A Importância Da Cineantropologia Individual
Dawkins (1990/pag29) começou a propor uma
definição bastante simplista de comunicação:"… Diz-se que um animal A comunicou com
o animal B se o comportamento de A influenciar os órgãos sensoriais de B de tal
maneira que o comportamento de B muda…»Haverá, então que admitir se A morde B
comunica com ele?Outros autores adotam uma posição diferente
afirmando que somente haverá comunicação cineantropológica num plano de transmissão da
informação, desde que uma energia seja posta em causa para um efeito. Contudo, esta definição
pouco agrada aos físicos para os quais qualquer aquisição de informação tem um
custo energético, no qual poderá ser exemplificado no alfabeto Braille que necessita energia para transmissão de impulsos provenientes da ação múscular dos dedos ao imprimirem pressão no teclado. A
comunicação animal passa sempre por um dos órgãos dos sentidos quase sempre em
atividade mecânica no seu sistema muscular.O cérebro produz estímulos e respostas transmitidas
por uma rede complexa que se expande pelo corpo pelos sistemas periféricos,
central e autónomo e que por sua vez determinam um sistema de comunicação cineantropológica sensorial.
Para que o comportamento adaptativo animal e
humano possam ocorrer às informações interativas integradas devem ser estimuladas e ativadas na globalidade do sistema nervoso constituído por células produtoras de
estímulos químicos ou eléctricos de todo o processo neurológico em que os axónios e os dentritos condicionam toda a resposta motora da macromotricidade específica
dos animais e da antropomicromotricidade, antropooromotricidade e
antropografomotoras próprias da espécie humana.A organização cerebral é responsável pelo
processo comunicativo cineantropológico das múltiplas informações tratadas em fluxograma (input,
processamento de dados e respostas adaptativas) que façam parte do reportório
individual, no qual se apropria de aprendizagens não-verbais e verbais
múltiplas transmitidas na própria evolução cultural.A evolução vertebral e antropocomunicativa estão
relacionadas com a organização das sensações fornecidas ao cérebro das
informações sobre o estado do corpo e do envolvimento traduzidas na produção
de motricidade adaptativa e flexível.O conceito de oromotricidade consiste numa
especialização do aparelho articulatório inter-relacionado com os sistemas
corticais superiores por um conjunto sistemático de libertações anatómicas e de
transformações funcionais ao nível do crânio e do cérebro.O percurso de uma língua para se constituir e
evoluir para uma geração é tão misterioso que múltiplas teorias se afrontam sem
conseguir defini-la.
As frases exprimem o cognitivo e o pensamento
pelo simples fato de adquirem um novo elan impulsionado em direção a novos
horizontes cineantropológicos. A
evolução da cineantropologia prefigura a evolução cerebral que por sua vez
requer uma certa maturação neurológica vertical e ascendente de forma a dar
origem à evolução dos sistemas comunicativos não-verbais e aos sistemas
comunicativos verbais pertencentes ao primitivo homo sapiens.Os sistemas de comunicação animal não se
determinam numa sequência de símbolos porque são próprios da espécie humana. A
comunicação animal não-verbal é específica e restrita a cada espécie na sua hipercomplexidade gestual e na linguagem facial quinestésica e proxémica
encontra-se bastante distante da comunicação cineantropológica verbal da espécie humana, dada à sua continuidade de combinações, sinais, signos e símbolos que não respondem
apenas às necessidades biológicas, mas que se entende por necessidades extrabiológicas cuja a transcendência está na emergência cineantropológica da própria linguagem. Todos
os animais comunicam entre si e para o fazer utilizam meios extremamente diversificados de forma a manter o valor reprodutivo e a manutenção da própria espécie.
autor- Christopher Brandão 2014
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