quarta-feira, 9 de setembro de 2015

BULLYING ESCOLAR



Bullying é um termo de origem inglesa utilizado para qualificar comportamentos agressivos em crianças e adolescentes nas escolas. A violência física ou verbal ocorre de forma intencional e padronizada contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer oposição às agressões sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Segundo um modelo Darwiniano em que os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, de prazer e de poder sádico masoquista com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar as suas próprias vítimas. É considerado uma conduta prática de violência comportamental desencadeada muitas vezes por motivos casuais entre indivíduos que não respeitam a individualidade da vítima que sofreu em contexto escolar agressividade e violência. Este tipo de problema ultimamente tem preocupado os agentes educativos que muitas vezes não teêm conhecimento sobre a matéria ou não sabem exatamente como gerir as diversas realidades e origens do bullying. A sua ação incide essencialmente no período da infância e da adolescência cujo resultado acaba em agressões físicas e verbais. Quanto mais precoce for a sua prevenção primária melhor será a sua solução ao problema. Será mais fácil instruir as crianças do que os jovens detentores de uma postura rebelde apropriada à sua idade para um melhor encaminhamento à sua reabilitação social. Poderá ser desenvolvido por atos intencionais padronizados praticados por um indivíduo ou grupo reincidentes contra outro indivíduo ou grupo, através de uma sequência de episódios de violência física ou psicológica provocada numa relação de desequilíbrio de poder totalitário entre as partes envolvidas, tendo como consequência uma vítima possuidora de danos psicológicos, físicos ou morais.
Os ataques físicos, os insultos pessoais, os comentários sistemáticos, os apelidos, as ameaças por quaisquer meios e por fim os grafites depreciativos podem caraterizar a sua prática de ocorrência.
As escolas precisam organizar projetos para combater o Bullying, investindo essencialmente na prevenção primária mais adequada ao combate à violência escolar. O investimento no tempo livre e lazer nos recreios com aplicação de jogos lúdicos na sua dimensão mais reduzida poderá ser uma resposta mais adequada ao fenómeno.
A proposta não se trata da criminalização de forma a sensibilizar todos os agentes educativos para ações de prevenção de combate ao bullying em ambiente escolar. Uma solução seria a publicação de relatórios internos de ocorrência mensal de violência na escola para que os agentes educativos tenham a informação necessária mais adequada sobre os alunos reincidentes, para que de futuro haja uma prevenção primária eficaz na implementação de medidas que orientem as respetivas famílias para um conhecimento de identificação e deteção de situações de bullying de forma a garantir a assistência psicológica, social e jurídica das vítimas agredidas.
As maiores vítimas de bullying adquirem uma maior dificuldade social em defenderem-se porque são afetadas no seu desenvolvimento psicomotor. Estas pessoas começam a sentir-se inferiorizadas e até culpadas pelas respetivas agressões, transformando-se em comportamentos inseguros, ansiosos e angustiados.
A prática de bullying pode levar as vítimas a problemas graves de depressão e até a transtornos de futuro que se transformarão numa agressividade profunda.


As formas de bullying sobre o critério adotado pelos agressores a escolher a vítima, são as principais razões que levam esses jovens a agredir. São abordados também os problemas que as vítimas de bullying podem enfrentar na escola ao longo da vida, e como os pais e os professores podem aperceber o timing adequado de um aluno que se encontra a sofrer de bullying e qual a melhor maneira de ajudá-lo a superar o seu próprio sofrimento.
As vítimas raramente pedem ajuda às autoridades escolares ou aos pais, pois acreditam que assim evitarão retaliações por parte dos agressores e também pensam que ao sofrerem sozinhas e caladas pouparão os seus pais da deceção de ter um filho frágil, vulnerável e covarde na escola.
A escola é corresponsável pelos casos de bullying, pois é o local onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. O conselho executivo ou a direção escolar deve acionar todos os meios necessários que vão desde a comunicação aos pais, aos conselhos de turma, aos órgãos de proteção à criança, aos psicólogos, à polícia etc. Na eventualidade não o faça poderá ser responsabilizada por omissão de fatos.
Nenhum homem homofóbico começa a ser homofóbico com uma determinada idade. É o meio que permite que ele cresça e se desenvolva na negação do reconhecimento do processo de humanização do outro. A escola, os mass- média e a família são o pilar da educação do aluno no sentido de orientà-lo para a formação moral e cívica em ser um bom cidadão.
A escola também tem o dever de realizar uma ocorrência policial em situações que envolvam atos ilícitos de forma os fatos possam ser apurados pelas autoridades competentes no apuramento de responsáveis culpados. Tais procedimentos evitam a impunidade e inibe o desenvolvimento da violência e da delinquência juvenil evitando assim a criminalidade infantil e juvenil. A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando a sua existência.
O que fazer para evitar o bullying?
Os agentes educativos devem proceder às seguintes atitudes para que haja um ambiente saudável na escola:
- Conversar com os alunos e escutar atentamente as suas intenções, reclamações ou sugestões;
- Estimular os estudantes a informarem sobres os casos de bullying;
- Reconhecer e valorizar as atitudes dos alunos no combate ao problema;
- Criar conjuntamente com os estudantes as regras de disciplina para a classe e respetiva escola;
- Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
- Interferir diretamente nos grupos o quanto antes, de forma a quebrar a dinâmica do bullying.
- Criar atividades lúdicas de animação socio desportiva e cultural nos tempos de recreio.
O primeiro passo é admitir que a escola é um local passível de bullying. É necessário também informar aos professores e aos alunos sobre o problema e deixar claro que o estabelecimento escolar não admitirá nem permitirá a sua prática.
A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação de cidania, de direitos e deveres, de amizade, de cooperação e de solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre os estudantes e de futuro evitá-la na respetiva sociedade.

Christopher Brandão 2015

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