A
evolução da biomecânica atual do ténis é originária do ano 1874. A sua base tenística
fundamenta-se nos jogos de parada realizados durante a Idade Média.
Em
Itália no século XI existiu dois tipos de jogo com bola em que se aplica o
termo jogo de «Palone». A atividade de lazer relacionado com uma grande bola revestida
de coiro ou de madeira que se batia através da ação biomecânica do antebraço. O
jogo com bola pequena pode – se considerar o percursor do ténis atual.
O
jogo da palheta numa fase inicial era utilizada com a palma da mão. Devido às
dores provocadas pelo material que constituía a bola obrigou a uma proteção de
cabedal, cujas faces eram muitas vezes reforçadas por uma rede. Na Itália, o
jogo do «soco na bola» atingiu uma enorme popularidade enquanto nos outros
países românicos optava-se por uma bola mais pequena.
Em
Espanha houve uma evolução de um jogo designado por pelota, que prevaleceu até
hoje como desporto nacional do País Basco. Para a sua prática utiliza-se uma
bola dura que é lançada contra a parede e com o auxílio de um instrumento em
forma de bico curvo poderá ser devolvida antes de bater no chão. De forma idêntica
ao ténis, este tipo de jogo inclui a variante de singulares e de pares.
Na
França mais especificamente no século XIV, o tempo da galantaria do sexo
masculino, contra uma educação mais rude comparativamente aos outros países da Europa, nasceu o conceito de galant homme que tem origem numa relação de
princípios produzidos pelo jogo como uma oportunidade de exibicionismo na
sociedade, através das suas potencialidades físicas, sem dar impressão de
grosseria social. Diz-se que semelhante exercício tem origem nas manifestações
amorosas desenvolvidas nos salões nobres e nos banhos públicos. Logicamente
este jogo adquiriu uma dinâmica de rápida difusão na sociedade francesa onde
naquela época a versão italiana foi introduzida.
No séc XVIII desapareceu o jogo no salão (de dança), tanto na França como na
Europa central e ocidental.
O
jogo definido por palmada, todavia, não conseguiu a sua difusão ao ar livre
devido às condições climatéricas de baixa temperatura, ao contrário nos outros
países românicos que se edificarem em massificação em recintos cobertos.
Semelhantes construções de uma maneira geral, apresentam medidas padrão de 30
metros de comprimento, 10 de largura e 7 de altura. A sala encontrava-se divida
em duas metades por uma corda cujo piso era coberto de azulejo.
A
validade do lançamento com bola obrigava a um batimento na parte mais inclinada
do tecto que seguidamente tinha de tabelar na parede até não ser mais possível
batê-la. Antes utilizava-se a raquete como um instrumento curvo de madeira de
pega curta.
No
século XVI utilizava-se uma moldura de madeira unida por fitas de coiro ou de
tripa.
Estas
supostas raquetes eram fabricadas em madeira de freixo, ou tília, de tal forma
entrelaçada apresentava uma face áspera e outra lisa.
O
jogo da palmada, nunca chegou a ser um jogo do povo, mas das elites e da alta
sociedade, atendendo ser uma atividade que exigia no máximo 4 participantes e
além de exigir um recinto específico que impunha elevados custos ao nível dos
recursos materiais que impedia o seu desenvolvimento popular, dado às
circunstâncias da sociedade daquele tempo.
Relativamente
ao processo de contagem existem divergências de opiniões, a explicação da
origem da pontuação do ténis por alguns investigadores que consideram a mais
verosímil, no qual Schnell considera na sua terminologia derivada da palavra
journée que significa «dia» ou «luta» num contexto de jogo competitivo. Numa
divisão do dia em 24 horas permitiu a divisão do ténis em 24 jogos no qual cada
jogo correspondia a uma hora e cada hora corresponde a 60 minutos. A divisão do
jogo de ténis em 4 partes jogando um ponto que equivalia 15 pontos. Depois do
somatório dos pontos chegar ao 45 -45, o vencedor teria de conquistar um duplo
ponto para vencer o jogo, o que muitas vezes dependia do acaso.
A
preferência pelo número quarenta, em vez do 45 é explicada pelo fato de mais
pontos, para além da pontuação 45. Na eventualidade de igualdade optava-se pelos
40-40, no qual os próximos pontos valiam 10 cada um. No eventualidade existir a
renovação do empate (50-50), regressava-se aos 40. Para simplificar igualdade
em vez de se utilizar a pontuação de 45 contava-se 40. Na mesma situação sucede
com o número 24, enquanto igualmente era necessário 2 jogos de diferença em
competição, contava-se em caso de igualdade 22-22 para trás. Devido à falta de
tempo, ou talvez para dar possibilidade a uma desforra, sucessivamente, o
despique foi reduzido de 12 para 6 jogos.
A forma de contagem em relação à contagem do
ténis atual parece ser semelhante à do «jogo de palmada». Na cultura dos povos
latinos o número 15 foi eleito como unidade de contagem de pontos na
modalidade, no qual o somatório tem uma sequência de 30 pontos e de seguida
passa para 40 e não para 45. Na eventualidade de igualdade, depois do penúltimo
ponto, (40-40) são precisos conquistar mais dois para se vencer o jogo.
Nos
primeiros anos, o ténis jogava-se essencialmente na linha de fundo, sendo o
serviço executado por baixo. A evolução do estilo de jogo de cada atleta, mais
especificamente em jogos onde prevalecia ações psicomotoras de bolas atlas
utilizadas nos gestos técnicos dos smashs e do serviço, bem como em ações
biomecânicas de movimentos executados em fases de ataque, permitiu que o ténis
ganhasse uma dinâmica de diversidade e versatilidade.
A
evolução do jogo para um ataque à rede por parte do jogador permitiu
desenvolver acções técnicas mais rápidas designadas por passing-shot permitindo
imprimir uma maior velocidade da bola. A transferência do jogo de fundo para
rede determinou a sua própria conceção evolutiva do ténis.
Os
irmãos Doherty influenciaram de maneira decisiva a evolução táctica do ténis.
Entre
os anos de 1897 a 1907 houve um expoente máximo de evolução ténistica ao nível
técnico e táctico. Podemos avaliar o jogo dos irmãos Doherty como um jogo clássico
na arte do impacto da bola com a raquete, associado ao sistema de ataque de
descida à rede eficaz, no qual a sua defesa sobressaía na devolução de bola, com
aplicação do gesto técnico de esquerda. Em comparação ao atual nível de jogo, o
jogo dos irmãos Doherty apresentava um ponto fraco na tática da modalidade na
variante singular como em pares ao nível da sua transição para rede era só
concluída a meio do campo. Tendo em conta que o crossing –ball ainda não era
conhecido, em que a aceleração do batimento e de preparação apresentava-se com
algumas deficiências tácticas.
No
ano de 1910, num espaço de curta duração temporal surgiram mais dois tipos de
jogos cujo sucesso foi evoluindo ao longo do tempo. O tenista australiano
Brooks tentou com os seus lifts que são ações que provocam efeitos de bola em
que perturbam o batimento da bola durante a produção dos gestos técnicos
realizados pelos seus adversários. Estas variantes nas batidas laterais eram
demasiadas lentas atendendo às batidas defensivas que se traduziam em pontos
fracos.
O
norte-americano sendo o pioneiro na descida à rede possuía um serviço canhão,
atendendo que lançava a melhor bola a uma maior altura permitia um batimento
com maior potência atendendo à sua estatura mediana.
No
primeiro período evolutivo de ténis houve a necessidade de se jogar em todo o
campo, através de uma combinação de deslocamentos de descida à rede a partir de
ações desenvolvidas no fundo do corte. As variações do jogo proporciona um
aumento do ritmo, no qual o jogador Tilden foi considerado o melhor tenista de
todos os tempos na sua época. Este jogador utilizava todas as variações possíveis
criadas pelos seus efeitos de bola. Associados aos diversos sistemas tácticos de
jogo, tendo sido pioneiro em utilizar o corte longo com máximo aproveitamento
do ressalto da bola, também dominava a velocidade do efeito de bola que contribui com os seus conhecimentos práticos para manuais e filmes essenciais para o
desenvolvimento científico da modalidade. Durante a sua época compreendida num
intervalo temporal compreendido entre 1920 e 1926 foi considerado pelos
especialistas como um símbolo americano do run and rush. Considerado um jogador
com caraterísticas táticas de atacante que procura acumular pontos, aproveitando
os diferentes processos técnico-táticos. Por outro lado aumentou o ritmo de
jogo, essencialmente no ataque enquanto Cochet era especialista na receção imediata,
tanto no ataque como na defesa cujo batimento antecipativo imprimia uma maior
velocidade de aceleração. A sua forma de batimento antecipativo sobressaía pela
sua eficácia na resposta ao serviço potente, atendendo à sua posição de espera
adiantada em relação ao serviço, permitia uma enorme vantagem sobre a linha de
fundo. Esta situação dimínuia o tempo de reação ao batimento da bola mas em
compensação reduzia o ângulo de ressalto, devido ao intervalo de tempo de
resposta ser mais curto. Uma situação de serviço potente, em que a bola ressalta
no quadrado de serviço apenas 1 a 2 metros da linha de fundo concebe ao
servidador uma oportunidade de receber uma resposta ao serviço junto à rede.
O
tenista inglês Fred Perry afirma: «a juventude deve alicerçar os fundamentos da
sua técnica na velha escola. Mas apenas os fundamentos. Uma vez conseguida esta
situação orientada para novas versões de batimento antecipado da bola. Acredito
que tal método de batimento rápido poderá consolidar-se com o tempo e ocupar o
espaço concedido à velha escola pelos manuais.»
No
final deste período evolutivo predominava um tipo de jogo em que se aproveitava
todos os princípios técnicos e tácticos ofensivos, visando um maior ganho de
pontos.
No
ano de 1940, houve um reforço atacante, no qual o desenvolvimento da semelhante
forma de jogo desenvolvido durante este período foi considerado essencialmente
pela geração mais velha, como ortodoxa e sem vantagem nenhuma em termos de
cobertura total do campo. A observação associada aos feedbacks dos treinadores: «Desce ao campo,
bate com força; corre em direção à rede e tenta apanhar a bola, quer saltando,
quer torcendo, devolvendo de qualquer maneira para além da rede», caracteriza a
atual forma de jogo.
A
diversidade de variantes produziu pouco a pouco a evolução do ténis
contemporâneo. O desenvolvimento ascendente permitiu a criação de uma tecnoestrutura
organizativa ao nível do clube, da associação, da federação e por fim a internacionalização do ténis proveniente do produto das competições nacionais e
internacionais permitiu a sua popularização expansiva a nível mundial. A
evolução técnico-táctica do jogo, provavelmente se encontra relacionado com a
sua difusão e promoção. Os jogadores do ATP Tour demonstram sempre em
competições novidades psicomotoras e tecno-táticas que levaram ao
aperfeiçoamento e desenvolvimento da modalidade. A evolução tenística demonstra
uma certa flexibilidade ao nível da técnica que por sua vez, proporciona
diversos estilos de jogo dependentes do talento, do morfotipo, e do reportório
psicomotor adquirido pelo atleta durante o seu ciclo desportivo, consoante
cultura de cada país em que se promove a modalidade. O enquadramento psicomotor
de cada atleta demonstra a sua eficácia ao nível das suas capacidades motoras
da força, da flexibilidade, da velocidade, da resistência, da coordenação que
determina a sua ação comportamental tecno-táctica durante o jogo. O produto da
técnica e da tática individual se constrói numa base padronizada de uma
determinada metodologia de treino fomentada na antecipação do jogo. Só o
conhecimento das regras básicas permitirá o desenvolvimento do estilo pessoal
do atleta, dependente da eficácia da sua biomecânica ser essencial à optimização
dos movimentos produzidos para as melhores performances em diferentes contextos
aleatórios de jogo. A assimilação das regras básicas e gerais permitirá uma
melhor adaptação às caraterísticas individuais de jogo.
O
princípio elementar do ténis consiste na bola ser trocada sobre um obstáculo
com auxílio de uma raqueta. A bola tem de cair num campo limitado e ser
devolvida antes de bater a segunda vez na superfície.
Atualmente
o ténis opta-se por um ataque rápido cujo objetivo incide conjuntamente com o
serviço, de forma atingir uma posição de deslocamento mais rápida para a rede.
Atualmente deve-se atacar com o serviço desde que haja garantias de êxito. Bolas
frouxas ou mal colocadas não são propícias à ação do ataque, por isso é aconselhável aguardar uma posição mais favorável de se aproximar à rede, para que depois haja um batimento longo bem preparado. Para que a táctica resulte é
necessário que o atleta domine bem as diversas formas de batimento de bola.
O
serviço é um batimento decisivo no ataque, enquanto o volley e o smash são dois
processos de conquista de pontos na descida à rede. O serviço biomecanicamente
executa-se com maior rotação do corpo. A trajetória da curva da bola é mais
lenta do que o batimento tenso e dá mais tempo ao adversário ao nível do
contra-ataque. Temos que ter em conta as mudanças de direção resultantes do ressalto
da bola, para que um jogador seja possuidor de um serviço potente com subida à
rede, é preferível ganhar ao primeiro ponto ao adversário. A boa técnica do
serviço poderá ser decisiva para uma vitória final, numa partida ou num set,
assim como a resposta ao serviço é determinante para atual forma de jogo. A
evolução do jogo de ténis na sua metodologia de treino deverá incidir
essencialmente na interação do serviço e da resposta ao serviço que será o
ponto de evolução fundamental da dinâmica do jogo atual.
A
utilização dos drives da direita e da esquerda associada à resposta ao serviço
poderá evoluir para um estilo de jogo tático que se reveste de uma grande
transcendência de batimentos intermédios de preparação do próprio sistema de
ataque à rede. Atendendo a este quadro situacional o gesto técnico da direita e
da esquerda merecem uma atenção secundária no ténis moderno.
A
técnica do gesto técnico do Lob quando bem aplicada concede-nos um importante
batimento defensivo com muitas possibilidades de criar mudanças tácticas
decisivas de jogo. Atualmente as diferentes formas de batimento dos gestos
técnicos fundamentais do serviço, da resposta ao serviço, da direita, da
esquerda, do volley, do smash e do lob exige um reportório diversificado por
parte do atleta. Qualquer uma dessas formas de batimento quando bem executadas contra um adversário do mesmo nível competitivo poderá constituir uma enorme
vantagem tenística. Esta técnica de batimento de bola poderá ser exemplificada
em contexto de jogo, nomeadamente na final do jogo singulares masculinos do
Torneio de Wembley de 1959 que foi ganho por Olmedo de nacionalidade norte-americana
contra o tenista australiano Rod Laver, pelos parciais 6-4, 6-3, 6-4. Bastou a
Olmedo ter êxito na técnica do serviço 3 vezes em relação ao adversário, a
partir de uma vantagem de 5-4 foi suficiente para quebrar para ganhar
seguidamente por 6-4. No segundo set com o parcial 4-3 conseguiu durante o serviço
de Laver, fazer 5-3 na resposta ao serviço acabando por vencer por 6-3 no
serviço imediato. Na terceira partida Laver controlava a situação de jogo,
servia primeiro com um resultado a seu favor de 4-3. Após uma igualdade de
jogos de 4-4 houve novamente um rompimento que permitiu a Olmedo chegar aos
parciais 5-4 completando com o seu serviço a partida de jogo. Perante esta
situação e com o desenrolar do jogo competitivo, demonstra claramente como o
ténis evoluiu ao nível mundial numa dinâmica de potência relacionada com o
gesto técnico do serviço contra ao adversário que comprovou a sua vitória no
final do encontro. Em conclusão podemos ver que os dois jogadores demonstraram
um idêntico poder de serviço. Referente à situação de jogo na rede Laver foi
mais versátil por utilizar um volley enviesado enquanto para Olmedo a
contrapartida decisiva incidia mais na defesa. A sua maior eficácia dos seus
batimentos de devolução era utilizado o passing-shot que fez com que Laver
tivesse que lutar muito mais para conquistar o serviço. Em diversas situações
Olmedo teve de sair de situações de jogo extramente difíceis de defesa de forma conquistar pontos em situações vitoriosas de ataque. O jogo diversificado de
defesa resultou numa táctica atacante poderosa.
Através
dos comentários após o jogo de Laver em Wembley afirma a valorização do
adversário Alex Olmedo que demonstrou ser um jogador muito maduro com um
sistema ofensivo de volleys bastantes controlados. Os seus batimentos no fundo
do court não tinha nada de extraordinário, mas eram suficientemente eficazes
para não o comprometer quando não se encontrava próximo da rede. Para derrotar
Olmedo, Laver tinha de chegar primeiro à rede e além disso precisava de servir
pelo menos com igual potência. O serviço de Olmedo era difícil de devolver, só
se podia mandar a bola para perto do adversário. Laver chegou à conclusão que
Olmedo deteve o domínio do jogo pelo fato de se encontrar em permanente deslocamento,
o que obrigou a antecipar os seus batimentos, tendo em consequência os seus
erros derivados dos seus atos psicomotores precipitados.
Se
tivessem atuado sobre a terra batida, em vez de relva sobressaía a uma
velocidade de jogo diferente mais especificamente a velocidade da bola em
situação de serviço. Efetivamente a velocidade da bola sobre a relva aumenta em
relação à superfície de terra batida.
Nos
jogos realizados em campos vulgares provavelmente podemos captar muitas bolas e
devolvê-las, o que nunca seria possível sobre uma superfície de relva. Deste
quadro situacional resulta igualmente o aumento das hipóteses de vitória em
situações de jogo de ataque. Só tem sucesso o jogador que possua uma
performance atacante.
Analisando
o desenvolvimento tenístico nas últimas décadas conclui-se que atualmente se
joga de maneira muito diferente de há 40 anos. Um jogador só descia à rede
quando conseguia forjar as boas condições de ataque na linha de fundo.
Atualmente podem criar situações de ataque imediatamente após o serviço. Um bom
serviço e um bom jogo de rede são tão básicos como o domínio dos batimentos dos
gestos técnicos do lob e do slice durante o jogo perante um sistema de ataque
ofensivo ao adversário. Em caso de igualdade de capacidades psicomotoras
e coordenativas dos atacantes, um dos jogadores sobressairá, se possuir um
melhor jogo de fundo, com caraterísticas mais defensivas. O jogo de fundo de
court e o jogo de ataque transformou-se num jogo transitório de defesa e ataque
em simultâneo. O domínio da técnica adquire-se pela forma de atuação do
batimento básico e elementar. Numa situação primária temos que executar o
batimento do gesto técnico de direita e de esquerda antes de chegarmos aos
gestos técnicos secundários do volley e do smash.
Além
disso, a atual forma de jogar exige uma condição psicomotora muito maior do que
antigamente. A corrida constante à rede depois da realização do gesto técnico
do serviço com deslocamento exige um determinado ritmo e controle de bola
perante a sua trajetória, em termos de balística, exige um sistema aéreo com
maiores habilidades psicomotoras e coordenativas. Neste período de
desenvolvimento há que avaliar numa fase posterior, um estilo de jogo que seja
comprometido pelo empenho competitivo de um determinado ritmo. Um jogador de ténis
deverá ter um conjunto de capacidades psicomotoras e coordenativas de forma
haja uma maior rapidez, uma maior força, e maior estatura física para atingir
os princípios básicos estabelecidos no jogo. As inovações técnicas e tácticas
haverá sempre opiniões precipitadas que exigem um paradigma nas regras, de forma
o ténis não se tornar monótono e desinteressante. De futuro fala-se na redução
da área de serviço para diminuir a eficácia do gesto técnico, mas esta situação
contraria o seu próprio desenvolvimento, pois desta forma poderá restringir as
nuances técnicas e táticas. Como é do conhecimento geral o reportório técnico
dura pouco com a própria evolução do jogo em que se cria um novo paradigma. O
aumento do ritmo de jogo tornar-se-à um fator primordial de evolução do atleta.
O
aperfeiçoamento das condições psicomotoras possibilitará o aumento das
capacidades motoras e coordenativas no qual a construção tática dependerá da
evolução da técnica. Relativamente à área técnica a melhoria do jogo deverá
refletir-se fundamentalmente na maior eficácia do serviço e na resposta quer no
gesto técnico de direita ou da esquerda.
A
força ascendente associado às condições necessárias de segurança poderá
aumentar a eficácia rítmica do segundo serviço.
Nos
batimentos normais, constatam-se as potencialidades de acertar na bola no
momento exato de impato depois do ressalto. Uma melhor ação biomecânica da
resposta ao serviço depende das potencialidades que incidem principalmente no
batimento relativamente à posição do atacante, contra um adversário que se
encontra próximo da rede. Através do batimento agressivo consegue-se o aumento
da velocidade da bola com a redução do tempo de batida. A importância da
economia de esforço em relação ao espaço de batimento no qual o adversário poderá
ter reduzidas hipóteses na avaliação da situação de jogo que provavelmente
poderá dificultar a antecipação dos seus próprios movimentos.
Com
a evolução do material que constituem as raquetes permitiu influenciar o
próprio ritmo do jogo. Como exemplo, encontramos uma prova relativa à raquete de
metal das décadas passadas que permitiu uma maior elasticidade em relação às
raquetes de madeira normais, imprimindo à bola uma maior velocidade, com o menos
dispêndio de energia. Por outro lado, a raquete impõe um batimento exatamente
ao centro, para isso basta uma ligeira oscilação para provocar um desvio padrão
da trajetória da balística da bola. Este é o factor que poderá explicar a razão
deste tipo de raquete ter desaparecido do mercado. O futuro dos materiais da grafite,
do kelvar, do carbono são cada vez mais influenciáveis no ritmo de jogo.
Todas
as variantes da modalidade, visa essencialmente o aumento das capacidades psicomotoras, para o êxito da evolução técnica e tática. O ritmo acelerado do jogo exige uma
condição física elevada associada a biomecânica ajustada a uma velocidade de
movimentação, que depende das qualidades cognitivas do indivíduo, manifestadas na
sua atenção, antecipação e por fim reação.
Torna-se necessário de futuro uma aplicação de
uma metodologia de treino científico, de forma os treinadores possam desenvolver
as melhores capacidades psicomotoras dos atletas mais jovens ao longo da sua
carreira desportiva.
Christopher
Brandão,2016
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