sexta-feira, 12 de abril de 2024

O popular julgamento socrático

A dimensão de julgar em praça pública um individuo,  é uma moda que merece uma simples análise sociopolítica construtiva, à realidade atual que vivemos. Não podemos esquecer a era política  Socrática,  com as suas complexas relações sociais e económicas com os países da América Latina.  A era Sócrates termina o final do seu mandato, com uma bancarrota do país, com uma complexidade de casos mediáticos anunciados na comunicação social, para além das tentativas de silenciar jornalistas, e controlo dos mass média, nomeadamente da TVI, pertencente ao grupo económico da Média Capital. 
A opa à empresa da PT no passado, no qual o grupo Sonae administrada naquele tempo pelo falecido CEO  Belmiro Azevedo, demonstrou um enorme interesse pela sua aquisição, posteriormente boicotada na sua transação negocial ao nível jurídico, pelo mesmo governo. A prova da existência de uma qualificação jurídica derivada de um conjunto de relações, manifestadas pelos seus próprios testas ferro, denominados o grupo do  jobs for the boys, com os acionistas Joe Berardo , BPI, Caixa Económica,  Armando Vara e outros a serem verdadeiros autores e protagonistas de uma novela sem precedentes. Um conjunto de malabarismos desenvolvidos em diversos factos desenvolvidos em ilações detalhadas ao nível do parque escolar, dos computadores Magalhães,  do Grupo Lena,  do BES, e da sua influência política no caso Maddie, associado à construção de uma infraestrutura comercial denominada  Frreeport. A era pós- socrática, define-se pelo seu estudo académico em filosofia em Paris, em casa emprestada e possivelmente financiado pelo seu amigo de peito Carlos Santos, em que as remessas monetárias eram transportadas mensalmente de Lisboa para Paris,  por um motorista., para satisfação das suas necessidades económicas e familiares . A sua prisão preventiva, foi com muita naturalidade, com figuras mediáticas a irem visitá-lo constantemente à prisão de Évora, em defesa do seu líder,  do seu amigo, do seu arguido ou talvez do seu puro ego inocente. A compra da quinta pela sua ex-mulher Sofia Fava no Alentejo, para além da edição e venda do seu próprio livro tem muito a desejar.
 A complexidade mediática e política deste caso, perante uma determinada avaliação realizada por um juiz problemático ao nível de decisões  judiciais, deixa uma nuvem de dúvidas aos portugueses,  sobre  o estado de podridão que se encontra a justiça atual em Portugal .
A alta corrupção que paira ao nível govermental e partidário., não pode ser esquecida, nem louvada  por quem nos governa , pela sua obrigação de prestar contas a quem desconta e trabalha honestamente.
 É necessário que haja instrumentos operacionais bem clarificados, para se evitar a utilização do dinheiro do erário publico em esquemas mafiosos,  que simplesmente traduz uma negligência geral que afeta a todos nós.  No fundo a classe política e governativa não pode ser parasitária de um povo,  deverá ser exemplar ao nível da moral, da ética,  e do bom costume, em servir honestamente o povo em toda a sua unidade orgânica e institucional. Face ao desnorteamento da justiça,  questionámos seriamente o estado democrático em que se vive atualmente a nação, perante um quadro institucional desequilibrado de uma verdadeira justiça cega aos mais fracos ou aos mais vulneráveis. É neste âmbito que o caso Marquês é entronizado por um enorme ensaio sob uma cegueira de factos reais que se contradizem numa complexa  decisão jurídica do apuramento da verdade, provocada por um silêncio dos inocentes de um cúmplice. Será neste ponto de vista, que o povo deve intervir, exigir e por fim encontrar mecanismos que façam promover a justiça para os mais competentes, de forma possa desempenhar funções com a devida retidão. A forma de sancionar um sistema doentio, debilitado e ortodoxo, em prol de uma melhor eficiência e eficácia de uma melhor condenação pública por parte dos portugueses, que por sua vez devem apresentar soluções na Assembleia da República em formato de proposta, que faça habilitar de meios necessários e operacionais de um ministério público, para  que  futuramente funcione ao nível de direitos, igualdade e garantias de oportunidades para todos , afim de se evitar a prescrição dos crimes de colarinho branco ou de corrupção. No fundo da questão, ninguém com poder totalitário tem o direito de imputar o próprio Estado a ser refém de um sistema judicial que se alimenta politicamente a si próprio.


  

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