O famoso e falecido escritor e Historiador Manuel Ferreira antigo chefe dos serviços Das Águas Municipais de Ponta Delgada havia relatado a existência de uma pequena ermida e de uma simples casa no meio de uma mata próximo de uma nascente localizada na freguesia da Covoada. Esta ermida com a simples casa encontra-se inserida na propriedade de um Lavrador chamado senhor Vítor Massa, no qual agradeço toda atenção prestada em autorizar a cedência passagem na sua propriedade e a sua grande simpatia em relatar a existência deste património ao longo das gerações na sua família. Considerada uma relíquia cristã de origem espanhola a Cruz de Caravaca caraterizada pelo historiador José de Mello a provavél cruz da Ermida é também conhecida como Cruz de Lorena ou Cruz de Borgonha.
Segundo a tradição histórica e cultural apareceu por milagre na cidade de Caravaca de la Cruz, Espanha no dia 3 de Maio de 1232, e por conter fragmentos da lenha da cruz de Cristo eram-lhe atribuídos milagres. A cruz medieval desapareceu misteriosamente em 1934, sendo mais tarde restaurada por doação pelo Papa Pio XII os dois fragmentos do Santo Lenho.
Fontes da Net:
Caravaca é uma antiga cidade do interior da Espanha possuidor de uma lenda sobre um Príncipe Mouro Ibn-Hud conhecido por Muhammad ben Yaquib tinha curiosidade em conhecer a fé cristã atendendo naquela época os mouros dominavam toda a região . Quando se soube que um dos seus prisioneiros era o pároco Gines Perez Chirinos, ordenou-lhe que celebrasse uma missa. Seus servos limparam uma sala do castelo de Alcázar e montaram um altar de acordo com a lista de especificações dadas pelo sacerdote preso. No dia escolhido para a celebração estavam presentes não só o príncipe muçulmano mas toda a sua família, seus servos e alguns soldados. Por esquecimento, logo de início Perez Chirinos sentiu falta da cruz que não foi colocado na lista. Apreensivo, teve que explicar a todos que não poderia continuar realizar o ritual em que o princípe Ibn-Hud, ficou muito decepcionado e frustrado. Perante esta situação um milagre aconteceu, surgiram pela janela dois anjos que trouxeram uma cruz até ao altar. O Principe Ibn-Hud, sua família e todos os muçulmanos que estavam presentes no local se converteram ao cristianismo e o pároco e os prisioneiros foram libertados. A Santa Cruz apareceu no Castelo Alcázar de Caravaca em 3 de maio de 1232, desde então as sucessões de inúmeros milagres fizeram criar o culto da devoção da Cruz de Caravaca como forma de conquistar fiéis em todo mundo.Apesar de ser um objeto de devoção originalmente católico, esta poderosa cruz passou a ser adotada também pelos cruzados, templários, missionários, esotéricos e bruxos como símbolo de proteção.
Trata-se de um provável complexo religioso com vigas de pequena envergadura, mas com uma fachada simples, existindo símbolos gravados nas pedras de diversas origens,. A presumível Cruz de Caravaca apresenta-se rara nos Açores. O historiador José de Mello, responsável pela biblioteca municipal, acredita ser um lugar cenobita, provavelmente de origem castelhana» («Templo perdido dos Açores descoberto entre a vegetação», Paulo Faustino, Diário de Notícias,28.07.2014, p. 23).
É uma cruz com dois braços horizontais, com a figura de Jesus ou o monograma JHS, e, na base, dois anjos genuflexos
Um grupo de cenobitas forma o que se conhece por cenóbio. O monasticismo cenobítico existe em diversas religiões desde do Budismo até ao Cristianismo tem sido a forma mais proeminente de vida monástica no mundo. Foi uma das formas do monasticismo praticado nos primeiros tempos do cristianismo. O cenobitismo cristão caracteriza-se pela vida em comunidade, com divisão do tempo de trabalho, oração e liturgia. Entre os padres cenobitas estava Basílio de Cesareia (ca. 330-379), que considerava o cenobitismo como um retorno à comunidade cristã originária.O cenobitismo difere do monasticismo eremítico justamente pela vida em comunidade, pois o eremita afasta-se do contato com o mundo para buscar a melhor forma de reflexão a Deus. Normalmente os cenobitas pertencem a uma ordem religiosa, vivendo de acordo com uma regra, ou seja, uma coleção de preconceitos tais como a regra de São Bento.
A cruz também é usada na coroa do rei da Hungria como forma de reconhecimento do rei Santo Estêvão, rei reconhecido como Santo tanto pela igreja católica romana, como pela igreja ortodoxa grega, por isso a explicação da utilização da cruz dupla. A ermita suscita um certo interesse pela cruz que se encontra por cima da porta enquanto a pequena casa apresenta-se por uma sala com colunas e uma mesa de pedra no qual nas paredes laterais existem 2 aberturas escavadas.
Christopher Brandão 2015
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