A BIOMECÂNICA TÉCNICA DO TÉNIS
As caraterísticas da teoria biomecânica tenística poderá ser
analisada num conjunto de movimentos simultâneos ou sucessivos cujo o
decurso está organizado num modelo biomecânico de forças interiores e
exteriores que impulsionam o atleta para uma melhor performance. A construção geral
do movimento biomecânico de qualquer desportista deverá ser introduzido através de uma adequada metodologia científica de treino de forma aproveitar com maior eficiência e
eficácia as forças derivadas do movimento biomecânico produzido pelo atleta através da sua ação adaptada à sua práxis desportiva. Este quadro situacional não se insere especificamente para cada
batimento, mas antes para as especificidades dependentes de cada situação
aleatória de jogo que por sua vez depende das características morfológicas,
psicomotoras e por fim das capacidades motoras do próprio atleta.
Nos períodos de movimentação produzida pela ação biomecânica do sistema osteoarticular do próprio atleta em função do
desenrolar do batimento existe uma preparação do membro superior que realiza o
transporte do peso do corpo para o membro inferior de apoio provocando assim o recuo
do membro superior em relação ao membro inferior. A ação do batimento exige a
deslocação do membro superior que vai criar impato da raquete com a bola transferindo a energia do peso do corpo do atleta para o membro inferior que se encontra
mais frente da bola. A projeção biomecânica do movimento do corpo exige um
acompanhamento na deslocação do membro inferior.
O movimento biomecânico necessário para o batimento
necessita do aproveitamento corporal do atleta de forma a desenvolver um
batimento potente derivado de um conjunto de fatores biomecânicos e
cineantropológicos em diversas etapas, que no seu todo complementam a globalidade do gesto técnico.
Desde o momento em que o corpo do atleta crie o balanço
derivado do início do movimento que por sua vez mantém-se impulsionado pelo próprio peso corporal. O lançamento só poderá ser concretizado através de um conjunto de
características sincronizadas de forças adquiridas pelos membros inferiores,
pela articulação coxo-fermural, pelo tronco, pela articulação do ombro e por fim pelos
membros superiores. Com idêntica conjugação de esforços, cada músculo
específico sofre menor desgaste por ter apoio de todo o peso do corpo.
Existe um fator fundamental para a potência do batimento
que reside na amplitude da trajetória do membro superior essencialmente do
antebraço. A contração muscular depende da elasticidade processada pela amplitude dos graus de liberdade dos membros superiores e inferiores. A contração
progressiva da força muscular vai aumentando com a amplitude do movimento
biomecânico de balanço do membro superior essencialmente do braço onde se projeta a grande parte do batimento.
Se a batida do gesto técnico de direita e de esquerda são executadas com menor
amplitude deve-se a dois fatores:
- Primeiro
a rapidez que a bola trás não permite o completo recuo do corpo que só depois pode ser
dispensado na eventualidade do jogador atacar a bola com a própria impulsão do seu corpo que por sua vez suporta o batimento. Na eventualidade da bola ser recebida mais cedo a sua força reflete-se na própria resposta. Além
disso propaga-se por cada parte do corpo do atleta cujo o movimento biomecânico é
completo sem grande dispêndio de energia comparativamente com a articulação do joelho e da articulação coxo-femural que por sua vez restringe o movimento biomecânico.
2- Muitos
jogadores desprezam a necessidade de um
correto movimento biomecânico do membro superior essencialmente do antebraço.
Os movimentos que são interrompidos demasiadamente cedo teêm como resultado a fadiga corporal e o desequilíbrio físico
provocado pelo desnecessário desperdício de tempo e de força explosiva.
A força física só desempenha um
papel dominante numa competição se o atleta não se esquecer dos conceitos
gerais da biomecânica do movimento associadas às suas especificidades
psicomotoras a serem aproveitadas ao máximo na técnica do gesto
técnico produzido com eficácia no impato da bola com a raquete.
A probabilidade de se encontrar
um jogador de alta competição traduz-se na potencialidade do batimento
de bola dependente da sua colocação estratégica que eventualmente permitirá uma construção tática de jogo associada à
excelente performance de aplicação do gesto técnico mais adequado à situação de jogo. A antecipação do movimento
biomecânico relativamente à jogada do adversário quer pela posição que se encontre relativamente à
jogada exige uma análise rápida do jogo de forma a criar uma construção tática de
uma potencial jogada que possa projetar a bola para uma trajetória mais afastada do adversário. O sistema de preparação do atleta terá de ser rápido após uma observação e analíse direta e precisa do contexto do jogo que por sua vez exige uma avaliação
sistémica e holística do quadro situacional em que o adversário se encontra inserido de forma atuar autónomamente e sincronizadamente o
ritmo de jogo dependente da sua própria antecipação.
Nenhum jogador deixa-se
conduzir por um modelo metodológico de treino
ideal através dos sucessos de semelhantes praticantes. Na verdade um sujeito
pode optar por qualquer técnica de forma alcançar uma determinada performance de
jogo de forma não limitar o seu desenvolvimento psicomotor e técnico baseados
em príncipios de movimentos cineantropológicos gerais dependentes do êxito
biomecânico da suas ações psicomotoras.
As diversas formas de pegar uma
raquete eventualmente poderá viabilizar o bom rendimento desportivo. Uma correta pega será
a condição básica necessária para o perfeito batimento do gesto técnico em causa criando assim uma produção eficiente de
jogo.
A pega continental exige que os
dedos estejam mais espalhados ao comprimento da raquete no qual existe uma diferença espacial e intervalada entre o
indicador e o dedo médio. O método mais eficaz de demonstração no processo
de ensino aprendizagem será dar o feedback positivo através de uma linguagem não verbal, o treinador ou professor poderá eventualmente exemplificar o aperto de
mão e ao mesmo tempo utilizar uma linguagem verbal utilizando um feddback mais
declarativo como exemplo «aperta a mão ou cumprimenta a raquete». Nesta variante a raquete encontra-se numa
posição horizontal.
A pega de direita poderá ser
exemplificada como uma pega de martelo pela forma que a sua posição vertical se
assume perante a palma da mão que por sua vez contata a parte mais larga da pega no
qual os dedos se fecham à sua volta. O polegar junta-se ao indicador e a mão
fecha-se no extremo da pega.
No gesto técnico de direita a face da raquete se encontra sempre na vertical na eventualidade de mantermos a mão para o batimento da esquerda a face
da raquete apresenta-se ligeiramente virada para trás de forma a bola batida receba um efeito específico por baixo com maior abrandamento. Para o
desenvolvimento do batimento do gesto técnico de esquerda é essencial a batida da bola numa trajetória vertical de forma haja uma rotação da anca no sentido dos ponteiros do relógio para a
frente. A palma da mão se encontra em contato com a parte mais estreita do punho
da raquete e o polegar posiciona-se ao longo da face mais larga.
Associando as pegas continentais
e de martelo à articulação do punho que por sua vez sofre meia rotação com a transferência da
passagem da direita para a esquerda. Os dedos apertam em torno da pega enquanto
o polegar apresenta-se numa posição da diagonal. As diversas formas
de pegas poderão suscitar polémicas entre os diversos treinadores que muitas
vezes são possuidores de opinões diferenciadas. A grande maioria dos jogadores utilizam a
pega de martelo para todas as formas de batimento. Esta situação tem as suas
vantagens mas exige uma articulação do pulso muito forte de forma a suportar uma maior
força do membro superior originária do antebraço.
Na fase da adolescência e da
infância os sujeitos ao pretenderem assegurar a raquete com os dedos unidos muitas
vezes fraquejam. Esta forma de pegar a raquete poderá eventualmente provocar uma certo desleixo no movimento biomecânico do corpo ao nível do balanço direto.
No processo de
ensino-aprendizagem deverá ser utilizada uma pega mista atendendo aos jogadores principiantes
da modalidade se encontrarem em dificuldades em assegurar a raquete com os dedos
separados com uma determinada força que ao longo do tempo e com a metodologia
do treino adequada desaparece. A grande influência desta realidade tem o domínio no
balanço que aumenta com o raio de ação. Torna-se indispensavél a mudança
na forma da pega consoante o batimento do gesto técnico de direita ou esquerda de forma que a
enconomia de esforço nestes gestos técnicos produzem êxito nas ações tecno táticas de jogo. Uma defeitosa
esquerda executada com uma pega de direita
poderá restringir anatomicamente a energia produzida pelo membro
superior essencialmente ao nível do antebraço e na articulação do pulso através de uma torção
do punho.
Este tipo de pega não é
recomendavél para um universo populacional de baixo nível etário essencialmente em indivíduos em fase de adolescência e adultos do sexo feminino.
Existem treinadores que contra
argumentam este quadro situacional tendo em conta ao curto espaço temporal
exigida pela mudança, mas não é exato por enquanto se efetuamos
simultânenamente com o próprio movimento biomecânico do braço uma iniciativa de
balanço corporal produzido pelo próprio atleta. No batimento do gesto técnico do vollley e do smash como também nos ressaltos de bola rápidos poderá ser vantajosa ambas as pegas quer a pega continental como a pega do martelo.
No timing de espera da bola
deverá exisitr uma posição de atenção no qual o atleta deverá apresentar-se com
os membros inferiores à largura dos ombros e a raqueta deverá ser
assegurada com ambas as mãos à frente do corpo. A posição dos antebraços se encontram ligeiramente flectidos de
forma a permitirem uma rápida deslocação. A mão que não assegura a raqueta dirige
uma rotação para a direita ou para a esquerda assegurando mais acima e tornando
desta forma um auxiliar da outra mão. A mão que joga deverá estar descontraída
e só quando executa o movimento de balanço é que deverá apertar a pega.
Partindo da pega de ressalto podem ser praticadas as diversas possibilidades de devolução de bola. A mudança de pega
não oferece resistência na devolução da bola mas a sua preparação deverá ser rápida de forma haja uma tomada de decisão com tempo suficiente para modificar a pega. Em conclusão podemos
dizer que não existe uma pega ideal para as diversas formas de batimento e de estilo técnico dos atletas.
Na generalidade a pega
continental é a mais recomendavél por
permitir uma maior versatibilidade de utilização ao nível da rotação do pulso e da mudança de pega utilizadas nos diferentes gestos técnicos.
Autor- Christopher Brandão 2014
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