sábado, 27 de setembro de 2014

O Paradoxo De Valor Do Espaço Cineantropológico

 O Espaço Cineantropológico um Paradoxo De Valor ? 


 O espaço contribuiu para a formação pessoal, social, ética, técnica e científica dos investigadores, idenpendentemente do seu grau académico que se encontram inseridos. A consciencialização por parte dos investigadores ao nível dos valores científicos relativos à sua área é de primordial importância para a aprendizagem das metas científicas propostas. As opções de investigação condicionam o conhecimento produzido pelos investigadores dando uma utilidade pública dos bens tangíveis adquiridos. Os orientadores conhecem bem as situações de grande conflito interno com que muitos investigadores se debatem sobre os reflexos dos seus resultados científicos relativos a uma determinada área científica. Esta sensação de inutilidade não é estranha relativamente ao espaço geográfico se for encarado como disciplina talvez possuirá potencialidades científicas e educativas que muitas vezes não são  exploradas na sua real valorização. A interação do espaço físico e geográfico com o ambiente constitui uma linhagem de estudo direcionada para a multidisciplinaridade das várias abordagens possíveis de estudar as localizações humanas. Apesar de realçar aspetos fundamentais do conhecimento não se deve sobrevalorizar qualquer espaço para reforçar a sua fronteira entre as ciências sociais, humanas e naturais relativas à interdisciplinaridade das grandes investigações atuais sobre a evolução humana.A dimensão espacial não deve ser desinserida no contexto da evolução humana porque sem espaço não há desenvolvimento dos fatores que interagem com as populações e as sociedades no seu todo. Podemos associar em categorias distintas nomeadamente;- Alterações significativas nos recursos materiais tecnológicos e bens tangíveis transmíssiveis às gerações futuras,- Alterações ao nível das ações comportamentais e dos modus vivendi e operandi que provocam grandes transformações sociológicas das próprias populações num determinado espaço físico,- Alterações na morfologia espacial e dos metódos de conhecimento geográfico em prol da evolução humana,As alterações diversificam-se de uma forma aleatória e muito crescente numa dinâmica cineantropológica evolutiva em prol da adaptação e desenvolvimento que são os instrumentos fundamentais para a mutuação genética e que por sua vez permitem uma nova dinâmica espacial dos povos e uma maior transmissão de cultura e informação. No seu todo este processo conduz à diversificação genética populacional que são fontes de uma intensificação informativa efetuada pelo transfert da tecnologia associada ao deslocamento das populações. A origem da tecnologia surgiu de uma mudança crucial da evolução que conduziu ao pensamento casual e à capacidade de realizar instrumentos que possam interagir com o espaço físico e geográfico. A relação entre a utilização de instrumentos com o pensamento casual associado à linguagem foi fundamental para a evolução e poderá ser um problema hipercomplexo interessante para a sua desmistificação. Um destes elementos poderá ter servido para arrastar os outros elementos. A tecnologia é essencialmente de natureza padronizada, complexa e repetitiva que exige um domínio manual apurado na sua forma em associar os diversos componentes.
 A questão do tamanho cerebral leva-nos a outra alteração significativa que ocorreu num momento do percurso evolutivo cineantropológico originário dos nossos antepassados e muito semelhantes ao dos símios. Os cérebros grandes exigem maiores crânios permitindo assim uma maior vantagem na luta pela sobrevivência, de tal forma haja uma grande pressão evolutiva para o crescimento cerebral tanto quanto possível. A dimensão cerebral é cada vez maior e permite uma maior assimilação de conhecimento derivado por um melhor processo de ensino-aprendizagem na aquisição de cultura e tecnologia quer rudimentar quer tecnológica ao longo do tempo.Podemos afirmar que o progresso da tecnologia foi lento, as lascas de sílex utilizadas como lâminas datam apenas de há 100 000 anos. Os artefatos de ossos de chifres e marfins eram transformados em artefatos especificamente afiados como o caso das lanças e arpões. Há cerca de 20 000 anos os artefatos do Paleolítico superior sugerem uma possível divisão laboral na produção de instrumentos mais hipercomplexos. As lâminas distintas de lascas eram então comuns, assim como os instrumentos de origem de compósitos eram importantes para a sua utilização e manufaturação de vários materiais realizados em osso. Estas técnicas exigiam um enorme espaço temporal para serem dominadas.
Um dos mistérios da evolução humana é saber o porquê dos nossos cérebros serem enormes. Estes órgãos enormes e hipercomplexos utilizam muita energia mesmo durante a fase do sono. Qualquer cérebro de maior dimensão exige alimentos de elevado teor calórico do tipo em que se obtém, por exemplo a carne dos cadáveres das presas abatidas pelos leões que esmagavam os ossos para comer a sua metafíse fértil.Segundo Deacon (1997); Dunbar (1996) quase todas as teorias convencionais assumem o grande cérebro como uma adaptação ou uma vantagem dos humanos em produzir relações sociais complexas baseadas no crescimento interactivo grupal que por sua vez permitiu o fabrico de utensílios. O cérebro em cada segundo consegue processar 100 milhões de bits de informações e de mensagens adquiridas pelos sentidos. No tronco encefálico existe uma rede de nervos designado por formação reticular que atua como uma espécie de centro de controlo de tráfego em que monitoriza milhões de mensagens que lá chegam. Este consegue separar as mensagens principais das restantes pelo córtex cerebral. Em cada segundo esta pequena rede de nervos só permite no máximo algumas centenas de mensagens que penetrem na mente e no consciente. As células cerebrais chaves designam-se por neurónios que por sua vez estão separadas por sinapses por diminutos espaços de 25 milionésimos de milímetro. Estes espaços são cruzados por substâncias químicas definidas por neurotransmissores, 30 das quais são conhecidas, mas o cérebro pode possuir muitas outras ainda desconhecidas. Estes sinais químicos são recebidos pela terminação nervosa do neurónio por uma malha de diminutos filamentos designados dentritos. Os sinais transmitidos para a outra terminação nervosa do neurónio são efetuadas através de uma fibra nervosa chamada axónio. Os neurónios são estimulados por sinais eléctricos que cruzem em espaços que muitas vezes são químicos. A transmissão dos sinais nervosos é de natureza electroquímica. Cada impulso tem a mesma força, mas a intensidade do sinal depende da frequência dos impulsos.Não é exato saber quais são exatamente as estruturas que sofrem transformações fisiológicas cerebrais que ocorrem durante o processo de ensino-aprendizagem. A experiência sugere que à medida que aprendemos na fase inicial da vida humana obtemos melhores conexões de interneurónios que libertam mais substâncias químicas e por sua vez cruzam com os espaços dos interneurónios. A aplicação continuada das conexões fortalece e reforça a aprendizagem. Segundo o neurocirugião Robert J. White (1994) afirma que o cérebro humano evolui mais do que qualquer animal o que contradiz a razão dos fatos. A destreza manual exigiu transformações sensoriais e motrizes no cérebro ao longo do tempo. O cérebro moderno humano provavelmente deverá ter evoluído em reação de uma capacidade integrada na manipulação e utilização de instrumentos. É mais lógico reconhecer a existência de um intelecto superior responsavél pelo desenvolvimento da relação entre o cérebro e o cognitivo provavelmente poderá desmistificar a compreensão da metafísica humana.Analisando a evolução humana a nível mundial podemos observar que a dinâmica cineantropólogica é instrumentalizada pela adaptação e desenvolvimento de determinadas variáveis sociobiomorfohumanas. A evolução humana teve de se adaptar de tal forma que a informação atual é mais credível aos investigadores por ser muito diversificada manuseável e útil dos que nos tempos remotos. Em segundo lugar resulta de uma observação global e universal das variáveis em constante transformação do conhecimento produzido diariamente pelos investigadores nos seus laboratórios. Tal fato advém de uma série de experiências condicionadas ao modo com que os investigadores analisam o seu espaço científico e como os envolve na aplicação de metodologias científicas baseadas numa fase inicial num conjunto de questões que pretendem dar respostas mais verídicas possíveis. Tais vivências podem ser aproveitadas não só pelo orientador como também pelos investigadores que pretendem respostas convincentes às suas questões e anseios. É importante desenvolver atitudes e competências necessárias para uma apreciação crítica da informação e das provas que os investigadores detêm ao seu dispor, tendo em atenção ao conhecimento estudado do homem quanto à sua distribuição relativa às grandes diferenças ao nível do desenvolvimento e da adaptação humana. O espaço físico e geográfico poderá desenvolver-se como ciência cineantropológica nos universos de investigação, ao nível dos estudos logitudinais ligados aos problemas evolutivos humanos. Neste quadro situacional é possível definir um conjunto de variáveis para o espaço físico e geográfico num contexto de evolução humana ao longo do tempo.Os objetivos serão formulados no sentido de auxiliar os investigadores a:- Desenvolver a compreensão e o interesse sobre o conhecimento não só de espaços que lhes são próximos mas também dos espaços longínquos,- Apreender uma grande variedade de condições existentes sobre a superfície terrestre, local de desenvolvimento evolutivo humano nos quais os indivíduos adaptaram, desenvolverem, modificaram o ambiente sob influência das atividades sociais, políticas, cineantropológicas, económicas,etc,- Delinear um quadro globalizante no qual possam situar fenómenos evolutivos do passado até ao presente,- Percepcionar um modo mais completo do significado humano quer na sua atividade desenvolvida num determinado espaço quer nas suas interações cineantropológicas, - Desenvolver uma melhor compreensão acerca dos mecanismos de organização espacial pertencente às atividades humanas,- Compreender os processos hipercomplexos que deram origem à diversidade dos padrões psicomotores humanos segundo determinados padrões espaciais da superfície terrestre e no modo como influenciaram as transformações espaciais e cineantropológicas,- Ter uma crescente consciencialização acerca da diferença de oportunidades e constrangimentos que afetam as diferentes populações nos diferentes espaços sob diferentes condições económicas, sociais, políticas e físicas,- Desenvolver uma melhor compreensão na natureza das sociedades multiculturais e multiraciais,- Compreender no seu todo um conjunto de problemas, sociais, económicos, políticos e ambientais numa dimensão espacial e geográfica e refletir sobre estes problemas, produzindo juízos de valor devidamente fundamentados na Ciência Cineantropológica,- Desenvolver um vasto leque de capacidades e competências necessárias ao raciocínio espacial e geográfico igualmente úteis e aplicáveis noutros quadros situacionais,- Atuar de modo mais interveniente no seu ambiente enquanto indivíduos ou membros sociais.Estes objetivos traduzem claramente muitas das preocupações do desenvolvimento humano perante um espaço físico e geográfico em que os investigadores devem analisar toda a verdade dos fatos.
A reflexão de uma determinada postura investigativa e epistemológica permite evitar distrações se quisermos proceder à sua apreciação crítica das suas bases rigorosas. Os modelos evolutivos e pedagógicos que os cosubstanciam enquadram-se em finalidades evolutivas que representam muitos dos princípios básicos vulgarmente designados por evolução cineantropológica.As ideologias de que temos vindo apresentar, pretendem sobretudo restabelecer uma ligação interativa entre a evolução humana com o espaço físico através de ações cineantropológicas. Elas confrontam-se no próprio seio da comunidade científica em determinados especialistas que propõem o retorno às origens humanas de forma entendermos que a evolução humana é fundamental para compreendermos o homem contemporâneo em termos de uma correta informação sobre o mundo atual sem quaisquer dúvidas de que o espaço físico e geográfico desempenha um papel fundamental na adaptação e no desenvolvimento cineantropológico.A interpretação de mapas, entre outros, são básicos para melhor compreensão do espaço físico e geográfico que muitas vezes auxiliam os investigadores nas tomadas de decisão sobre as melhores teorias motricomunicativas humanas.
É importante reconhecer a todos que investigam a evolução humana num determinado espaço físico ou geográfico que se pode constituir uma ferramenta essencial ou um meio de melhor compreensão, não só do mundo humano mas também do quadro situacional onde este se encontra inserido na cineantropologia.A melhor articulação entre espaço físico ou geográfico associado à evolução humana permite uma melhor descoberta da verdade científica. Esta situação poderá suscitar uma curiosidade científica que poderá ser uma via alternativa estimulante na compreensão do desenvolvimento humano através das ações cineantropológicas. Torna-se necessário uma descrição detalhada das situações espaciais e geográficas que se concretize na descoberta de soluções e respostas referentes aos problemas e interrogações que surgem. A descrição das situações espaciais poderá ser um conjunto de enigmas no qual estas questões levantadas pelos raciocínios dos investigadores possam solucionar toda a problemática relacionada com a área cineantropológica.A investigação espacial e geográfica poderá ser um meio de auxiliar as ciências para finalidades instrumentais motricomunicativas de futuro, através dos desenvolvimentos das mentalidades abertas dos próprios investigadores que futuramente irão investigar a ciência cineantropológica.

autor- Christopher Brandão 2014

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