A dimensão de uma Associação De Ténis visa defender os interesses e as necessidades dos clubes de uma determinada região, na sua melhor forma, quer a nível regional, quer a nível nacional e por fim internacional . O paradoxo começa, quando os seus próprios dirigentes não compreendem que existe um tempo de entrada e um tempo de saída, dando oportunidade a quem tenha maior conhecimento científico da modalidade em causa, ao nível das áreas da gestão desportiva e metodologia de treino, de forma possa recrutar os melhores recursos humanos, para melhor servir e gerir toda a tecnoestrutura organizativa tenística, essencial ao verdadeiro desenvolvimento sustentavél desta própria modalidade desportiva .
Ao avaliamos os estatutos que fazem parte da Associação De Ténis Dos Açores, podemos quantificar que se encontram obsoletos aos tempos atuais. A variavél desenvolvimento tenístico depende essencialmente da sua alteração com máxima urgência, de forma possamos ter uma dimensão mais holística da realidade das diversas estruturas organizativas que devem fazer parte de uma Associação De Ténis, nomeadamente, a existência de um representante dos jogadores, dos respetivos árbitros, dos treinadores, provavelmente associados aos presidentes dos clubes, talvez dariam novos contributos, proporcionando uma melhor visão da realidade do ténis regional atual. Atualmente a eleição do presidente, foi devido a uma criação de um clube fictício chamado Kairós, para além do clube da Ribeira Grande se encontrar inaoperacionavél algum tempo, encontra-se sempre com representante na mesa de voto para eleição dos corpos sociais. A facilidade como se cria um clube de ténis nos Açores é magnifica, só que o número de federados infelizmente encontra-se cada vez menor, em relação ao aumento dos clubes, o que torna uma realidade cada vez mais paradoxa ao nível da realidade tenística açoriana.
O poder organizativo de uma associação, visa chegar a consensos com todos os clubes e não utilizar a filosofia de dividir para governar, dando umas míseras migalhas de satisfação a alguns clubes, de forma manter o máximo tempo possível na organização, que atualmente se encontra numa estrutura completamente obsoleta e pouco organizativa. O planeamento anual de uma gestão orçamental ao nível organizativo obviamente devia ser aprovado por voto por todos, no momento da eleição dos novos corpos sociais para os 4 anos de mandato, de forma toda a tecnoestrutura organizativa saiba o verdadeiro plano financeiro de futuro. A realidade é que ninguém sabe de nada, o que vai acontecer de futuro, criando dúvidas e incertezas, inveja e ódios. Quando a informação é planeada antecipadamente, o erro na gestão é menor e a informação é mais consistente a nível geral, para uma satisfação mais global das próprias tecnoestruturas organizativas.
A falta do conhecimento gera muitas vezes conflitos desnecessários, atendendo às falhas organizativas que vão desde a manutenção dos preços das filiações dos jovens atletas que são caras, levando os atletas a procurarem outros desportos, em que a sua filiação à própria modalidade é grátis ou com um custo irrisório.
Os 5 euros que cada atleta paga em participar num torneio nas camadas mais jovens é excessivo, não proporciona a massificação da modalidade para uma especialização mais competitiva, simplesmente determina quadros competitivos cada vez mais reduzidos, proporcionando a manutenção dos mesmos atletas vencedores por bastante tempo, o que cria um grande fosso de desmotivação competitiva, mantendo sempre os melhores atletas a vencerem e os piores a perderem com os mesmos atletas vencedores levando à desmotivação por ambas as partes. Será necessário haver um trabalho de base, criando diversas provas consoante o nível mais adequado a cada atleta, que obviamente deverá estar ajustado à competição em que participa. A experiência é importante para os clubes desenvolverem conjuntamente com as escolas primárias projetos de captação de talentos, mas para isso a associação de Ténis Dos Açores tem o dever de apoiar com material tenístico, ou ações de formação a todos os intervenientes que fazem parte da sua própria estrutura organizativa. A importância dos apoios materiais e técnicos ao nível da sua formação, deverá ser uma responsabilidade da respetiva Associação Açoriana que simplesmente nunca apostou numa boa qualificação da massificação de técnicos, simplesmente paga aqueles que tem mais simpatia ou afinidade para frequentarem cursos ou reciclagem em Lisboa. Não podemos promover uma modalidade sem massificação, não podemos evoluir a própria modalidade sem a especialização, simplesmente devemos criar projetos com todos os intervenientes de forma haja um debate democrático para ultrapassar a crise do ténis açoriano que se encontra atualmente. A crítica permanente , os clubes de costas voltadas uns para os outros, a eleição de um presidente por clubes fictícios, torna-se uma jornada cada vez mais difícil de compreender o estado do ténis açoriano atual, atendendo à falta de sensibilidade de algumas pessoas que querem manter no poder infelizmente à custa do seu próprio protagonismo.
O trabalho da evolução do ténis da região dos Açores só dependerá da respetiva alteração dos respetivos estatutos da Associação de Ténis Dos Açores, com a introdução de novos recursos humanos mais especializados à modalidade, talvez haja uma futura possibilidade de quantificar o verdadeiro desenvolvimento saudavél da própria modalidade, para uma orientação pacífica e unívoca de todos os verdadeiros clubes que pretendem fazer evoluir a modalidade com gosto e dedicação, obrigando que haja representantes dos jogadores, dos àrbitos, dos treinadores, com direito a voto na eleição dos corpos sociais na próxima eleição da Associação De Ténis Dos Açores, talvez seja uma boa solução de desenvolvimento saudavél para o ténis de futuro dos Açores com todos e por todos.
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