O sorriso define-se por um meio de comunicação não-verbal expresso em bem-estar e abertura, quando utilizado para manifestar o estado emocional ou comportamental do próprio sujeito em lidar com os outros. Poderá eventualmente estar em consonância com o caráter e a atitude de uma pessoa possuidora de um comportamento espontâneo e involuntário, enquanto um sorriso canalizado para uma abordagem de forma mais convencional manifesta-se por um código de conduta mais formal. Manifesta-se por um estado de espírito pessoal mais ou menos sincero o que não implica sempre uma atitude de abertura perante o outro. É produzido por esticar a boca, levantando os lábios e possivelmente mostra os dentes de um indivíduo. Envolve as estruturas da boca associadas aos próprios olhos através de um processo comunicativo mais profundo. Um sorriso sincero e instintivo estica os lábios com um olhar vivo e profundo, por outro lado, um sorriso forçado não altera a aparência da circunstância, o que simplesmente limita a contrair os músculos da boca do próprio indivíduo. Na sua exibição, o que há de mais notável num sorriso perante alguém, será a obrigação da sua retribuição com o mesmo sorriso, mesmo quando ambos os sorrisos aparentam ser falsos. Segundo a investigação do professor Ulf Dimberg pesquisador da Universidade de Uppsala pediu a determinados voluntários que reagissem a uma série de imagens de pessoas com fisionomias de indiferença, de alegria e de raiva. Estes mesmos voluntários foram instruídos para manifestar com seus rostos os mesmos sentimentos, mas nem sempre copiando ou reproduzindo a expressão das pessoas que se encontravam nas próprias imagens. Os movimentos dos músculos faciais foram medidos usando um equipamento que captava os sinais produzidos pelos estímulos elétricos provocados pelas contrações das fibras musculares. Estes voluntários demonstraram maior facilidade em franzir a testa diante da imagem de um homem zangado do que a sorrir na mesma situação. Para o professor Dimberg este é um exemplo que definiu como contágio emocional. Ainda que estivessem a tentar de forma consciente a controlar as suas reações naturais, as contrações dos respetivos músculos faciais relatavam uma diferente história que espelhava as principais expressões que viam, mesmo quando não tentavam fazer.
A professora Ruth Cambell, do university College de Londres especialista em neurociência cognitiva da leitura facial, incluindo a análise de discurso, de leitura de expressão facial e por fim a utilização da codificação do rosto por sinais não verbais, acredita na existência no cérebro de um neurónio espelho que é responsável pelo reconhecimento dos rostos e das expressões, que por sua vez provocam uma reação instantânea de espelhamento. Por outras palavras quer que nos apercebamos ou não, copiamos ou reproduzimos automaticamente as expressões faciais que observamos.
O sorriso deve fazer parte do nosso reportório de linguagem corporal porque influência diretamente as nossas atitudes e comportamentos em relação aos outros.
A ciência provou que quanto mais sorrimos maiores são as reações positivas que recebemos por parte das outras pessoas.
Christopher Brandão 2015
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