quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Príncípios Orientadores Para a Construção De Um Modelo Cineantropológico

Princípios Orientadores Para a Construção De um Modelo Cineantropológico

 A utilização de modelos aplicados ao estudo da evolução humana carateriza-se por um conjunto de diversos princípios nomeadamente:
1- A evolução psicogenética decorrente do investigador constitui uma ferramenta indispensavél. Só assim o investigador poderá adequar as diferentes atividades estratégicas do seu desenvolvimento cognitivo de modo a proporcionar o desenvolvimento harmonioso da sua personalidade,
2- A interdisciplinariedade consiste na especialização fundamental e necessária para a solução dos grandes problemas do mundo atual que por si só não é suficiente. Nesta lógica o modelo propõe uma abordagem interdisciplinar dos problemas através de uma ação conjunta e articulada dos investigadores que procuram explorar as afinidades conceptuais e metodológicas das diferentes disciplinas. Não se trata contudo de justapor os contributos das diferentes disciplinas com intenção de procurar uma visão complementar e estruturada do conhecimento que possibilite uma analise e uma solução dos problemas concretos dos sistemas evolutivos altamente centralizados na eficácia da descoberta da verdade afim de  ser utilizada ao nível multidisciplinar.
 
 
 Taba (1971) construiu um modelo de instrução de conteúdos a partir de ações desenvolvidas indutivamente por uma triologia de estratégias de operacionalização cognitiva inter-específica segundo:
1- Formação de conceitos,
2- Interpretação de dados,
3- Aplicão de princípios.
 
A formação de conceitos deverá ser uma etapa de extrema importância na concretização do modelo dependente do êxito das etapas seguintes. A formação dos conceitos se constroi através:
1-    Da identificação da listagem dos elementos ou dados,
2-    Do agrupamento destes elementos,
3-    Da categorização e classificação dos mesmos elementos.
Taba (1966) obriga os indivíduos a integrarem estas etapas consoante as perguntas de descoberta (eliciting question). As perguntas abertas não individualizadas levam aos orientadores ou professores à condução dos seus alunos ou investigadores a processos cognitivos progressivos e mais rigorosos em termos de metodologia científica. A quantificação do sistema concetual realiza-se pelo tratamento da informação para uma melhor facilitação de formação de novos conceitos de forma a serem aplicados em determinados momentos espaciais.
A importância da operacionalização cognitiva leva à construção de conceitos interligados à problemática do tema abrindo novas perspetivas de metodologias científicas a serem aplicados posteriormente. A interpretação dos dados constitui a segunda etapa do modelo de Taba (1967) e tal como a etapa anterior, a formulação de conceitos, baseia-se também numa triologia de fases de interpretação, de explicação, de inferências.
A identificação dos dados exige que o investigador diferencie as caraterísticas dos dados específicos. A explicação exige que se relacione entre si e determinem as relações de causas associados aos seus efeitos. O orientador ou professor poderá conduzir o investigador para questões sucessivas que levam à identificação dos elementos mais importantes para uma futura inter-relação explicativa da informação científica.
A aplicação de princípios é a mais complexa na operacionalização cognitiva em que o investigador é submetido. O seu objetivo é aumentar o background das capacidades manipulativas de informação com a intenção de explicar  fenómenos e prever as suas consequências.
O modelo de pensamento indutivo apresenta-se numa dimensão média e estruturada onde a sequência de etapas previamente estabelecidas pelo investigador é realizado por perguntas de descobertas através de um processo de ensino aprendizagem estratégico.
O ambiente da investigação deverá ser aberto e cooperativo onde a multidisciplinaridade deve coexistir como uma comunicação ativamente participativa de todos os investigadores das diferentes áreas científicas que interagem para a construção do seu próprio conhecimento. Á medida que os investigadores vão adquirindo domínio sobre as diferentes estratégias ou metodologias científicas poderão construir um novo e progressivo conhecimento que futuramente poderá transformar-se em bens tangíveis fundamentais para o desenvolvimento da cineantropologia.

autor- Christopher Brandão 2014

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