As mãos ao longo da evolução
humana tem sido essencial para o desenvolvimento das interligações cerebrais que
provavelmente influenciaram o restante sistema corporal pela soma das partes adaptativas
do seu todo. Uma pequena quantidade de indivíduos nunca refletiu sobre o
comportamento cineantropológico da mão ao nível do seu espaço envolvente, através
de uma via de socialização comportamental específica referente a uma cultura,
no modo de cumprimentar alguém.
Ao longo da história da
humanidade a observação da palma da mão exposta tem sido associada a princípios
e valores de honestidade, obediência, e submissão, como também poderá estar associado
aos jogos do poder totalitário numa determinada hierarquia social.
Atualmente muitos juramentos são
realizados ainda hoje com a palma da mão sobre o coração no qual é erguida e
exposta quando alguém presta algum testemunho num processo em tribunal. Em
julgamento a Bíblia é segura na mão esquerda enquanto a palma da mão direita é
levantada para que os membros do júri do tribunal e o público a vejam.
A leitura das palmas das mãos
poderá ser um potencial indicador para determinar um perfil de um indivíduo. Um
perfil de honestidade e de submissão será a abertura corporal de um indivíduo
perante o outro ou outros indivíduos, do mesmo modo que um canídeo expõe a sua
traqueia de forma a demonstrar submissão ao dono, os seres humanos utilizam as
palmas das mãos de forma idêntica para demonstrar que se encontram inofensivos,
não apresentando nenhuma ameaça ao quadro situacional envolvente.
A transmissão de uma imagem de uma
pessoa aberta ou honesta evidentemente apresentará uma ou ambas as mãos abertas
transmitindo uma informação verdadeira da realidade em que se pronúncia o indivíduo
produtor de uma ação expressa numa linguagem corporal que exponha uma parte ou
a globalidade das palmas das mãos à outra pessoa ou a grupos de pessoas que se
encontram inseridos no mesmo espaço.
A maioria da sinalização
pertencente ao repertório da linguagem não-verbal apresenta-se nos seres humanos
como um gesto inconsciente que nos informa intuitivamente se o outro ser humano
comunica uma verdadeira informação.
Os seres humanos de níveis etários
inferiores quando mentem ou escondem algo anormal tendem simultaneamente esconder
as palmas das mãos atrás das costas. Da mesma forma quando um ser humano adulto
do sexo masculino queira ocultar a sua informação pessoal num determinado tempo,
eventualmente poderá esconder as palmas das mãos nos bolsos ou numa posição de
braços cruzados, de forma a justificar a sua situação relativamente ao seu cônjuge
ou à sua namorada. As palmas das mãos escondidas poderão fornecer as pistas
necessárias sobre a informação falsa que um indivíduo conta ou desabafa.
O sexo feminino quando esconde
alguma informação tentará evitar o tema ou realizará um desvio de diálogo para
um conjunto de temas não relacionados ao assunto exposto, gerando dúvidas que muitas
vezes se encontram associadas a um conjunto de tarefas diversificadas e realizadas
ao mesmo tempo.
Podemos concluir que o poder da
instrumentalização das mãos no sexo masculino ao nível de linguagem não-verbal,
a falsa informação apresenta-se muito óbvia enquanto no sexo feminino a falsa
informação é desviada para um conjunto de diálogos e tarefas não relacionadas
com o assunto proposto num determinado momento.
Provavelmente ao nível da evolução
primitiva da espécie humana o poder da instrumentalização das mãos poderá ser
uma hipótese relacionada com a falsa informação no sexo masculino em termos de
melhor acesso ao valor reprodutivo das jovens fêmeas por um custo energético, enquanto
no sexo feminino existe uma probabilidade de estar relacionado com a melhor
aquisição dos melhores alimentos para uma melhor alimentação e manutenção dos seus
progenitores, criando assim um melhor paradigma de mutação genética por um
preço sexual diversificado ao nível de grupo social. Perante este quadro situacional
podemos criar a hipótese que ambos os sexos mentem o que provavelmente terão
uma maior tendência em aumentar a sua sexualidade com diversos parceiros em
diversos espaços cineantropológicos e geográficos. Será uma hipótese que deverá ser
investigada de futuro transdisciplinarmente pelas várias ciências.
Christopher brandão 2015
Sem comentários:
Enviar um comentário