Numa fase inicial, as diferentes
abordagens de aprendizagem humana, despertam ao técnico de psicomotricidade uma
certa curiosidade científica, de determinados estudos relatados pelos
professores, sobre factos históricos e comportamentais de alunos possuidores de
dificuldades de aprendizagem, surgidas ao longo do ano lectivo escolar.
As boas práticas pedagógicas, contextualizam o conhecimento
desenvolvido em sala de aula, onde muitas vezes são polémicos
em determinadas disciplinas, que exijam uma intervenção dos técnicos de
psicomotricidade, de forma auxiliar as diferentes perspetivas educativas, que
sejam motivadoras aos alunos. O trabalho da psicomotricidade, obviamente é
evidenciado pelo contexto educativo, o que exige uma prática psicomotora
interventiva ao nível do processo de escolarização, cujo o seu foco atencional seja
essencialmente o sucesso escolar.
A psicomotricidade estuda os
problemas de aprendizagem dos alunos, destacando uma maior influência das boas
práticas pedagógicas, num cenário de dificuldade de aprendizagem. Esta área cinge-se numa
determinada avaliação individual, familiar, clínica e até medicinal, de forma
arranjar uma melhor solução para os problemas terapêuticos, ao nível das suas
intervenções, de forma trazer reflexões sobre as capacidades mentais mais
elementares dos alunos retardatários a nível escolar, auxiliando
simultaneamente a área da Educação Especial.
A área Educativa em diferentes
leis e directrizes, definem os princípios mais organizativos de uma tecnoestrutura em
rede, em que se destaca o contexto político, social e económico de uma determinada
região, onde é essencial o desenvolvimento de boas técnicas psicomotoras,
durante a fase da escolaridade obrigatória e gratuita.
O respectivo universo populacional escolar foi
ampliado ao longo do tempo, onde cada vez mais surgem problemas de diversas
dimensões, que muitas vezes fogem ao controlo escolar. É nesta situação que a
psicomotricidade entra na escola como uma necessidade de colmatar as
dificuldades dos professores com os respetivos alunos, através da utilização de
pedagogias terapêuticas que possam solucionar um determinado modelo alternativo, proposto num plano educativo individual, de forma possa solucionar todo o contexto
familiar e escolar do aluno, desde que justifique o seu próprio insucesso
escolar.
Nesta fase caracteriza-se por uma
produção de reflexões, em que se evidenciam os entraves causados pelas conceções circunstanciais, aplicadas ao processo educativo, além das repercussões que
originaram a desestabilização ou a insegurança na atuação do professor, por procedimentos
pouco convencionais, entre os quais não se destacam a eficácia necessária às
demandas do contexto educativo. No sentido de se eliminar
práticas discriminatórias, de forma a promover uma mudança positiva de
paradigma em relação ao técnico psicomotor, que atua no âmbito escolar, para a
formação e elaboração de um projecto pedagógico escolar, baseado na experiência
de metodologias de ensino realizadas em campo real. A necessidade do aluno com
dificuldades psicomotoras solucionadas pelo técnico, demonstra-se através de
uma questão de humanização, em que se enquadra num contexto de historicidade e
de sociabilidade; onde ambas as áreas dão um enorme contributo para a Ciência
da Psicomotricidade. A parte social é integrada na sociedade escolar, que por
sua vez utiliza metodologias de ensino práticas, onde se enquadra a cultura,
gerando assim indivíduos com conhecimento.
A Psicomotricidade Escolar é
muito importante para o ser humano, pois ela abrange muitos conhecimentos
voltados para uma área sistematizada de vários saberes necessários, para que
possam ser solucionados pelo técnico psicomotor.
O objetivo da psicomotricidade
escolar, é perceber as características que compõem a instituição escolar,
fundamentadas ao nível da sua tecnoestrutura organizativa de ensino, transmitindo
aos alunos bons conhecimentos de qualidade tangível. A motivação é de fundamental
importância para os alunos detentores de problemas ou dificuldades de
aprendizagem, para de futuro o técnico de psicomotricidade possa diagnosticar e
intervir corretamente com medidas científicas eficazes.
Não se podem esquecer dos
problemas emocionais que algumas crianças sofrem em casa e que transferem para a escola,
necessitando de auxílio constante, em que a comunicação é necessária para um acompanhamento
psicomotor especial, para poder auxiliar ou detectar problemas de origem mental ou comportamental.
A grande participação do técnico
psicomotor escolar, tem a sua responsabilidade nas questões escolares, onde
auxilia no desenvolvimento da aprendizagem de alunos com dificuldades psicomotoras. A psicomotricidade articulada à
educação pela parte teórica ou pela parte prática pedagógica, atendendo que estas
duas áreas representam uma conquista da sua própria autonomia. As relações entre a Educação
e Psicomotricidade existem, porque a área da psicomotricidade educacional tem
um enorme interesse para os pedagogos ou psicólogos, atendendo ao foco dessas
duas áreas deverão ser a ponte de relação com o aluno possuidor de dificuldades
de aprendizagem com o próprio técnico psicomotor. É importante que ocorram avanços nas práticas, porque a
história demonstra que as alianças entre a Ciência da Psicomotricidade e Educação
seguiram para interesses divergentes. Desta compreensão efectiva sobre a construção
de uma Ciência de Psicomotricidade Escolar, logicamente encontra-se descomprometida com a
Educação Especial.
Christopher Brandão, 22 Julho 2019
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