quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Modelo Paradigmático da Cineantropologia

O Modelo Cineantropológico Na Sua Dimensão Paradigmática


Os modelos de desenvolvimento humano detêm determinadas caraterísticas individuais que podem ser compreendidas num enquadramento epistemológico de evolução humana de acordo com um conjunto de etapas aleatórias. Se pretendemos apenas demonstrar determinadas estruturas conceptuais passíveis de serem transformadas em instrumentos científicos completos que sejam capazes desmitificar as investigações mais concretas. A sua utilidade para a comunidade científica reside no fato de lhes ser possível identificar e analisar as suas linhas orientadoras que regem as concepções espaciais adaptadas à evolução humana de forma a dar um padrão de conhecimento a cada investigador que seja capaz de realizar e explicar a ciência com melhor qualidade.
Os modelos de evolução humana simples detém uma estrutura linear unívoca da espécie humana que se constroi numa heterogeneidade social organizativa de um espaço físico ou geográfico diferenciado.
O homem delimita a sua evolução num determinado espaço e adapta-se através dos seus limites físicos que facilmente são analisáveis em qualquer dimensão fenomenológica ou inter relacionada numa dimensão hipoteticamente dedutível.  Ao inter relacionarmos fenómenos de evolução humana num determinado espaço físico é necessário compreender os efeitos culturais de uma determinada população perante a sua biodiversidade. A analise espacial processa-se esquematicamente por um número de fases determinadas essencialmente por critérios de escala de desenvolvimento humano que por sua vez proprociona uma melhor capacidade de analise de exploração do cognitivo do próprio investigador.
A observação na investigação sobre a recolha de informação e de analíse espacial permite desmistificar toda a problemática dos recursos espaciais inter ligados a fenómenos de desenvolvimento humano.
O modelo de evolução humana permite criar informação centrada num conjunto de fatos que se pode inteletualmente conduzir a comportamentos científicos estereotipados. A analíse espacial começa invariavelmente pelo ambiente humano e por sua vez é determinado por uma gestão comportamental que sobrevaloriza os elementos que fazem parte de toda a componente espacial.
A crítica investigativa construtiva pode levar a propostas de alteração do modelo, consoante as novas investigações que forem surgindo de futuro que por sua vez poderá levar à modificação dos seus princípios, leis e valores. Neste sentido advoga-se ainda uma abordagem sistémica espacial inserida num quadro situacional de evolução humana que permite uma potencialidade de desenvolvimento aos investigadores de novas capacidades e de competências de resolução de problemas inerente à sua área específica de conhecimento. Pretende-se com esta investigação incluir todas as áreas transdisciplinares de forma analisar todos os seus dados físicos, biológicos, culturais para proceder a uma inter relação a grande escala de conhecimento científico.
Os modelos conceptuais de base primária começaram a sofrer fortes críticas na década de sessenta devido às grandes quantidades de informações estarem disponíveis de forma irrealista perante qualquer investigação fundamentada no transfert de conteúdos factuais. Por um lado começaram a surgir argumentos no sentido de uma investigação meramente pedagógica baseada no esforço de memorização que se traduz numa aprendizagem que sobrevaloriza o produto de um pensamento teórico. A interdisciplinariedade não se define por objetos ou fatos que se interagem, mas essencialmente por questões que formulam as estruturas conceptuais do conhecimento. Neste contexto a investigação deveria valorizar mais as capacidades de raciocínio lógico de modo a que os investigadores possam ordenar a realidade do desenvolvimento simultâneo de maiores capacidades metodológicas de aprendizagem científica. Neste sentido procedeu-se a uma tentativa de identificação dos conceitos fundamentais espaciais. A elaboração de uma listagem de conceitos futuramente poderá ser analisada numa síntese de um modelo de evolução humana de estrutura espacial geográfica provavelmente dará uma melhor organização dos conceitos organizativos de ciência.
Á medida que o caminho da investigação se desenvolve a tecnoestrutura dos conceitos mais abstratos e globais poderão criar um produto de maior generalização e conceptualização da realidade. Este modelo de evolução humana poderá ser usado como um modo de estruturação do homem no seu todo desenvolvido por um espaço físico e cineantropológico em diferentes etapas ao longo do tempo. Outro objetivo deste modelo é levar aos investigadores à formulação de conceitos mais apropriados à ciência Cineantropológica e Comunicação fundamentais  à seleção dos conhecimentos por determinados temas divididos em elementos mais específicos. A escolha e a adaptação dos temas surgem numa fase terminal dependente da integração dos conceitos básicos que sejam capazes de desenvolver os valores e os conhecimentos científicos de base à investigação.
Trata-se na sua totalidade de uma abordagem científica flexível passível de se transformar em ciência diversificada, uma vez que não implica a aceitação prévia de qualquer modelo organizativo para além daquele que se pretende estudar. A própria estrutura conceptual da Ciência Da Cineantropologia e da Comunicação funcionará como modelo aos conteúdos fundamentais da própria Ciência Cineantropológica. O modelo é suportado pelas ciências da Motricidade e Comunicação que identificam os conceitos organizativos de cada área científica de forma tornar possível a formulação de questões desenvolvidas em conceitos organizativos transdisciplinares acessíveis à Ciência Cineantropológica.
 Formular uma teoria centrada na resolução de problemas derivados pelos princípios conceptuais preconizados no modelo através do processamento de informação. A categorização do modelo futuramente será apresentada na sua ação paradigmática e holística de todo o conhecimento, na qual a ciência da Cineantropologia e Comunicação se identificam com as tendências fundamentais e constantes referenciados anteriormente numa analíse da evolução humana perante o seu espaço físico e geográfico e por sua vez  determina uma percepção de intencionalidade operante e de organização da adaptação e desenvolvimento perante o meio. Perante este quadro situacional podemos quantificar a comunicação intencional complexa que por sua vez requer um cérebro desenvolvido, então a comunicação intencional simples deve ter precedida da evolução hipercomplexa dos grandes cérebros. As capacidades manuais e vocais estão condicionadas aos programas cerebrais. As áreas que controlam o sistema biomecânico da mão permitiu um melhor desenvolvimento da sua motricidade o que permitiu a invenção extraordinária e o florescimento sofisticado da escrita há 5000 anos. A invenção da notação musical foi a mais recente. Perante estes dois sistemas de comunicação não oral que significam provavelmente picos mais elevados da condição de realização humana, mas não é invocada para explicar uma nova espécie de humana possuidora de genes especiais e de um cérebro novo.
Neste caso concreto a Ciência Cineantropológica e da Comunicação tem aceitação lógica no modelo apresentado em novos paradigmas de investigação que se pressupõe em primeiro lugar na compreensão da própria definição de paradigma conceptualizado numa dinâmica estruturada de conhecimento cineantropológico orientado para os próprios investigadores. A seleção e a resolução de problemas exigem uma avaliação de analíse crítica de soluções que reflictam as causas e os efeitos metodológicos e científicos que advém da própria Ciência Cineantropológica. Em segundo lugar que se assuma na história da evolução humana um espaço físico e geográfico que sequencialmente e aleatoriamente foi desenvolvido ao longo do tempo.
Para alguns investigadores da área da Cineantropologia e da Comunicação necessitam de futuro uma abordagem conceptual com mais estudos de forma que estas Ciências não entrem em estados redutíveis da sua própria área de conhecimento,por não possuírem um corpo teórico que por sua vez possam resumir toda a sua estrutura unívoca e conceptual. Além disso a abordagem acaba por camuflar uma multidiversidade de temáticas problemáticas que presentemente poderão ser objeto de investigação na área da Cineantroplogia, eliminando muitas das hipóteses de organização histórica da evolução humana que muitas vezes são polémicas. Não devemos esquecer contudo que a escolha de um determinado paradigma traduz implicitamente a valorização de certos tipos de problemas específicos que determinam uma imagem reflexiva de uma interpretação individual do próprio investigador.
A Ciência da Cineantropologia e da Comunicação centra-se num paradigma capaz de criar combinações possíveis e numerosas em qualquer linhagem investigativa no âmbito de permitir solucionar respostas a críticas anteriormente formuladas em modelos antigos. Por outro lado todas as interseções podem servir de base à construção de novos modelos conceptuais de desenvolvimento humano através das interações de conceitos organizativos caraterísticos a cada um deles.
A seleção paradigmática tem por objetivo o cumprimento das finalidades a longo prazo por parte do investigador que dá início a um processo de identificação de variáveis importantes para resolução de um conjunto de problemas específicos do paradigma investigativo.
O modelo subjacente ao paradigma evolutivo humano surge num contexto de uma etologia humana relacionada com a natureza e cultura cujo objetivo será a explicação do homem na procura de elos de adaptação e desenvolvimento no seu espaço físico e geográfico.
O processo cultural beneficia o homem no seu espaço geográfico pela aquisição do conhecimento através da tecnologia e ciência.
O fundamento teórico baseia-se num conjunto de princípios em que a Cineantropologia Humana define-se como um sistema de interação que compreende a humanidade com o seu meio motriz num determinado espaço físico e geográfico envolvente. Por sua vez leva à compreensão do seu funcionamento por intercâmbios de energia e de intencionalidade operante em vários estádios de desenvolvimentos possíveis e aleatórios.
O paradigma da Cineantropologia fornece as novas bases de conhecimento da evolução humana implícita em alguns conteúdos de interação espacial, de fluxos energéticos, de movimentos potenciais e cinemáticos que permitem identificar e demonstrar que o homem faz parte integrante de um sistema vasto constituído por um espaço biológico, sociocultural e motricomunicativo. O homem na sua totalidade sistémica pode alterar as relações entre os vários elementos que o constituem. A natureza transforma-se pelo alcance humano o que provoca transformações através das suas atividades cineantropológicas.
Este modelo permite ainda desenvolver outro tipo de capacidades tais como criar gosto à investigação pelo rigor da metodologia científica na qualidade do conhecimento. A implementação deste tipo de modelo de evolução humana obriga a transformações científicas e estratégicas de conhecimento dimensionados numa visão holística integrada nas relações do homem com o espaço físico e na possibilidade de se centrar toda ação motriz em prol da investigação.
A importância da percepção espacial não reside apenas na tentativa de criar uma nova consciência científica por parte dos investigadores perante os elementos de um sistema mais dimensionados para outro nível de conhecimento. Torna-se indispensável numa correta planificação e um correto ordenamento espacial para uma melhor investigação in loco. A atividade planificada desenrola-se num quadro situacional mais alargado no qual se pretende abranger um maior quadro organizativo. A organização espacial resulta de um determinado padrão específico evolutivo que se transforma e finaliza em novas formas de organização espacial. Torna-se necessário conhecer as estruturas espaciais e os processos que lhes deram origem, a fim de se poder prever a evolução de caraterísticas futuras. As grandes finalidades do modelo conceptual de evolução humana é baseado no paradigma espacial que se pretende dar enfâse ao estudo das estruturas e dos processos que contribuem para a organização espacial atual pela formulação das teorias especiais com funções preditivas de observação das diferentes etapas de investigação.
A analise e a multidiversidade de conceptualizações podem ser integrados no modelo de evolução humana pelos conceitos organizativos estudados pela ciência da Cineantropologia e Comunicação, com a vantagem de recorrer a uma observação a diferentes escalas científicas da Ciência da Motricidade Humana.
Os conceitos mais abrangentes em demonstrar as alterações nos sistemas evolutivos humanos podem ter origem nos problemas sociais e provavelmente levam à detoriação da qualidade de vida do ser humano. Tornam-se claras que as interdepêndencias das varíaveis apresentadas nos modelos podem ser beneficamente exploradas numa perspetiva espacial mais globalizante e enriquecedora.
  Do ponto de vista das finalidades evolutivas em termos de adaptação e desenvolvimento destaca-se a capacidade resolutiva de problemas baseados no reconhecimento das condicionantes que afetam as tomadas de decisão fundamentais para o desenvolvimento das capacidades de analises e ponderação dos perigos que o homem ultrapassou a longo da sua história e que por sua vez obrigou-o a um maior valor do seu modus vivendi perante a utilização das melhores estratégias e metodologias na aquisição de alimentos. A sociedade transformou-se pelos meios comunicativos, criando a interação de culturas que por sua vez permitiu uma maior aquisição de informação e um maior desenvolvimento cognitivo.
 As modalidades de utilização podem ser levadas à prática com o modelo de desenvolvimento. Por um lado pode servir de base à estruturação humana dos investigadores que interprete a evolução humana em diferentes patamares. O paradigma humano poderá ser estudado pela organização do espaço e suas adaptações e desenvolvimentos exigindo por parte dos investigadores uma escala de analíse mais elevada  sobre o ciclo de vida humano.

Um modelo de organização espacial humano na sua investigação inicia-se por uma identificação de fenómenos cineantropológicos ou de situações que progressivamente caminham para níveis de conceptualização mais elevados de percepção científica. Pretende-se chegar a conceitos de caráter sobretudo formal e funcional que na primeira fase inicial servirá de base aos investigadores, enquanto na segunda fase permitirá aos investigadores que já tenham percorrido um percurso global de sucessivas generalizações de conhecimento pertencentes a cada uma das fases do modelo consoante o patamar ou o grau de dificuldade crescente da sua prória investigação. As melhores utilizações destes modelos dependerá da potencialidade de identificação e do trabalho de investigação por parte dos investigadores na apresentação das várias variáveis de conhecimento sequencial e das possibilidades que a Ciência Cineantropológica possa apresentar de futuro .
Autor- Christopher Brandão 2014

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