quarta-feira, 29 de abril de 2015

AS DIFICULDADES BÁSICAS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

O processo de aprendizagem da leitura e da escrita com êxito depende essencialmente da estratégia comunicacional do professor em transmitir o conhecimento relacionado com o sistema simbólico transmitido ao aluno durante o processo de ensino aprendizagem da alfabetização.  
O processo de ensino depende exclusivamente do êxito de transmissão da comunicação do conhecimento por parte do professor que por sua vez transmite as informações necessárias de forma clara, compreensível, adequada ao nível etário e de maturidade de cada aluno. Por sua vez o aluno deverá ser recetor/processador crítico dos conhecimentos adquiridos em processo de ensino aprendizagem para um melhor desenvolvimento do conhecimento para vida.
 Todo o conhecimento deverá interagir de forma a propiciar um ótimo desenvolvimento de aprendizagem gradual, acumulativa e sequenciada de forma respeitar o ritmo de aprendizagem de cada aluno. Existem fatores fundamentais para que a aprendizagem se desenvolva nomeadamente:
- A saúde física e mental,
- A motivação,
- O domínio,
- A maturação,
- A inteligência,
- A concentração,
- A atenção e memória.
O aluno para poder aprender necessita de se encontrar num estado de maturação baseado em três aspetos fundamentais:
- Intelectual,
- Afetivo-social
- Sensório-psiconeurológico
No seu todo necessita desenvolver um conjunto de habilidades psicomotoras para condições de exequibilidade das suas capacidades e aptidões ótimas de execução das suas próprias performances.
As dificuldades encontradas nos alunos ao nível da leitura são derivadas da falta de processamento da informação dos órgãos dos sentidos da visão e audição ao nível da retenção da informação num determinado espaço de tempo de memorização.
 A apresentação das dificuldades de identificação das partes corporais ao nível do esquema corporal, no qual se presume que a dificuldade psicomotora é enorme, quando o aluno se apresenta por um distúrbio topográfico ao nível de interpretação de mapas, legendas e maquetes, que eventualmente poderá ser uma pista de limitação da leitura, ao nível do desenvolvimento de soletração.
O professor muitas vezes, não utiliza as estratégias metodológicas mais adequadas à compreensão de situações abstratas dos alunos que necessitam situações que envolvam o seu próprio universo com as suas próprias necessidades. Para sua compreensão, o aluno precisa de experimentar e vivenciar um quadro situacional real de inter-relações de conceitos realizados por uma leitura participativa com sentido crítico sobre o mundo consciente.
 As necessidades de aprendizagem para a leitura e para escrita deverá ser uma busca de excitação permanente pelas atividades que proporcionem experiências de ludomotricidade cultural baseadas num processo de ensino aprendizagem sobre o mundo de liderança de quadros situacionais frustrantes.
O professor deverá estar consciente de todos os obstáculos que o próprio aluno apresente de forma criar as soluções mais adequadas para a sua ultrapassagem. Segundo BASSEDAS (1996:pag29), “o professor tem a responsabilidade de estimular o desenvolvimento de todos os seus alunos pela aprendizagem de uma série de diversos conteúdos, valores e hábitos.”
O professor não pode determinar o timing de superação dos problemas do aluno no ensino aprendizagem, mas deverá apresentar um conjunto de estratégias e metodologias de situações diferenciadas de forma que o aluno supere as suas dificuldades dentro de um ritmo individualizado.
A preocupação temporal do professor, em calcular um planeamento de um programa, que eventualmente poderá ser substituído por um programa de necessidades flexíveis a um tempo adequado de padronização da aprendizagem. Para que tal situação aconteça, é necessário a dinamização de qualquer conhecimento interativo, por um meio de compreensão global do universo de aprendizagem, encarando-o como um todo, de forma o aluno possa criar, fantasiar ou imaginar o seu próprio desenvolvimento intelectual.
A liberdade educativa deve respeitar a individualidade e as habilidades de interação de cada aluno com o meio, para isso a escola deverá ser intermediária na transmissão de conhecimentos para a vida, dos saberes referentes à moral, à ética, à cultura, à técnica, com o objetivo de criar bens tangíveis operacionais para vida.
As pessoas são diferentes e por isso reagem heterogeneamente a um determinado estímulo ambiental. Os padrões diferenciados de reação e interação do indivíduo com a sociedade definem as diferentes personalidades de uns e dos outros.
O desenvolvimento da personalidade do indivíduo deve-se à genética, à hereditariedade, e às aprendizagens que o indivíduo vai absorvendo com a interação do espaço cineantropológico, influenciado pela cultura e pela sociedade em que vive. A personalidade do aluno vai- se formando à medida que interage com o espaço vivido do seu crescimento físico e psicomotor, vai-se modificando com as interações expressadas pelas diferentes ações comportamentais. Os desvios comportamentais perturbados muitas vezes interferem no processo de ensino aprendizagem.
As diferenças individuais entre os alunos provavelmente irão produzir resultados diferenciados no processo de ensino aprendizagem. Uns terão total sucesso, outros se manterão num nível estável de aprendizagem e por fim alguns terão muitas dificuldades em vencer muitos dos obstáculos para aquisição de conhecimento.
O triângulo entre escola, família e aluno são determinantes para o seu próprio sucesso no sistema educativo. A promoção das atividades escolares desperta um sentimento geral de evolução educativa que capacita o aluno para um global desenvolvimento de socialização.
Se o aluno não participa, não se envolve grupalmente, o que poderá refletir no seu processo de ensino aprendizagem e de desempenho escolar. Cabe à escola desempenhar uma tarefa de resgate conjuntamente com a família de forma o aluno construa a sua auto imagem compreendida pelo significado de aprendizagem.
Os professores nas escolas devem estar preparados para entenderem os ritmos de aprendizagem que valorizem a cultura dos alunos nas escolas. Um ambiente apaixonado pelo conhecimento provoca de futuro um desenvolvimento mais marcante nas influências familiares e profissionais. A escola reflete os valores culturais da sociedade na sua forma mais hipercomplexa de demonstrar o interesse pela busca do conhecimento com qualidade de futuras carreiras profissionais.
A metodologia deverá ser envolvente e adequada aos alunos, esforçando-se para uma aprendizagem significativa. No momento que for constatado algum problema, os professores devem agir conjuntamente com os alunos de forma procurar uma solução possível à dificuldade apresentada. Perante este quadro situacional, todos ficam a ganhar, principalmente o aluno que supera as possíveis dificuldades de aprendizagem.
É necessário adequar e maximizar a metodologia de trabalho de forma colmatar os problemas de aprendizagem dos alunos cada vez mais eficazes numa visão psicopedagógica.

Para concluirmos a escola cria inúmeros benefícios aos alunos, mas também poderá ser prejudicial pelo próprio espaço físico e social, dos seus professores a interagirem numa hipercomplexidade de fatores que de futuro poderá interferir em todo o sistema escolar na sua forma mais facilitadora de aprendizagem e ao mesmo tempo poderá dificultar ou prejudicar o próprio sistema de ensino aprendizagem pela uniformização do próprio conhecimento. 

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