segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

A Psicologia Tenística


 O contexto multidisciplinar da psicologia da performance, exige boas medidas práticas a serem desenvolvidas em processos de ensino e aprendizagem da modalidade, dando uma certa autonomia ao atleta até um nível etário dos 11 anos de idade. Os treinadores devem realizar reuniões de esclarecimento com os respetivos encarregados de educação, com a finalidade de promover um determinado conhecimento sobre o desenvolvimento da época desportiva a ser antecipadamente planeada futuramente. É necessário que haja um compromisso desportivo, de forma a estabelecer os diferentes papeis e as respetivas responsabilidades dos diferentes agentes desportivos. Relativamente à carreira desportiva do atleta, é importante que todos os intervenientes estejam envolvidos, de forma explicar os seus papeis aos pais, para que não haja dúvidas.
O planeamento poderá ser ajustado consoante os períodos escolares e avaliativos, no qual os encarregados de educação devem respeitar o modelo desportivo que será introduzido. A planificação familiar e escolar deverá ser um ponto estratégico a ter em consideração entre os treinadores, para que haja uma monitorização sobre a evolução comportamental dos atletas.
A performance da modalidade exige uma análise de todos os atletas, ao nível das atitudes, da cooperação, da dedicação à modalidade, e por fim um respeito mútuo pelos recursos humanos e respetivas instituições desportivas que os integram. Durante a fase desportiva mais negativa do atleta, devem ser reforçados pelos encarregados de educação os feedbacks positivos. As sessões pontuais de avaliação e monitorização por parte da equipa de treinadores em outras áreas complementares do processo desportivo, nomeadamente dos preparadores físicos, dos psicólogos, dos fisioterapeutas entre outros. Devem ser estabelecidas processos de ensino aprendizagem eficazes, durante as diversas unidades de treino, de forma a esclarecer alguns objetivos a médio e longo prazo.
Utilizar estratégias mais eficazes, ao nível das suas formas de atuação diferenciada, permite identificar determinados fatores psicomotores previamente não antecipados nas próprias dificuldades dos atletas. A orientação do treino para a superação, será a melhor solução técnica e táctica a ser desenvolvida após um desaire competitivo ou uma falha técnica, em determinados objetivos propostos, num determinado período de tempo.
A avaliação comportamental da equipa de técnicos, promove níveis cada vez maiores de comunicação e de cooperação, baseado num modelo psicoemocional global de desenvolvimento desportivo, que cada vez mais se define por um conjunto de práticas sólidas de confiança, que são fundamentais à rusticidade do atleta altamente competitivo, para que haja desenvolvimento das capacidades motoras, ao nível do esforço à fadiga prolongada.
Os contextos das adversidades ou de derrota exigem uma zona desafio, em que melhor se movimentam os jovens praticantes, de forma haja uma maior adaptação ao contexto competitivo. A aplicação do discurso dos treinadores deverá ser definida através de uma boa avaliação escolar, de forma estabelecerem uma boa comunicação entre os Jovens atletas, realçando a importância do bom sucesso escolar durante a sua carreira desportiva.
 Numa fase inicial, os treinadores devem solicitar aos encarregados de educação uma atuação ao nível das atitudes, no sentido de se potenciar a responsabilidade individualizada dos atletas para realização dos trabalhos escolares, preparação dos lanches e outras variáveis compatíveis aos estilos de vida saudável do atleta.  Neste período, a introdução de outras áreas de conhecimento desportivo é necessária, para que possam potenciar a qualidade nas sessões de treino, de forma haja melhorias ao nível comportamental e psicoemocional.
Á medida que a idade avança, é necessário a introdução de novas áreas complementares, nomeadamente da psicologia, da nutrição e da preparação física, pela sua importância durante os processos evolutivos globais de metodologia de treino.
A competição deve ser introduzida desde logo cedo, através de uma medida de avaliação da qualidade do treino, focada essencialmente na avaliação comportamental do atleta. O foco deverá ser direcionado para a competição do atleta consigo próprio, uma vez que a comparação social já se encontra sobejamente reforçada nos diferentes contextos competitivos, em que os jovens já se encontram inseridos.
 O treino de decisão nos jovens deverá ser treinado, dando uma maior importância ao erro e à falha, de forma evoluir sinergicamente a qualidade com a quantidade, levando à padronização eficaz dos gestos técnicos e táticos de jogo. Perante este quadro situacional, é necessária uma informação previamente recolhida, de forma haja a respetiva automatização, derivada da própria padronização. Auxiliar os jovens numa rápida tomada decisão, ao nível das ações técnicas-táticas, de forma a serem corretamente aplicadas num determinado contexto competitivo. Ao nível da gestão das ações técnicas mal-executadas, baseadas em estratégias ineficientes, o treinador deve colmatá-las para superação de ações padronizadas bem-sucedidas, segundo um modelo de automatização biomecânica eficaz. As melhores performances surgem num determinado contexto emocional dos atletas, definida num determinado quadro situacional, pertencente a uma determinada zona de desafio, que se traduz na motivação prática da modalidade. É importante realçar a componente emocional do atleta para que possa haver maturidade desportiva suficiente num determinado contexto de treino competitivo. Recomenda-se aos atletas um registo de treino sistémico individualizado, cujo o resultado deve apresentar o seu real esforço, baseado no número de vezes que o próprio atleta realiza semanalmente, e não da respetiva falha de programação de exercícios que qualitativamente não se aproxima de uma realidade metodológica de treino altamente competitiva.

Christopher Brandão, 2019

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