Neste artigo iremos dar
importância ao rastreio da disgrafia
motora e seus transtornos em contexto escolar no processo de ensino-aprendizagem do aluno.
Um dos principais objetivos será detetar sinais de alerta de disgrafia no aluno,
através de um método descritivo, exploratório, de corte transversal que por sua vez será avaliado através de um
Inventário disgráfico analítico adaptado, de forma reconhecermos as dificuldades
da escrita através da dinâmica dos seus grafismos.
Da amostra da escrita apresentada pelo aluno
aparecem diversos tipos de indicativos de disgrafia, sendo o indicador mais relevante
ao nível do traço da linha ascendente, descendente e por fim flutuante. Ao
correlacionarmos os indicadores ao nível das palavras que por sua vez apresentaram
diferenças significativas na maioria delas. Entre os sinais prováveis de alerta
de dislexia por existência de ocorrências de erros ortográficos e gramaticais
poderá ser um grande indicador de suspeita de uma disortografia. Considerando
o grande número de sinais de alerta para disgrafia encontrados no aluno em
situação escolar, torna-se pertinente o rastreio para uma intervenção precoce
que seja realizada.
De acordo com as expressões
escritas pelo aluno, determinado pelos fatores da idade cronológica,
inteligência, e escolaridade, todos estes muitas vezes encaminham para uma
disgrafia. Esta por sua vez poderá ser classificada em dois tipos:
- A perceptiva em que o
aluno não consegue fazer a relação entre o sistema simbólico e as grafias que
representam ao nível de sons, palavras e frases.
- A disgrafia motora
muitas vezes define-se por discaligrafia em que o aluno consegue falar e ler,
mas encontra dificuldades na coordenação psicomotora ao nível da motricidade
fina para escrever as letras, palavras e números,
ou seja, visualiza a figura gráfica, mas não consegue realizar os movimentos
para a escrita.
Existem classificações
relativas à sintomatologia disléxica. A existência de outros tipos de
classificação, que incluem os fatores envolvidos na etiologia da disgrafia que
se encontra em desenvolvimento ou numa fase primária originária num tipo
funcional ou de maturação. A disgrafia sintomática
ou secundária é condicionada por uma componente pedagógica, neurológica ou
sensorial.
A disgrafia motora não
afeta a simbolização da escrita, mas sim a forma das letras e sua qualidade de
escrita. Etiologicamente, a disgrafia deve-se a fatores maturacionais,
emocionais, pedagógicos ou mistos. Em termos maturacionais poderá eventualmente
existir alterações no desenvolvimento psicomotor do aluno que de futuro poderá
afetar a lateralização em prol de uma eficiência psicomotora, ou do esquema
corporal ao nível das funções preceptivo-motoras que de futuro influenciará a expressão
gráfica da linguagem.
Em termos emocionais os
conflitos e as tensões psicológicas podem surgir distorções percetuais, com
imprecisões de traço que poderá estar relacionado a distúrbios de atenção por
parte do aluno ao nível da motricidade fina de acordo com o seu nível etário.
Na área pedagógica, a
metodologia de ensino inadequada poderá alterar a caligrafia através de um modo
de instrução rígida, inflexível e forçada nas primeiras etapas do processo de
ensino- aprendizagem. O estabelecimento de objetivos inalcançáveis na etapa de
desenvolvimento psicomotor do aluno que por sua vez envolvem uma exigência ao
nível da qualidade e rapidez excessiva. A inépcia na identificação de
dificuldades psicomotoras no aluno, ao nível da gestão e orientação postural
através de exercícios apropriados, de forma possa a prevenir e a remediar as
suas próprias dificuldades.
Em termos de fatores
diferenciados, destaca-se no aluno o grafismo e a postura que por sua vez
afetam a escrita, e usualmente encontram-se relacionados com as alterações na
representação do esquema corporal e no desequilíbrio afetivo.
Perante este quadro
situacional, verifica-se que a falha para atingir a competência de uma boa escrita
durante os anos, em idade escolar, muitas vezes tem efeitos negativos a longo
prazo, tanto no que diz respeito ao sucesso escolar como na sua autoestima.
O controlo motor fino, a
integração bilateral visuomotora, o planeamento motor no quadro de perícias e
manipulações da mão de forma melhorar a propriocepção, a percepção visual e a
atenção sustentada pela consciência sensorial dos dedos, são algumas das
habilidades fundamentais para a motricidade fina das componentes responsáveis
pelo ato de escrever. Assim, a má caligrafia poderá eventualmente estar
relacionada a fatores intrínsecos, que se referem à capacidade do aluno de
produzir uma caligrafia real derivado por fatores extrínsecos que por sua se
encontram relacionados com as componentes mais específicas do seu espaço cineantropológico ou da sua biomecânica
mais específica à motricidade fina.
Neste contexto, o objetivo
fundamental será rastrear sinais de alerta para a disgrafia através de
metodologias e estratégias confiáveis para uma melhor intervenção precoce,
visto que uma perturbação neste domínio causa impacto no desenvolvimento
escolar, emocional e social do próprio aluno.
Trata-se de uma estratégia
descritiva, exploratória baseada num estudo transversal individualizado e
específico ao próprio aluno.
Será necessário realizar
um levantamento de dados em formato de entrevista aberta em contexto escolar,
familiar, e de seguida individualizado de forma tentarmos identificar a origem
do problema. Posteriormente, em sessões realizadas de futuro será solicitado ao
aluno a produção de uma redação temática à escolha de forma a verificarmos a
sua produção textual, analisando todas as características específicas de acordo
com o inventário disgráfico analítico adaptado à problemática deste, após
de se reconhecer as dificuldades da escrita através do traço do grafismo das letras
irreconhecíveis, dos grafismos que permitem a confusão de letras, das angulações,
das letras retocadas, dos padrões anormais de letras, da linha ascendente,
descendente e flutuante.
A aplicação deverá ser
realizada no próprio ambiente escolar de forma podermos quantificar a
quantidade de erros, a avaliação da letra, e por fim o grafismo.
Ao observamos o traço do
aluno representado por ocorrências de letra ilegível, letras retocadas, e
padrões anormais das letras, suas angulações e por fim as suas linhas
ascendente, descendente, flutuante geralmente são de ocorrência mais frequente.
Também é necessário verificar sinais de alerta para ocorrências de outros
distúrbios no processo de ensino-aprendizagem, como a dislexia específica a um
vocabulário restrito a uma escrita muito reduzida da amostra avaliada. Muitas
vezes apareceram alguns sintomas de disortografia em que o aluno apresenta
ocorrências na reiteração e na aglutinação. O transtorno do deficit de atenção
ao nível do desenvolvimento da coordenação provavelmente é derivado pela
dificuldade de planeamento do traço.
Analisando os sinais de
alerta da disgrafia em ambiente escolar, o que se pretende avaliar no aluno são
as ocorrências à exposição presente. Esta restrição consiste particularmente
numa busca de indícios que sejam capaz detetar no aluno uma possível disgrafia
através de várias avaliações e diagnósticos. Parte-se do pressuposto de que a
disgrafia, assim como qualquer outro distúrbio de aprendizagem envolve uma
ampla variável de fatores e, assim, para um diagnóstico mais consistente é
aconselhável o envolvimento transdisciplinar de diferentes profissionais nas
diferentes áreas de atuação.
Os indicadores de disgrafia no aluno,
constata-se a prevalência de menor precisão e velocidade em habilidades
ortográficas, que podem ser a fonte das diferenças do tipo de escrita.
A relação dos indicativos
de disgrafia ao nível de ocorrências de outros distúrbios no processo de
ensino- aprendizagem, constata-se que a dislexia muitas vezes é menos prevalente,
uma vez que aparece menos na amostra da escrita do aluno. Não é incomum
encontrar ambos os distúrbios dislexia e disgrafia no aluno, mas
destaca-se problemas com a escrita que por sua vez podem revelar alterações que
envolvem a coordenação, distúrbios primários de linguagem, deficits visuo-espaciais,
problemas de atenção e de memória ao nível de sequenciamento.
Um exemplar de um texto disgráfico mostra
todas as ocorrências de letras irreconhecíveis; grafismos que permitem a
confusão de letras, angulações, letras retocadas, padrões anormais de letras,
linha ascendente, descendente, flutuante.
Nota-se que a alta prevalência de indicativos
disgráficos ocorrentes encontram-se correlacionados com um menor desempenho do
aluno em relação à coordenação motora fina, e às funções sensoriais de percepção.
Estas dificuldades podem causar impacto significativo
no desempenho escolar, prejudicando o desenvolvimento da linguagem escrita e
causando disgrafia.
Ao identificarmos sinais
de alerta de disgrafia em que os indicadores indicam desorganização geral na
folha, característica da falta de orientação espacial e de desorganização do
texto, pois provavelmente este aluno não conserva a margem da folha, parando
muito antes ou ultrapassando a mesma. Na capacidade de organização verifica-se
no aluno dificuldades organizacionais no maior número de desarranjo espacial.
Esta diferença significativa na análise de alguns traços de letra ilegível,
angulações, padrões anormais de letras e letras retocadas. Perante este quadro
situacional, as informações dadas em entrevistas pelo encarregado de educação
sobre os problemas que o aluno menciona poderão dar as pistas de deteção de
disgrafia.
Quanto à relação do
indicativo de disgrafia ou de outros problemas ao nível de ensino aprendizagem,
é necessário constatar características que sugerem ocorrência mais prevalente da
dislexia pelo fato de muitas os técnicos em psicomotricidade terem de verificar
por meio de testes e avaliações padronizadas do seu desempenho da atividade
escrita em relação à sua função motora de praxia fina.
Perante este quadro situacional,
os resultados após serem analisados, muitas demostraram uma alta prevalência de
indicadores de disgrafia no aluno com provável ocorrência de outros distúrbios
no processo de ensino- aprendizagem por meio de uma abordagem simplificada de
instrumentos de triagem. Conclui-se qua a melhoria do aluno ao nível de dificuldades
de execução da escrita seja orientando em contexto familiar, escolar consoante
o diagnóstico da avaliação inicial da etiologia a ser aplicada, consoante as
estratégias oportunas e adequadas no momento da falha do aluno para de futuro
possam ser corrigidas e assimiladas para melhor e correta execução.
christopher brandão 2015
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