O treino de Ténis deverá ser integrado num processo metodológico sistémico de forma a respeitar o nível etário e as capacidades psicomotoras dos atletas. Deverá ser construído num formato de pirâmide
desportiva no qual a base representa a massificação dos atletas onde se deteta os talentos de futuro que provavelmente poderão fazer parte do top da pirâmide desportiva que representa as elites de alta competição. A importância do modelo de captação e deteção de talentos de jovens atletas numa pirâmide desportiva referente à modalidade propriamente dita deverá integrar o atleta mais simples em fase de aprendizagem até ao atleta mais
qualificado por um processo progressivo respeitando toda a metodologia de treino e o seu nível etário num processo de desenvolvimento progressivo das próprias capacidades psicomotoras dos atletas. Um desenvolvimento ótimo das capacidades motoras pressupõe
excelentes aptidões psicomotoras adequadas aos níveis etários dos próprios atletas.
Nas suas diretizes gerais a classificação dos atletas em
níveis de infantis, juvenis, e adultos não pode prevalecer como critério ordenado
na preparação de cada escalão mais ou menos diferenciado. Nos diversos
desportos, os jogadores aprendizes e competitivos dispõem de certos objetivos, tarefas e conteúdos essenciais para atingir certas metas e objetivos de metodologia de treino. As diferenças para atingir estes parâmetros dependem essencialmente
das especificidades metodológicas de treino adequadas aos pontos críticos ótimos do nível etário de maior rendimento no processo ensino aprendizagem. O tempo de aquisição da capacidade máxima é variável em
cada tipo de modalidade desportiva como também é variàvel na base de duração
das diferentes fases de aprendizagem. É fundamental que o treinador saiba a
idade ideal para atingir a melhor performance das capacidades psicomotoras do
atleta dependentes do momento em que coincidem as melhores condições biopsicomorfológicas em relação a cada modalidade desportiva.
Os treinadores devem ter em conta à gestão de tempo durante a qual determinadas capacidades motoras consegue ser mantida quer ao nível competitivo ou quer na simples prática
desportiva em lazer e recreação de qualquer modalidade, independentemente seja o
critério. Estes fatores e critérios hão-de determinar prioritariamente as
exigências propiciadoras de um início de uma preparação dentro dos limites de tempo
dos diversos períodos de treino previstos. Fundamentalmente os aspetos
classificativos dos processos de treino a longo prazo associadas às suas fases
fundamentais dos principiantes e do desenvolvimento máximo como meta de
formação e educação desportiva, associadas às tarefas e caraterísticas ajustadas às especificidades de cada nível etário de cada atleta.
Análise do treino do
principiante
Na preparação dos atletas principiantes distinguem-se o
treino do aprendiz que se caracteriza propriamente básico e dos mais avançados
caracteriza-se por treino de construção em prol de um objetivo de alta competição ou competição. A preparação fundamental tem por base
o desenvolvimento geral das capacidades motoras e das práticas dos gestos técnicos associadas às táticas de jogo. Segundo determinados treinadores a melhor orientação para um treino
produtivo deve-se relacionar com as características específicas de cada
modalidade.
O treino de nível infantil é dirigido para a exploração do
melhor rendimento de forma atingir as diversas caracteristicas fundamentais de
cada especialização com máximo rendimento e maior aplicação. É necessário um intervalo etário de 10
anos de construção para que o atleta de nível etário compreendido entre os 17 e
18 anos adquira a maturação e a experiência tenística necessária à competição. O início do
treino de construção está compreendido num nível etário compreendido num
intervalo entre os 4 a 8 anos de idade.
O treino básico é uma preparação do atleta aprendiz que se situa num
intervalo compreendido entre os 5 aos 12 anos de idade enquanto o treino de
construção inicia-se num intervalo compreendido entre os 12 até aos 18 anos de
idade. Estes escalões assentem em valores experimentais condicionados ao
desenvolvimento das capacidades psicomotoras e das fases de maturação a serem atingidas.
Objetivo do treino
em jovens atletas
A educação desportiva para as fases infantis e juvenis
deverá ser orientada para uma preparação a longo prazo de forma assegurar um
desenvolvimento progressivo até ao estádio desejavél de maior capacidade psicomotora específica. Para deteterminados treinadores o seu
objetivo não será uma meta precoce mas antes uma possível e prolongada
produção tenística que só é viavél se respeitar as condições de desenvolvimento
psicomotor dos atletas.
O treino básico para o jovem aprendiz visa desenvolver um
ponto de partida para as capacidades físicas, técnico- tácticas e psicomotoras.
O trabalho desportivo completo e integral reveste-se de uma
caraterística que assenta no desenvolvimento da personalidade do próprio
praticante. O treino de construção para os atletas mais avançados tem as suas
implicações ao nível dos conteúdos, meios,
métodos e fases especializadas de desenvolvimento de forma a permitir a
transferência de conhecimento e de prática para uma etapa superior.
A tarefa executada durante o treino fica
influenciado por 3 fatores essenciais:
- Estágio de desenvolvimento e respetivas tendências
assinaláveis de concretização
- Particularidades específicas de cada idade nas fases
infantis e juvenis
- Especialidades típicas de cada modalidade desportiva
Na realidade não se torna decisivo em determinar em que o
local desta lista se encontra um determinado estado do atleta, mas quais as suas aptidões que
correspondem às exigências construtivas. Perante este quadro situacional todos os resultados
desportivos para o desenvolvimento dos jovens atletas necessitam ser orientados para
um objectivo final.
Analise das tarefas
do treino dos jovens atletas
A preparação desportiva abrange um leque de caraterísticas
pedagógicas e psicomotoras incluindo a própria educação desportiva do
atleta que se exprime numa experiência prática desportiva . As tarefas
essenciais de uma educação desportiva depende essencialmente da mentalidade e
da cultura que o atleta assimila dos treinadores segundo
um padrão de disciplina metodológica de treino que posteriormente aplica na
própria competição dependente da sua
força de vontade. A criação de um padrão de regras e de disciplina exige por
parte do atleta uma certa submissão metodológica dos conhecimentos técnicos e
práticos aplicados pelo seu treinador. A metodologia de um treino de construção
associado a uma força intuitiva de espírito de iniciativa e sacrifício é fundamental
para o desenvolvimento das qualidades psicomotoras do atleta atingir a sua máxima
performance na competição.
A importância da formação desportiva determina uma base de tarefas organizadas para o desenvolvimento de uma metodologia de
treino que seja capaz criar altas performances desportivas nos atletas que
por sua vez estão condicionadas pelo treino padronizado das suas próprias capacidades motoras. A importância da
formação geral desportiva orienta-se para um desenvolvimento geral e regular das
capacidades gerais de trabalho para as melhores potencialidades
cineantropológicas. Noutra perspetiva o seu objectivo centra-se no
aperfeiçoamento das habilidades condicionadas às caraterísticas do jogo de
ténis que por sua vez exige a capacidade da força de explosão, persistência no ritmo e na coordenação motora integrados na própria motricidade do atleta.
A importância do treino básico na formação técnica depende
do desenvolvimento dos pressupostos gerais do jogo no sentido da avaliação e
captação da bola num determinado instante de tempo e espaço. Determinados
exercícios baseados nos principais gestos técnicos do serviço, da resposta ao serviço, dos drives de esquerda e de direita e dos gestos secundários dos volleys e dos batimentos de trajetória alta smash como também a importância do segundo serviço cortado ou em serviço canhão.
No treino de construção a formação técnica visa a manutenção
e aperfeiçoamento das diferentes formas desenvolvidas no treino básico para
alta competição baseada no aumento da precisão do ritmo diversificado.Os
diversos exercícios de batimento com trajectórias por cima e por baixo, direita
e esquerda e batimento alto são fundamentais para a fase de competição. Os exercícios de
batimentos secundários volleys e amorties completam as ações de jogo propriamente dito.
A formação táctica sucede numa característica predominante à
apreensão de conhecimentos elementares de competição com vista ao desenvolvimento de uma tática
de jogo ofensivo. É fundamental desenvolver as seguintes caraterísiticas:
-Desenvolvimento da capacidade de antecipação
-Analisar os diferentes tipos de força
- Mudanças de sistemas tácticos
- Conhecimento dos pontos fortes e exploração dos pontos
fracos do adversário
- Jogo de posições quer nos singulares quer nos pares
- Aplicação das ações técnico tácticas visando o êxito das
diversas formas de batimento e colocação quer em sistemas atacantes quer em sistemas
defensivos.
A troca de conhecimentos entre os treinadores deverá
processar-se num formato de colaboração independente e consciente das tarefas
de forma:
- Haja uma avaliação no atleta em termos de desenvolvimento
técnico-táctico do jogo de ténis
- Haja avaliação do nível que se encontra o atleta
- Haja colaboração nos fatores conducentes à predisposição
técnico- táctica condicionada pelas capacidades físicas
-Haja avaliação da participação total e motriz do corpo do
atleta na execução biomecânica dos gestos técnicos
- Haja avaliação dos movimentos e efeitos de bola
-Haja analíse do comportamento desportivo do atleta ao nível das suas
exigências psicomotoras.
As tarefas do treino dos jovens atletas tem por meta a
formação construtiva da capacidade máxima psicomotriz. A formação
técnico-táctica e psicomotora para que se concretize é
necessário uma transmissão de conhecimentos por parte do treinador para o
jogador que deverá cumprir todas as tarefas relacionadas com a metodologia de
treino.
As áreas técnico tácticas, como a condição física devem ser
expressos na composição do treino de forma integrada. Ao nível tático existem
certas diferenças nesta modalidade em relação às outras ao nível das
trajetórias de bola e na colaboração com o parceiro em situações de pares é
diferenciado das outras modalidades. A componente táctica do jogo de ténis
domina a própria capacidade técnica e por sua vez condiciona-a.
Nesta modalidade a formação táctica aparece limitada e
determinada ao nível dos objetivos e conteúdos. Os pontos essenciais na
preparação do atleta será ao nível físico e técnico. Na competição do jogo 1
contra 1 (1X1) provavelmente não existe efeitos idênticos quer ao nível físico e cognitivo referente aos
jogos no qual existem contacto directo com o adversário. Atendendo à forma de
batimento da bola, a componente técnica desempenha um papel primordial. Durante
a fase de formação deve-se dar um maior papel à componente técnica do que a
capacidade física.
Análise do treino
fundamental ou básico do atleta
Um atleta em termos de percentagens deverá ser formado em 40
por cento na componente física, cinquenta por cento na componente técnica e 10
por cento na formação táctica. A componente técnica de formação estende-se
continuamente no treino de construção e futuramente ao treino de competição.
O produto das experiências motrizes são derivadas da
componente técnica associadas ao aperfeiçoamento das capacidades físicas o que
constitui um duplo fator no mesmo processo metodológico de treino. Um dos
pressupostos da técnica elementar depende essencialmente do seu desenvolvimento
que reside no aproveitamento da capacidade física e de todas as funções
biológicas do sujeito que se desenvolve na prática desportiva. A ação
psicomotriz no aperfeiçoamento da forma de batimento dependente da intensidade
da libertação dos graus de liberdade dos membros superiores para a execução dos
gestos técnicos. Existe uma correlação objetiva entre a componente física e o
seu respetivo desenvolvimento psicomotor.
Nos planeamentos dos treinos de ténis é aconselhavél aos
treinadores dividir o treino em 3 partes iguais a componente técnica e a
componente física e por fim a componente tática.
A importância das relações interdependentes das ações
psicomotoras em que o desenvolvimento da componente física eventualmente estarão
condicionadas da experiência prática do próprio atleta.
Análise da formação
desportiva do jogador
Existe uma correlação mais específica ou geral na formação
desportiva do atleta o que corresponde a uma maior dimensão na sua educação
desportiva.
Na primeira fase do treino básico corresponde a um intervalo
etário compreendido entre os 5 aos 10 anos de idade que por sua vez é necessário criar um
reportório geral de habilidades psicomotoras para uma futura construção
especializada. Através de um vasto reportório, os treinadores devem tentar
alcançar o desenvolvimento uniforme e amplo em todas as capacidades
psicomotoras. A segunda fase do treino básico compreende um intervalo etário
aproximado entre os 10 até aos 12 anos, continua de forma prevalecer uma grande
maioria dos exercícios que visa o desenvolvimento geral mas existe um
aumento da formação desportiva específica.
O meio de formação desportiva para este tipo de exercícios
que se identifica na estruturação cineantropológica competitiva do atleta com a
mesma solicitação muscular. A execução dos batimentos por gestos técnicos
asseguram o desenvolvimento das capacidades específicas através de uma metodologia de
treino que inclua a força explosiva, a intensidade do ritmo e coordenação motora associada aos indíces de flexibilidade ativa e passiva.
As componentes desta formação desportiva num segundo nível
assenta num treino básico no qual setenta por cento em formação desportiva
geral e trinta por cento em formação desportiva especial.
No treino de construção mantêm-se as bases do treino
básico da formação desportiva. Dependente do objetivo associado às partes de
formação específica dos princípios gerais, os treinadores e os jogadores devem
dar especial atenção aos exercícios técnico-tácticos de alta intensidade.
As carateristicas parciais de formação desportiva no
primeiro nível de treino de construção deverá ser aplicado em quarenta por
cento da formção desportiva especial num intervalo etário
compreendido entre os 5 aos 12 anos de idade.
O segundo nível de treino de construção devera ser aplicado
a vinte cinco por cento de formação desportiva geral e setenta e cinco por
cento de formação desportiva especial num jogador compreendido num intervalo
etário entre os 15 aos 17 anos de idade.
Sem comentários:
Enviar um comentário