sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A prática docente para a educação inclusiva

A educação inclusiva concebe à escola um espaço globalizado, no qual os alunos constroem com as suas capacidades expressivas o seu conhecimento adquirido por participação em tarefas de ensino aprendizagem de cidadania. Nas escolas inclusivas, ninguém se conforma em rotular em padrões identificativos nos alunos possuidores de necessidades educativas, de forma a concretizar o desenvolvimento de novos conceitos necessários a uma aplicação de alternativas práticas educacionais e pedagógicas compatíveis à inclusão.
Os agentes educativos necessitam de contribuir para a flexibilidade do currículo de uma instituição escolar através da ministração novas metodologias de avaliação do seu espaço de ensino aprendizagem.
Os momentos de formação e de planeamento definem as relações estabelecidas no quotidiano escolar por apoios educativos que orientem os alunos em sinergias necessárias que favorecem a garantia de acesso e de igualdade de oportunidades para um ensino com qualidade. A definição de propostas radicais variam com as investigações científicas em que os dados e as iniciativas a serem partilhadas pelos agentes educativos por gestões tecno democráticas escolares sejam essenciais para um processo de mudança paradigmática.
Muitas decisões necessitam ser tomadas pelas escolas ao elaborarem os seus projetos pedagógicos, entre as quais se destaca algumas diretrizes diretamente relacionadas com as mudanças paradigmáticas inclusivas. Realizar a aprendizagem no eixo das escolas garantindo assim o tempo necessário para o processo de ensino aprendizagem, de forma a evitar a reprovação e a sua padronização. A abertura do espaço ministrado pelos professores gestores de habilidades necessárias para o verdadeiro dever de cidadania que por sua vez é orientado para a cooperação, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico praticados pelos alunos. Valorizar e formar continuamente o professor de forma atualizar-se num ensino de qualidade.  A família necessita fazer parte da inclusão educacional e social dos alunos para que estes sejam dependentes e autónomos, de forma evitar o seu sofrimento em contexto escolar ou social.
Mediante estas reflexões, os professores procuram dar respostas mais adequadas às dificuldades encontradas no ambiente escolar para a inclusão  de forma alguns paradigmas sejam quebrados por ações pedagógicas que possibilitam a efetivação dos alunos portadores de necessidades especiais no seu dia-a-dia escolar. Para incluir é necessário romper com os preconceitos criados pelas sociedades, para trabalhar com um objetivo de igualdades de oportunidades, na qual os professores não tenham medo do novo mundo escolar desconhecido, dando-lhes formação adequada para que se sintam seguros em contexto de sala de aula e de futuro possam ministrar conteúdos com qualidade.
A inclusão coloca inúmeros questionamentos aos professores e técnicos que atuam nessa área. É necessário avaliar a realidade para que sejam definidas determinadas posições sobre o quadro situacional a ser considerado pelo papel do professor. É difícil repensar sobre a tendência de integrar as deficiências nos nossos sistemas educacionais relativamente ao desenvolvimento pessoal, ao fracasso escolar, ao déficit de atenção, à hiperatividade e por fim às deficiências detetadas e centradas no aluno com necessidades educativas especiais.
A cultura escolar onde o papel do professor não reflete a dinâmica do processo ensino-aprendizagem inclusivo de alunos com necessidades educativas especiais. A equipa transdisciplinar deverá se encontrar bem articulada de forma a facilitar todo o processo de sinalização e de avaliação médica, familiar, individual e escolar que seja obrigatoriamente incluída num documento online disponível a todos os agentes educativos salvaguardando a sua confidencialidade. Conhecer a história biográfica do aluno de forma a facilitar as estratégias de comunicação com a respetiva instituição escolar utilizando os recursos tecnológicos e os técnicos especializados que por sua vez devem colocar em ação toda a sua operacionalização que facilita a vida escolar e familiar do aluno.
A inclusão do aluno numa classe normalizada poderá inicialmente provocar algumas mudanças comportamentais e disciplinares impostas por regras pelo professor. Será essencial a utilização de um tom imperativo de forma a proporcionar um certo respeito pelo professor pelo reconhecimento da sua voz autoritária. A exploração dos sentidos humanos poderá auxiliar numa dinâmica de trabalho de objetos e utensílios realizando de uma forma descritiva textos associados a leituras o que permite uma melhor acessibilidade ao conhecimento humanístico. 
A socialização poderá ser intensiva numa quebra de gelo comportamental pelo simples cumprimento do aperto de mão.  Ao orientamos o aluno no mundo escolar para o sucesso estamos a criar um dever de cidania na construção de uma sociedade melhor.
A inclusão de alunos com deficiência física é importante ter atenção às possíveis barreiras arquitetónicas pertencente aos espaços escolares de forma evitar constrangimentos. Na eventualidade de existir alunos com deficiência física no grupo, a componente lúdica participativa poderá ser uma melhor resposta ao seu processo de integração. A inclusão de alunos com dislexia tem maior facilidade em lidar com a prática de manuseamento de imagens, figuras ilustrativas para a realização de atividades com materiais específicos que futuramente ajudarão na compreensão do conhecimento.
 Considerando as dificuldades dos alunos possuidores de dislexia realçando a atenção, a concentração, a memorização e a organização, no qual professor deverá respeitar o seu tempo diferenciado de interpretação. A inclusão de alunos com deficiência intelectual no qual a apresentação inicial ao professor é importante, visto que o aluno perceberá o respeito e ficará mais seguro na comunicação. A deficiência intelectual não é uma doença, não é contagiosa, não é sinônimo de violência é necessário corromper com esses preconceitos. Talvez precisem de mais tempo para a realização das atividades, referente ao seu timing de ensino e aprendizagem. O professor não pode superproteger o aluno de forma criar a sua dependência, será necessário dar apoio  ao aluno com necessidades educativas especiais de forma dê oportunidades para que ele mostre suas habilidades, não subestimando a sua deficiência intelectual.
O princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização diversificada da comunidade escolar. Para incluir é necessário romper com os preconceitos criados pelas sociedades, para trabalhar com um objetivo mais justo de igualdades oportunidades, no qual os professores não tenham medo do novo paradigma, dando-lhes a formação adequada para que se sintam seguros em contexto de sala de aula para que possam ministrar conteúdos com qualidade. Muitos alunos chegam às escolas cheias de preconceitos ingeridos na própria sociedade que por sua vez precisa passar por reformas estruturais de forma traçar um longo caminho intergeracional com êxito. Melhorar o processo de socialização do aluno diferenciado ensinando-o a respeitar a convivência diferenciada através de um trabalho  cognitivo dos alunos atuais, pois serão os futuros cidadãos de amanhã. A família, a microcélula da sociedade precisa fazer parte deste processo, de forma compreender todo o processo inclusivo educacional e social. Primeiro é preciso que as famílias aceitem a sua descendência rompendo com o preconceito de que elas são dependentes para tudo, por outro lado, muitos pais superprotegem os seus filhos não dando a verdadeira autonomia escolar necessária na tentativa de evitar o seu sofrimento.
Nesta perspetiva a função prática docente é meramente transmitir às novas gerações novos conhecimentos disciplinares essenciais à cultura. Para avançar no processo de inclusão escolar precisamos efetivamente trazer para o interior da escola princípios e valores que norteiam a educação inclusiva de forma a singularizar os casos com deficiências que chegam à escola de forma regular através de diretrizes curriculares e pedagógicas mais adequadas para responder às necessidades educacionais individuais.


Christopher Brandão 2015

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