segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A dimensão da falsificação da linguagem corporal

 
Existe alguma forma de falsificar a linguagem corporal?

A resposta evidentemente será negativa devido à falta de congruência que ocorrerá com uma maior probabilidade em definir os gestos fundamentais manifestados simultaneamente por uma expressão corporal associada a uma linguagem verbal.
O exemplo das palmas das mãos expostas geralmente encontra-se associadas a indivíduos honestos, mas quando um indivíduo exibe as palmas das mãos e sorri provavelmente conta-nos uma mentira que poderá ser expressa por micro gestos mais especificamente relacionados com as sobrancelhas em elevação enquanto um dos cantos da boca contrai-se, o que indica que todos estes sinais entram em contradição com o gesto das palmas das mãos expostas em simultâneo com um sorriso.
Um exemplo prático que será relatado sobre uma entrevista de um indivíduo que por sua vez explicava as razões do seu abandono do seu último emprego. Uma das suas respostas que justificou a sua saída foi as poucas oportunidades que lhe davam para subir na sua carreira profissional, além de ter sido difícil a sua saída devido ao excelente relacionamento com todos os seus colegas.  
Perante este quadro situacional houve uma suspeita perante o entrevistador através do seu sexto sentido intuitivo que inconscientemente dizia que o candidato andava a mentir relativamente ao ex patrão, apesar de o ter elogiado constantemente. Realizando uma análise da entrevista através de um vídeo em câmara lenta, apercebeu-se que o candidato mencionava o seu ex-patrão pela lateralização referente ao lado esquerdo do rosto, durante umas frações de segundo expressou-se numa dimensão corporal de comportamento de desprezo.  
A análise das linguagens quer verbal e não-verbal muitas vezes são contraditórias e por sua vez surgem repentinamente no rosto de um sujeito em frações de segundos escapam a um observador e avaliador inexperiente. Neste quadro situacional como forma de certificação de informações, a decisão do entrevistador telefonar ao ex patrão para tirar as dúvidas sobre o potencial candidato foi a mais sensata porque descobriu toda a informação referente à sua dependência de drogas além de vendê-las no próprio espaço da empresa, justifica claramente a razão do seu despedimento.
Por mais confiante fosse este candidato a sua tentativa em falsificar a sua linguagem não-verbal manifestada pela sua expressão corporal por gestos contraditórios que simplesmente o denunciou perante o entrevistador.
A chave de um avaliador experiente encontra-se dependente da separação dos gestos reais dos falsos de forma quantificar a avaliação do perfil do sujeito como pessoa genuína, mentirosa, ou impostora.
Os sinais corporais que se apresentam pela dilatação das pupilas, suor no rosto corado ou não podem ser falsificados de forma consciente, mas expor as palmas das mãos para tentar parecer ou convencer um perfil de honestidade é facilmente aprendido em contexto de comunicação.
Existem situações de indivíduos que produzem uma linguagem verbal deliberadamente falsificada com o objetivo de obter determinadas vantagens profissionais e pessoais. Por exemplo num concurso da Miss Universo, no qual cada uma das candidatas exibe uma motricidade corporal calculista de gestos e de ações comportamentais de forma a dar uma imagem ou impressão de humanidade e sinceridade perante o público observador. Dependente do status ou da classificação de cada candidata existe uma maior probabilidade na falsificação de gestos e comportamentos para obter a pontuação necessária para a sua vitória. As experientes concorrentes só conseguem fingir ou simular a sua linguagem corporal por períodos curtos de tempo, com o passar do tempo o corpo releva sinais contraditórios independes das suas ações conscientes. Ao longo da história muitos políticos foram especialistas em falsificar a sua própria linguagem corporal de forma a levar os eleitores a acreditarem naquilo que dizem com sucesso e carisma como exemplo Jhon F. Kennedy, Adolf Hitler, Salazar, Nelson Mandela, winstson Churchill e outros.
Podemos concluir para a falsificação da linguagem corporal é difícil durante longos períodos de tempo, mas como veremos a sua importância na aprendizagem da avaliação da linguagem corporal para uma forma mais positiva de comunicação com os outros de forma a eliminar barreiras e obstáculos de transmissão de informações suscetíveis a falsos juízos de valor sobre quem é avaliado pelas próprias comunicações que transmitem.

   Christopher brandao2015    

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