As questões de interesse
fundamental para esta investigação tem por base todos atributos que sejam
capazes desmistificar cada situação proposta na cineantropologia, capaz de
solucionar respostas para toda problemática dimensionada para uma escala
quantitativa de elos humanos que sejam capazes de explicar a verdadeira origem
da árvore genológica humana até aos seus extremos superiores. Assim, se todas
estas variáveis fossem referenciadas num espaço multidimensional provavelmente
os humanos agrupar-se-iam numa determinada região espacial e geográfica
bastante separada de todos os outros animais, mesmo diferenciadas em certas características
individuais, que pudesse interferir com a sobreposição de algumas espécies. Por
outro lado a discussão das muitas propostas aliciantes aos investigadores serem
capazes de desenvolverem ainda mais as suas capacidades científicas de análise
de crítica construtiva em novas metodologias aplicáveis às teorias de evolução
humana, permitem uma melhor descoberta da verdade científica em novas propostas
de organização espacial, ao nível dos desenvolvimentos e adaptações humanas que
futuramente poderão construir novas correntes evolutivas.
A complexidade do organismo
humano e a sua capacidade cognitiva são diferenciadas entre a compreensão da
mente e a compreensão cerebral, leva a uma tendência natural a recorrermos a
fenómenos desconhecidos e mitológicos que exigem uma explicação científica.
Para alguns indivíduos esta situação de não compreender o inexplicável manifesta-se
de uma forma de espiritualismo ou de crenças religiosas diferenciando a alma do
corpo, a mente do cérebro. Outros podem afirmar que alguns fenómenos ainda
desconhecidos, mas eventualmente cognoscíveis fornecerão um elo de ligação
entre o cérebro e a mente que por sua vez explicarão a natureza da consciência
humana.
Desde a origem da
humanidade a ciência surge como uma procura de respostas do dia-a-dia, assim se
explica que a teoria visa uma procura de respostas no campo da prática no qual
sem a prática não existiria a teoria.
Como afirma Richard Harries
(1986), não pode haver provas científicas da existência ou não de Deus enquanto
as crenças religiosas se mantiverem inconsistentes na compreensão do
conhecimento científico atual, com as suas descobertas e métodos não se pode
dizer que haja uma inconsistência por um lado, entre as crenças religiosas e a
existência de Deus associadas à ciência.
No entanto este requisito
de consistência entre ciência e religião é claramente muito transigente na
crítica apresentada por Richard Harries (1986) pelo reducionismo extremo
expresso em determinadas expressões, «somos apenas os nossos genes» e «o todo é
maior do que a soma das partes». Não imaginamos que um biólogo ou um
geneticista se respeitem a defenderem tal perspetiva radicalista extrema do
papel dos genes, nem a contradizerem a ideologia de que o todo é maior do que a
soma das partes.
Existem duas teorias contemporâneas que se
competem entre si na tentativa de interpretar as poucas provas evidentes. Uma
das teorias ascendentes surgidas na década de 90 pelo fisiólogo americano Jared
Diamond (1991) autor do livro de biologia de evolução intitulado «The Rise and
Fall of the Third Chimpanzee» acredita que há cerca de 50 mil anos houve uma
transformação rápida e significativa nas evoluções humanas estimuladas por
mudanças genéticas que causaram uma reorganização das ligações cerebrais. As
provas desta tese são escassas para determinados investigadores que seguem esta
teoria e que por sua vez dão importância a uma maior diversidade de
instrumentos construídos de ossos e de pedras por ações cineantropológicas
realizadas há cerca de 50 mil anos. Também o florescimento súbito de arte
encontradas nas grutas de Altamira em Espanha e de Lascaux em França foram
realizadas há volta de 30 mil anos. A interpretação destas escassas provas
poderá levar alguns investigadores a aceitarem a descrição dos nossos
antepassados de há 150 mil anos como seres humanos modernos. A descrição
anatómica e morfológica do ser humano moderno sob o ponto de vista
biopsicocomportamental comprova a sua vivência há cerca 60 mil anos.
A outra teoria definida
pelo psicólogo evolucionista Robin Dunbar (1996) originário da universidade de
Liverpool descrita no seu livro «A História do Homem», defende a tese do
desenvolvimento progressivo da linguagem, da autoconsciência e da capacidade
cognitiva manifestada numa dimensão espácio-temporal por processos motricomunicativos.
Numa perspetiva racional de categorização biopsicomportamental dos seres
humanos modernos relativamente à sua linguagem poderá ser considerada uma
adaptação ao espaço geográfico diferenciada cronologicamente por um intervalo
compreendido entre 100 a 150 mil anos relativamente aos nossos antepassados.
A grande maioria dos
problemas provavelmente serão solucionáveis pelas ciências genéticas e
neurológicas que permanecem atualmente imaturas nos
seus objetos de estudo e
serão melhor compreendidas pelas gerações futuras independentemente de se
exigir uma intervenção multitransdisciplinar. A necessidade de se reunir um
conjunto de informações sobre as provas fósseis e conhecimentos
multitransdisciplinares tem permitido enriquecer esta nova teoria cineantropológica.
Existem muitos fenómenos
que compreendemos presentemente em termos científicos e reducionistas,
incluindo todo o mecanismo de herança genética que eram segredos ainda no séc. XIX. Existe um risco óbvio de se assumir os mistérios humanos atuais, não serão
resolvidos futuramente por um método científico.
autor- Christopher Brandão 2014
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