sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A Importância Da Cineantropologia Da Comunicação

A Cineantropologia Da Comunicação

Uma das hipóteses da génese da linguagem é avançada pela ciência da teologia filosófica judaica-árabe cristã que defende a fala como uma doação divina e misteriosa ao ser humano original cuja a faculdade da informação pode ser transmitida aos seus descendentes pela cultura. Segunda a mesma fonte um cataclismo desencadeou-se posteriormente originando a fragmentação da fala, uniforme e primordial através de uma multiplicidade de línguas, nas quais a mitificação da torre de babel se baseia.A língua primitiva adâmica para muitos teólogos pioneiros na própria língua sagrada falava do paraíso como evoluído vocabulário e adornos sintáxicos consagrando a hipótese monogenética do padrão da linguagem. A outra hipótese alternativa baseado na teoria poligenética da linguagem emergido provavelmente em diferentes regiões, em diferentes raças sem contudo se ter abandonado a sua génese sobrenatural.No século XVIII e XIX os primeiros filólogos lançam novas hipóteses no qual se destaca a evolução biológica contínua, outras mais ligadas aos impulsos inatos e abruptos da auto-expressão, outras ainda baseadas nas onomatopeias ou nas imitações naturais, outras decorrentes na elaboração das interjeições originárias dos animais.As várias outras hipóteses abordadas a partir de expressões explicativas de gestos audíveis e inaudíveis pantomimam enfim uma multiplicidade de hipóteses e todas elas de grande relevo histórico.Atendendo à linguagem os cognitivos de dois sujeitos diferentes podem interagir e cada um deles poderá tornar-se uma fonte para o outro.
As sequências de sons reforçadas com gestos e mímicas induzem à palavra, à síntese verbal de um construto não-verbal que numa fase inicial hipoteca a comunicação para fatos concretos que progressivamente se torna instrumentos de conhecimento.Com a palavra, o corpo manifesta-se através da sua cineantropologia que se prolonga em simbolismos e por sua vez permite a elevação do concreto ao sentido sensorial, abstrato e simbólico.
A imprecisão das palavras não constitui necessariamente um obstáculo ou um erro, pode ser uma manifestação de salutar ou uma vibração do pensamento. Quando este é moldado por um restrito vocabulário rigoroso corre o risco de se cristalizar e de morrer. A desagregação das sociedades com a consequente proliferação de diferentes projetos culturais e interesses aconselha à existência de uma linguagem a partir do qual todos respeitam as respetivas singularidades para que se possa entender e interagir.
A existência de uma linguagem comum é tanto mais importante quanto se sabe sobre a sua terminologia  complexa que por sua vez não se encontra estabilizada no sentido de se prever uma continuidade evolutiva a grande velocidade com a introdução de novas palavras, alguns estrangeirismos e outras figuras que acabarão sempre por dificultar ou facilitar os processos de comunicação. Segundo o biólogo Jean Rostand (1974/1977:pag 25), afirma ¨ Nós podemos entender com pessoas que não falam a mesma língua, mas não nos entendemos com pessoas para quem as palavras não têm o mesmo significado ¨O somatório da sua evolução deve-se à sua motricidade e ao seu cérebro hipercomplexo resultante da evolução das suas estruturas e funções que se desenvolverem paralelamente com a linguagem cineantropológica.   
Para se compreender de que forma a palavra de outro penetra em nós e nós comunicamos o seu pensamento, é necessário evocar um percurso simultâneo de uma outra natureza que suprime um percurso de fronteiras entre os universos heterogéneos.O somatório dos fonemas, dos morfemas, das palavras e das frases não está completa, se os seres humanos não detiverem um nível gramatical eficaz. A linguagem  insere-se num processo de troca de emoções que faz entrar no jogo do olhar, da mímica, da entoação, do sotaque, do corpo inteiro na qual a sua génese não deixou qualquer rasto ou registo impossível de diagnosticar nos fósseis.Provavelmente a génese da linguagem esteja associada à motricidade essencialmente na libertação da mão e da face donde ocorre a emergência cineantropológica sequencial permitiu a evoluão dos gestos e das mímicas.A versatilidade da comunicação não-verbal humana em termos de gestos mímicos é ineficaz na escuridão nocturna daí o factor primordial do som seja um meio importante utilizável no escuro.A linguagem é uma componente muito importante da socialização porque permite a comunicação oral. A comunicação cineantropológica eventualmente evolui pela educação da espécie humana, cujo objetivo essencial é conduzir os indivíduos para fora de si mesmo a fim de os integrar numa sociedade, fazendo-os beneficiar das riquezas culturais que esta última soube acumular nos diferentes espaços geográficos. Uma sociedade mutante desenvolve-se graças a um património genético de cada sujeito possuiu e que por sua vez  tem a capacidade de se construir num sistema hipercomplexo.O ser humano adquiriu diferentes etapas de apropriação de linguagem cineantropológica pela combinação de sons, de gestos e de mímicas que no seu todo são capazes de nos indicar em objectos e situações sinergicamente integradas e intrinsecamente neurobiológicas quando imitadas pelo grupo são caraterizadas por processos externos de transfert biocultural. Filogeneticamente e ontogeneticamente a cineantropologia da própria espécie humana permite a génese da comunicação por intermédio de manipulação de instrumentos em que se considera actualmente um marco cineantropológico importante na separação do homem Neandertal do homem contemporâneo, no qual o tamanho e a complexidade cerebral são fatores determinantes.A espécie humana tem capacidade de estabelecer laços com os seus semelhantes através da essência de cada indivíduo que seja capaz de estabelecer relações externas com os outros e não prescidindo da sua natureza individualista.Segundo Rimbaugh (1980:pag 50) afirma «Eu é um outro» no qual a educação permite-nos construir um eu constituído por todas as trocas que temos uns com os outros, trocas essas que não podem realizar sem o recurso da pedagogia cineantropológica.Parece que dar uma definição de comunicação é mais complicado do que aparenta no qual a cineantropologia é o produto da linguagem verbal com significado baseado na interação dos sujeitos com o seu espaço geográfico e físico.Na realidade só através da relação biunívoca entre a palavra e o conceito pode resultar a comunicação cineantropológica. É necessário sistematizar toda a terminologia que permita o diálogo através da utilização de palavras que tenham para todos o mesmo significado, só assim é possível evoluir a comunicação cineantropológica em matéria de desenvolvimento de organização social.Popper (1977) afirma que o ser humano pela sua motricidade transforma o seu meio pelos próprios instrumentos de poder, a mente e o corpo tendo em conta a criatividade e a imaginação como génese da consciência explicativa originária da comunicação cineantropológica nas suas diferentes formas.Para que o padrão da linguagem se justifique é necessário que haja sons de diversas naturezas:- Vocais,- Articulados,- Indicativos,- Intencionais,- Multicombinaveis.A linguagem cineantropológica evoca todos os temas imagináveis graças ao poder multiplicador das combinações da criatividade humana sem limites. Os sons elementares, os fonemas são em número reduzido compreendidos no intervalo de 30 a 50 conforme a língua de cada país. Estes elementos estão associados em fragmentos evocando um conceito preciso, os morfemas que por sua vez estão reunidos para formar palavras que interagem entre si, de modo a formar uma frase cujo sentido é definido por regras gramaticais. Além disso é completado ou modulado pela entoação daquele que pronuncia.A comunicação cineantropológica está relacionada com um sistema social no qual uma pluralidade de indivíduos desenvolve interações segundo normas e significados culturais compartilhados. É muito mais do que falar e escrever e diverge da comunicação intencional pela necessidade de um indivíduo ter de chamar á atenção de um congénere com o objetivo de obter a sua ajuda ou de o levar a fazer uma determinada ação cineantropológica designado por comportamento imperativo.Ele também pode chamar a atenção para um objeto notável, sem intenção muito precisa o que é um declarativo, bem mais raro nos chimpanzés do que nos homens.Nos antropóides os imperativos produzem-se por ocasião da brincadeira, do banho ou das deslocações. Com o contato humano surgem outros comportamentos desconhecidos na natureza por exemplo, pegar um homem pela mão para o puxar em direcção a um objetivo preciso ou dar-lhe uma noz para que se quebre ou ainda colocá-la numa bigorna para lhe mostrar o que é necessário fazer (como o bonobo criado por Savage Rumbaugh).Apontar com o dedo (pontaria) é algo a que os chimpanzés criados pelo homem facilmente recorrem, contudo, os selvagens, ou aqueles que se encontram em cativeiro há pouco tempo ignoram completamente este gesto e nem sequer o compreendem quando é efetuado por um congénere, passa-se o mesmo com os orangotangos.

Perante este quadro situacional podemos concluir que a comunicação cineantropológica foi uma fator  fundamental de evolução humana que se expandiu pelos diversos espaços geográficos de forma a criar as multidiversificadas culturas.

autor- Christopher Brandão 2014

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