Os modelos de
desenvolvimento humano detêm determinadas caraterísticas individuais que podem
ser compreendidas num enquadramento epistemológico de evolução humana de acordo
com um conjunto de etapas aleatórias. Se pretendemos apenas demonstrar
determinadas estruturas conceptuais passíveis de serem transformadas em
instrumentos científicos completos que sejam capazes desmitificar as
investigações mais concretas. A sua utilidade para a comunidade científica reside no
fato de lhes ser possível identificar e analisar as suas linhas orientadoras que
regem as concepções espaciais adaptadas à evolução humana de forma a dar um
padrão de conhecimento a cada investigador que seja capaz de realizar e
explicar a ciência com melhor qualidade.
Os modelos de evolução
humana simples detém uma estrutura linear unívoca da espécie humana que se
constroi numa heterogeneidade social organizativa de um espaço físico ou
geográfico diferenciado.
O homem delimita a sua
evolução num determinado espaço e adapta-se através dos seus limites físicos
que facilmente são analisáveis em qualquer dimensão fenomenológica ou inter
relacionada numa dimensão hipoteticamente dedutível. Ao inter relacionarmos fenómenos
de evolução humana num determinado espaço físico é necessário compreender os
efeitos culturais de uma determinada população perante a sua biodiversidade. A
analise espacial processa-se esquematicamente por um número de fases
determinadas essencialmente por critérios de escala de desenvolvimento humano
que por sua vez proprociona uma melhor capacidade de analise de exploração do
cognitivo do próprio investigador.
A observação na
investigação sobre a recolha de informação e de analíse espacial permite desmistificar
toda a problemática dos recursos espaciais inter ligados a fenómenos de
desenvolvimento humano.
O modelo de evolução humana
permite criar informação centrada num conjunto de fatos que se pode
inteletualmente conduzir a comportamentos científicos estereotipados. A analíse
espacial começa invariavelmente pelo ambiente humano e por sua vez é
determinado por uma gestão comportamental que sobrevaloriza os elementos que
fazem parte de toda a componente espacial.
A crítica investigativa
construtiva pode levar a propostas de alteração do modelo, consoante as novas
investigações que forem surgindo de futuro que por sua vez poderá levar à modificação dos seus
princípios, leis e valores. Neste sentido advoga-se ainda uma abordagem
sistémica espacial inserida num quadro situacional de evolução humana que
permite uma potencialidade de desenvolvimento aos investigadores de novas
capacidades e de competências de resolução de problemas inerente à sua área específica de
conhecimento. Pretende-se com esta investigação incluir todas as áreas transdisciplinares
de forma analisar todos os seus dados físicos, biológicos, culturais para
proceder a uma inter relação a grande escala de conhecimento científico.
Os modelos conceptuais de
base primária começaram a sofrer fortes críticas na década de sessenta devido
às grandes quantidades de informações estarem disponíveis de forma irrealista perante qualquer investigação fundamentada no transfert de conteúdos factuais. Por um
lado começaram a surgir argumentos no sentido de uma investigação meramente
pedagógica baseada no esforço de memorização que se traduz numa aprendizagem
que sobrevaloriza o produto de um pensamento teórico. A interdisciplinariedade
não se define por objetos ou fatos que se interagem, mas essencialmente por
questões que formulam as estruturas conceptuais do conhecimento. Neste contexto
a investigação deveria valorizar mais as capacidades de raciocínio lógico de
modo a que os investigadores possam ordenar a realidade do desenvolvimento
simultâneo de maiores capacidades metodológicas de aprendizagem científica.
Neste sentido procedeu-se a uma tentativa de identificação dos conceitos
fundamentais espaciais. A elaboração de uma listagem de conceitos futuramente
poderá ser analisada numa síntese de um modelo de evolução humana de estrutura
espacial geográfica provavelmente dará uma melhor organização dos conceitos
organizativos de ciência.
Á medida que o caminho da
investigação se desenvolve a tecnoestrutura dos conceitos mais abstratos e
globais poderão criar um produto de maior generalização e conceptualização da
realidade. Este modelo de evolução humana poderá ser usado como um modo de
estruturação do homem no seu todo desenvolvido por um espaço físico e cineantropológico em diferentes etapas ao longo do tempo. Outro objetivo deste
modelo é levar aos investigadores à formulação de conceitos mais apropriados à ciência Cineantropológica e Comunicação fundamentais à seleção dos conhecimentos por determinados temas divididos em elementos mais específicos. A escolha e a
adaptação dos temas surgem numa fase terminal dependente da integração dos conceitos básicos que sejam capazes de desenvolver os valores e os conhecimentos científicos de base à investigação.
Trata-se na sua totalidade
de uma abordagem científica flexível passível de se transformar em ciência
diversificada, uma vez que não implica a aceitação prévia de qualquer modelo
organizativo para além daquele que se pretende estudar. A própria estrutura
conceptual da Ciência Da Cineantropologia e da Comunicação funcionará como modelo aos conteúdos fundamentais da própria Ciência Cineantropológica. O modelo é suportado
pelas ciências da Motricidade e Comunicação que identificam os conceitos
organizativos de cada área científica de forma tornar possível a formulação de
questões desenvolvidas em conceitos organizativos transdisciplinares acessíveis
à Ciência Cineantropológica.
Formular uma teoria centrada na resolução de
problemas derivados pelos princípios conceptuais preconizados no modelo através
do processamento de informação. A categorização do modelo futuramente será
apresentada na sua ação paradigmática e holística de todo o conhecimento, na
qual a ciência da Cineantropologia e Comunicação se identificam com as
tendências fundamentais e constantes referenciados anteriormente numa analíse
da evolução humana perante o seu espaço físico e geográfico e por sua vez determina uma
percepção de intencionalidade operante e de organização da adaptação e
desenvolvimento perante o meio. Perante este quadro situacional podemos quantificar a comunicação intencional complexa que por sua vez requer um cérebro desenvolvido, então a comunicação intencional simples deve
ter precedida da evolução hipercomplexa dos grandes cérebros. As capacidades manuais e vocais
estão condicionadas aos programas cerebrais. As áreas que controlam o sistema
biomecânico da mão permitiu um melhor desenvolvimento da sua motricidade o que
permitiu a invenção extraordinária e o florescimento sofisticado da escrita há
5000 anos. A invenção da notação musical foi a mais recente. Perante estes dois
sistemas de comunicação não oral que significam provavelmente picos mais elevados
da condição de realização humana, mas não é invocada para explicar uma nova espécie de humana possuidora de genes especiais e de um cérebro novo.
Neste caso concreto a
Ciência Cineantropológica e da Comunicação tem aceitação lógica no modelo apresentado
em novos paradigmas de investigação que se pressupõe em primeiro lugar na
compreensão da própria definição de paradigma conceptualizado
numa dinâmica estruturada de conhecimento cineantropológico orientado para os próprios investigadores. A seleção e a resolução de problemas exigem uma avaliação de
analíse crítica de soluções que reflictam as causas e os efeitos metodológicos
e científicos que advém da própria Ciência Cineantropológica. Em segundo lugar que se
assuma na história da evolução humana um espaço físico e geográfico que sequencialmente e aleatoriamente foi desenvolvido ao longo do tempo.
Para alguns investigadores
da área da Cineantropologia e da Comunicação necessitam de futuro uma abordagem
conceptual com mais estudos de forma que estas Ciências não entrem em estados redutíveis da sua própria área de
conhecimento,por não possuírem um corpo teórico que por sua vez possam resumir toda a sua estrutura unívoca e conceptual. Além disso a abordagem acaba por camuflar uma
multidiversidade de temáticas problemáticas que presentemente poderão ser objeto
de investigação na área da Cineantroplogia, eliminando muitas das hipóteses de
organização histórica da evolução humana que muitas vezes são polémicas. Não
devemos esquecer contudo que a escolha de um determinado paradigma traduz
implicitamente a valorização de certos tipos de problemas específicos que
determinam uma imagem reflexiva de uma interpretação individual do próprio
investigador.
A Ciência da Cineantropologia e da Comunicação centra-se num paradigma capaz de criar combinações possíveis e numerosas em qualquer linhagem
investigativa no âmbito de permitir solucionar respostas a críticas
anteriormente formuladas em modelos antigos. Por outro lado todas as
interseções podem servir de base à construção de novos modelos conceptuais de
desenvolvimento humano através das interações de conceitos organizativos
caraterísticos a cada um deles.
A seleção paradigmática tem
por objetivo o cumprimento das finalidades a longo prazo por parte do investigador
que dá início a um processo de identificação de variáveis importantes para
resolução de um conjunto de problemas específicos do paradigma investigativo.
O modelo subjacente ao
paradigma evolutivo humano surge num contexto de uma etologia humana relacionada
com a natureza e cultura cujo objetivo será a explicação do homem na procura de
elos de adaptação e desenvolvimento no seu espaço físico e geográfico.
O processo cultural beneficia
o homem no seu espaço geográfico pela aquisição do conhecimento através da
tecnologia e ciência.
O fundamento teórico baseia-se
num conjunto de princípios em que a Cineantropologia Humana define-se como um
sistema de interação que compreende a humanidade com o seu meio motriz num
determinado espaço físico e geográfico envolvente. Por sua vez leva à
compreensão do seu funcionamento por intercâmbios de energia e de
intencionalidade operante em vários estádios de desenvolvimentos possíveis e
aleatórios.
O paradigma da
Cineantropologia fornece as novas bases de conhecimento da evolução humana implícita em alguns
conteúdos de interação espacial, de fluxos energéticos, de movimentos potenciais e
cinemáticos que permitem identificar e demonstrar que o homem faz parte
integrante de um sistema vasto constituído por um espaço biológico, sociocultural
e motricomunicativo. O homem na sua totalidade sistémica pode alterar as
relações entre os vários elementos que o constituem. A natureza transforma-se
pelo alcance humano o que provoca transformações através das suas atividades cineantropológicas.
Este modelo permite ainda
desenvolver outro tipo de capacidades tais como criar gosto à investigação pelo
rigor da metodologia científica na qualidade do conhecimento. A implementação
deste tipo de modelo de evolução humana obriga a transformações científicas e
estratégicas de conhecimento dimensionados numa visão holística integrada nas
relações do homem com o espaço físico e na possibilidade de se centrar toda
ação motriz em prol da investigação.
A importância da percepção
espacial não reside apenas na tentativa de criar uma nova consciência
científica por parte dos investigadores perante os elementos de um sistema mais
dimensionados para outro nível de conhecimento. Torna-se indispensável numa correta
planificação e um correto ordenamento espacial para uma melhor investigação in
loco. A atividade planificada desenrola-se num quadro situacional mais alargado
no qual se pretende abranger um maior quadro organizativo. A organização
espacial resulta de um determinado padrão específico evolutivo que se
transforma e finaliza em novas formas de organização espacial. Torna-se
necessário conhecer as estruturas espaciais e os processos que lhes deram
origem, a fim de se poder prever a evolução de caraterísticas futuras. As
grandes finalidades do modelo conceptual de evolução humana é baseado no
paradigma espacial que se pretende dar enfâse ao estudo das estruturas e dos processos
que contribuem para a organização espacial atual pela formulação das teorias
especiais com funções preditivas de observação das diferentes etapas de investigação.
A analise e a
multidiversidade de conceptualizações podem ser integrados no modelo de
evolução humana pelos conceitos organizativos estudados pela ciência da
Cineantropologia e Comunicação, com a vantagem de recorrer a uma observação a
diferentes escalas científicas da Ciência da Motricidade Humana.
Os conceitos mais
abrangentes em demonstrar as alterações nos sistemas evolutivos humanos podem
ter origem nos problemas sociais e provavelmente levam à detoriação da
qualidade de vida do ser humano. Tornam-se claras que as interdepêndencias das
varíaveis apresentadas nos modelos podem ser beneficamente exploradas numa
perspetiva espacial mais globalizante e enriquecedora.
Do ponto de vista das finalidades evolutivas
em termos de adaptação e desenvolvimento destaca-se a capacidade resolutiva de
problemas baseados no reconhecimento das condicionantes que afetam as tomadas de
decisão fundamentais para o desenvolvimento das capacidades de analises e ponderação dos perigos
que o homem ultrapassou a longo da sua história e que por sua vez obrigou-o a um maior valor do seu
modus vivendi perante a utilização das melhores estratégias e metodologias na
aquisição de alimentos. A sociedade transformou-se pelos meios comunicativos,
criando a interação de culturas que por sua vez permitiu uma maior aquisição de
informação e um maior desenvolvimento cognitivo.
As modalidades de utilização podem ser levadas
à prática com o modelo de desenvolvimento. Por um lado pode servir de base à
estruturação humana dos investigadores que interprete a evolução humana em
diferentes patamares. O paradigma humano poderá ser estudado pela organização
do espaço e suas adaptações e desenvolvimentos exigindo por parte dos
investigadores uma escala de analíse mais elevada sobre o ciclo de vida humano.
Um modelo de organização
espacial humano na sua investigação inicia-se por uma identificação de
fenómenos cineantropológicos ou de situações que progressivamente caminham para níveis de conceptualização mais elevados de percepção científica.
Pretende-se chegar a conceitos de caráter sobretudo formal e funcional que na primeira fase inicial servirá de base aos investigadores, enquanto na segunda fase permitirá
aos investigadores que já tenham percorrido um percurso global de sucessivas
generalizações de conhecimento pertencentes a cada uma das fases do modelo
consoante o patamar ou o grau de dificuldade crescente da sua prória investigação. As melhores utilizações
destes modelos dependerá da potencialidade de identificação e do trabalho de investigação por parte dos investigadores na apresentação das várias variáveis de conhecimento sequencial e das possibilidades que a Ciência Cineantropológica possa apresentar de futuro .
Autor- Christopher Brandão 2014
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