A
Taça Davis foi criada pelo coronel americano Dwight Fulley no ano 1900. Numa
fase inicial, a prova era exclusivamente disputada por dois países, Estados
Unidos Da Ámerica Do Norte e a Grã-Bretanha. O troféu era constituído por prata
maciça com duas bases em madeira com um peso total de 19 kilos. No ano de 1904,
a prova foi aberta a outros países, nomeadamente à França e à Bélgica e a
partir daí expandiu-se para diversos países do mundo.
Nesta
época, Portugal não tinha uma Federação, no qual os tenistas nacionais ficaram
impedidos de competir na famosa prova. No início dos anos trinta, o ténis
manteve-se mais ou menos estagnado, havendo um declínio a partir do ano de
1934. Conforme escreveu o historiador de ténis Fonseca Vaz no seu livro
intitulado «O Ténis em Portugal», editado em 1979, é incontestável que nos
primeiros tempos a Federação tivesse uma grande influência no desenvolvimento e
na expansão da modalidade, para além de ter promovido os campeonatos nacionais
e Internacionais incluindo a Taça Davis realizada em Portugal. Atendendo a esta
situação, no ano de 1924, foi criado nas instalações do Automóvel Clube de
Portugal a Federação Portuguesa de Ténis pelos pioneiros e revolucionários
tenistas que se reuniram e lançaram as suas bases no Lawn-Tennis, que por sua
vez entrou em funções no dia 16 de Março do ano 1905, com a sua tecno estrutura
permitiu o desenvolvimento da modalidade para uma representação mais
competitiva de Portugal pelo mundo, na maior competição por equipas designada
por Taça Davis.
Até
ao ano de 1928, Portugal havia participado em todos os anos na Taça Davis, mas
em todas as ocasiões perdia constantemente na primeira eliminatória. No ano
1926, Portugal perdeu contra a África Do Sul na cidade de Londres por 4-1 e no
ano seguinte perdeu em Lisboa com a Alemanha por 5-0. No ano de 1928, novamente
em Lisboa foi batido pela nova Zelândia por 4-1. Devido aos sucessivos maus resultados
desportivos que por sua vez provocou uma desmotivação entre dirigentes e os respectivo jogadores de tal forma, houve uma desistência temporal de Portugal nesta competição até ao ano 1948, ano de retorno e de participação neste grande
evento.
No
ano de 1962, a participação de Portugal na Taça Davis foi irregular durante um
período de tempo em que competiu oito vezes, tendo um resultado total só de
derrotas. Foram escolhidos para defender as cores Lusitânia José De Verda e
António Casanovas em singulares e a dupla Casanovas e Frederico Vasconcelos na
primeira eliminatória disputada em Maio de 1925, na cidade de Lisboa contra a Itália perderam por 4-1, um resultado favorável aos transalpinos.
Os
mais duradouros campeonatos nacionais começaram a realizar-se no ano 1925, e desde
então têm vindo a disputar-se ininterruptamente. Os tenistas Frederico D´Orey,
Angélica Plantier, António Casanovas/Fredrico Vasconcelos e Angélica
Plantier/Fredrico Vasconcelos foram os primeiros a serem laureados nos
campeonatos Nacionais. Durante os primeiros anos, José de Verda, Rodrigo Castro
Pereira, António Casanovas, José Roquette e Eduardo Ricciardi foram os grandes
dominadores da prova, com Roquette a vencer 14 vezes o campeonato nacional tendo
o início das suas vitórias no ano de 1934 e a última no ano de 1953.
Entre
o período compreendido entre 1921 a 1922, o famoso tenista francês Jean
Borotora foi o vencedor destes campeonatos, e em 1923 destacou-se a campeã e
medalha de ouro olímpica Suzanne Lenglen que foi a vencedora do seu escalão batendo
na final a portuguesa Angélica Plantier que por sua vez foi vencedora destes
campeonatos 11 vezes nos anos de 1919, 1921, 1922, 1924, 1925, 1926,1927,1928,1929,
1931 e por fim 1932.
O
enorme interesse pela modalidade permitiu o aumento progressivo de torneios
entre diversos clubes, nomeadamente o Clube Português Lawn Tennis, Grupo Lawn-Tennis
de Lisboa, Lisboa Cricket Club, Grupo de Matosinhos, Assembleia da Granja, Club
da Foz, Grupo Nova Sintra, Oporto Cricket Club, Grupo de S.Roque da Lameira, Carcavelos
Criket Club, Grupo Lawn-Tennis do Prado (Porto) e Grupo Lawn-Tennis da Parede
foram alguns clubes que se associaram ao Sporting de Cascais e ao Real Velo
Clube do Porto.
No
mês de setembro do ano 1904, a revista «Tiro e Sport» relata um dos torneios
realizados em Cascais com o título «O Tennis começa animar no Sporting club de
Cascais». A descrição relatada num domingo no dia 18 de Setembro em que se
realizou um torneio de «mixed-doubles» em que participaram aos pares a sua
Majestade El-Rei Juan Carlos com o Sr. João Ferreira Pinto Basto, a Sra.D.Anna
de Sousa Coutinho (Linhares) com o Sr. José Manuel Ferreira; a Sra.D.Maria de
Jesus Salema com o Sr.Eduardo Ferreira Pinto Basto; a Sra D.Maria do Carmo Avillez
com o Sr.José Roquette, a Sra.D. Maria Roquette com o Sr Castello Branco
Ribeiro da Cunha e o Sr. Francisco Mendonça Sommer com o Sr.Carlos Figueira. O
torneio teve início às 14 horas em condições climatéricas de baixa pluviosidade que obrigou à sua suspensão, só recomeçando pelas 17h30. O torneio foi conquistado pela dupla Sr Carlos Figueira e Francisco Sommer.
No
ano 1902, foi possível tornar uma realidade na primeira edição dos campeonatos
internacionais de Portugal no recinto pertencente ao Sporting Club de Cascais.
Dois anos depois é anunciada nas suas páginas na prestigiada revista «Tiro e
sport» em que são descritas a terceira edição da prova com as seguintes
expressões: «Era com grande ansiedade que se aguardam os resultados originários
destes campeonatos, para além dos jogadores mais antigos com maior experiência e provas dadas, havia alguns jogadores de grande valor desconhecido. Houve
partidas bem disputadas com enorme entusiasmo. Na apreciação de cada um dos
jogadores que mais se destacaram nos quadros das provas cobertas pela
reportagem em diversas fases do jogo participadas pelos respectivo jogadores.
Da
analíse dos quadros relata a vitória em singulares masculinos que coube ao
Sr.R.Frazer na final que defrontou o Dr. José Correia (Castelo Novo) pelos
parciais 3-2, 7,6-3,6-3, em pares-homens os campeões foram R.Frazer/ S. Moreira
e em pares mistos venceram Eduardo Pinto Basto e Maria de Jesus Salema. A sua
Majestade El-Rei Juan Carlos não foi feliz nesta competição, mas em pares
masculinos ao lado do seu companheiro inglês Shore ficou pela primeira
eliminatória sendo batido pelos ingleses Wallick e Maswell pelos parciais 2-6,
6-4,6-0. Nos pares-mistos fazendo equipa com a credenciada Angélica Plantier no
qual sua majestade El-Rei Juan Carlos jogou pares mistos no total de 13 jogos,
num torneio disputado em sistema de todos contra todos em partidas realizadas
até aos 11 jogos, vencendo o encontro por 6-5, perdendo outro pelo mesmo
parcial, sendo derrotada de forma severa nos restantes parciais 11-0,9-2 e 11-0.
O
intervalo temporal compreendido entre as datas de 20 a 23 de Outubro do ano de
1905 o Sporting Club de Cascais promoveu a quarta edição dos Campeonatos Internacionais
realizados em Portugal por um conjunto de quatro competições distintas em que a
prova de singulares femininos faziam parte.
Foi
publicado na revista «Tiro e Sport» o seguinte relato: «Esta é realmente, a
mais desportiva de todas as festas que o Sporting Club organiza anualmente. A
ela concorrem sempre os melhores jogadores portugueses, em competência de
reputados tenistas estrangeiros. Este ano a sorte foi adversa aos portugueses,
pois as primeiras classificações couberam aos estrangeiros. Os nossos jogadores,
entre os quais se destacam aptidões excepcionais, poderiam ter ficado num
melhor lugar na classificação geral, se tivessem tido a pachorra de se preparem
convenientemente. Apesar do tempo de se ter apresentado inconstante e por vezes
mesmo chuvoso, a concorrência de espectadores foi enorme». A tenista Miss
Ellerton tornou-se a primeira senhora a vencer, enquanto em singulares
masculinos, o triunfo coube a Mr.Lourdain. Os pares Morrison/Jourdain e Frazer/Teresa
Calheiros ganharam em pares-homens e pares-mistos.
No
ano 1909 é lançada uma nova competição, o campeonato de Portugal Inter-Clubes.
A primeira edição da prova integrava as variantes de pares masculinos e
pares-mistos. Na prova de pares masculinos realizada na Tapada da Ajuda, a
vitória foi conquistada ao Club Português pelo Lawn-Tennis de Santa Marta que
bateu o Lisbon Cricket Club da Cruz Quebrada por 7-2. Em pares mistos o Carcavelos
derrotou o Lisbon Cricket Club.
No
ano seguinte teve lugar os primeiros contatos para além-fronteiras marcados por
uma inesperada vitória no campeonato Internacional realizado em Madrid. O
artigo da «Tiro e Sport» relativamente ao mês de Maio descreve o torneio como
sendo agradavél iniciando a sua descrição com uma breve referência da passagem
do cometa Halley que foi observado pelo astrónomo inglês Edmond Halley no ano
de 1682 que passa junto à Terra de 76 em 76 anos, no qual as duas últimas
aparições foram no ano de 1910 e depois em 1986. O mau tempo com chuvas torrenciais,
trovoadas tremendas e até frio permitiu pouco sofrimento ao Lawn-Tennis que pouco
sofreu graças ao adiamento de dois jogos. Por motivos do falecimento deste
grande senhor Eduardo VII, o campeonato Inter-Clubes teria continuado com maior
regularidade, não só os melhores jogos desta prova anual foram jogados melhor
que os primeiros, como também ficou registado um grande acontecimento no
universo tenista. Pela primeira vez, o nosso país se fez representar no campeonato
de Madrid com maior êxito. A dupla formada por José Bello foi campeã de
Portugal em pares nos anos 1906, 1908 e 1909 com R.W.Frazer que foi campeão em
singulares nos anos 1902, 1904 e 1907, no qual classificaram-se em primeiro
lugar. Foram vencedores na capital espanhola representando Portugal em grandes
eventos no estrangeiro.
O
campeão João Costa Macedo e Vila Franca foram vencedores dos campeonatos de
Portugal em singulares, pares, e pares mistos nas datas de 1908 e 1909. A dupla
de José Bello e Frazer deram enormes conquistas a Portugal.
No
mês de Junho no âmbito do mês desportivo, organizado sob a supervisão da Sociedade
Promotora de Educação Física realizou-se um torneio nacional de «Lawn-Tennis»,
com atletas a competirem em cinco provas além dos singulares masculinos e femininos,
dos pares masculinos e dos pares mistos, joga-se também pela primeira vez em
Portugal prova de pares femininos. A revista «Tiro e Sport» no seu número de Julho do ano 1910 acolhe à iniciativa, informando num artigo com a seguinte expressão
«Pela primeira vez no nosso país organizou um torneio de duplas para senhoras e
foi sem dúvida a prova mais interessante que mais agradou. É místico que a
mulher portuguesa pratique desporto. É necessário que dentro em pouco vejamos
os courts animados por gentis figuras femininas, alegres nos seus fatos claros
e fortes, robustas, ágeis, elegantes, graciosas,sem aquele ar preguiçoso,
doentio, que é caraterístico da menina da cidade que se esforça em casa a ler
francês em romances vulgares e a vencer dificuldades de acrobatismo musical no
imprescindível piano. Ao contemplarmos os rostos rosados, frescos, dessas
jogadoras ficaremos convencidos de que o maior passo para a regeneração da raça
está na robustez da mulher, das mães do futuro cuja descendência se irá produzir
esse bem inapreciável que é a saúde e compreendendo o desporto, serão as
primeiras a aconselhá-lo a seus filhos,ao contrário do que hoje sucede, pois
que raras são as que não classificam ginástica obrigatória dos liceus como um
suplício inútil».
O
Lawn-Tennis parecia definitivamente lançado nesta modalidade desportiva. Mas
nesse mesmo ano sofreria um forte golpe devido a implementação da República.
A
alta sociedade portuguesa tinha sido uma entusiasta e espectadora participante
de torneios de ténis realizados nos clubes de Lisboa e Porto. Com a
implementação da republica a grande maioria da classe nobre exilia-se no
estrangeiro. Os restantes nobres que prevaleceram em Portugal continuaram a
disputar os campeonatos, mas na data de 1914 que coincidiu com a primeira guerra
mundial surge um novo golpe desportivo nesta modalidade, devido o recrutamento militar de jovens portugueses e ingleses residentes em portugal que por sua vez
irão combater para o estrangeiro.
No
ano de 1934 houve a sucessão do destino da Federação Portuguesa no Lawn-Tennis
no qual Rodrigo Castro Pereira sucede Guilherme Pinto Basto, que no exílio
procurou alistar-se no exército português. Com o fim da guerra mundial houve o
surgimento de novos valores como o caso José de Verda, António Casanova,
Joaquim Miguel De Serra e Moura, Frederico D´Orey, José Roquete, Vasco Horta e Costa, Frederico Ribeiro,Domingos d´Avillez e Eduardo Ricciardi.
Estes
torneios não foram suficientes para melhorar o nível tenístico em Portugal, no
qual a partir do ano 1934 verificou-se um enorme decréscimo nesta modalidade,
sem que tivessem tomado as medidas preventivas imediatas para a sua evolução,
nem a criação da Federação Portuguesa de Ténis fundada no ano 1935 por uma
comissão promotora do do Ténis (C.I.P.T) não consegiu evitar o colapso da
modalidade.
Sem
uma coordenação sobre o processo de ensino aprendizagem da modalidade a nível
nacional, na modalidade houve ações individualizadas de aprendizagem realizada
pelo professor Vasco da Fonseca Galvão nascido a 14 de Fevereiro do ano 1895,
destacou-se como técnico, dirigente e jornalista e ainda conseguiu sensibilizar
alguns jovens à prática desta modalidade. Chegou a fazer parte do elenco
federativo de Guilherme Pinto Basto como vogal, mas foi como treinador que mais
se destacou. Como desportista multieclético começou a sua atividade numa fase
inicial no futebol, envergando a camisola do Club Internacional de Football. A
sua vida modificou-se no ano 1928, quando realizou uma viagem à Inglaterra para
assistir a um curso de ténis no All England Lawn Tennis and Croquet Club em
Wimbledom que atualmente é considerada a catedral da modalidade. Aos 33 anos
decidiu dedicar-se exclusivamente à modalidade. Enquanto profissional de ténis,
a sua participação nos campeonatos nacionais estava interdita, para poder competir
teve de regressar temporariamente ao estatuto de amador, mas a sua vontade em
ensinar jovens promessas era mais forte, no qual o seu profissionalismo voltou
a ser assumido a cem por cento. Criou a primeira escola de ténis em Portugal a
Escola de Ténis V.P.G em memória ao seu filho Vasco Pistacchini Galvão de entre
os seus descendentes era o mais dotado para a modalidade, infelizmente teve uma
morte prematura. A escola de Ténis V.P.G passaram diversos jogadores em que se
destacaram na década de cinquenta e sessenta jogadores como David Cohen, Peggy
Brixhe e António Azevedo Gomes que foram campeões antes da sua morte consumada
no dia 21 de Setembro do ano 1966. Na sua atividade jornalista colaborou em
diversas publicações, tendo lançado a 13 Julho do ano de 1930 na revista «Tennis» que publicou de forma muito irregular até Abril de 1937, tendo
inclusive mudado de nome por duas vezes «Desportos Elegantes», e depois para
«Tennis e Golf». Focado para outras modalidades entre os quais se destacam o
futebol no sentido de ter um conjunto de assíduos leitores. Desta grande
dedicação inglória ficaram para a história as crónicas dos torneios daquela
época e os excelentes ensinos sobre a técnica da modalidade da sua autoria
destacando-se com o cargo de Director, Proprietário e Editor.
A
evolução do Ténis em Portugal dependeu do contributo das grandes estrelas
internacionais do ténis mundial que participaram nos campeonatos internacionais
Portugueses. Estiveram entre nós estrelas como Marcel Bernard que foi vencedor
em 1932, Henri Cochet, Yvon Petra que ganhou em 194 e mais tarde Manuel Santana
que foi triplo vencedor em 1960 , 1965, Manuel Orantes, François jauffret que
foi triunfador em 1978 e 1970, Nicola Pietrangeli e Edison Mandarino ganharam em 1966 e na última edição da prova
em 1973.
Houve
várias contratações de diversas estrelas do mundo do ténis profissional que
devido ao seu estatuto não podiam competir em torneios oficiais reservados exclusivamente
até à data de 1968 para amadores. No ano de 1949 a Federação Portuguesa de
Ténis permitiu aos adeptos portugueses seguirem de perto as exibições de Jack
Kramer, Bobby Riggs e Pancho gonzales segura, numa iniciativa que custou aos
cofres federativos segundo as informações escritas no livro de Vaz da Fonseca
«O ténis em Portugal» num somatório total de 11.273$90, obtendo a Federação
Portuguesa de Ténis uma receita de 114.780$00 e tendo suportar um prejuízo de
493$90.
No
ano de 1945 foi inaugurado o complexo do estádio Nacional no dia de 10 Junho,
apresentando um conjunto de infra-estruturas desportivas que satisfazia a
Federação Portuguesa de Futebol em possuir um campo de acolhimento para seleções estrangeiras, tornando possível uma maior divulgação da prática do
ténis pelos nove cortes de ténis que faziam parte das infraestruturas desportivas do estádio Nacional. Na inauguração do estádio estiveram presentes
diversas personalidades estrangeiras nomeadamente Petra, Romanoni, Pellizza,
Massip e Szawost.
A
massificação e divulgação do ténis foram esquecidas na cidade de Lisboa durante
vinte anos até a data do ano de 1966 data onde foi criada uma escola de ensino
aprendizagem do ténis no Jamor por iniciativa do Ministro da Educação daquele
tempo chamado Galvão Teles.
O
interesse pelos campeonatos Nacionais apenas voltou a crescer no início dos
anos 60 quando o nível qualitativo dos praticantes subiu, o ténis ficou
demarcado pela rivalidade entre Alfredo Vaz Pinto e João Lagos a repartirem os
títulos disputados entre as datas compreendidas entre os anos de 1963 a 1972. João Lagos ganhou três campeonatos consecutivos entre 1964 e 1967. No ténis feminino terminava o domínio de Peggy Brixhe, que foi oito vezes campeã nacional, entre as datas compreendidas entre os anos de 1945 a 1953 sucedendo o ciclo de
Leonor Santos depois de Peralta.No ano de 1967 a 1982 venceu a prova 13 vezes
deixando escapar somente os títulos de 1977, 1978, e 1981 para a tenista
Deborah Fiuza.
Nesta
época surge uma fase de expansão dos desportos de raquetes tendo a sua acentuação
a partir do ano 1976, com o dirigismo de Cordeiro Dos Santos à frente da
federação Portuguesa de ténis. O início da década de 60 é marcado competitivamente
pela estagnação da superioridade dos melhores tenistas em que se destaca
naquela época o portuense José Vilela que ganha cinco campeonatos consecutivos
na variante de singulares entre as datas de 1973 a 1977, enquanto a dupla josé
Vilela e João Lagos arrecada sete títulos entre as datas compreendidas nos anos 1970 a 1978.
Com
a revolução de Abril o ténis não se desenvolve e se encontra numa fase
decadente, no qual houve um financiamento para a modalidade de um estrangeiro
radicado em Portugal chamado Henrique Mantero Belard que faleceu e por sua vez
deixou a sua parte da fortuna adquirida no Estados Unidos Da América Do Norte a
diversas instituições nacionais. Setenta por cento da sua herança reverteu para
a Santa Casa da Misericórdia, vinte por cento para a cruz vermelha e os restantes
dez por cento foi para a Federação Portuguesa de Ténis.
Com
o surgimento da Federação Portuguesa de Ténis, o ténis sofreu um novo impulso, essencialmente na área da competição onde surgiu novos valores, iniciando-se
assim um período em que se inicia os campeonatos nacionais de Portugal e pela
primeira vez se inscreve uma equipa nacional na Taça Davis.
Relativamente
aos campeonatos nacionais de Portugal e reportando-se ao período compreendido
entre 1925 e 1988, são dignas de registo das magníficas performances de José
Roquette 14 vezes campeão nacional, Alfredo Vaz Pinto 7 vezes, José Vilela 5
vezes, Eduardo Ricciardi e Pedro Cordeiro 4 vezes, no escalão masculino
enquanto no escalão feminino a atleta angélica Plantier 8 vezes campeã
nacional, Peggi Brixhe 8 vezes, Leonor dos santos 8 vezes e Leonor peralta 13
vezes em individuais.
Christopher Brandão, 2016