sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A Dimensão De Escolha Laboral

Na idade média, as pessoas não escolhiam profissões pelas suas habilidades ou interesses, mas sim pelos seus laços de sangue. Não havia escolha profissional simplesmente, o indivíduo tinha de exercer a profissão dos seus pais desde do nascimento até à  sua fase adulta.
O capitalismo individual libertou-se de um paradigma social em virtude dos princípios promulgados pela revolução francesa, que estabeleceu a liberdade de escolha. A partir daquele momento, o indivíduo poderia ser dono do seu destino e capitão da sua alma se lhe possibilitasse uma opção de ocupação diferenciada da sua condição financeira e familiar. Surgem as escolhas profissionais dependentes das diversas teorias técnicas e ideologias  que facilitaram a decisão de vida do ser humano.
No século XX, a prática profissional tem origem em Munique mais especificamente no Continente Europeu. No princípio tinha como objetivo a extensão da produção industrial. Em 1902, a sua finalidade era captar os trabalhadores inaptos para posteriormente dispensá-los do trabalho, de forma evitar preventivamente os acidentes. Nas décadas de vinte e trinta foi associada à psicologia diferencial e à psicomotricidade, testes de aptidão, de habilidades e interesses orientados para a vida profissional do indivíduo. Nos anos de 1907 e 1909 houve a criação do primeiro centro de orientação profissional norte-americano sob a responsabilidade de Parsons,  onde põe em prática os princípios da sua teoria denominada por traço fatorial.
Super (1957) acredita que todos os indivíduos necessitam auxílio, para um determinado quadro situacional é  necessário uma orientação vocacional  para uma escolha aleatória sem planos que posteriormente podem ocasionar uma frustração cujo as consequências poderão eventualmente  causar prejuízos económicos de futuro. Ele defende a ideia da identidade profissional dependente das características do sujeito desenvolvidas por determinadas exigências das suas funções laborais. A escolha profissional deverá relacionar-se com as características do sujeito integrado em processos de interação e de hereditariedade que posteriormente são controlados pelo meio ambiente. Deste modo a atividade é escolhida pelo sujeito a partir da sua perceção realizada pelas suas próprias aptidões de aprendizagem. A escolha deverà ter em conta uma orientação pessoal orientada para o desenvolvimento de técnicas instrumentalizadas vocacionadas  para determinadas  necessidades  primárias do mercado globalizado.
Atendendo  às exigências da sociedade pós-industrial que vive em progressivas mudanças paradigmáticas, de forma a aumentar o nível competitivo das nações mais desenvolvidas. O objetivo da informação pessoal visa orientar os alunos para profissões mais adequadas ao seu perfil. O indivíduo desenvolve certas atividades direcionadas para uma certa orientação vocacional. A teoria do desenvolvimento vocacional tem um foco desenvolvimentista que define a sua escolha profissional baseado num processo que acontece no decorrer da sua vida ativa. Através das fases distintas de desenvolvimento vocacional permite a realização de atividades evolutivas do indivíduo perante a sociedade.
Ao longo das últimas décadas, a teoria evolutiva de Donald Super realça as ideias de Rodolfo Bohoslawsky sobre as práticas de orientação vocacional realizadas no mundo capitalista .
As permanentes mudanças ocorridas no mundo do trabalho funciona como práticas de orientação profissional a serem utilizadas no mundo laboral, que por sua vez ,continuam a evoluir atualmente para um foco de trabalho mais ampliado. Uma busca de excitação de poder totalitário de determinadas organizações secretas promovem uma economia paralela obscura de outros setores económicos  cada vez mais vuneravéis politicamente.
A evolução ocorrida nos últimos anos no campo da orientação profissional define uma entrada no mundo organizacional de programas profissionais inseridos em empresas multinacionais de gestão de carreira.
Atualmente a organização profissional vem ganhando destaque por meio de novas perspetivas de mercado de trabalho,  e por sua vez tem uma tendência de se afirmar como instrumento de transformação social, em áreas  da psicologia, da sociologia e da educação associadas às outras áreas de conhecimento.
Em síntese, a orientação profissional desde a sua origem necessita de um instrumento de transformação social, na medida em que, auxilia os jovens académicos a encontrar uma escolha profissional numa fase cada vez mais difícil de decisão das suas próprias vidas . Desta forma, abre possibilidades para uma reflexão crítica e necessária para a pesquisa de novas áreas de conhecimento que correspondam às necessidades do mercado de trabalho globalizado, contribuindo assim para novas escolhas e oportunidades  mais conscientes.

Christopher Brandão 2015

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