Reflexos Da Investigação Cineantropológica
O desenvolvimento espacial
varia consoante a adaptação humana e o seu desenvolvimento. Quer qualitativamente
quer quantitativamente é necessário adquirir desenvolvimentos ao nível dos
valores de autonomia e da capacidade de analise.Uma das justificações para esta
situação reside no fato dos sistemas investigativos serem influenciados por
múltiplas forças de movimentos sociais que se destacam entre outros.
As decisões comandadas pelo poder político e governativo obrigam ao surgimento
de algumas formas de consumo investigativo dirigido por uma união de investigadores
capazes de formalizar determinadas posturas caraterizadas por uma certa dose de
cientificidade.
Os modelos de
desenvolvimento humano inspirados na cineantropologia traduzem uma valorização
humana enquanto o processo de crescimento destaca o conhecimento adquirido ou
dado à investigação sobre uma determinada realidade.
O investigador deve ser
flexível, aberto e diversificado de acordo com as concepções das experiências
construídas por um conjunto de ações comportamentais que por sua vez são capazes de atingir uma
determinada tradução que funciona como um produto final, resultante da definição
e adoção de determinados objetivos pré-definidos que funcionam como um
instrumento muito pouco maleavél.
Deduzimos que o espaço
geográfico será melhor compreendido através de esquemas concetuais que
refletem determinados modelos de desenvolvimento humano resultante da
interdisciplinariedade. Em primeiro lugar pretendemos integrar a via que
preconiza a estruturação da evolução humana baseada no levantamento das
hipóteses derivadas dos problemas suscitados pelos investigadores. O incremento
de uma definição de analíse interdisciplinar dos fenómenos, atitudes em relação
ao espaço. Em segundo lugar destacam a necessidade de se voltarem a incluir uma
série de conteúdos básicos através da identificação e localização dos
principais aspetos da superfície terrestre consideradas indispensáveis ao
desenvolvimento das competências e das atitudes fundamentais para a evolução.
Em terceiro lugar e em parte da função das anteriores, valoriza-se a evolução
humana pela aquisição do pensamento crítico, da capacidade de tomar decisões
ainda sempre na perspetiva da solução de problemas concretos. Como qualquer uma
destas vias é possível ainda identificar os modelos de ensino que melhor servem
a investigação em termos espaciais e geográficos na evidência de uma maior
complexidade. Os investigadores não devem esquecer-se da ponderação de um leque
diversificado de fatores a que nós temos vindo a referir desde o início da
investigação.
Numa generalidade espacial
não é possível identificar as três fases de evolução humana, relativas ao
incremento do espaço nos diferentes graus de desenvolvimento particularmente na
sua sequência que é o resultado da complexa interdependência entre fatores
económicos, sociológicos, filosóficos e ideológicos que anteriormente enunciaram.
Na primeira fase destaca-se
a informação acerca a origem do homem entendida por uma caraterização motriz e
cultural num determinado espaço. É o tipo de evolução cineantropológica
sucessiva, na qual se confunde a cultura com a informação detalhada em que se
exige aos investigadores um tremendo esforço de investigação. A segunda fase é
marcada pela estreita aliança do espaço com os problemas das relações do homem
com o meio, inseridas em contextos específicos com os quais se pretende
exemplificar à multidiversidade das relações.
A terceira fase assiste-se
a uma crescente preocupação com o espaço que pode desempenhar uma importante
ação cineantropológica pelo desenvolvimento humano. O conteúdo propriamente
dito interessa para a contribuição dos objetivos e finalidades humanas mais
abrangentes. Por outro lado, a evolução se registra numa terceira fase
relacionada com o espaço. Segundo um modelo mais interessado no processo do que
no produto em que se previligia as metodologias desmistificadas por uma ação
práxica e especial da espécie humana. Para os investigadores que desenvolvem um
certo tipo de atitudes e competências face a fenomologia espacial de toda a
problemática concreta que se registram no espaço cineantropológico envolvente.
A última fase se insere
claramente em esquemas conceptuais que hoje dominam a investigação. Não podemos
esquecer globalmente a sua possível combinação resultante das variáveis da
inter-relação dos pressupostos subjacentes a cada uma destas fases. Por outro
lado estes três períodos são demais repeti-lo, o reflexo de outras tantas
perspetivas evolutivas que definem o que pode ou deve ser o estudo espacial em
relação à adaptação e ao desenvolvimento humano que constituem o balanço geral
da evolução cineantropológica ao longo do tempo.
A analise dos espaços
permite uma diferenciação espacial terrestre e geográfica baseada em padrões de
distribuição dos vários fenómenos observados em diferentes perspetivas. A
explicação espacial das consequências dos processos sociais e económicos é
influenciada por fatores físicos e humanos.
A percepção ambiental
permite a diferenciação da superfície terrestre e pressupõe uma
interdependência do homem com o espaço. O ambiente tem o seu significado mais
vasto o que impõe determinadas condicionantes, mas é simultâneamente modificado
pela intervenção humana cujas as ações constituem uma parte integrante de um
ambiente não apenas natural mas sobretudo recriado em função dos interesses
económicos, políticos e sociais, sinómino das várias formas de associação
espacial em vários tipos de cultura. A organização espacial reforça uma
tendência anterior e atinge um equilíbrio nos casos em que o ambiente é
analisado sob o ponto de vista de um quadro situacional manifestamente
restritivo. A importância da acessibilidade da distância e do tempo entre
outras variáveis permitam uma cineantropologia e uma comunicação que define o homem
em organização espacial e comunicação cultural. Poderá ser entendida como
resultado da sua própria intencionalidade operante cujas origens estão na
atracão produzida por determinados pólos entendidos como focos de adaptação e
desenvolvimento de culturas cineantropológicas.
O conceito de movimento cineantropológico numa perspetiva de alteração real e observavél na posição de qualquer parte do
corpo humano. O movimento é o ato culminante de processos cineantropológicos subjacentes.
A palavra movimento está frequentemente associada a outras de forma ampliar e
esclarecer o seu significado de uma forma geral ou específico do ato
intencional de mover. Um padrão de movimento é uma série organizada de
movimentos relacionados mais especificamente com um padrão de movimento que
representa o desempenho de um movimento isolado que em si só é demasiado
restrito para ser classificado como padrão de movimento fundamental. Por
exemplo os padrões do movimento do membro superior ou dos membros inferiores
sozinhos não constituem isoladamente os movimentos fundamentais de arremessar
ou de alcançar um alvo representado apenas por uma série organizada de
movimentos cineantropológicos. As primeiras formas de movimentos voluntários são os movimentos
rudimentares observados num ser humano desde do nascimento até á idade aproximada dos 2 anos. Os movimentos rudimentares são determinados pela sua
maturação e caraterizam-se por uma sequência forte de transformações das
condições normais. O ritmo em que estas habilidades surgem depende de indivíduo
para indivíduo e dos fatores biológicos, ambientais da tarefa. As habilidades
motoras rudimentares de um recém-nascido representam as formas mais
fundamentais de um movimento voluntário necessário à sobrevivência. Elas
envolvem movimentos estabilizadores para a obtenção do controle do crânio, dos
músculos do pescoço e do tronco e nas tarefas manipulativas de preensão, agarrar,
soltar e movimentos locomotores de arrastar, gatinhar e caminhar. A fase dos
movimentos rudimentares do desenvolvimento pode ser dividida em dois estágios
que representam progressivamente ordens superiores de controlo motor. A
sequência da aquisição das habilidades motoras na fase dos movimentos
rudimentares é fixa por um ritmo variavél. Um padrão de movimento fundamental
refere-se ao desempenho observavél de movimentos básicos locomotores
manipulativos e estabilizadores. Os padrões de movimentos fundamentais envolvem
a combinação de padrões de dois ou mais segmentos corporais. Correr, pular,
derrubar, arremessar, girar e virar são exemplos de padrões de movimentos
fundamentais. Embora os termos dos padrões de movimento e habilidade motora
sejam frequentemente usados um pelo outro, a habilidade motora é entendida aqui
como um padrão de movimento cineantropológico fundamental realizado com maior precisão de exatidão e de controlo. Na habilidade motora a precisão é enfatizada pelo movimento
extrínseco que por sua vez é delimitado por um padrão de movimento fundamental enquanto a precisão é
limitada e não é necessariamente vista como um objetivo. Assim temos a evolução
humana que funciona como órbita em torno do movimento intencional sobre um
espaço físico ou geográfico que se manifesta por uma comunicação e que por sua vez permite um
desenvolvimento cineantropológico em função da cultura e da civilização. Por outro lado a evolução
humana incentiva e reforça estudos das assimetrias espaciais e geográficas das suas causas baseadas numa estruturação de conhecimentos básicos sobre o ambiente, a sociedade e por fim da
cultura.
A interpretação e análise
crítica consistem na aquisição da capacidade em selecionar um domínio de
pesquisa baseado no desenvolvimento das capacidades de observação do
investigador. O desenvolvimento das capacidades de observação e de analise de
toda a problemática das grandes finalidades do estudo da
evolução humana definidas e preconizadas pela generalidade das investigações
levadas pela maior parte dos investigadores.
Ainda ninguém estudou detalhamente o valor da
história da evolução cineantropológica pela motricidade e comunicação, não
obstante existirem alguns trabalhos científicos e muitos de caráter
epistemológico realizados por uma diversidade de investigadores. Apesar de termos
conhecimento de um levantamento exaustivo das diversas áreas transdisciplinares
que estudam o homem, não existe uma obra cientifica que estude o homem no seu todo sob
forma de compilação e de publicação, nem tão pouco em qualquer reflexão crítica
epistemológica aprofundada nesta área cineantropológica de conhecimento.
autor- Christopher brandão 2014
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