segunda-feira, 11 de julho de 2016
O Preço Da Peversão
Historicamente houve um processo de busca de excitação pelo sofrimento da humanização que levou muitas vezes à rutura das estruturas sociais. A reflexão sobre os mecanismos sociais instrumentaliza o sujeito para um modelo capitalista contemporâneo, utilizado como uma arma perversa e especuladora da vida humana.
As tecnoestruturas dinâmicas sociais hipercomplexas determinam uma caraterística individual mais fragilizada da construção dos seus laços sociais. A teoria psicanalítica determina o conceito da perversão como uma parte da constituição do indivíduo baseado na vulnerabilidade social contemporânea dos diversos traços produzidos pela própria personalidade.
A reflexão de algumas caraterísticas sociais retrata o processo de individualização inserido num contexto de perversão neurótica que desintegra o indivíduo nas suas diversas dimensões metafísicas.
As implicações no estilo de vida contemporâneo produz relacionamentos utópicos que exigem uma reflexão universal que seja capaz de explicar o organismo como uma ação cognitiva.
A psicanálise poderá ser considerado um processo de formatação corporal consciente para um modelo capitalista que manipula um conhecimento egoísta cobiçado pelo consumo luxuriante do pecado humano.
O indivíduo pervertido cria um estilo de vida contemporâneo baseado num modelo social que cobiça .
Vivemos num tempo de expetativa e de imediatismo onde impera a estética do corpo aculturado pelo belo, onde se busca a excitação e desconhece-se os limites da convivência com o outro, onde o produto é descartável ao próprio sofrimento do corpo, que tanto contribui à sua infelicidade. Viver tem um preço elevado no tempo, onde seu ideal ocupa um lugar no seu espaço cineantropológico voltado para o olhar de futuro.
A compreensão holística dos mecanismos eficazes pelos quais a falta de estrutura e de valores é alvo de manipulação jurídica dos tempos atuais, de modo a que todos buscam a satisfação dos seus desejos primários que se evidenciam pela própria ostentação.
A sociedade não perdoa, procura compreender um modelo Darwiniano de sucesso, presente na contemporaneidade do nosso tempo, em que os mais fortes evidenciam-se pelo poder totalitário reivindicado ao protesto, ao voto crescente que corrói a alma a todo custo, por um preço exorbitante de estatização de uma vida desértica de ideais que desmotivam a própria sociedade selvática para uma insatisfação permanente.
O processo pervertido ao longo da humanidade percorrerá a história por alguns traços de ansiedade que por sua vez marcará uma época, uma geração que tanto nega o caos da globalização.
Christopher Brandão 2015
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