terça-feira, 28 de junho de 2016

O Síndrome De Heller na Fase Infantil



O presente artigo abordará o transtorno desintegrativo da infância designado por Síndrome de Heller que se define por um transtorno de desenvolvimento global diagnosticado durante a fase da infância. O síndrome de Heller faz parte dos transtornos do espectro autista, onde a criança vive no seu próprio mundo egocêntrico. Diferenciado do autismo, a criança desenvolve-se saudavelmente até uma certa idade para posteriormente começar a regredir, de forma a deixar de realizar as tarefas mais simples de que antes realizava. Aprende a falar com o seu nome, a rabiscar o papel e a brincar com os pais e com outras crianças, mas com a regressão isola-se de tal forma que inibe todo o seu processo de socialização com as outras pessoas, atendendo que não possui as capacidades necessárias para realizar as atividades motricomunicativas mais simples. A problemática deste tema constitui uma hipercomplexidade bastante restrita, com poucas informações sobre a doença, que na maioria das vezes é tratado como um autismo tardio. Em alguns casos, chega a ser comparado com a esquizofrenia. Mediante este quadro situacional, conclui-se que o Síndrome de Heller não é tratada com a devida importância, de forma compreendemos melhor este síndrome, merece uma pesquisa mais detalhada sobre o transtorno originário na segunda fase da infância. Foi descoberto por um austríaco Theodore Heller que em 1908 analisou 6 casos de crianças que tinham um desenvolvimento normal e começaram a regredir, devido à perda do controle intestinal, perdiam a vontade de brincar e de interagir com as outras crianças.
A semelhança entre este síndrome com o transtorno autista tem originado uma grande confusão no diagnóstico, o que determina um falso diagnóstico de autista. A deterioração pode ser súbita ou gradual ao nível psicomotor, emocional e comportamental.
O Síndrome de Heller é considerado um tipo de autismo tardio que foi descoberta 35 anos antes de descreverem pela primeira vez o autismo. Apresenta-se por um quadro situacional bem pior, atendendo que a criança não interage com outras pessoas e recusa-se a ter companhia de familiares e de outras crianças.
A regressão psicomotora é mais difícil porque a criança apresenta uma enorme agitação e confusão dos seus conceitos e ideias. No passado andava e atualmente já não anda mais, e nem sequer consegue comer sozinha, evita o contato visual com as outras pessoas, não gosta de abraços e nem de beijos, o que muitas vezes poderá refletir na sua expressão facial. Poderá realizar movimentos repentinos sem nenhum significado nem afeto, atendendo que vivem no seu próprio mundo egocêntrico.
Este Síndrome atinge a maioria das vezes o sexo masculino, no qual o diagnóstico pode ser uma tarefa bastante difícil. É realizado através de uma observação bastante cautelosa de forma não haja engano. Os primeiros sintomas observados, encontram-se relacionados com um determinado padrão de linguagem, devido à fraca capacidade de comunicação verbal da criança que por sua vez começa apresentar dificuldades em expressar os seus próprios sentimentos e emoções.
Os passos seguintes deste síndrome leva à perda de autonomia e uma diminuição gradativa do controle intestinal, até atingir uma perda total, com a diminuição do interesse pelas atividades sociais que anteriormente eram interessantes, mas que atualmente deixem de ter interesse, provocando sucessivamente um isolamento devido à perda das capacidades psicomotoras.
A criança com Síndroma de Heller passa a ter dificuldades no padrão do andar, assegurar objetos e realizar as tarefas mais simples que qualquer criança não portadora deste síndrome é capaz.
O tratamento é feito de forma multidisciplinar que inclui remédios que diminuem os efeitos secundários da doença através de transtornos de sono. Também é realizado as terapias sociais tentando a reintegração da criança no seu meio.
O efeito das fisioterapias, dos medicamentos utilizados no tratamento da Síndrome de Heller também auxiliam a criança a conseguir readaptar-se ao convívio social, mais especificamente com a sua família, além disso, estes medicamentos tem efeitos no seu desenvolvimento psicomotor perdido com a manifestação do Síndrome. As causas ainda são desconhecidas, embora a maioria dos investigadores na sua etiologia trata o Síndrome como um autismo tardio que tem origem na má formação das placas amiloides ou nas estruturas do encéfalo.
Podemos concluir que o Síndrome de Heller merece uma investigação mais avançada de um quadro irreversível da criança na sua era normal, passa a ter a sua vida revirada ao avesso, tornando-se totalmente dependente para o resto da vida de terceiros, sem nenhum processo de socialização e autonomia, nem podemos prever as suas causas reais.
O fato é que se trata de uma doença que traz muito sofrimento para as crianças e também para os pais, ao verem os seus filhos desapegados da realidade que haviam apreendido desde então.
As equipas profissionais devem dar total apoio aos pais, pois irão enfrentar uma nova fase da vida , fazendo com que eles compreendem que será difícil a fase que irão ultrapassar ,para isso terão de ter a paciência necessária para colmatar as dificuldades dos seus filhos de modo não serem tratados como indivíduos diferenciados.

Christopher Brandão, 2016

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