quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A Evolução Histórica Do Jogo De Ténis


A evolução da biomecânica atual do ténis é originária do ano 1874. A sua base tenística fundamenta-se nos jogos de parada realizados durante a Idade Média.
Em Itália no século XI existiu dois tipos de jogo com bola em que se aplica o termo jogo de «Palone». A atividade de lazer relacionado com uma grande bola revestida de coiro ou de madeira que se batia através da ação biomecânica do antebraço. O jogo com bola pequena pode – se considerar o percursor do ténis atual.
O jogo da palheta numa fase inicial era utilizada com a palma da mão. Devido às dores provocadas pelo material que constituía a bola obrigou a uma proteção de cabedal, cujas faces eram muitas vezes reforçadas por uma rede. Na Itália, o jogo do «soco na bola» atingiu uma enorme popularidade enquanto nos outros países românicos optava-se por uma bola mais pequena.
Em Espanha houve uma evolução de um jogo designado por pelota, que prevaleceu até hoje como desporto nacional do País Basco. Para a sua prática utiliza-se uma bola dura que é lançada contra a parede e com o auxílio de um instrumento em forma de bico curvo poderá ser devolvida antes de bater no chão. De forma idêntica ao ténis, este tipo de jogo inclui a variante de singulares e de pares.          
 Na França mais especificamente no século XIV, o tempo da galantaria do sexo masculino, contra uma educação mais rude comparativamente aos outros países da Europa, nasceu o conceito de galant homme que tem origem numa relação de princípios produzidos pelo jogo como uma oportunidade de exibicionismo na sociedade, através das suas potencialidades físicas, sem dar impressão de grosseria social. Diz-se que semelhante exercício tem origem nas manifestações amorosas desenvolvidas nos salões nobres e nos banhos públicos. Logicamente este jogo adquiriu uma dinâmica de rápida difusão na sociedade francesa onde naquela época a versão italiana foi introduzida.
No séc XVIII desapareceu o jogo no salão (de dança), tanto na França como na Europa central e ocidental.

O jogo definido por palmada, todavia, não conseguiu a sua difusão ao ar livre devido às condições climatéricas de baixa temperatura, ao contrário nos outros países românicos que se edificarem em massificação em recintos cobertos. Semelhantes construções de uma maneira geral, apresentam medidas padrão de 30 metros de comprimento, 10 de largura e 7 de altura. A sala encontrava-se divida em duas metades por uma corda cujo piso era coberto de azulejo.
A validade do lançamento com bola obrigava a um batimento na parte mais inclinada do tecto que seguidamente tinha de tabelar na parede até não ser mais possível batê-la. Antes utilizava-se a raquete como um instrumento curvo de madeira de pega curta.
No século XVI utilizava-se uma moldura de madeira unida por fitas de coiro ou de tripa.
Estas supostas raquetes eram fabricadas em madeira de freixo, ou tília, de tal forma entrelaçada apresentava uma face áspera e outra lisa.
O jogo da palmada, nunca chegou a ser um jogo do povo, mas das elites e da alta sociedade, atendendo ser uma atividade que exigia no máximo 4 participantes e além de exigir um recinto específico que impunha elevados custos ao nível dos recursos materiais que impedia o seu desenvolvimento popular, dado às circunstâncias da sociedade daquele tempo.
Relativamente ao processo de contagem existem divergências de opiniões, a explicação da origem da pontuação do ténis por alguns investigadores que consideram a mais verosímil, no qual Schnell considera na sua terminologia derivada da palavra journée que significa «dia» ou «luta» num contexto de jogo competitivo. Numa divisão do dia em 24 horas permitiu a divisão do ténis em 24 jogos no qual cada jogo correspondia a uma hora e cada hora corresponde a 60 minutos. A divisão do jogo de ténis em 4 partes jogando um ponto que equivalia 15 pontos. Depois do somatório dos pontos chegar ao 45 -45, o vencedor teria de conquistar um duplo ponto para vencer o jogo, o que muitas vezes dependia do acaso.
A preferência pelo número quarenta, em vez do 45 é explicada pelo fato de mais pontos, para além da pontuação 45. Na eventualidade de igualdade optava-se pelos 40-40, no qual os próximos pontos valiam 10 cada um. No eventualidade existir a renovação do empate (50-50), regressava-se aos 40. Para simplificar igualdade em vez de se utilizar a pontuação de 45 contava-se 40. Na mesma situação sucede com o número 24, enquanto igualmente era necessário 2 jogos de diferença em competição, contava-se em caso de igualdade 22-22 para trás. Devido à falta de tempo, ou talvez para dar possibilidade a uma desforra, sucessivamente, o despique foi reduzido de 12 para 6 jogos.
 A forma de contagem em relação à contagem do ténis atual parece ser semelhante à do «jogo de palmada». Na cultura dos povos latinos o número 15 foi eleito como unidade de contagem de pontos na modalidade, no qual o somatório tem uma sequência de 30 pontos e de seguida passa para 40 e não para 45. Na eventualidade de igualdade, depois do penúltimo ponto, (40-40) são precisos conquistar mais dois para se vencer o jogo.

Nos primeiros anos, o ténis jogava-se essencialmente na linha de fundo, sendo o serviço executado por baixo. A evolução do estilo de jogo de cada atleta, mais especificamente em jogos onde prevalecia ações psicomotoras de bolas atlas utilizadas nos gestos técnicos dos smashs e do serviço, bem como em ações biomecânicas de movimentos executados em fases de ataque, permitiu que o ténis ganhasse uma dinâmica de diversidade e versatilidade.
A evolução do jogo para um ataque à rede por parte do jogador permitiu desenvolver acções técnicas mais rápidas designadas por passing-shot permitindo imprimir uma maior velocidade da bola. A transferência do jogo de fundo para rede determinou a sua própria conceção evolutiva do ténis.    
Os irmãos Doherty influenciaram de maneira decisiva a evolução táctica do ténis.
Entre os anos de 1897 a 1907 houve um expoente máximo de evolução ténistica ao nível técnico e táctico. Podemos avaliar o jogo dos irmãos Doherty como um jogo clássico na arte do impacto da bola com a raquete, associado ao sistema de ataque de descida à rede eficaz, no qual a sua defesa sobressaía na devolução de bola, com aplicação do gesto técnico de esquerda. Em comparação ao atual nível de jogo, o jogo dos irmãos Doherty apresentava um ponto fraco na tática da modalidade na variante singular como em pares ao nível da sua transição para rede era só concluída a meio do campo. Tendo em conta que o crossing –ball ainda não era conhecido, em que a aceleração do batimento e de preparação apresentava-se com algumas deficiências tácticas.
  
No ano de 1910, num espaço de curta duração temporal surgiram mais dois tipos de jogos cujo sucesso foi evoluindo ao longo do tempo. O tenista australiano Brooks tentou com os seus lifts que são ações que provocam efeitos de bola em que perturbam o batimento da bola durante a produção dos gestos técnicos realizados pelos seus adversários. Estas variantes nas batidas laterais eram demasiadas lentas atendendo às batidas defensivas que se traduziam em pontos fracos.
O norte-americano sendo o pioneiro na descida à rede possuía um serviço canhão, atendendo que lançava a melhor bola a uma maior altura permitia um batimento com maior potência atendendo à sua estatura mediana.
No primeiro período evolutivo de ténis houve a necessidade de se jogar em todo o campo, através de uma combinação de deslocamentos de descida à rede a partir de ações desenvolvidas no fundo do corte. As variações do jogo proporciona um aumento do ritmo, no qual o jogador Tilden foi considerado o melhor tenista de todos os tempos na sua época. Este jogador utilizava todas as variações possíveis criadas pelos seus efeitos de bola. Associados aos diversos sistemas tácticos de jogo, tendo sido pioneiro em utilizar o corte longo com máximo aproveitamento do ressalto da bola, também dominava a velocidade do efeito de bola que contribui com os seus conhecimentos práticos para manuais e filmes essenciais para o desenvolvimento científico da modalidade. Durante a sua época compreendida num intervalo temporal compreendido entre 1920 e 1926 foi considerado pelos especialistas como um símbolo americano do run and rush. Considerado um jogador com caraterísticas táticas de atacante que procura acumular pontos, aproveitando os diferentes processos técnico-táticos. Por outro lado aumentou o ritmo de jogo, essencialmente no ataque enquanto Cochet era especialista na receção imediata, tanto no ataque como na defesa cujo batimento antecipativo imprimia uma maior velocidade de aceleração. A sua forma de batimento antecipativo sobressaía pela sua eficácia na resposta ao serviço potente, atendendo à sua posição de espera adiantada em relação ao serviço, permitia uma enorme vantagem sobre a linha de fundo. Esta situação dimínuia o tempo de reação ao batimento da bola mas em compensação reduzia o ângulo de ressalto, devido ao intervalo de tempo de resposta ser mais curto. Uma situação de serviço potente, em que a bola ressalta no quadrado de serviço apenas 1 a 2 metros da linha de fundo concebe ao servidador uma oportunidade de receber uma resposta ao serviço junto à rede.
O tenista inglês Fred Perry afirma: «a juventude deve alicerçar os fundamentos da sua técnica na velha escola. Mas apenas os fundamentos. Uma vez conseguida esta situação orientada para novas versões de batimento antecipado da bola. Acredito que tal método de batimento rápido poderá consolidar-se com o tempo e ocupar o espaço concedido à velha escola pelos manuais.»
No final deste período evolutivo predominava um tipo de jogo em que se aproveitava todos os princípios técnicos e tácticos ofensivos, visando um maior ganho de pontos.
No ano de 1940, houve um reforço atacante, no qual o desenvolvimento da semelhante forma de jogo desenvolvido durante este período foi considerado essencialmente pela geração mais velha, como ortodoxa e sem vantagem nenhuma em termos de cobertura total do campo. A observação associada aos feedbacks dos treinadores: «Desce ao campo, bate com força; corre em direção à rede e tenta apanhar a bola, quer saltando, quer torcendo, devolvendo de qualquer maneira para além da rede», caracteriza a atual forma de jogo.
A diversidade de variantes produziu pouco a pouco a evolução do ténis contemporâneo. O desenvolvimento ascendente permitiu a criação de uma tecnoestrutura organizativa ao nível do clube, da associação, da federação e por fim a internacionalização do ténis proveniente do produto das competições nacionais e internacionais permitiu a sua popularização expansiva a nível mundial. A evolução técnico-táctica do jogo, provavelmente se encontra relacionado com a sua difusão e promoção. Os jogadores do ATP Tour demonstram sempre em competições novidades psicomotoras e tecno-táticas que levaram ao aperfeiçoamento e desenvolvimento da modalidade. A evolução tenística demonstra uma certa flexibilidade ao nível da técnica que por sua vez, proporciona diversos estilos de jogo dependentes do talento, do morfotipo, e do reportório psicomotor adquirido pelo atleta durante o seu ciclo desportivo, consoante cultura de cada país em que se promove a modalidade. O enquadramento psicomotor de cada atleta demonstra a sua eficácia ao nível das suas capacidades motoras da força, da flexibilidade, da velocidade, da resistência, da coordenação que determina a sua ação comportamental tecno-táctica durante o jogo. O produto da técnica e da tática individual se constrói numa base padronizada de uma determinada metodologia de treino fomentada na antecipação do jogo. Só o conhecimento das regras básicas permitirá o desenvolvimento do estilo pessoal do atleta, dependente da eficácia da sua biomecânica ser essencial à optimização dos movimentos produzidos para as melhores performances em diferentes contextos aleatórios de jogo. A assimilação das regras básicas e gerais permitirá uma melhor adaptação às caraterísticas individuais de jogo.
O princípio elementar do ténis consiste na bola ser trocada sobre um obstáculo com auxílio de uma raqueta. A bola tem de cair num campo limitado e ser devolvida antes de bater a segunda vez na superfície.
Atualmente o ténis opta-se por um ataque rápido cujo objetivo incide conjuntamente com o serviço, de forma atingir uma posição de deslocamento mais rápida para a rede. Atualmente deve-se atacar com o serviço desde que haja garantias de êxito. Bolas frouxas ou mal colocadas não são propícias à ação do ataque, por isso é aconselhável aguardar uma posição mais favorável de se aproximar à rede, para que depois haja um batimento longo bem preparado. Para que a táctica resulte é necessário que o atleta domine bem as diversas formas de batimento de bola.
O serviço é um batimento decisivo no ataque, enquanto o volley e o smash são dois processos de conquista de pontos na descida à rede. O serviço biomecanicamente executa-se com maior rotação do corpo. A trajetória da curva da bola é mais lenta do que o batimento tenso e dá mais tempo ao adversário ao nível do contra-ataque. Temos que ter em conta as mudanças de direção resultantes do ressalto da bola, para que um jogador seja possuidor de um serviço potente com subida à rede, é preferível ganhar ao primeiro ponto ao adversário. A boa técnica do serviço poderá ser decisiva para uma vitória final, numa partida ou num set, assim como a resposta ao serviço é determinante para atual forma de jogo. A evolução do jogo de ténis na sua metodologia de treino deverá incidir essencialmente na interação do serviço e da resposta ao serviço que será o ponto de evolução fundamental da dinâmica do jogo atual.
A utilização dos drives da direita e da esquerda associada à resposta ao serviço poderá evoluir para um estilo de jogo tático que se reveste de uma grande transcendência de batimentos intermédios de preparação do próprio sistema de ataque à rede. Atendendo a este quadro situacional o gesto técnico da direita e da esquerda merecem uma atenção secundária no ténis moderno.
A técnica do gesto técnico do Lob quando bem aplicada concede-nos um importante batimento defensivo com muitas possibilidades de criar mudanças tácticas decisivas de jogo. Atualmente as diferentes formas de batimento dos gestos técnicos fundamentais do serviço, da resposta ao serviço, da direita, da esquerda, do volley, do smash e do lob exige um reportório diversificado por parte do atleta. Qualquer uma dessas formas de batimento quando bem executadas contra um adversário do mesmo nível competitivo poderá constituir uma enorme vantagem tenística. Esta técnica de batimento de bola poderá ser exemplificada em contexto de jogo, nomeadamente na final do jogo singulares masculinos do Torneio de Wembley de 1959 que foi ganho por Olmedo de nacionalidade norte-americana contra o tenista australiano Rod Laver, pelos parciais 6-4, 6-3, 6-4. Bastou a Olmedo ter êxito na técnica do serviço 3 vezes em relação ao adversário, a partir de uma vantagem de 5-4 foi suficiente para quebrar para ganhar seguidamente por 6-4. No segundo set com o parcial 4-3 conseguiu durante o serviço de Laver, fazer 5-3 na resposta ao serviço acabando por vencer por 6-3 no serviço imediato. Na terceira partida Laver controlava a situação de jogo, servia primeiro com um resultado a seu favor de 4-3. Após uma igualdade de jogos de 4-4 houve novamente um rompimento que permitiu a Olmedo chegar aos parciais 5-4 completando com o seu serviço a partida de jogo. Perante esta situação e com o desenrolar do jogo competitivo, demonstra claramente como o ténis evoluiu ao nível mundial numa dinâmica de potência relacionada com o gesto técnico do serviço contra ao adversário que comprovou a sua vitória no final do encontro. Em conclusão podemos ver que os dois jogadores demonstraram um idêntico poder de serviço. Referente à situação de jogo na rede Laver foi mais versátil por utilizar um volley enviesado enquanto para Olmedo a contrapartida decisiva incidia mais na defesa. A sua maior eficácia dos seus batimentos de devolução era utilizado o passing-shot que fez com que Laver tivesse que lutar muito mais para conquistar o serviço. Em diversas situações Olmedo teve de sair de situações de jogo extramente difíceis de defesa de forma conquistar pontos em situações vitoriosas de ataque. O jogo diversificado de defesa resultou numa táctica atacante poderosa.
Através dos comentários após o jogo de Laver em Wembley afirma a valorização do adversário Alex Olmedo que demonstrou ser um jogador muito maduro com um sistema ofensivo de volleys bastantes controlados. Os seus batimentos no fundo do court não tinha nada de extraordinário, mas eram suficientemente eficazes para não o comprometer quando não se encontrava próximo da rede. Para derrotar Olmedo, Laver tinha de chegar primeiro à rede e além disso precisava de servir pelo menos com igual potência. O serviço de Olmedo era difícil de devolver, só se podia mandar a bola para perto do adversário. Laver chegou à conclusão que Olmedo deteve o domínio do jogo pelo fato de se encontrar em permanente deslocamento, o que obrigou a antecipar os seus batimentos, tendo em consequência os seus erros derivados dos seus atos psicomotores precipitados.
Se tivessem atuado sobre a terra batida, em vez de relva sobressaía a uma velocidade de jogo diferente mais especificamente a velocidade da bola em situação de serviço. Efetivamente a velocidade da bola sobre a relva aumenta em relação à superfície de terra batida.
Nos jogos realizados em campos vulgares provavelmente podemos captar muitas bolas e devolvê-las, o que nunca seria possível sobre uma superfície de relva. Deste quadro situacional resulta igualmente o aumento das hipóteses de vitória em situações de jogo de ataque. Só tem sucesso o jogador que possua uma performance atacante.
Analisando o desenvolvimento tenístico nas últimas décadas conclui-se que atualmente se joga de maneira muito diferente de há 40 anos. Um jogador só descia à rede quando conseguia forjar as boas condições de ataque na linha de fundo. Atualmente podem criar situações de ataque imediatamente após o serviço. Um bom serviço e um bom jogo de rede são tão básicos como o domínio dos batimentos dos gestos técnicos do lob e do slice durante o jogo perante um sistema de ataque ofensivo ao adversário. Em caso de igualdade de capacidades psicomotoras e coordenativas dos atacantes, um dos jogadores sobressairá, se possuir um melhor jogo de fundo, com caraterísticas mais defensivas. O jogo de fundo de court e o jogo de ataque transformou-se num jogo transitório de defesa e ataque em simultâneo. O domínio da técnica adquire-se pela forma de atuação do batimento básico e elementar. Numa situação primária temos que executar o batimento do gesto técnico de direita e de esquerda antes de chegarmos aos gestos técnicos secundários do volley e do smash.
Além disso, a atual forma de jogar exige uma condição psicomotora muito maior do que antigamente. A corrida constante à rede depois da realização do gesto técnico do serviço com deslocamento exige um determinado ritmo e controle de bola perante a sua trajetória, em termos de balística, exige um sistema aéreo com maiores habilidades psicomotoras e coordenativas. Neste período de desenvolvimento há que avaliar numa fase posterior, um estilo de jogo que seja comprometido pelo empenho competitivo de um determinado ritmo. Um jogador de ténis deverá ter um conjunto de capacidades psicomotoras e coordenativas de forma haja uma maior rapidez, uma maior força, e maior estatura física para atingir os princípios básicos estabelecidos no jogo. As inovações técnicas e tácticas haverá sempre opiniões precipitadas que exigem um paradigma nas regras, de forma o ténis não se tornar monótono e desinteressante. De futuro fala-se na redução da área de serviço para diminuir a eficácia do gesto técnico, mas esta situação contraria o seu próprio desenvolvimento, pois desta forma poderá restringir as nuances técnicas e táticas. Como é do conhecimento geral o reportório técnico dura pouco com a própria evolução do jogo em que se cria um novo paradigma. O aumento do ritmo de jogo tornar-se-à um fator primordial de evolução do atleta.
O aperfeiçoamento das condições psicomotoras possibilitará o aumento das capacidades motoras e coordenativas no qual a construção tática dependerá da evolução da técnica. Relativamente à área técnica a melhoria do jogo deverá refletir-se fundamentalmente na maior eficácia do serviço e na resposta quer no gesto técnico de direita ou da esquerda.
A força ascendente associado às condições necessárias de segurança poderá aumentar a eficácia rítmica do segundo serviço.
Nos batimentos normais, constatam-se as potencialidades de acertar na bola no momento exato de impato depois do ressalto. Uma melhor ação biomecânica da resposta ao serviço depende das potencialidades que incidem principalmente no batimento relativamente à posição do atacante, contra um adversário que se encontra próximo da rede. Através do batimento agressivo consegue-se o aumento da velocidade da bola com a redução do tempo de batida. A importância da economia de esforço em relação ao espaço de batimento no qual o adversário poderá ter reduzidas hipóteses na avaliação da situação de jogo que provavelmente poderá dificultar a antecipação dos seus próprios movimentos.
Com a evolução do material que constituem as raquetes permitiu influenciar o próprio ritmo do jogo. Como exemplo, encontramos uma prova relativa à raquete de metal das décadas passadas que permitiu uma maior elasticidade em relação às raquetes de madeira normais, imprimindo à bola uma maior velocidade, com o menos dispêndio de energia. Por outro lado, a raquete impõe um batimento exatamente ao centro, para isso basta uma ligeira oscilação para provocar um desvio padrão da trajetória da balística da bola. Este é o factor que poderá explicar a razão deste tipo de raquete ter desaparecido do mercado. O futuro dos materiais da grafite, do kelvar, do carbono são cada vez mais influenciáveis  no ritmo de jogo.
Todas as variantes da modalidade, visa essencialmente o aumento das capacidades psicomotoras, para o êxito da evolução técnica e tática. O ritmo acelerado do jogo exige uma condição física elevada associada a biomecânica ajustada a uma velocidade de movimentação, que depende das qualidades cognitivas do indivíduo, manifestadas na sua atenção, antecipação e por fim reação.
 Torna-se necessário de futuro uma aplicação de uma metodologia de treino científico, de forma os treinadores possam desenvolver as melhores capacidades psicomotoras dos atletas mais jovens ao longo da sua carreira desportiva.


Christopher Brandão,2016    

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