quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Análise Da metodologia Do Treino Da Modalidade Do Ténis

A Importância Da Metodologia Do Treino No Ténis

O treino de Ténis deverá ser integrado num processo metodológico sistémico de forma a respeitar o nível etário e as capacidades psicomotoras dos atletas. Deverá ser construído num formato de pirâmide desportiva no qual a base representa a massificação dos atletas onde se deteta os talentos de futuro que provavelmente poderão fazer parte do top da pirâmide desportiva que representa as elites de alta competição. A importância do modelo de captação e deteção de talentos de jovens atletas numa pirâmide desportiva referente à modalidade propriamente dita deverá integrar o atleta mais simples em fase de aprendizagem até ao atleta mais qualificado por um processo progressivo respeitando toda a metodologia de treino e o seu nível etário num processo de desenvolvimento progressivo das próprias capacidades psicomotoras dos atletas. Um desenvolvimento ótimo das capacidades motoras pressupõe excelentes aptidões psicomotoras adequadas aos níveis etários dos próprios atletas.
Nas suas diretizes gerais a classificação dos atletas em níveis de infantis, juvenis, e adultos não pode prevalecer como critério ordenado na preparação de cada escalão mais ou menos diferenciado. Nos diversos desportos, os jogadores aprendizes e competitivos dispõem de certos objetivos,  tarefas e conteúdos essenciais para atingir certas metas e objetivos de metodologia de treino. As diferenças para atingir estes parâmetros dependem essencialmente das especificidades metodológicas de treino adequadas aos pontos críticos ótimos do nível etário de maior rendimento no processo ensino aprendizagem. O tempo de aquisição da capacidade máxima é variável em cada tipo de modalidade desportiva como também é variàvel na base de duração das diferentes fases de aprendizagem. É fundamental que o treinador saiba a idade ideal para atingir a melhor performance das capacidades psicomotoras do atleta dependentes do momento em que coincidem as melhores condições biopsicomorfológicas em relação a cada modalidade desportiva.
Os treinadores devem ter em conta à gestão de tempo durante a qual determinadas capacidades motoras consegue ser mantida quer ao nível competitivo ou quer na simples prática desportiva em lazer e recreação de qualquer modalidade, independentemente seja o critério. Estes fatores e critérios hão-de determinar prioritariamente as exigências propiciadoras de um início de uma preparação dentro dos limites de tempo dos diversos períodos de treino previstos. Fundamentalmente os aspetos classificativos dos processos de treino a longo prazo associadas às suas fases fundamentais dos principiantes e do desenvolvimento máximo como meta de formação e educação desportiva, associadas às tarefas e caraterísticas ajustadas às especificidades de cada nível etário de cada atleta.

Análise do treino do principiante     
Na preparação dos atletas principiantes distinguem-se o treino do aprendiz que se caracteriza propriamente básico e dos mais avançados caracteriza-se por treino de construção em prol de um objetivo de alta competição ou competição. A preparação fundamental tem por base o desenvolvimento geral das capacidades motoras e das práticas dos gestos técnicos associadas às táticas de jogo. Segundo determinados treinadores a melhor orientação para um treino produtivo deve-se relacionar com as características específicas de cada modalidade.
O treino de nível infantil é dirigido para a exploração do melhor rendimento de forma atingir as diversas caracteristicas fundamentais de cada especialização com máximo rendimento e maior aplicação. É necessário um intervalo etário de 10 anos de construção para que o atleta de nível etário compreendido entre os 17 e 18 anos adquira a maturação e a experiência tenística necessária à competição. O início do treino de construção está compreendido num nível etário compreendido num intervalo entre os 4 a 8 anos de idade.
O treino básico é uma preparação do atleta aprendiz que se situa num intervalo compreendido entre os 5 aos 12 anos de idade enquanto o treino de construção inicia-se num intervalo compreendido entre os 12 até aos 18 anos de idade. Estes escalões assentem em valores experimentais condicionados ao desenvolvimento das capacidades psicomotoras e das fases de maturação a serem atingidas.
Objetivo do treino em jovens atletas     
A educação desportiva para as fases infantis e juvenis deverá ser orientada para uma preparação a longo prazo de forma assegurar um desenvolvimento progressivo até ao estádio desejavél de maior capacidade psicomotora específica.  Para deteterminados treinadores o seu objetivo não será uma meta precoce mas antes uma possível e prolongada produção tenística que só é viavél se respeitar as condições de desenvolvimento psicomotor dos atletas.
O treino básico para o jovem aprendiz visa desenvolver um ponto de partida para as capacidades físicas, técnico- tácticas e psicomotoras.
O trabalho desportivo completo e integral reveste-se de uma caraterística que assenta no desenvolvimento da personalidade do próprio praticante. O treino de construção para os atletas mais avançados tem as suas implicações ao nível dos conteúdos, meios,  métodos e fases especializadas de desenvolvimento de forma a permitir a transferência de conhecimento e de prática para uma etapa superior.
A tarefa executada durante o treino fica influenciado por 3 fatores essenciais:
- Estágio de desenvolvimento e respetivas tendências assinaláveis de concretização
- Particularidades específicas de cada idade nas fases infantis e juvenis
- Especialidades típicas de cada modalidade desportiva
Na realidade não se torna decisivo em determinar em que o local desta lista se encontra um determinado estado do atleta, mas quais as suas aptidões que correspondem às exigências construtivas. Perante este quadro situacional todos os resultados desportivos para o desenvolvimento dos jovens atletas necessitam ser orientados para um objectivo final.
Analise das tarefas do treino dos jovens atletas
A preparação desportiva abrange um leque de caraterísticas pedagógicas e psicomotoras incluindo a própria educação desportiva do atleta que se exprime numa experiência prática desportiva . As tarefas essenciais de uma educação desportiva depende essencialmente da mentalidade e da cultura que o atleta assimila dos treinadores segundo um padrão de disciplina metodológica de treino que posteriormente aplica na própria competição dependente  da sua força de vontade. A criação de um padrão de regras e de disciplina exige por parte do atleta uma certa submissão metodológica dos conhecimentos técnicos e práticos aplicados pelo seu treinador. A metodologia de um treino de construção associado a uma força intuitiva de espírito de iniciativa e sacrifício é fundamental para o desenvolvimento das qualidades psicomotoras do atleta atingir a sua máxima performance na competição.
A importância da formação desportiva determina uma base de tarefas organizadas para o desenvolvimento de uma metodologia de treino que seja capaz criar altas performances desportivas nos atletas que por sua vez estão condicionadas pelo treino padronizado das suas próprias capacidades motoras. A importância da formação geral desportiva orienta-se para um desenvolvimento geral e regular das capacidades gerais de trabalho para as melhores potencialidades cineantropológicas. Noutra perspetiva o seu objectivo centra-se no aperfeiçoamento das habilidades condicionadas às caraterísticas do jogo de ténis que por sua vez exige a capacidade da força de explosão, persistência no ritmo e na coordenação motora integrados na própria motricidade do atleta.
A importância do treino básico na formação técnica depende do desenvolvimento dos pressupostos gerais do jogo no sentido da avaliação e captação da bola num determinado instante de tempo e espaço. Determinados exercícios baseados nos principais gestos técnicos  do serviço, da resposta ao serviço, dos drives de esquerda e de direita e dos gestos secundários dos volleys e dos batimentos de trajetória alta  smash como também a importância do segundo serviço cortado ou em serviço canhão.
No treino de construção a formação técnica visa a manutenção e aperfeiçoamento das diferentes formas desenvolvidas no treino básico para alta competição baseada no aumento da precisão do ritmo diversificado.Os diversos exercícios de batimento com trajectórias por cima e por baixo, direita e esquerda e batimento alto são fundamentais para a fase de competição. Os exercícios de batimentos secundários volleys e amorties completam as ações de jogo propriamente dito.
A formação táctica sucede numa característica predominante à apreensão de conhecimentos elementares de competição  com vista ao desenvolvimento de uma tática de jogo ofensivo. É fundamental desenvolver as seguintes caraterísiticas:
-Desenvolvimento da capacidade de antecipação
-Analisar os diferentes tipos de força
- Mudanças de sistemas tácticos
- Conhecimento dos pontos fortes e exploração dos pontos fracos do adversário
- Jogo de posições quer nos singulares quer nos pares
- Aplicação das ações técnico tácticas visando o êxito das diversas formas de batimento e colocação quer em sistemas atacantes quer em sistemas defensivos.
A troca de conhecimentos entre os treinadores deverá processar-se num formato de colaboração independente e consciente das tarefas de forma:
- Haja uma avaliação no atleta em termos de desenvolvimento técnico-táctico do jogo de ténis
- Haja avaliação do nível que se encontra o atleta
- Haja colaboração nos fatores conducentes à predisposição técnico- táctica condicionada pelas capacidades físicas
-Haja avaliação da participação total e motriz do corpo do atleta na execução biomecânica dos gestos técnicos
- Haja avaliação dos movimentos e efeitos de bola
-Haja analíse do comportamento desportivo do atleta ao nível das suas exigências psicomotoras.
As tarefas do treino dos jovens atletas tem por meta a formação construtiva da capacidade máxima psicomotriz. A formação técnico-táctica e psicomotora para que se concretize é necessário uma transmissão de conhecimentos por parte do treinador para o jogador que deverá cumprir todas as tarefas relacionadas com a metodologia de treino.
As áreas técnico tácticas, como a condição física devem ser expressos na composição do treino de forma integrada. Ao nível tático existem certas diferenças nesta modalidade em relação às outras ao nível das trajetórias de bola e na colaboração com o parceiro em situações de pares é diferenciado das outras modalidades. A componente táctica do jogo de ténis domina a própria capacidade técnica e por sua vez condiciona-a.
Nesta modalidade a formação táctica aparece limitada e determinada ao nível dos objetivos e conteúdos. Os pontos essenciais na preparação do atleta será ao nível físico e técnico. Na competição do jogo 1 contra 1 (1X1) provavelmente não existe efeitos idênticos quer ao nível físico e cognitivo referente aos jogos no qual existem contacto directo com o adversário. Atendendo à forma de batimento da bola, a componente técnica desempenha um papel primordial. Durante a fase de formação deve-se dar um maior papel à componente técnica do que a capacidade física.
Análise do treino fundamental ou básico do atleta          
Um atleta em termos de percentagens deverá ser formado em 40 por cento na componente física, cinquenta por cento na componente técnica e 10 por cento na formação táctica. A componente técnica de formação estende-se continuamente no treino de construção e futuramente ao treino de competição.
O produto das experiências motrizes são derivadas da componente técnica associadas ao aperfeiçoamento das capacidades físicas o que constitui um duplo fator no mesmo processo metodológico de treino. Um dos pressupostos da técnica elementar depende essencialmente do seu desenvolvimento que reside no aproveitamento da capacidade física e de todas as funções biológicas do sujeito que se desenvolve na prática desportiva. A ação psicomotriz no aperfeiçoamento da forma de batimento dependente da intensidade da libertação dos graus de liberdade dos membros superiores para a execução dos gestos técnicos. Existe uma correlação objetiva entre a componente física e o seu respetivo desenvolvimento psicomotor.
Nos planeamentos dos treinos de ténis é aconselhavél aos treinadores dividir o treino em 3 partes iguais a componente técnica e a componente física e por fim a componente tática.
A importância das relações interdependentes das ações psicomotoras em que o desenvolvimento da componente física eventualmente estarão condicionadas da experiência prática do próprio atleta.
Análise da formação desportiva do jogador      
Existe uma correlação mais específica ou geral na formação desportiva do atleta o que corresponde a uma maior dimensão na sua educação desportiva.
Na primeira fase do treino básico corresponde a um intervalo etário compreendido entre os 5 aos 10 anos de idade que por sua vez é necessário criar um reportório geral de habilidades psicomotoras para uma futura construção especializada. Através de um vasto reportório, os treinadores devem tentar alcançar o desenvolvimento uniforme e amplo em todas as capacidades psicomotoras. A segunda fase do treino básico compreende um intervalo etário aproximado entre os 10 até aos 12 anos, continua de forma prevalecer uma grande maioria dos exercícios que visa o desenvolvimento geral mas existe  um aumento da formação desportiva específica.
O meio de formação desportiva para este tipo de exercícios que se identifica na estruturação cineantropológica competitiva do atleta com a mesma solicitação muscular. A execução dos batimentos por gestos técnicos asseguram o desenvolvimento das capacidades específicas através de uma metodologia de treino que inclua a força explosiva, a intensidade do ritmo e coordenação motora associada aos indíces de flexibilidade ativa e passiva.
As componentes desta formação desportiva num segundo nível assenta num treino básico no qual setenta por cento em formação desportiva geral e trinta por cento em formação desportiva especial.
No treino de construção mantêm-se as bases do treino básico da formação desportiva. Dependente do objetivo associado às partes de formação específica dos princípios gerais, os treinadores e os jogadores devem dar especial atenção aos exercícios técnico-tácticos de alta intensidade.
As carateristicas parciais de formação desportiva no primeiro nível de treino de construção deverá ser aplicado em quarenta por cento da formção desportiva especial  num intervalo etário compreendido entre os 5 aos 12  anos de idade.
O segundo nível de treino de construção devera ser aplicado a vinte cinco por cento de formação desportiva geral e setenta e cinco por cento de formação desportiva especial num jogador compreendido num intervalo etário entre os 15 aos 17 anos de idade.

A formação técnica do atleta

No primeiro nível de treino básico sucede uma aprendizagem  padronizada dos gestos técnicos de direita e esquerda e do serviço direto. O desenvolvimento do processo ensino aprendizagem consiste numa relação de permuta ajustada das capacidades motoras com as capacidades técnicas de forma o jogador construa uma série de graus de liberdade de movimentos biomecânicos sincronizados num determinado tempo e espaço. O segundo nível existe uma estabilização competitiva e de aperfeiçoamento dos respetivos gestos técnicos direita, esquerda e serviço integrado por sua vez no treino do sistema básico dos gestos secundários do volley e do smash, associados ao serviço cortado ou twist. Todas as formas com exceção do segundo serviço devem ser trabalhadas com batimentos diretos e sem efeitos. Este tipo de execução de batimentos produzidos pela força dos gestos técnicos que se traduz em alta velocidade na bola.

No gesto técnico de direita  e na esquerda a escolha do ponto exato de batimento de bola após o ressalto no corte reflecte-se decisivamente na sua trajetória e velocidade que por sua vez condiciona o ritmo do próprio jogo. O batimento instâneo depois do ressalto de bola exige uma aplicação de força contínua com o melhor produto do movimento biomecânico do atleta permitindo assim uma maior possibilidade de controlo  de uma trajetória rectilínea tensa. O treinador mais o atleta devem chegar a um consenso no início da metodologia de treino a ser aplicada nos gestos de direita e esquerda de forma enquadrar o ponto de batimento culminante ao da trajetória da bola durante o período de ressalto. No processo de ensino-aprendizagem poderemos optar pela insistência do gesto de esquerda como forma elementar de batimento. Mediante este quadro situacional o principiante apercebe-se mais rápidamente a melhor velocidade de reação a um estímulo visual perante a aplicação do melhor movimento biomecânico do que propriamente no gesto técnico da direita. Este golpe de reverso igualmente contribuiu para uma correta posição lateral do corpo a aplicar ao swing da raquete. A alternância dos gestos técnicos de direitas e de esquerdas ou vice-versa deve realizar-se rigorosamente com uma alteração da pega na medida que o gesto técnico de esquerda devido à anatomia da mão tem de se adaptar a um maior indíce de força muscular ao nível do antebraço ou da articulação do pulso. Doutra forma mantém-se a mesma pega no gesto técnico de direita havendo assim um grande esforço ao nível do membro superior.

As condições ótimas não se manifestam durante a fase infantil visto que reside um acentuada solicitação biomecânica do corpo na fase do movimento de batida na bola no sentido de uma aplicação racional de força em todo o movimento global do gesto técnico resultante do recuo do braço tanto na direita como na esquerda.
Os elementos biomecânicos pertencentes a uma técnica racional e rápida deviam ser observados no início do processo ensino aprendizagem como elementos base para um futuro nível competitivo. O sexto sentido do atleta eventualmente poderá ser  uma qualidade que poderá influenciar o batimento de bola. O gesto técnico do serviço poderá ser aprendido em simultâneo com os outros gestos técnicos visto ser um gesto técnico que exige uma maior solicitação da força. A formação técnica no treino construtivo inclui especificamente o aperfeiçoamento e a precisão dos gestos técnicos diretos e do segundo serviço. A metodologia de treino deverá ser orientada pelo treinador para uma progressão do ritmo de jogo sem nunca desprezar a segurança e o controlo do batimento de bola. A formação compreende uma metodologia de treino virada para o desenvolvimento das diversas variantes possíveis que inclui os gestos técnicos de direitas e esquerdas com batimentos para trajetórias altas etc. Nesta situação nem todas as possibilidades se desenvolvem até à perfeição com o objetivo em avaliar todos pontos fracos e fortes do atleta bem como a confeção do jogo que se vai praticando nos diversos níveis em que o treino de competição ocupa um maior destaque na formação do atleta.
Autor- Christopher Brandão 2014

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