTADO FINAL.
NESTE CASO CONCLUÍMOS QUE O NÃO DEFICIT AO NÍVEL DE REPRODUÇÃO POR CÓPIA, REVELA A INTEGRIDADE DE REPRESENTAÇÃO VISUO-ESPACIAL DE ESTÍMULOS COMPLEXOS, CONTUDO VERIFICADOS PARA UM FORTE DÉFICIT DE REPRODUÇÃO POR MEMÓRIA.
 É QUASE INEVITAVÉL REFERIR QUE O ALUNO APRESENTA DÉFICIT DE REPRODUÇÃO MNÉSICA. TODAVIA, EXISTEM DOIS DADOS QUE NOS PERMITEM SUSTENTAR QUE NÃO É A MEMORIA ,A DIMENSÃO MAIS DEFICITÁRIA, MAS SIM A SUA CAPACIDADE DE ORGANIZAR OS ESTÍMULOS NUM PROCESSO ATIVO DE CONSTRUÇÃO PERCEPTIVA INTEGRADORA QUE LHES PERMITA A SUA POSTERIOR EVOCAÇÃO GRÁFICA.
O PRIMEIRO DADO APRESENTADO ANTERIORMENTE É O PADRÃO ERRÁTICO E NÃO ORGANIZADO COM QUE O ALUNO INICIA E TERMINA A SUA CÓPIA.
O SEGUNDO DADO É SABIDO DA LITERATURA QUE UM DÉFICIT MNÉSICO TÃO ACENTUADO QUE INCAPACITE O ALUNO DE REPRESENTAR QUASE A SUA TOTALIDADE DO MODELO POR MEMÓRIA, AINDA QUE O TENHA REPRESENTADO ADEQUADAMENTE POR CÓPIA, É DE TODO INCOMUM. MESMO NOS DÉFICES DE MEMÓRIA MAIS ACENTUADOS MANIFESTAM-SE POR ERROS DE REPRESENTAÇÃO, OMISSÕES E SUBSTITUIÇÕES (CONFABULAÇÕES).

PERANTE UM DÉFICIT PURO DE MEMÓRIA SERIA DE ESPERAR QUE A SUA REPRODUÇÃO FOSSE MAIS ENRIQUECIDA , AINDA QUE COMPOSTA POR PARTES REPRESENTADAS INADEQUADAMENTE.
  A CONCLUSÃO CLÍNICA MAIS LÓGICA É A DE UM FORTE DÉFICE ATENCIONAL SUSTENTADO PELO JÁ REFERIDO PADRÃO ERRÁTICO E NÃO ORGANIZADO COM QUE O ALUNO INICIA E TERMINA A SUA CÓPIA, QUE O LEVA A REPRODUZIR O MODELO POR CÓPIA DE FORMA MERAMENTE AUTOMATIZADA, NÃO FOCALIZANDO OS MECANISMOS ATENCIONAIS NECESSÁRIOS PARA O SEU ADEQUADO PROCESSAMENTO EM MEMÓRIA A CURTO PRAZO, NECESSÁRIOS À SUA POSTERIOR REPRESENTAÇÃO GRÁFICA.

christopher brandão- 2015