O contexto multidisciplinar da psicologia da performance,
exige boas medidas práticas a serem desenvolvidas em processos de ensino e
aprendizagem da modalidade, dando uma certa autonomia ao atleta até um nível
etário dos 11 anos de idade. Os treinadores devem realizar reuniões de
esclarecimento com os respetivos encarregados de educação, com a finalidade de
promover um determinado conhecimento sobre o desenvolvimento da época
desportiva a ser antecipadamente planeada futuramente. É necessário que haja um
compromisso desportivo, de forma a estabelecer os diferentes papeis e as
respetivas responsabilidades dos diferentes agentes desportivos. Relativamente
à carreira desportiva do atleta, é importante que todos os intervenientes
estejam envolvidos, de forma explicar os seus papeis aos pais, para que não haja
dúvidas.
O planeamento poderá ser ajustado
consoante os períodos escolares e avaliativos, no qual os encarregados de educação
devem respeitar o modelo desportivo que será introduzido. A planificação
familiar e escolar deverá ser um ponto estratégico a ter em consideração entre
os treinadores, para que haja uma monitorização sobre a evolução comportamental
dos atletas.
A performance da modalidade exige
uma análise de todos os atletas, ao nível das atitudes, da cooperação, da dedicação
à modalidade, e por fim um respeito mútuo pelos recursos humanos e respetivas
instituições desportivas que os integram. Durante a fase desportiva mais
negativa do atleta, devem ser reforçados pelos encarregados de educação os
feedbacks positivos. As sessões pontuais de avaliação e monitorização por parte
da equipa de treinadores em outras áreas complementares do processo desportivo,
nomeadamente dos preparadores físicos, dos psicólogos, dos fisioterapeutas
entre outros. Devem ser estabelecidas processos de ensino aprendizagem
eficazes, durante as diversas unidades de treino, de forma a esclarecer alguns
objetivos a médio e longo prazo.
Utilizar estratégias mais eficazes,
ao nível das suas formas de atuação diferenciada, permite identificar
determinados fatores psicomotores previamente não antecipados nas próprias
dificuldades dos atletas. A orientação do treino para a superação, será a
melhor solução técnica e táctica a ser desenvolvida após um desaire competitivo
ou uma falha técnica, em determinados objetivos propostos, num determinado
período de tempo.
A avaliação comportamental da
equipa de técnicos, promove níveis cada vez maiores de comunicação e de
cooperação, baseado num modelo psicoemocional global de desenvolvimento
desportivo, que cada vez mais se define por um conjunto de práticas sólidas de
confiança, que são fundamentais à rusticidade do atleta altamente competitivo,
para que haja desenvolvimento das capacidades motoras, ao nível do esforço à
fadiga prolongada.
Os contextos das adversidades ou
de derrota exigem uma zona desafio, em que melhor se movimentam os jovens
praticantes, de forma haja uma maior adaptação ao contexto competitivo. A
aplicação do discurso dos treinadores deverá ser definida através de uma boa
avaliação escolar, de forma estabelecerem uma boa comunicação entre os Jovens
atletas, realçando a importância do bom sucesso escolar durante a sua carreira
desportiva.
Numa fase inicial, os treinadores devem solicitar
aos encarregados de educação uma atuação ao nível das atitudes, no sentido de
se potenciar a responsabilidade individualizada dos atletas para realização dos
trabalhos escolares, preparação dos lanches e outras variáveis compatíveis aos
estilos de vida saudável do atleta. Neste
período, a introdução de outras áreas de conhecimento desportivo é necessária,
para que possam potenciar a qualidade nas sessões de treino, de forma haja
melhorias ao nível comportamental e psicoemocional.
Á medida que a idade avança, é
necessário a introdução de novas áreas complementares, nomeadamente da
psicologia, da nutrição e da preparação física, pela sua importância durante os
processos evolutivos globais de metodologia de treino.
A competição deve ser introduzida
desde logo cedo, através de uma medida de avaliação da qualidade do treino,
focada essencialmente na avaliação comportamental do atleta. O foco deverá ser
direcionado para a competição do atleta consigo próprio, uma vez que a
comparação social já se encontra sobejamente reforçada nos diferentes contextos
competitivos, em que os jovens já se encontram inseridos.
O treino de decisão nos jovens deverá ser
treinado, dando uma maior importância ao erro e à falha, de forma evoluir sinergicamente
a qualidade com a quantidade, levando à padronização eficaz dos gestos técnicos
e táticos de jogo. Perante este quadro situacional, é necessária uma informação
previamente recolhida, de forma haja a respetiva automatização, derivada da
própria padronização. Auxiliar os jovens numa rápida tomada decisão, ao nível
das ações técnicas-táticas, de forma a serem corretamente aplicadas num
determinado contexto competitivo. Ao nível da gestão das ações técnicas
mal-executadas, baseadas em estratégias ineficientes, o treinador deve
colmatá-las para superação de ações padronizadas bem-sucedidas, segundo um
modelo de automatização biomecânica eficaz. As melhores performances surgem num
determinado contexto emocional dos atletas, definida num determinado quadro
situacional, pertencente a uma determinada zona de desafio, que se traduz na
motivação prática da modalidade. É importante realçar a componente emocional do
atleta para que possa haver maturidade desportiva suficiente num determinado
contexto de treino competitivo. Recomenda-se aos atletas um registo de treino
sistémico individualizado, cujo o resultado deve apresentar o seu real esforço,
baseado no número de vezes que o próprio atleta realiza semanalmente, e não da respetiva
falha de programação de exercícios que qualitativamente não se aproxima de uma
realidade metodológica de treino altamente competitiva.
Christopher Brandão, 2019
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