quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A Cineantropologia Da Investigação


Reflexos Da Investigação Cineantropológica


O desenvolvimento espacial varia consoante a adaptação humana e o seu desenvolvimento. Quer qualitativamente quer quantitativamente é necessário adquirir desenvolvimentos ao nível dos valores de autonomia e da capacidade de analise.Uma das justificações para esta situação reside no fato dos sistemas investigativos serem influenciados por múltiplas forças de movimentos sociais que se destacam entre outros. As decisões comandadas pelo poder político e governativo obrigam ao surgimento de algumas formas de consumo investigativo dirigido por uma união de investigadores capazes de formalizar determinadas posturas caraterizadas por uma certa dose de cientificidade.
Os modelos de desenvolvimento humano inspirados na cineantropologia traduzem uma valorização humana enquanto o processo de crescimento destaca o conhecimento adquirido ou dado à investigação sobre uma determinada realidade.
O investigador deve ser flexível, aberto e diversificado de acordo com as concepções das experiências construídas por um conjunto de ações comportamentais que por sua vez são capazes de atingir uma determinada tradução que funciona como um produto final, resultante da definição e adoção de determinados objetivos pré-definidos que funcionam como um instrumento muito pouco maleavél.
Deduzimos que o espaço geográfico será melhor compreendido através de esquemas concetuais que refletem determinados modelos de desenvolvimento humano resultante da interdisciplinariedade. Em primeiro lugar pretendemos integrar a via que preconiza a estruturação da evolução humana baseada no levantamento das hipóteses derivadas dos problemas suscitados pelos investigadores. O incremento de uma definição de analíse interdisciplinar dos fenómenos, atitudes em relação ao espaço. Em segundo lugar destacam a necessidade de se voltarem a incluir uma série de conteúdos básicos através da identificação e localização dos principais aspetos da superfície terrestre consideradas indispensáveis ao desenvolvimento das competências e das atitudes fundamentais para a evolução. Em terceiro lugar e em parte da função das anteriores, valoriza-se a evolução humana pela aquisição do pensamento crítico, da capacidade de tomar decisões ainda sempre na perspetiva da solução de problemas concretos. Como qualquer uma destas vias é possível ainda identificar os modelos de ensino que melhor servem a investigação em termos espaciais e geográficos na evidência de uma maior complexidade. Os investigadores não devem esquecer-se da ponderação de um leque diversificado de fatores a que nós temos vindo a referir desde o início da investigação.
Numa generalidade espacial não é possível identificar as três fases de evolução humana, relativas ao incremento do espaço nos diferentes graus de desenvolvimento particularmente na sua sequência que é o resultado da complexa interdependência entre fatores económicos, sociológicos, filosóficos e ideológicos que anteriormente enunciaram.
Na primeira fase destaca-se a informação acerca a origem do homem entendida por uma caraterização motriz e cultural num determinado espaço. É o tipo de evolução cineantropológica sucessiva, na qual se confunde a cultura com a informação detalhada em que se exige aos investigadores um tremendo esforço de investigação. A segunda fase é marcada pela estreita aliança do espaço com os problemas das relações do homem com o meio, inseridas em contextos específicos com os quais se pretende exemplificar à multidiversidade das relações.
A terceira fase assiste-se a uma crescente preocupação com o espaço que pode desempenhar uma importante ação cineantropológica pelo desenvolvimento humano. O conteúdo propriamente dito interessa para a contribuição dos objetivos e finalidades humanas mais abrangentes. Por outro lado, a evolução se registra numa terceira fase relacionada com o espaço. Segundo um modelo mais interessado no processo do que no produto em que se previligia as metodologias desmistificadas por uma ação práxica e especial da espécie humana. Para os investigadores que desenvolvem um certo tipo de atitudes e competências face a fenomologia espacial de toda a problemática concreta que se registram no espaço cineantropológico envolvente.
A última fase se insere claramente em esquemas conceptuais que hoje dominam a investigação. Não podemos esquecer globalmente a sua possível combinação resultante das variáveis da inter-relação dos pressupostos subjacentes a cada uma destas fases. Por outro lado estes três períodos são demais repeti-lo, o reflexo de outras tantas perspetivas evolutivas que definem o que pode ou deve ser o estudo espacial em relação à adaptação e ao desenvolvimento humano que constituem o balanço geral da evolução cineantropológica ao longo do tempo.
A analise dos espaços permite uma diferenciação espacial terrestre e geográfica baseada em padrões de distribuição dos vários fenómenos observados em diferentes perspetivas. A explicação espacial das consequências dos processos sociais e económicos é influenciada por fatores físicos e humanos.
A percepção ambiental permite a diferenciação da superfície terrestre e pressupõe uma interdependência do homem com o espaço. O ambiente tem o seu significado mais vasto o que impõe determinadas condicionantes, mas é simultâneamente modificado pela intervenção humana cujas as ações constituem uma parte integrante de um ambiente não apenas natural mas sobretudo recriado em função dos interesses económicos, políticos e sociais, sinómino das várias formas de associação espacial em vários tipos de cultura. A organização espacial reforça uma tendência anterior e atinge um equilíbrio nos casos em que o ambiente é analisado sob o ponto de vista de um quadro situacional manifestamente restritivo. A importância da acessibilidade da distância e do tempo entre outras variáveis permitam uma cineantropologia e uma comunicação que define o homem em organização espacial e comunicação cultural. Poderá ser entendida como resultado da sua própria intencionalidade operante cujas origens estão na atracão produzida por determinados pólos entendidos como focos de adaptação e desenvolvimento de culturas cineantropológicas.
O conceito de movimento cineantropológico numa perspetiva de alteração real e observavél na posição de qualquer parte do corpo humano. O movimento é o ato culminante de processos cineantropológicos subjacentes. A palavra movimento está frequentemente associada a outras de forma ampliar e esclarecer o seu significado de uma forma geral ou específico do ato intencional de mover. Um padrão de movimento é uma série organizada de movimentos relacionados mais especificamente com um padrão de movimento que representa o desempenho de um movimento isolado que em si só é demasiado restrito para ser classificado como padrão de movimento fundamental. Por exemplo os padrões do movimento do membro superior ou dos membros inferiores sozinhos não constituem isoladamente os movimentos fundamentais de arremessar ou de alcançar um alvo representado apenas por uma série organizada de movimentos cineantropológicos. As primeiras formas de movimentos voluntários são os movimentos rudimentares observados num ser humano desde do nascimento até á idade aproximada dos 2 anos. Os movimentos rudimentares são determinados pela sua maturação e caraterizam-se por uma sequência forte de transformações das condições normais. O ritmo em que estas habilidades surgem depende de indivíduo para indivíduo e dos fatores biológicos, ambientais da tarefa. As habilidades motoras rudimentares de um recém-nascido representam as formas mais fundamentais de um movimento voluntário necessário à sobrevivência. Elas envolvem movimentos estabilizadores para a obtenção do controle do crânio, dos músculos do pescoço e do tronco e nas tarefas manipulativas de preensão, agarrar, soltar e movimentos locomotores de arrastar, gatinhar e caminhar. A fase dos movimentos rudimentares do desenvolvimento pode ser dividida em dois estágios que representam progressivamente ordens superiores de controlo motor. A sequência da aquisição das habilidades motoras na fase dos movimentos rudimentares é fixa por um ritmo variavél. Um padrão de movimento fundamental refere-se ao desempenho observavél de movimentos básicos locomotores manipulativos e estabilizadores. Os padrões de movimentos fundamentais envolvem a combinação de padrões de dois ou mais segmentos corporais. Correr, pular, derrubar, arremessar, girar e virar são exemplos de padrões de movimentos fundamentais. Embora os termos dos padrões de movimento e habilidade motora sejam frequentemente usados um pelo outro, a habilidade motora é entendida aqui como um padrão de movimento cineantropológico fundamental realizado com maior precisão de exatidão e de controlo. Na habilidade motora a precisão é enfatizada pelo movimento extrínseco que por sua vez é delimitado por um padrão de movimento fundamental enquanto a precisão é limitada e não é necessariamente vista como um objetivo. Assim temos a evolução humana que funciona como órbita em torno do movimento intencional sobre um espaço físico ou geográfico que se manifesta por uma comunicação e que por sua vez permite um desenvolvimento cineantropológico em função da cultura e da civilização. Por outro lado a evolução humana incentiva e reforça estudos das assimetrias espaciais e geográficas das suas causas baseadas numa estruturação de conhecimentos básicos sobre o ambiente, a sociedade e por fim da cultura. 
A interpretação e análise crítica consistem na aquisição da capacidade em selecionar um domínio de pesquisa baseado no desenvolvimento das capacidades de observação do investigador. O desenvolvimento das capacidades de observação e de analise de toda a problemática das grandes finalidades do estudo da evolução humana definidas e preconizadas pela generalidade das investigações levadas pela maior parte dos investigadores.
Ainda ninguém estudou detalhamente o valor da história da evolução cineantropológica pela motricidade e comunicação, não obstante existirem alguns trabalhos científicos e muitos de caráter epistemológico realizados por uma diversidade de investigadores. Apesar de termos conhecimento de um levantamento exaustivo das diversas áreas transdisciplinares que estudam o homem, não existe uma obra cientifica que estude o homem no seu todo sob forma de compilação e de publicação, nem tão pouco em qualquer reflexão crítica epistemológica aprofundada nesta área cineantropológica de conhecimento.
autor- Christopher brandão 2014

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