sexta-feira, 27 de novembro de 2015
cineantropologia: Objetivos do tratamento da distrofia muscular duch...
Objetivos do tratamento da distrofia muscular duchenne com a hidroterapia
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
A vitória da Derrota Governativa
Ao avaliarmos as eleições podemos aprender uma grande lição com o partido socialista especialmente com António Costa que considero o Indiana Jones de Portugal . Primeiro assalto ao partido socialista em formato de filme Die Hard em que derruba António Seguro com uma eleição popular. Seguidamente deu tiros nos seus próprios pés com as suas intervenções que vão desde o syriza do partido grego até à prisão de Sócrates houve muita tinta a correr antes e depois da campanha eleitoral . A vitória espontânea do PSD foi festejada de uma forma estrondosa mal sabiam das manobras de um líder derrotado que se pôs a realizar uma aliança à esquerda de forma criar uma instabilidade governativa criada pelo próprio presidente da república. Os 50 dias do governo PSD merece uma análise história bem fundamentada que nem sempre ganha o que tem mais votos, mas o que tem maior capacidade governativa de realizar alianças. O golpe Ps demonstra uma lição de dois líderes açorianos Carlos César da esquerda um eterno vencedor de eleições um especialista em ver oportunidades políticas para crescer o seu poder, enquanto Dra Berta Cabral vive mais uma vez uma derrota da direita com a sua audácia de se unir e dar a cara mais uma vez de forma corajosa pelo seu partido.Mais uma vez, Carlos César vive mais uma vitória da esquerda como um césar na tribuna de um coliseu romano.No fundo a política democratiza-se numa aliança de esquerda em derrotar a direita que tanto poderia ter feito pelo país senão tivesse aplicado a austeridade eterna em massacrar o povo português por causa de uma obecessao política de um deficit que não vai ser cumprido. A esquerda gasta enquanto a direita tira e privatiza os serviços públicos principais para depois justificar as medidas troikeanas. No fundo os partidos sustentam-se a si próprios e projetam algumas migalhas ao povo para calar a opinião pública, enquanto os governantes vivem parisitariamente à custa de quem trabalha. A realidade política de servir o povo já não existe, o que existe é um sistema de sanssugas instaladas nos diversos setores económicos ,que pretendem sugar a enorme massa populacional para o seu próprio usufruto. No fundo nós somos umas marionetas de um sistema corrupto e obseleto que não serve nenhuma nação capitalista globalizada.
Christopher Brandão 2014
terça-feira, 24 de novembro de 2015
A Febre Do Medo Globalizado
O medo de sair ,o medo da multidão , o medo do terrorismo tem sido um dos objetivos concretizados pelos terroristas em campo real. As grandes nações sofrem com o prazer sádico masoquista em matar inocentes a qualquer hora em qualquer situação. Ninguém pode esquecer o que aconteceu em França, na Síria , no Mali , Bruxelas, Madrid, Inglaterra , Estados Unidos etc. Vivemos numa época de locura e de fobia contra um inimigo sem identidade ,sem cor ,com uma cúpula de poder que utiliza uma farsa derivada de uma má interpretação do Islão que simplesmente deseja a ignorância dos seus súbitos em cumprir os seus desejos de matar em prol de uma causa sem nexo nem rumo. No fundo o medo, a crise a falta de identidade , a frustração sem objetivos de vida produz a fraqueza de integração do indivíduo num grupo que promete o paraíso fantasioso em troca de uma aventura puramente ignorante em ser um heroi por uns breves momentos, cujo sofrimento é o melhor preço que desejam impor nas pessoas inocentes. Ninguém tem o direito de tirar a vida a alguém por uma causa antagónica de má interpretação do Islão, que leva a um efeito de onda originado por um fenómeno de multidão globalizada de seres humanos mais fracos , recurtados nas diversas nações por uma via tecnológica acessível por qualquer malfeitor. Esta forma de matar é um ato mais covarde da humanidade. No fundo o produto do terrorismo é o produto do sofrimento puro do medo da humanidade.
Christopher Brandão 2015
domingo, 22 de novembro de 2015
A Dimensão De Poder
Ao pensarmos depressa ou devagar teremos uma noção diferenciada sobre o poder totalitário que nos rodeia através de uma análise estatística confirmamos algumas hipóteses de poder de decisão perante a vida.
Ao afirmamos as nossas ideias e os nossos pensamentos, confirmamos a nossa própria identidade por comportamentos e atitudes que influenciam as nossas relações sociais perante o meio. Encontramos a verdadeira ação pelo pensamento adquirido pela crítica da nossa razão pura. A dimensão de poder satisfaz-nos a alma pelo reconhecimento dos outros pelo nosso valor social intrínseco ou extrínseco da nossa vida.
A nossa mente e o nosso corpo são os nossos verdadeiros instrumentos de poder que ativamos pelas nossas ações no dia à dia e por sua vez, produz a primeira afirmação consciente de tudo que nos acontece perante o nosso espaço cineantropologico.
O risco das nossas ações poderá ser calculado ou não numa proporção estatística de tomada de decisão perante o agir ou reagir contra ou a favor de um produto comportamental, que muitas vezes leva à dedução ou à intuição de um comportamento mais consciente do que ativo relativamente às nossas atitudes perante os outros.
A tentação do poder leva ao domínio mais materialista do ser humano, o que muitas vezes determina comportamentos de inveja ou de ódio.
O poder é algo que corrompe a alma quando ultrapassa os limites do pensamento ativo dos 7 pecados mortais da vida.
Ninguém vive de poder eterno se não for capaz de perdoar o próximo pelos princípios da ética da moralidade que tanto alimenta a nossa verdadeira consciência humana.
No fundo a sociedade corrompe o homem pelo poder abusivo dos seus desvios das suas próprias condutas .
Christopher Brandão 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
O DILEMA LABORAL GLOBALIZADO
Atualmente, uma das mais importantes necessidades do indivíduo é encontrar um caminho que o direcione à sua realização pessoal, não apenas ao nível dos seus desejos materiais, mas também que possibilite encontrar um sentido de realização pessoal alcançado na sua própria satisfação profissional.
As organizações começam a compreender que devem buscar possíveis alternativas que conciliem as suas metas empresariais com as aspirações dos seus funcionários. A busca de ambição depende essencialmente dos objetivos propostos num plano de antecipação entre a empresa e os seus empregados de forma compreender a necessidade de cooperação de forças em prol da concretização de planos de ação com intelligence, com vista à conciliação de novos objetivos adaptados à realidade de novos mercados globalizados. Nos dias atuais encontrar alternativas que conciliem os interesses das organizações com aspirações profissionais e pessoais dos seus funcionários deverá ser um dos principais desafios do mundo laboral. Perante os programas de orientação profissional voltados para gestão de carreira surgem potenciais caminhos de busca de autosuperação de desafios cujo objetivo é verificar a orientação profissional mais adequada à gestão de recursos humanos essenciais ao desenvolvimento da carreira profissional.
Atualmente, uma das mais importantes necessidades do indivíduo é encontrar uma orientação que o direcione na sua realização pessoal, não apenas nos seus desejos materiais, mas também que o possibilite encontrar um sentido de vida de realização profissional desejada.
As organizações começam a compreender as possíveis alternativas que conciliem as suas metas empresariais com as aspirações dos seus funcionários. Nesta busca de excitação da melhor empresa e dos melhores empregados podemos quantificar a união de forças pela necessidade em planificar e elaborar planos de ação, tendo em conta os objetivos perspetivados para novas formas de relações laborais humanas. Um dos grandes desafios empresariais na área dos recursos humanos visa o desenvolvimento de ações que possibilitem orientar os funcionários a delinearem uma estratégia metodológica para um projeto de carreira de vida profissional que seja compatível com as suas competências, interesses e valores essenciais, para que possam ser conciliados para objetivos definidos em necessidades de organização.
A procura permanente do auto aperfeiçoamento e do auto desenvolvimento é uma preocupação que tende a atingir a evolução das empresas através da sua competitividade profissional, na tentativa de preservar ou alcançar os seus próprios objetivos específicos. Esta preocupação decorre de mudanças paradigmáticas do mercado de trabalho, que por um lado forçam as organizações a buscarem constantemente uma melhoria da qualidade dos seus bens e serviços e por outro lado mobilizam indivíduos a buscarem uma permanente atualização dos seus conhecimentos através da aquisição ou atualização de novas habilidades e competências, com intenção de manterem os seus postos de trabalho altamente competitivos e qualificados.
Uma das tendências atuais observada nas grandes organizações é o incentivo ao autodesenvolvimento de gestão de carreira do próprio trabalhador.
Um desafio para as organizações profissionais na área de gestão de recursos humanos é a necessidade de propagar uma cultura que favoreça a autogestão da carreira e simultaneamente estimule o compromisso do trabalhador com a respetiva instituição.
Nos dias atuais, podemos encontrar alternativas que conciliem os interesses das organizações com as aspirações profissionais e pessoais dos seus trabalhadores que tendem a ser um dos principais desafios do mundo do mercado de trabalho globalizado. Perante os programas de orientação profissional voltados para gestão de carreira surgem potenciais caminhos de busca pela autosuperação de desafios profissionais que se destinam numa escolha mais apropriada de ocupação, de forma alcançar o melhor critério de êxito de satisfação pessoal.
Escolher uma boa profissão não é somente decidir o que fazer, mas principalmente consiste em definir um determinado estilo de vida no seu modus vivendi, ou seja, escolher não só uma atividade de trabalho, mas também o tipo de lugar onde se pretende trabalhar, levando assim a uma rotina padronizada de um determinado ambiente pertencente a uma organização, usufruindo simultaneamente de todos os deveres e benefícios que a própria empresa propõe, como exemplo salário, promoção, seguros etc. A análise de todos esses fatores é essencial para que se tome uma decisão madura e consciente sobre a profissão que queremos exercer ou que já exercemos.
Nos últimos anos tem ocorrido significativos avanços teóricos sobre o tema da carreira profissional com motivação no qual existe algumas lacunas de conhecimento que necessitem ser compensadas. Uma delas relaciona-se à carência de estudos que investiguem o impato de uma ação de desenvolvimento relacionada com a gestão de carreira da vida pessoal orientada para a vida profissional. A orientação profissional e o seu valor motivacional nas organizações envolvem sentimentos pessoais e profissionais dos seus participantes relativamente à produtividade das suas respetivas organizações.
Neste cenário de economia capitalista a sobressair no mercado globalizado necessita obter lucros imediatos e resultados que produza a maximização máxima dos seus recursos humanos e tecnológicos. O indivíduo dentro de uma organização pretende atingir as suas metas através de projetos pessoais que muitas vezes visam uma melhoria progressiva da sua qualidade de vida posicionada numa escala social e profissional. Este quadro situacional nem sempre é conciliável o que pode gerar um conflito entre indivíduo e a própria organização. Muitas vezes os indivíduos questionam o seu modelo conciliação relativamente aos seus interesses pessoais com a organização, atendendo à incompatibilidade dos interesses profissionais orientados para projetos pessoais com ambições elevadas geram muitas vezes conflitos com os próprios colegas.
Neste contexto, o investimento da organização ao nível da orientação profissional é um fator motivacional para o individuo com expetativas profissionais elevadas cujo objetivo específico é verificar a gestão pessoal em cada setor de desenvolvimento de carreira que muitas vezes torna-se flexível no mundo atual globalizado.
No fundo o trabalho é a auto realização do indivíduo para a vida.
Christopher Brandão 2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
ANÁLISE DO ALUNO COM DISTROFIA MUSCULAR DUCHENNE EM AMBIENTE ESCOLAR
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
O Amor Da Capital Ao Ódio
terça-feira, 10 de novembro de 2015
cineantropologia: Avaliação Do Aluno Disléxico
Avaliação Do Aluno Disléxico
A competência da leitura é uma das mais importantes competências cognitivas e comunicativas que o aluno pode adquirir. A leitura é o meio que permite o acesso a todos os outros conhecimentos. O aluno será seriamente prejudicado pelo insucesso escolar senão apresentar um nível aceitável de literacia, não poderá acompanhar a evolução rápida dos seus conhecimentos científicos e tecnológicos referentes à sua vida educativa. A falta de prática de leitura geralmente interfere na capacidade cognitiva do aluno possuidor de uma perturbação definida por Dislexia ou Disortografia que afeta seriamente todas as áreas de conhecimento da sua vida pessoal por causas derivadas por processos cognitivos envolvidos na aquisição de métodos de ensino mais eficientes. Proporcionar uma boa compreensão expressiva das ideias com clareza aos alunos, será um desafio a todos os responsáveis pelo ensino em utilizar métodos de ensino de leitura em prol de uma escrita eficaz.
Contrariamente à linguagem oral a aprendizagem da leitura não emerge naturalmente, nem necessita de ser ensinada explicitamente. Os alunos que iniciam a escolaridade provoca enormes expectativas em todos os intervenientes educativos envolvidos no processo de ensino aprendizagem. A grande maioria dos alunos realiza esta aprendizagem sem esforço e com prazer, porém, cerca de 5 a 10 por cento manifestam dificuldades inesperadas e persistentes que geram sentimentos de frustração e de incompreensão que muitas vezes provoca sofrimento numa aprendizagem com dificuldade conhecida há pouco tempo por dislexia. É atualmente considerada uma incapacidade invisível que gera determinados preconceitos e estigmas a muitos estudantes e adultos. A tomada de consciência desta dificuldade é inesperada e incompreensível dado que incentiva a realização de inúmeras investigações com o objetivo de encontrar uma explicação cognitiva e neurocientífica para os processos mentais envolvidos na aprendizagem da leitura e da escrita. Destes estudos emergiu a recém designada Ciência da Leitura que se desenvolveu apoiada nos conhecimentos da psicologia cognitiva e das neurociências. Os resultados destes estudos têm-se revelado extremamente úteis para a resposta das seguintes questões:
- Quais são as diferenças entre linguagem falada e linguagem escrita?
-Quais são as competências necessárias para aprender a ler para depois ser ensinadas explicitamente na escrita?
- Quais são as dificuldades experimentadas por alguns alunos na leitura e na escrita?
- Quais são os princípios orientadores essenciais para os métodos de ensino mais eficientes da leitura e da escrita?
Perante este quadro situacional propõe-se avaliar os resultados dos recentes estudos sobre dislexia associada à nova Ciência da Leitura em prol de uma melhor escrita.
O seu objetivo é contribuir para um conhecimento atualizado desta perturbação de forma alertar e sensibilizar os professores para os sinais indicadores de futuras dificuldades para que haja de futuro uma avaliação escolar, familiar, individual, médica essencial para uma intervenção primária de forma a prevenir o insucesso escolar.
A intervenção é um desafio que se coloca a todos os responsáveis do sistema educativo através do desenvolvimento de uma boa aprendizagem proposta por uma equipa transdisciplinar de médicos, de psicólogos, investigadores, técnicos de psicomotricidade, professores, pais e governantes.
O recente estudo publicado pela OCDE sobre o nível de literacia em relação ao sucesso escolar colocam os Açores nos últimos lugares da tabela constituindo assim um sinal de alerta e preocupação.
Perante este quadro situacional a psicomotricidade pretende dar um contributo para a sinalização e orientação dos riscos dos alunos com dislexia ou com dificuldades de aprendizagem ao longo do percurso das suas vidas escolares.
A Relação entre linguagem falada e linguagem escrita
Falar, ouvir, ler e escrever são atividades linguísticas desenvolvidas por competências que se apoiam na linguagem falada. Entre ambas existe uma relação recíproca, apesar da relação de interdependência e reciprocidade entre elas existem enormes diferenças, não só ao nível dos processos cognitivos envolvidos que lhe estão subjacentes, mas também ao nível filogenético e ontogenético.
A nível filogenético existe uma enorme distância temporal da linguagem falada que emergiu através de uma predisposição biológica orientada de forma inata para linguagem oral. Ao nível ontogenético a linguagem falada precede da linguagem escrita, no qual os alunos aprendem as primeiras palavras por volta dos doze meses de idade e só iniciam a aprendizagem da leitura por volta dos cinco ou seis anos de idade quando iniciam a sua escolaridade.
A linguagem falada é adquirida naturalmente e decorre de uma predisposição biológica. As vocalizações, as palavras, as frases e a fluência verbal surgem na mesma sequência em prazos cronológicos idênticos. Um processamento fonológico implícito, ou automático exige uma atenção consciente sem esforço o que permite estabelecer relações entre os sons da fala com o seu significado. Aprende-se a falar naturalmente sem necessidade de ensino formal e explícito.
A Linguagem escrita não segue um determinado processo biológico, utiliza códigos específicos para representar a fala. Estes códigos não são aprendidos naturalmente, necessitam de ser ensinados explicitamente e formalmente. Para aprender a ler numa escrita alfabética é necessário tornar explícito e consciente a linguagem oral considerada um processo cognitivo implícito e inconsciente.
Entre a linguagem falada e escrita verifica-se no aluno diferenças ao nível da forma de produção, que por sua vez influência o contexto da sua escrita derivada muitas vezes à falta de bases de gramática e de vocabulário provoca um baixo grau de literacia.
Na linguagem oral a comunicação é dinâmica efémera no momento em que se processa sons auditivos contínuos produzidos pelo aluno na maior parte das situações ocorridas durante uma sequência temporal. Na linguagem escrita a comunicação é estática e permanente através da utilização dos símbolos gráficos produzidos pelo aluno que posteriormente se encontra ausente ao nível do seu processamento em relação ao seu espaço de escrita.
O conteúdo linguístico na linguagem falada é enriquecido por informações adicionais dadas pela entoação adquirida pela expressão verbal manifestadas pelas diversas possibilidades fonológicas de cada símbolo associado à linguagem escrita por informações contidas e manifestadas no seu traço realizado por cada símbolo do alfabeto.
Teorias explicativas
As causas desta perturbação têm suscitado ao longo dos anos inúmeras controvérsias sobre a dislexia bem como o próprio reconhecimento desta patologia. Os recentes estudos utilizam as modernas técnicas de imagem realizada por especialistas de diversas áreas científicas convergentes à origem genética e neurobiológica dos processos cognitivos que se encontram subjacentes. Têm sido formuladas diversas teorias explicativas entre as quais a Teoria do Défice Fonológico considerada a teoria com maior aceitação na comunidade científica. Esta teoria postula que a dislexia é causada por um défice no sistema de processamento fonológico motivado por uma disrupção no sistema neurológico cerebral ao nível do processamento fonológico. O défice fonológico dificulta a discriminação do processamento dos sons da linguagem dando a consciência de que a linguagem é formada por palavras e as palavras por sílabas e as sílabas por fonemas para além do conhecimento dos caracteres do alfabeto por representação gráfica.
A leitura integra dois processos cognitivos distintos e indissociáveis, a descodificação da correspondência grafo-fonémica que por sua vez permite a compreensão da mensagem escrita. A compreensão de um texto só é possível após a sua descodificação, isto é após a transformação pelo aluno dos símbolos gráficos em fonemas, sílabas e palavras com sentido.
O défice fonológico afeta unicamente a descodificação de todas as competências cognitivas superiores e necessárias à sua compreensão que se encontram intatas ao nível da inteligência geral e ao nível do vocabulário, da sintaxe, do discurso, do raciocínio lógico essenciais à construção de conceitos.
Sally Shaywitz et al, (1998) utilizaram a (fMRI) para estudar o funcionamento do cérebro durante as tarefas de leitura e identificaram três áreas:
- No hemisfério esquerdo desempenha funções chave no processo de leitura essencialmente no girus inferior frontal pertencente à área parietal-temporal e à área occipital-temporal.
- A região inferior frontal é a área da linguagem oral. É a zona onde se processa a vocalização e articulação das palavras onde se inicia a análise dos fonemas. A subvocalização ajuda na leitura como uma referência a um modelo oral das palavras. Esta zona está particularmente ativa nos alunos iniciantes e disléxicos.
- A região parietal e temporal são áreas onde se realizam a análise das palavras. É a zona onde se processa a análise das palavras por correspondência grafo-fonémica sobre a fusão fonémica e silábica. Esta leitura analítica processa-se lentamente sílaba por sílaba.
- A região occipital temporal é a área onde convergem todas as informações dos diferentes sistemas sensoriais onde se encontram armazenado o modelo neurológico de cada palavra. Este modelo contém todas as informações relevantes de cada palavra que integra a ortografia dependente da pronúncia e do significado. É a zona onde se processa o reconhecimento visual das palavras e onde se realiza a leitura rápida e automática. Quanto mais automática for realizada maior será a ativação desta área para uma forma mais eficiente do processo de escrita adquirido pelo aluno leitor.
Os alunos leitores eficientes utilizam um percurso rápido e automático para ler as palavras. Ativam simultaneamente os sistemas neurológicos das três regiões e conseguem ler as palavras instantaneamente em cerca de 150 milésimos de segundo.
Os leitores disléxicos utilizam um percurso lento e analítico para descodificar as palavras. Ativam intensamente o girus inferior frontal onde se vocalizam as palavras, e a zona parietal-temporal onde segmentam as palavras em sílabas e em fonemas que por sua vez realizam a tradução grafo-fonémica que consiste na fusão fonémica com as fusões silábicas de forma criar o seu significado.
Os diferentes subsistemas dependem das necessidades funcionais do aluno que varia no modo de ativação de leitura em diferentes funções decorridas ao longo do processo evolutivo da escrita. O aluno com dislexia apresenta uma disrupção no sistema neurológico que dificulta o processamento fonológico e o consequente acesso ao sistema de leitura automática. Para compensar esta dificuldade os alunos utilizam mais intensivamente a área da linguagem oral desenvolvida na região inferior frontal pertencente às estruturas do hemisfério direito essenciais à solicitação do sentido da visão.
A Teoria do duplo défice postula que os disléxicos para além possuírem um défice fonológico apresentam um défice na capacidade de nomeação rápida. Este défice interfere negativamente com a velocidade de leitura constituindo assim uma dificuldade adicional às dificuldades de descodificação correta dos grafemas, das sílabas e das palavras. Os disléxicos que possuem ambos os défices apresentam maiores dificuldades na aquisição de uma leitura correta, fluente e compreensiva.
A Teoria do Défice de Automatização postula que os disléxicos apresentam um défice generalizado na capacidade de automatização. Manifestam dificuldades em automatizar as correspondências fonema-grafema, as fusões fonémicas, as fusões silábicas, as fusões silábicas sequenciais e as tarefas que implicam a motricidade global, fina e por fim grafomotricidade. Esta dificuldade generalizada de automatização obriga a um maior treino de leitura a fim de se conseguir adquirir uma leitura mais correta, automática, fluente e compreensiva essencial para o desenvolvimento da escrita.
A minha experiência na reeducação de alunos disléxicos leva-me a considerar que estas teorias são complementares e a grande maioria dos disléxicos apresentam estes défices em diferentes graus de dificuldade de escrita e de leitura.
Embora a base cognitiva da dislexia seja um défice fonológico é frequente a comorbilidade esteja associadas com outras perturbações:
- A perturbação da atenção com hiperatividade explicita uma perturbação específica da linguagem, discalculia, perturbação da coordenação motora, perturbação do comportamento, perturbação do humor, perturbação de oposição e desvalorização da autoestima.
- A perturbação da atenção merece referência especial por ser a perturbação que se associa com maior frequência. Os estudos de gémeos mostram uma influência genética comum já identificada no locus de risco 6p, sendo maior na dimensão de atenção do que para a hiperatividade e impulsividade.
Quais as competências necessárias para o aluno aprender a ler e a escrever?
Como temos vindo a referir aprender a ler não é um processo natural. Contrariamente à linguagem oral a leitura não emerge naturalmente mas sim através da interação com os pais ou com outros adultos por mais estimulante que seja o ambiente a nível cultural e educativo.
Morais (1997), refere “é corrente confundir a capacidade de leitura, os objetivos da leitura, a atividade da leitura e o desempenho de leitura”. A capacidade de leitura é o conjunto de recursos mentais que mobilizamos para ler segundo determinados objetivos que vão desde a compreensão do texto escrito até à atividade de leitura envolvida num conjunto de processos cognitivos, sensoriais e motores através do seu desempenho condicionado ao grau de sucesso obtido. Ler consiste em transformar as palavras escritas em representações fonológicas com significado.
Os objetivos da leitura visa à compreensão do texto escrito segundo os processos cognitivos específicos de recodificação em que se processam antes da compreensão. Os processos de compreensão são comuns à linguagem falada e à linguagem escrita.
Quais são os processos que permitem descodificar o código escrito transformando-o numa mensagem compreensível?
Para ler é necessário descodificar o código escrito de forma o aluno tenha a noção do conhecimento consciente da linguagem formada por palavras definidas pelo termo consciência fonológica. As palavras são formadas por sílabas define-se no aluno através de uma consciência silábica que consiste sílabas formadas por fonemas adquiridas pelo aluno pela consciência fonémica. As letras do alfabeto são a representação gráfica desses fonemas e têm um nome que representam um som da linguagem oral adquirida pelo aluno através da consciência do princípio alfabético.
Para ler é essencial que o aluno descodifique o código escrito mas é ainda necessário que este saiba realizar as fusões fonémicas e as fusões silábicas sequenciais de forma encontrar a pronúncia correta para aceder ao significado das palavras essenciais para escrita. É necessário saber analisar e segmentar as palavras em sílabas e fonemas.
A consciência fonológica é uma competência difícil de adquirir porque na linguagem oral não é percetível à audição separada nos diferentes fonemas. Quando ouvimos a palavra “pai” ouvimos os três sons conjuntamente e não os três sons individualizados.
O princípio alfabético é igualmente difícil devido às irregularidades existentes nas correspondências do fonema Û grafema.
Para ler é essencial compreender a mensagem escrita é necessário descodificar corretamente as palavras e ter uma leitura fluente, isto é, sem atenção consciente e com o dispêndio mínimo de esforço. A capacidade de compreensão do aluno está fortemente relacionada com a compreensão da linguagem oral de forma a possuir um vocabulário rico e fluente para a realização da escrita.
Escrever não é a operação inversa da leitura é uma competência com um maior grau de complexidade que exige uma dupla descodificação.
Para escrever corretamente é necessário saber identificar as palavras constituintes das frases de forma saber discriminar os fonemas que formam as palavras e saber segmentar as palavras em sílabas através da segmentação silábica. Saber segmentar as sílabas em fonemas de segmentação fonémica de forma a saber quais as correspondências do fonema-grafema mais corretas que devem ser utilizadas.
Todas estas competências têm que ser integradas através do ensino e da prática sistemática das atividades de leitura e de escrita para que o aluno possa evoluir para patamares superiores de escrita eficaz.
Quais as dificuldades experimentadas por alunos?
As dificuldades na aprendizagem da leitura têm origem na existência de um défice fonológico. Alguns alunos não possuem o conhecimento consciente destas unidades linguísticas, embora a linguagem oral utiliza corretamente as palavras, as sílabas e os fonemas. Os alunos que apresentam um défice ao nível da consciência da estrutura fonológica das palavras tem enormes dificuldades em terem uma escrita eficaz.Sendo a leitura a transcrição de um código gráfico para um código fonológico, as dificuldades de identificação e discriminação fonológica refletem-se negativamente na aprendizagem da escrita.
Os alunos que apresentam maiores dificuldades na aprendizagem da leitura são os que têm familiares com dificuldades na linguagem oral e escrita e que apresentam desenvolvimento linguístico tardio, apresentando por dislálias fonológicas durante as fases de aprendizagem no jardim-de-infância, na pré-primária e no início da escolaridade. Também apresentam dificuldades na consciência fonológica, silábica e fonémica na identificação do nome das letras e dos sons que lhes correspondem, criando assim dificuldades de memorização dos nomes, das cores, das noções temporais e do objetivo da leitura.
Para além destas dificuldades verificam-se com frequência as dificuldades na memória a curto prazo ao nível da capacidade de automatização a que obriga a uma solicitação rápida da capacidade de focalização orientada para uma sustentação da atenção.
Os fatores motivacionais são igualmente importantes para o desenvolvimento da capacidade da leitura, dado que sua melhoria nesta competência está altamente relacionada com o querer ou com a vontade de persistir nas dificuldades sentidas do aluno na escrita que não dependem de resultados imediatos.
Christopher Brandão 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
cineantropologia: A Prespetiva Holística Da Dislexia
A Prespetiva Holística Da Dislexia
Análise Histórica Da Dislexia
Atualmente há um movimento para acabar com o preconceito da dislexia por estar erradamente associada à incapacidade intelectual.
Foi identificada pela primeira vez por Oswald Berkhan em 1881, mas o termo "dislexia" só foi reconhecido em 1887 por um oftalmologista de Stuttgart de nacionalidade alemã chamado Rudolf que definiu o termo dislexia como uma dificuldade na gestão das palavras. Diagnosticou um transtorno numa jovem que apresentava grande dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita mas era detentora de habilidades intelectuais normais em todas as outras caraterísticas. Em 1896, um médico britânico natural de Seaford chamado W. Pringle Morgan publicou em Inglaterra no British Medical Journal, intitulado "Congenital Word Blindness" uma descrição de uma desordem específica na aprendizagem e na leitura. O artigo descreve o caso de um menino de 14 anos de idade que não havia aprendido a ler mas demonstrava uma inteligência normal, atendendo que realizava todas as atividades de uma criança normal do mesmo nível etário.
Durante as décadas de 1890 e no início do ano de 1900 James Hinshelwood oftalmologista escocês descrevendo caso similares publicados numa série de artigos em jornais médicos. Um dos primeiros investigadores a estudar a dislexia foi Samuel T. Orton um neurologista que em 1925 analisou um caso de um menino que não conseguia ler, mas apresentava sintomas semelhantes de algumas vítimas de traumatismo. Este investigador estudou as dificuldades de leitura e concluiu que havia uma síndrome que não se encontrava correlacionado com os traumatismos neurológicos que provocava dificuldades na aprendizagem da leitura. Orton chamou esta condição por strephosymbolia que significa símbolos trocados. Para descrever a sua teoria sobre os indivíduos possuidores de dislexia realizou uma observação na dificuldade da leitura que aparentemente não se encontrava relacionada com as dificuldades estritamente visuais. Ele acreditava que essa era a causa necessária para uma falha da laterização do cérebro.
Novos estudos póstumos na década de 1980 e 1990 sobre a hipótese referente à especialização dos hemisférios cerebrais definida por Orton foi alvo de uma investigação que estabelece o lado esquerdo da estrutura planum temporale considerada uma região cerebral associada ao processamento da linguagem ser fisicamente maior do que a região direita do cérebro de indivíduos não disléxicos. As pessoas disléxicas apresentam nestas regiões uma simetria ou um ligeiro aumento do lado direito do cérebro.
Atualmente os Investigadores estão estudando aprofundadamente a correlação neurológica com a genética associada às dificuldades de leitura.
Definição de Dislexia
A Dislexia é uma perturbação na aprendizagem da leitura associada a um coeficiente de inteligência normal, mas com ausência de perturbações sensoriais e neurológicas. Esta perturbação ou dificuldade de aprendizagem afeta diretamente a leitura e a escrita.
Dislexia = Dis (dificuldade; separação) + lexia (léxico; palavra) = Dificuldade com as palavras.
A Dislexia é uma perturbação na aprendizagem que tanto pode ocorrer com as palavras ou com os números em que se define por discalculia. Esta perturbação na aprendizagem existe mesmo na presença de uma boa educação adequada e apropriada ao individuo. Não tem nada a ver com os pais nem com os professores, nem com os métodos de ensino, simplesmente é uma dificuldade em que a criança ou adulto possui e que por sua vez necessita de ser identificada precocemente, para que de futuro possa fazer a respetiva correção e eliminação.
Alguns sinais de alerta são definidos na seguinte forma:
- Dificuldades na linguagem escrita e por vezes oral.
- Dificuldades na leitura e na compreensão das palavras e números.
- Problemas de atenção.
- Distração com maior facilidade.
- Problemas de lateralidade em que se confunde a esquerda com a direita.
- O indivíduo não vê o seu meio à sua volta.
- O indivíduo muitas vezes tropeça, cai com frequência, bate nas mesas ou ombreiras das portas.
- O indivíduo não acerta na bola ou é mau nas atividades que requerem destreza manual
- A escrita do aluno não tem precisão é irregular
- A troca de letras com sons idênticos. Por ex: f/v; p/b; p/t; v/z; b/d......
- O indivíduo pode escrever letras em espelho.
-O indivíduo na leitura salta palavras ou linhas.
- O indivíduo não lê a palavra, simplesmente lê por memória. Por ex: livraria/livro; batata/bata.
Estas são algumas situações que requerem atenção quer da parte dos pais quer por parte dos professores. Os professores devem chamar atenção dos pais para que estes possam ser alertados dos problemas dos seus filhos de forma possam ser encaminhados de futuro para uma avaliação realizada por um especialista que faça a correção desta situação.
Os professores devem procurar minimizar esta situação através:
- Da colocação do aluno numa carteira mais próxima de si para poder vigiar a sua atenção e detetar mais precocemente as suas dificuldades.
- Da eliminação de possíveis focos de distração como afastar os colegas, os amigos, os barulhos, os objetos que distraiam o aluno como o caso das janelas ou das portas, etc.
- Do ensino do aluno em organizar os cadernos, os dossiês com cores, com separadores, etc.
- De um reforço positivo e não negativo para que ele não se sinta marginalizado.
- Do aumento do tempo durante as provas.
- Da leitura das provas e das perguntas ao aluno.
Nota: Quer os pais quer os professores devem verificar se existe alguma dificuldade visual ou auditiva que possa estar na origem das dificuldades de aprendizagem.
A dislexia é uma dificuldade na área da leitura, da escrita e da soletração que pode também ser acompanhada por outras dificuldades, como exemplo, na distinção entre a esquerda e a direita, na percepção de dimensões ao nível das distâncias, dos espaços, dos tamanhos, dos valores, na realização de operações aritméticas definidas por discalculia e no funcionamento da memória de curta duração. Costuma a ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum uma desfasagem na aprendizagem inicial. Não é considerada uma doença, mas uma formação diferenciada do encéfalo que acarreta problemas que afetam a aprendizagem escolar através das dificuldades de decodificação de códigos que lhe são enviados durante os estudos.
Classificação
O novo dicionário internacional de saúde mental (DSM V) definiu especificidades para a dislexia para outros termos mais precisos, como a discalculia e a disfasia que especificam determinadas patologias ou dificuldades psicomotoras.
A dislexia pode coexistir ou mesmo confundir-se com caraterísticas pertencentes a vários fatores relacionados com a dificuldade de aprendizagem, tais como o déficit de atenção/hiperatividade, dispraxia, discalculia ou disgrafia. Contudo a dislexia e as desordens do déficit de atenção com a hiperatividade não se encontram relacionados com os problemas de desenvolvimento psicomotor.
Tipos De Classificação De Dislexia
A genética, as hormonas durante a gravidez, a influência familiar, o sistema educacional, a socialização, o idioma e a cultura encontram-se relacionados com a dislexia. Pode ser classificada em várias formas, dependendo da abordagem profissional e dos testes usados no seu diagnóstico que vão desde os testes fonoaudiológicos, pedagógicos, psicológicos, neurológicos. Geralmente o diagnóstico é feito por uma equipa multidisciplinar. Uma das possíveis classificações em tipos definem-se em:
Dislexia disfonética- Dificuldades de percepção auditiva na análise e síntese de fonemas, dificuldades temporais, nas perceções da sucessão e da duração na troca de fonemas e grafemas por outros similares. Dificuldades no reconhecimento e na leitura de palavras que não têem significado como também alterações na ordem das letras e sílabas, omissões e acréscimos de maior dificuldade na escrita do que na leitura e substituição de palavras por sinônimos;
Dislexia diseidética: Dificuldade na percepção visual, na percepção gestáltica percepção do todo, com maior percepção da soma das partes. Análise de síntese de fonemas como ler sílaba por sílaba sem conseguir a síntese das palavras misturando e fragmentando as palavras, fazendo a troca por fonemas similares com maior dificuldade para a leitura do que para a escrita.
Dislexia visual: Deficiência na percepção visual e na coordenação visuomotora com dificuldade no processamento cognitivo das imagens;
Dislexia auditiva: Deficiência na percepção e memória auditiva associada à fonética, com dificuldade no processamento cognitivo dos sons e das sílabas;
Dislexia mista: Combinação de mais de um tipo de dislexia.
Nesta classificação a discalculia que se encontra relacionada com a dificuldade aritmética poderá ser uma classificação distinta e não pode ser considerada um subtipo de dislexia.
Nova definição de dislexia por área de dificuldade
Dislexia foi dividida em 6 diagnósticos de aprendizagem de desordem de acordo com a sua especificidade define-se por:
- Desordem na leitura de palavras;
- Desordem na fluência de leitura;
- Desordem na compreensão da leitura;
- Desordem na expressão escrita;
- Desordem no cálculo matemática;
- Desordem na resolução do problema de matemática.
Lesão em qualquer área do cérebro responsável pela compreensão da linguagem pode causar dislexia.
Giro angular
Giro supramarginal
Área de Broca
Área de Wernicke
Córtex auditivo primário
Classificação De Base Derivada Na Causa:
A dislexia pode:
- Ser primária ou genética.
A disfunção do lado esquerdo do cérebro persiste até a idade adulta, pode ser de origem hereditária e atinge a leitura, a escrita e por fim acentua-se mais em indivíduos do sexo masculino;
- Ser Secundária ou de desenvolvimento:
Pode ser causada por hormonas, má nutrição, negligência e abusos infantis. Diminui com a idade;
- Ser causada tardiamente por um trauma:
Causada por lesões nas áreas cerebrais responsáveis pela compreensão da linguagem o que é raro em alunos. Esta classificação enquadra-se na dislexia adquirida. A partir do ano 2012 foi incluída oficialmente nos manuais da Saúde, citados em Português, Espanhol e Inglês recebendo neste idioma a denominação de Acquired Dislexia.
Definição psicolinguística
Segundo Jean Dubois a dislexia é considerada um defeito na aprendizagem da leitura caraterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos gráficos mal reconhecidos e interpretados apresentando muitas vezes por fonemas mal identificados.
O linguísta só se interessa pela discriminação fonética, pelo reconhecimento dos signos gráficos e pelo processo de transformação dos signos escritos em signos verbais, logo, para a Linguística a dislexia não se trata de uma doença, simplesmente pode ser considerada um defeito no processo de ensino-aprendizagem da leitura, sendo assim classificada como uma síndrome de origem linguística.
A dislexia como dificuldade de aprendizagem é verificada na educação escolar como um um distúrbio na leitura e na escrita que ocorre durante a educação infantil e no ensino. Em geral, o aluno tem dificuldade em aprender a ler e a escrever mesmo quando possuiu um quociente de inteligência (QI) acima da média.
Causas
Apesar de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas recentes apontam fortes evidências neurológicas associadas às causas genéticas derivadas em parte por fatores congênitos desenvolvidos durante o útero. Uma das possíveis causas é a exposição do feto a doses excessivas de testosterona durante a gestação, o que explica a maior incidência da dislexia em pessoas do sexo masculino, pois os fetos do sexo feminino tendem a ser abortados com o excesso de testosterona.
Pessoas que possuem dislexia são bastante criativos e possuem uma área do cérebro mais desenvolvida do que pessoas que não possuem esta síndrome, e geralmente por este motivo tem mais facilidade em atividades ligadas à solução de problemas de mecânica e desporto.
Sinais e sintomas
O problema na maioria dos casos não é trocar as letras, mas sim de identificar adequadamente os sinais gráficos com as letras ou outros códigos que caraterizam um texto. A dislexia mais frequente é caraterizada por dificuldades na aprendizagem da decodificação das palavras. As pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra orientando-se por um princípio de alfabetização. Costumam também trocar letras, por exemplo, b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, por exemplo, "ovóv" para vovó. Deste modo, são considerados sintomas de dislexia relativos à leitura e à escrita pelos seguintes erros derivados:
- Às confusões na proximidade especial;
- Á confusão das letras assimétricas;
-Á confusão por rotação e Inversão de sílabas;
- Á confusão por proximidade articulatória e distúrbios na fala;
- Á confusão por proximidade articulatória;
- Por omissão de grafemas;
- Por omissão de sílabas.
- Por acumulação e persistência nos erros de soletração ao ler a ortografia ao escrever
- Á confusão entre letras, sílabas ou palavras com poucas diferenças na forma de escrever: a-o; c-o; e-c; f-t; h-n; i-j; m-n; v-u; etc;
- Por confusão entre letras, sílabas ou palavras com formato similar, mas diferente direção: b-d; b-p; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e;
- Por confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum cujo sons são acusticamente próximos: d-t; j-x;c-g;m-b-p; v-f;
- Por inversões parciais ou totais das sílabas ou palavras: me-em; sol-los; som-mos; sal-las; pal-pla.
Perturbações relacionadas
Outras perturbações da aprendizagem que frequentemente acompanham os disléxicos:
- Alterações na memória;
-Alterações na memória em séries e sequências;
- Desorientações de direita e esquerda;
- Linguagem escrita;
- Dificuldades em matemática;
- Confusão com relação às tarefas escolares;
- Pobreza de vocabulário;
- Escassez de conhecimentos prévios da memória de longo prazo
Devem ser excluídas do diagnóstico, o transtorno da leitura em alunos com deficiência mental, com escolarização escassa ou inadequada que possuem déficits auditivos ou visuais.
Estudos constataram algumas características frequentes em alunos com dislexia nomeadamente:
- Atraso no desenvolvimento motor nas fases do engatinhar, do sentar e do andar;
- Atraso ou deficiência na aquisição da fala;
- Dificuldade para compreender o que está ouvindo;
- Distúrbios no sono;
- Enurese noturna como os casos de urinar na cama;
- Suscetibilidade às alergias e às infeções;
Diagnóstico
É comum que os disléxicos tenham uma história de frustrações, sofrimentos, humilhações e sentimentos de inferioridade no meio escolar à custa da maior dificuldade de aprendizagem que se encontra relacionada com a linguagem ao nível da leitura, da escrita e da ortografia. Pode ser inicialmente diagnosticada por um técnico especialista através de um diagnóstico realizado por um professor com formação na área de Letras e com habilitação pedagógica possa vir a realizar uma medição da velocidade da leitura do aluno utilizando uma ficha de observação com as seguintes questões a serem prontamente respondidas :
O aluno movimenta os lábios ou murmura ao ler?
O aluno movimenta a cabeça ao longo da linha?
Sua leitura silenciosa é mais rápida que a oral ou mantém o mesmo ritmo de velocidade?
O aluno segue a linha com o dedo?
O aluno faz excessivas fixações do olho ao longo da linha impressa?
O aluno demonstra excessiva tensão ao ler?
O aluno efetua excessivos retrocessos da vista ao ler?
Para um exame mais preciso da tensão da leitura e o número de vezes a mesma frase é observada, pode o professor posicionar-se atrás do aluno e utilizar um espelho para verificar os movimentos de tensão frequente que vai e vem dos olhos do aluno enquanto ele lê e escreve.
Exercícios em que o aluno deve completar certas palavras omitidas no texto podem ser utilizados para determinar o nível de compreensão da leitura.
Tratamento
O tratamento mais eficiente é multitransdisciplinar que consiste em ajudar o portador de dislexia a desenvolver mecanismos alternativos de leitura, de escrita e de compreensão. A intervenção na dislexia tem sido feita principalmente por meio de dois métodos de alfabetização, o multissensorial e o fônico. Enquanto o método multissensorial mais indicado para as crianças mais velhas que já possuem um historial de insucesso escolar, o método fônico é indicado para crianças mais jovens preferencialmente pode ser introduzido logo no início da alfabetização.
Apesar de não existir cura para a dislexia, a ciência já tem algumas respostas adequadas ao tipo de problema associado às atividades normais. Especialistas garantem que o cérebro tem enorme capacidade de se reorganizar para colmatar esta deficiência. Para os pais, o importante é estar ciente de que a criança pode ser inteligente mesmo sem ler e escrever bem.
Escolas especiais
Usar múltiplas estratégias e estímulos através de cores, de movimento, de sons, de formas poderá ser uma solução escolhida, como o diálogo sobre o que foi e como foi lido de forma a dividir as sílabas e as frases com intenção de facilitar a aprendizagem da linguagem do aluno.
Em Portugal, a maioria das escolas tem aulas especiais de apoio para crianças com dislexia, embora haja muitas vezes dificuldades em identificar a doença. Ainda não existe o apoio adequado às crianças e adolescentes com dislexia, algumas têm conhecimento do seu problema, mas o seu baixo rendimento não permite a melhor solução que muitas vezes se encontram associados a distúrbios neurológicos
Professores Psicomotricidade
Atualmente diversas tecnologias estão disponíveis para melhorar e atender às necessidades individuais, educacionais como o caso dos meios tecnológicos, computadores, ipad, e outros que ensinam a ler e a escrever melhor.
Para atender às necessidades dos alunos com dislexias é importante que a escola tenha professores qualificados nas áreas de psicomotricidade. Os professores precisam conhecer a fonologia aplicada à alfabetização e ter conhecimentos linguísticos e metalinguísticos aplicados aos processos de leitura e escrita. Professores de psicomotricidade poderão dar resposta e apoio pedagógico a alunos possuidores de dislexia.
Aprendizagem de palavras difíceis
Os padrões de movimentos dos olhos são fundamentais para a leitura eficiente. São as fixações dos movimentos oculares que garantem que o leitor possa extrair informações visuais do texto. No entanto, algumas palavras são fixadas por um tempo maior do que outras. Todos os alunos têem dificuldades diferenciadas na aprendizagem de diferentes palavras, pois existem muitos fatores que influenciam a facilidade ou a dificuldade no reconhecimento das palavras.
Entre os fatores mais importantes para escrever uma palavra correta dependem essencialmente:
- Do tamanho da palavra;
- Da presença de hiatos, ditongos, dígrafos e trígrafos;
- Da familiaridade com a palavra;
- Da frequência que é usada;
- Da idade que foi aprendida;
- Da repetição do uso dessa palavra;
- Do significado dessa palavra;
- Do contexto que é utilizada;
- Da similaridade entre a forma escrita e a forma falada;
- Da interação dessa palavra com as outras.
Assim, qualquer um desses fatores podem influenciar a dificuldade ou facilidade que um aluno possui em compreender o significado de uma palavra nova ou escrevê-la e pronunciá-la corretamente.
Christopher Brandão 4 Novembro 2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
cineantropologia: Análise Histórica Da Dislexia
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christopher Brandão 2015
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
cineantropologia: INTERNET A DOENÇA VIRTUAL DO MILÉNIO
INTERNET A DOENÇA VIRTUAL DO MILÉNIO
domingo, 1 de novembro de 2015
O significado da vida e da morte
Ao visitarmos o espaço da morte leva-nos a uma nostalgia das boas referências ou más dos nossos queridos antepassados. A família é o melhor quadro de referência que nós temos porque acompanha-nos durante uma parte do nosso ciclo de vida e simultâneamente vive os nossos problemas, as nossas alegrias, ouve as nossas ambições e por fim ajuda-nos a influenciar as nossas trajetórias, de forma consigamos alcançar os nossos objetivos e ambições. O culto da religião é o tempo de reflexão de louvar quem partiu para uma nova etapa deixando a marca do seu destino como testumunho exemplar aos outros. É neste ponto que a religião humaniza a sociedade pela essência do valor de família como microcelula contribuitiva de um bem exemplar para a sociedade. Perante este contexto metafísico podemos não acreditar em Deus pela sua inexistência física, mas temos a consciência do seu valor quando perdemos alguém que tanto gostamos. É neste sentido que damos o verdadeiro sentido da felicidade da vida recordando e louvando as nossas referências cedidas e transmitidas pelos nossos antepassados familiares através da sua cultura religiosa que muitas vezes deixa o seu verdeiro testemunho do bem ou do mal que realizaram em vida.
A sua descendência tem o dever moral de corrigir e evoluir para um patamar superior criando assim um verdadeiro culto de amar o próximo pelas suas boas ações e pesamentos. Perante esta filosofia de pensamento só temos a obrigação de recordar os nossos antepassados familiares de forma darmos o verdadeiro significado de família, na transmissão dos verdadeiros valores educativos para gerações seguintes ,de forma concetualizar o sentido de família num todo estruturado essencial para a própria construção social.
Christopher Brandão 2015