O mistério da morte faz parte de um enigma da alma ,que provoca uma certa nostalgia a alguém que cuidou de nós em vida e que partiu tão repentinamente. A própria palavra desperta uma certa angústia no coração das pessoas, por ser tão incompreensível e inevitável no momento em que recebemos a triste notícia. Através da reflexão, podemos realmente compreender o significado da morte, sem verdadeiramente compreender o significado da vida, transformada metafisicamente pela vitalização da própria alma. Na morte, ocorre uma divisão entre a parte física e espiritual do ser humano, onde a alma liberta-se das restrições físicas do corpo. Pela divindade, absorve as melhores características da pessoa, após cumprir a sua missão na terra, através da bondade, da virtude e por fim pelo altruísmo.
Pela lei de Lavoisier “Nada se perde, nada se cria tudo se transforma” ensinou-nos que nenhuma substância realmente desaparece, apenas se transforma, por exemplo:” Uma árvore pode ser cortada para podermos fazer um armário, uma mesa ou uma cadeira”, independentemente do design que tomar a madeira, permanece sempre o mesmo material, apesar de ser ardida, transforma a matéria em diferentes formas de energia. A árvore, a cadeira e o fogo são apenas formas diferentes pertencentes à mesma substância, o que teologicamente representa o espírito da alma que flui para um estado metafísico ascendente mais elevado. Podemos concluir que a matéria humana só se valoriza através da vitalidade espiritual da alma, que se liberta do seu estado físico. A morte provoca emoções tão fortes, através do qual expressamos a dor pela experiência adquirida pelos próprios sobreviventes e que dificilmente se cicatriza ao longo do tempo. Quando morre um ente querido, surgem emoções fortes de tristeza, derivado pela perda e confusões desnorteadas das pessoas vividas . A dor é um sentimento que não pode ser controlada, mas é necessário estabelecer limites para um determinado pensamento negativo. Não devemos prantear por mais tempo do que necessário para ultrapassar a dor da morte de uma pessoa querida, o que muitas vezes origina uma recordação eterna. A chave do sucesso, consiste em dominar o nosso sofrimento, de forma possamos compreender a metafísica da alma do seu ente querido, que chegou a um local mais elevado do que aquele que ocupava na terra. A complexidade de um princípio divino que interprete religiosamente os sentimentos da morte, simplesmente ensina-nos uma grande lição de epistemologia humana.
O processo mais egoísta de esquecer o verdadeiro significado da morte, é o momento que surge a reconciliação do pensamento de uma experiência traumática do luto, que por sua vez ajuda a libertar de um vínculo de uma pessoa que partiu eternamente do seu meio de pessoas que lhe eram mais próximas. Não há maneira de substituir um ente querido que se foi, pois cada pessoa é uma individualidade única que provoca um determinado sentimento de saudade, muitas vezes suportada pela família e pelos amigos. Esta será uma experiência incompreensível, devastadora, para aqueles que são deixados para trás, mas em todas as explicações que devemos realizar, devemos aceita-la na paz de espírito, em prol da harmonia do defundo .
Christopher Brandão, 2019
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