A educação inclusiva concebe à escola um espaço globalizado, no qual os
alunos constroem o seu conhecimento pela aptidão das suas livres capacidades
expressivas participativas em tarefas de ensino específicas ao desenvolvimento
da cidania diferenciada. Nas escolas inclusivas, ninguém se conforma com os
padrões de identidade dos alunos considerados como especiais, normais ou
comuns. Todos se igualam de uma forma nivelada pelas suas diferenças, o que não
é fácil ao nível de adoção de novas práticas dependentes de mudanças de
paradigma que transcendem a própria escola e até o contexto de sala de aula.
Para que a escola possa concretizar uma determinada teoria inclusiva terá a
necessidade de realizar um update para permitir um desenvolvimento de novos
conceitos de redefinição e aplicação de alternativas pedagógicas educativas
inovadoras à inclusão.
Uma escola que luta contra um
processo de exclusão em que todos os alunos se encontram inseridos sem
quaisquer condições inclusivas poderão ficar restringidos ou limitados de
futuro ao seu direito de participação num determinado processo escolar ativo.
Avaliando as suas capacidades diferenciadas sem que nenhuma delas possam ser
motivo de discriminação ao nível de realização de turmas, leva-nos a refletir na
necessidade de compreensão de processos inclusivos escolares, que poderão
funcionar de futuro como uma mudança de paradigma das minorias sociais
excluídas. Os agentes educativos necessitam de contribuir para o espaço de aprendizagem
de todos os alunos pertencentes à instituição escolar, não criando problemas no
currículo escolar, nos processos de avaliação, nos momentos de formação, no
planeamento, nas relações estabelecidas no quotidiano, e nos apoios que
necessitam dar conta de todos os alunos, criando sinergias necessárias a
políticas públicas que favorecem a garantia de acesso, de permanência e de igualdades
oportunidades de ensino aprendizagem com qualidade.
Os agentes educativos deverão ser o principal responsável pela mudança do
paradigma educacional da instituição, através de políticas públicas
educacionais que precisam reconhecer as contribuições originárias do contexto
de sala de aula. O professor necessita de se encontrar com o próprio sistema
educativo alimentando-o com a sua experiência educativa, ou incomodando o
processo que segrega e excluiu os maus alunos em contexto escolar. O respeito
por uma escola emancipatória não deve excluir nem estratificar alunos porém,
deverá incluí-los numa medida em que todos que se encontram frustrados e
desmotivados em contexto de sala de aula deverão ser motivados para irem à luta
pela sua autosuperação, independentemente das suas contradições, das suas injustiças,
dos seus juízes de valor produzidos pela má distribuição de conhecimentos, de
recursos humanos e materiais derivados de maus processos sociais que tanto
prejudicam e rotulam as suas péssimas carreiras educativas de determinados
alunos e agentes educativos.
O patamar da escola dos diferenciados demanda o conhecimento com
determinação e decisão. As propostas de mudança variam consoante a disposição, a
discussão, o debate, o estudo, o levantamento de dados com iniciativas a serem
compartilhadas por diversos agentes educativos que influenciam as gestões
democráticas das escolas para que favoreçam a tal mudança.
Muitas das decisões precisam ser tomadas pelas escolas ao elaborarem os
seus projetos políticos, pedagógicos, entre as quais destacamos algumas que se
encontram diretamente relacionadas com as mudanças inclusivas.
A realização da aprendizagem no eixo das escolas garante o tempo necessário
para que os alunos possam aprender; e não reprovar nem padronizar a repetência
de forma abrir um espaço cooperativo ao diálogo, à solidariedade, à criatividade
e ao espírito crítico em que sejam praticados pelos professores, gestores,
funcionários e alunos, pois essas são habilidades mínimas necessárias para o exercício
da verdadeira cidadania em que valorizar e formar continuamente os agentes
educativos de forma haja uma melhor ministração do ensino com qualidade aos alunos.
Christopher Brandão 2015
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