terça-feira, 21 de outubro de 2014

A Dinâmica Dos sistemas Cineantropológicos

            Teoria dos Sistemas Cineantropológicos Dinâmicos

 A teoria dos sistemas cineantropológicos dinâmicos é desconhecida por muitos desenvolvimentistas conhecidos como o caso de Alexander et al, (1993), Caldwell e Clark, (1990), Kamm et al, (1990), Thelen, (1989), Thomas,( 2000). É baseada num trabalho de fisiologistas de origem soviética Nicholas Bernstein (1967) e foi expandida por Kugler, Kelso e Turvey (1982). O termo dinâmico transmite o conceito de alteração cineantropológico que não se considera ser linear e descontínua.O desenvolvimento é considerado oscilatório devido ser tratado como um processo descontínuo que provoca alterações cineantropológicas individuais ao longo do tempo. Não é necessariamente regular nas suas estruturas hierárquicas o que não envolve uma deslocação em direção a níveis superiores de complexidade e de competência do sistema cineantropológico dinâmico. Embora por definição o desenvolvimento seja um processo contínuo também é um processo descontínuo quando considerado dinâmico. A dinâmica cineantropológica provoca alteração no sistema humano ao longo do seu ciclo de vida mais especificamente nos fatores críticos e intrínsecos que fazem parte do sistema hipercomplexo. Estes fatores são restritores e limitadores do desempenho da performance biomecânica. Os recursos tendem promover ou a incentivar a alteração desenvolvimentista cineantropológica da espécie humana ao nível do desempenho, mas são restrições que impedem ou atrasam o desenvolvimento do sistema cineantropológico totálitario que por sua vez define o ser humano como auto-organizado de vários subsistemas. Os humanos pela sua própria natureza de auto-organização tendem lutar pelo controlo motriz através das suas capacidades psicomotoras. Os sistemas cineantropológicos dinâmicos são derivados da produção de energia derivada pela tarefa biomecânica executada pelo ser humano no seu espaço físico ou geográfico. Estes poderão operar separadamente ou em conjunto a um nível sequencial extensivo ao desenvolvimento cineantropológico. A coordenação e o controle do movimento cineantropológico são o produto final dos vários sistemas que trabalham de uma forma cooperativa com os fatores biomecânicos no mesmo formato de fluxograma. A coordenação é a habilidade de integrar padrões eficientes de movimento cineantropológico nos sistemas psicomotores separados em modalidades sensoriais diversificadas.
Quanto mais complexas foram as tarefas cineantropológicas maior será o nível de coordenação necessária para um desempenho eficiente da biomecânica do indivíduo. A coordenação associa-se a um conjunto de componentes de aptidão motora de equilíbrio, velocidade, agilidade mas não está intimidamente alinhada à força da resistência biomecânica. A agilidade é a habilidade de alterar a direção para a precisão do corpo. A agilidade pode fazer alterações rápidas e precisas na posição corporal durante o movimento biomecânico do sistema cineantropológico.O comportamento coordenado requer que o sujeito desempenhe movimentos cineantropológicos específicos em séries rápidas e precisas. Estes movimentos coordenados devem ser sincronizados ritmicamente de uma forma sequencial biomecânica.As coordenações óculo manual e óculo pedonal são caraterizadas pela integração de um conjunto de informações visuais fundamentais à ação cineantropológica que por sua vez é capaz produzir uma ação motriz dos seus membros que no seu todo fazem parte do sistema corporal humano. Os movimentos cineantropológicos devem ser controlados visualmente e precisos para uma projeção de um objeto exterior de forma realizar um contato com ele ou recebê-lo.  As ações motoras rebater, apanhar, arremessar, chutar e interceptar, requerem na totalidade uma quantidade de informações visuais integradas em ações psicomotoras de forma alcançar um movimento coordenado e eficiente. A coordenação corporal é rudimentar em humanos de baixo nível etário. Ela envolve uma rápida movimentação corporal enquanto são desempenhadas em várias habilidades motoras fundamentais. Determinadas tarefas como a corrida de obstáculos , corridas de alta velocidade, vários saltos de impulsão de um só membro ou saltos à distância exigem um alto nível de coordenação corporal rudimentar. A coordenação corporal é rudimentar enquanto que as coordenações óculo manual parecem melhorar de uma forma linear com o nível etário superior. Segundo Frederick, (1977); Van Slooten,( 1973) o sexo feminino tende a demonstrar uma melhor coordenação  cineantropológica do que o sexo masculino na fase da infância.
O movimento coordenado requer a integração dos sistemas motor e sensoriais de um padrão de ação biomecânico organizado e lógico. Segundo Alexander et al,(1993) todos os sistemas interagem de forma a realizar uma ação comportamental cineantropológica. Esta situação surge de forma independe em qualquer sistema. Os padrões comportamentais motores desenvolvem-se em reação aos fatores importantes que influenciam o humano ao nível da tarefa biomecânica executada no espaço físico e geográfico. Estes padrões de movimento cineantropológico são o produto da interação mais eficaz dos sistemas dinâmicos que utilizam uma quantidade miníma de energia necessária. Embora os padrões comportamentais especiais modificam-se ao nível das exigências do sistema cineantropológico dinâmico que por sua vez determinam estas alterações biomecânicas.Numa perspetiva sistemática numerosos elementos podem alterar a medida do crescimento e desenvolvimento cineantropológico do ser humano. Bernstein (1967) define como graus de liberdade de desempenho de uma tarefa motora por processos neuromotores e biomecânicos. O número dos graus de liberdade diminui o controle motor individual através da coordenação da tarefa motora que resulta em padrões cineantropológicos. O ser humano desenvolve padrões especiais de movimento biomecânico que podem ser organizados através de parâmetros de controle. Os parâmetros de controle são variáveis porque fornecem as condições necessárias para haver mudanças de padrão biomecânico. Segundo Alexander et al, (1993/ pág 3)  os parâmetros de controle não determinam a alteração de um determinado valor crítico que atua como reorganizador do padrão motor.A transição de uma mudança de padrão de movimento biomecânico para outro designa-se por mudança de fase cinenatropológica.  A teoria dos sistemas cineantropológicos dinâmicos tenta saber o porquê  das questões do processo que resultam no produto observavél do desenvolvimento biomecânico dos humanos em níveis etários mais baixos.
Durante anos os desenvolvimentistas reconhecem o papel interativo dos dois sistemas básicos no processo desenvolvimentista, a hereditariedade e o espaço físico ou geográfico. O estudo da heriditariedade há pouco tempo foi desenvolvido através da ciência genética que era simplesmente uma matéria necessária para a construção de uma teoria de especulação. Com o avanço dos meios tecnológicos atuais, temos conhecimento da hereditariedade ser necessária para uma melhor explicação do desenvolvimento cineantropológico da espécie humana. A união de um espermatezoide com um óvulo inicia o processo de desenvolvimento humano. O espermatezoide carrega 23 cromossomas, nos quais contém todo o material hereditário do pai. O óvulo também contém 23 cromossomas da mãe proveniente da heriditariedade do seu progenitor. O novo embrião contém 46 cromossomas no total que se traduz em 23 pares. Cada cromossoma através do processo de divisão celular mitose é possuidor de uma réplica integrada em cada célula do corpo humano.  Cada cromossoma poderá conter até 20 000 genes, o que determina uma vasta variedade de caraterísticas individuais, do  sexo do indivíduo,  como a cor dos olhos, dos cabelos, do morfotipo corporal e da estrutura física. A maioria das condições dos cromossomas e dos genes permanecem inalterados durante o período pré-natal. A variedade dos fatores genéticos antes da concepção tem demonstrado uma alteração do processo normal de desenvolvimento cineantropológico. A herança genética do feto controlará os limites superiores e inferiores do seu funcionamento, todavia muito deles agora levaram em consideração uma etapa adiante, ao reconhecer que as necessidades específicas da tarefa motora se relacionam com o indivíduo através dos fatores hereditários ou biológicos associados ao espaço físico ou geográfico. A experiência e os fatores de aprendizagem permitem o desenvolvimento cineantropológico das habilidades motoras estabilizadoras, locomotoras e manipulativas. O modelo transacional introduz sistemas relacionados com a tarefa biomecânica do indivíduo com o seu espaço físico ou geográfico que se encontra inserido. Este modelo dinâmico não somente interage, mas também possui um potencial em modificar o que deve ser modificado com a intenção de explicar o controle da competência motora humana ao longo do tempo. Tanto os processos como os produtos de desenvolvimento cineantropológico fazem parte da individualidade da aprendizagem do ser humano. Cada ser humano tem o seu próprio ritmo de tempo necessário para o desenvolvimento de aprendizagens das habilidades motoras e biomeânicas. Embora o nosso relógio biológico seja bastante específico quando se trata na sequência da aquisição de habilidades motoras, o desenvolvimento cineantropológico extensivo é especificamente determinado pelo desempenho das tarefas biomecânicas individuais. As faixas etárias propícias ao desenvolvimento cineantropológico representam uma escala de tempo ajustada a determinados comportamentos que podem ser observados no ser humano a partir de uma perspetiva desenvolvimentista.Segundo Thelen,(1986), Thelen et al; (1987), Thelen e Ulrich, (1991) a teoria dos sistemas dinâmicos determinam a neuromaturação restrita do desenvolvimento que por sua vez limita o ritmo que influencia a origem do movimento voluntário controlado. A dinâmica do sistema cineantropológico em si dá ritmo ao movimento biomecânico restritor do indivíduo e da tarefa manifestado num determinado espaço que por sua vez pode evitar o surgimento de movimentos cineantropológicos coordenados com pouca intencionalidade operante. O morfotipo do sujeito no qual as suas partes corporais,  a bainha de mielina insuficiente, o peso corporal ou um grupo de condições espaciais e ambientais inibem e promovem a progressão da fase reflexa para a fase motora rudimentar do desenvolvimento cineantropológico. 
   autor- christopher Brandão 2014                             
 

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