quarta-feira, 22 de junho de 2016

A Dimensão Violenta Da Infância



A dimensão do valor da infância necessita de uma proteção primária a partir de reformas preventivas e educativas que melhor combatem a violência infantil num determinado contexto sociológico.

As condutas comportamentais exigem condições educativas que estimulem a criança à criação de bens tangíveis necessários à sua própria defesa e autonomia.

As estratégias políticas aplicadas à construção educativa, visa à manutenção da ordem social estratificada. As ações destinadas aos processos educativos tem por objetivo criar uma determinada consciência social para a importância da sobrevivência das famílias carenciadas, educadas dentro de uma perspectiva católica, e por sua vez, são orientadas para uma dimensão de cidadania de utilidade pública. O desenvolvimento humano relativamente à fase histórica da Infância, mais especificamente nos países que foram colonizados por europeus com enorme influência católica, permitiu a constituição de uma sociedade caraterizada por desigualdades de oportunidades, que posteriormente tiveram consequências sociais no próprio contexto histórico das sociedades contemporâneas. Nesta filosofia de pensamento, o abandono e o desamparo das crianças, atualmente carateriza-se pela falta de valores éticos e morais das próprias famílias que se foram perdendo ao longo do tempo, através das revoluções sociais, industriais e tecnológicas.

Este fenómeno sociológico teve início com a escravatura durante todo o período colonial e imperial. Perante este cenário negro da história da humanidade houve após a Segunda Guerra Mundial um fenómeno designado por baby boom que permitiu uma quantidade de medidas protetoras necessárias para infância, que colmataram os problemas das crianças abandonadas ou órfãos, derivados da morte dos progenitores em situação de guerra ou então produto de violações das tropas inimigas.

O somatório dos estudos realizados na década de 1980 sobre a infância, foi possível uma maior compreensão deste quadro situacional. Atualmente o índice per capita de crianças ilegítimas foi elevado em todas as regiões do globo. Para combater as estatísticas de abandono, foram desenvolvidas políticas de assistência baseado num sistema simples de acolhimento familiar. Nos países em situação de guerra, ou de crise é difundido uma alternativa de abandono, aborto e infanticídio criando elevados riscos nos índices de natalidade.

A relação do homem com o mundo é mediatizada pelo capitalismo puro, cujos significados atravessam atualmente a sociedade, excluiu a infância por meio das más condutas de formação educativa dirigidas à sociedade em estratégias demagogicamente utilizadas pelo Estado islâmico no mundo atual. Por outro lado, o apoio prestado ao desenvolvimento da infância tem sido ultimamente utópico pela UNICEF, com aplicação de medidas de amparo a serem implantadas nos países do terceiro mundo, que mais necessitam. Nesta perspetiva histórico-cultural, o desenvolvimento resulta na apropriação das formas mais elaboradas da atividade de operacionalização ou de concretização de medidas de desenvolvimento sustentáveis que promovam a etapa da infância ao nível global para que futuramente possam remodelar a humanidade para uma fase de pacificação dos povos e das suas respetivas culturas, com regras e normas legislativas mais civilizadas, ao nível dos direitos da criança.

A conceptualização histórica da infância numa vertente de violência provavelmente poderá gerar um sistema social cada vez mais caótico ao nível de fracos valores democráticos, criando assim uma sociedade cada vez mais doentia, ao nível de luta de frações políticas mais radicalizadas, que despreza os interesses da infância em prol dos verdadeiros valores do capitalismo selvático, que no passado teve consequências sociais devido à falta de política de planeamento familiar.

O decréscimo demográfico a nível europeu, mais a falta de políticas de incentivo à natalidade e ainda acrescenta-se o colapso das instituições bancárias, e da bolsa de valores de todo o planeta, associadas à inflação das industrias petrolíferas, geram desigualdades sociais em diversas nações que se encontram cada vez mais pobres, levando ao caos dos comportamentos sociais e económicos.

O paradigma de mudança terá de compreender a tecnoestrutura familiar ao nível da sua história para uma futura transformação social de mentalidades políticas.

A humanidade atual interpreta o fenómeno da infância como um produto social, no qual as condições de desenvolvimento da cultura abrange os principais traços de uma realidade formatada ao nível de comportamentos necessários ao controle de massas populacionais por parte dos governantes.



Christopher Brandão, 2016

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