terça-feira, 30 de setembro de 2014
cineantropologia: Modelo espacial humano
cineantropologia: Modelo espacial humano: A Cineantropologia Espacial Humana No último século, vários teóricos desenvolvimentistas estudaram intimidamente o fenómeno do desenvol...
Modelo espacial humano
A Cineantropologia Espacial Humana
No último século, vários teóricos desenvolvimentistas estudaram intimidamente o fenómeno do desenvolvimento humano. Sigmund Freud (1827-1939), Erik Erikson (1963), Arnold Gesell (1954), Robert Havighurst (1972) e Jean Piaget (1974), entre outros, fizeram contribuições valiosas às ciências na área do desenvolvimento Humano. Cada um deles construíram modelos teóricos que retrataram processos desenvolvimentistas com base na adaptação e desenvolvimento humano. A importância de um estudo detalhado sobre o desenvolvimento motor permite avaliar determinadas caraterísticas biomorfológicas importantes ao fenómeno cineantropológico e fundamentais ao desenvolvimento da evolução humana. Num determinado período espácio-temporal o desenvolvimento espacial deverá fornecer as indicações e as finalidades necessárias aos humanos. Os objetivos definidos em termos de percepção espacial são definidos pelas orientações das capacidades e valores das estruturas psicomotoras humanas. Os conceitos ou temas das unidades são assimilados pelo próprio homem que investiga a ciência. Independentemente dos fatores externos que condicionam a estruturação humana por várias etapas de desenvolvimento e adaptação definidos no âmbito dos sistemas hipercomplexos e interativos que por sua vez são canalizadores de uma organização multidisciplinar perante um meio aleatório. Neste contexto é possível encontrar muitos desenvolvimentos humanos através da diversidade do espaço físico ou geográfico. O processo de desenvolvimento motor é específico a cada indivíduo. Cada indivíduo tem um tempo peculiar de aprendizagem psicomotora importante para aquisição das habilidades motoras. O relógio biológico embora seja bastante específico numa sequência de aquisição motora é extensível ao desenvolvimento individual de determinadas exigências da tarefa. As faixas etárias de desenvolvimento representam escalas temporais de ações comportamentais de sujeitos que podem ser observados e avaliados num determinado quadro situacional.O estudo do desenvolvimento motor data apenas no início do séc XX. Determinados métodos de estudo evoluíram numa multidiversidade de problemas que influenciaram a quantidade e a qualidade das possíveis informações. A história dos métodos de estudos foram descobertos em problemas de desenvolvimento motor baseados num recente espaço temporal da humanidade que se esqueceu explicar os desenvolvimentos dos nossos antepassados remotos. A importância da origem da terra tem provocado na comunidade científica uma crise de identidade acerca do paradigma do meteorito ou do vulcanismo.Na era mesozóica compreendido num intervalo cronológico entre 65 a 145 milhões de anos apresenta-se por uma escassez de fósseis. A extinção dos dinaussaros no período cretáceo-terciário designado pela crise Kt definida por uma perestroika de biodiversidade na terra. Segundo os palentológos não sabemos o que se passou com a crise KT, sabemos que ouve uma transformação brusca climática no final do período cretácio. Segundo explica o cientista Ronan Allain (2010) o clima naquele tempo sofreu oscilações bruscas de temperaturas entre o frio e o quente levando à destruição da biodiversidade da terra que provavelmente poderia ser provocada pela queda de um meteorito gigante ou por uma atividade intensa de vulcanismo.No início dos anos 80 descobriu-se vestígios na Índia de uma placa de basalto constituída por uma acumulação de lava acumulada a 1500 metros de altura.Durante os primeiros tempos as datações radiocronológicas revelam uma idade de 65 milhões de anos coincidentes com a tal crise KT anunciada anteriormente.Estudos recentes comprovam que determinadas estrias datadas num período temporal de 100 000 anos provam que houve picos intensivos de atividade vulcânica. A influência catrastófica do clima oscilatório entre temperaturas elevadas e frias é discutível quanto à queda de um meteorito e mais plausível face à descoberta de uma camada de argila cretáceo-terciário que se apresenta por sua vez por um produto 30 vezes superior ao normal descoberto pelo italiano Luís Alvarez (1968) que ganhou o prémio Nobel da física. O iridum encontrado poderá ser a tese comprovativa do impacto da queda do meteorito que dispersou e depositou os seus componentes na superfície do globo da Terra. Em 1991 houve uma descoberta de alguns vestígios derivados de um impacto de um meteorito, comprovado por uma cratera de diâmetro de 180 km não distante de Chicxulub localizado a sudoeste do México e encontra-se soterrada debaixo da Península do Lucatã.Num jornal científico 41 investigadores afirmam ter desmistificado o mistério da origem da terra através de um asteróide que atingiu a terra com uma potência mais elevada do que a bomba atómica de Hiroshima. Provavelmente seria carregado de material em grande velocidade para a atmosfera desencadeado por uma reação em cadeia que provocou um resfriamento por irradiação sobre o planeta terra num espaço temporal compreendido de alguns dias. Esta tese do meteorito poderá ser radical ao nível da extinção dos dinossauros, mas alguns palentólogos afirmam: «Porque todos os dinaussaros desapareceram, com excepção das aves, no tempo que os pterossauros desapareceram?»Não sabemos exatamente a idade do seu desaparecimento, também não sabemos a razão da sobrevivência dos mamíferos, mas estamos cientes que atualmente o homem poderá ser responsavél por uma nova extinção de seres vivos na terra pela sua ação cineantropológica.
autor- Christopher Brandão 2014
domingo, 28 de setembro de 2014
cineantropologia: Ontogenia Cineantropológica
cineantropologia: Ontogenia Cineantropológica: A Cineantropologia Da Ontogenia A ontogénese define-se por uma integração sensorial da espécie humana no sistema uterino materno, no qual...
Ontogenia Cineantropológica
A Cineantropologia Da Ontogenia
A ontogénese define-se por uma
integração sensorial da espécie humana no sistema uterino materno, no qual é considerado um potencial
pré-requisito do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem que se
prolonga extrauterinamente através do seu repertório de aquisições cineantropológicas
que vão desde o movimento até à comunicação.Em termos evolutivos e funcionais a
postura erecta será uma conquista contra a gravidade, uma das primeiras
aprendizagens cineantropológicas e cerebrais da espécie humana.A acção cineantropológica do equilíbrio
permite uma resistência à gravidade, ao fortalecimento e à tonicidade dos
músculos à inibição, à facilitação dos reflexos, da vigilância neuromuscular
pertencentes aos sistemas gama, proprioceptivo e vestibular coordenativo que por sua vez são
comandados pelo cerebelo e tronco cerebral. No seu todo libertam o corpo humano para
uma evolução cineantropológica dos processos biológicos de sobrevivência
através de uma aprendizagem de cultura.Segundo os autores Ajurriaguerra
(1964), Kephart (1971), Wallon (1966 e 1970) a postura tem como resultado um sistema
funcional donde emerge a síntese integrada de múltiplas aferências sensoriais
produzida nos recetores periféricos (proprioceptivas, vestibulares e visuais),
cibernética e sistematicamente regulada à base de processos de ação retroacção
que permitem ao indivíduo uma capacidade cineantropológica funcional única no
reino dos vertebrados.A integração vestibular e proprioceptiva
está associada a todos vertebrados através de uma organização axial que
interconeta com uma polaridade céfalo caudal que provavelmente criam os
pressupostos funcionais do controlo dos movimentos oculares relacionados com a
captação da informação envolvente, fundamental para as respostas adaptativas
definidas por Ayres (1982) e para a formação da consciência do ser humano
baseada na teoria bios semiótica de Rothschild (1963).O ser humano tem necessidades e
motivações necessárias à emergência do fabrico de aparelhos, de utensílios, da arte, da escrita, da apreensão do fogo graças à integração postural e especial derivada da
sua locomoção vertical que por sua vez estão relacionadas com a focalização
visual e cerebral desenvolvidas em situações onde se encontram objetos, imagens e símbolos.
Uma cineantropologia controlada,
elaborada e construtiva, requer uma manutenção,fixação plástica e flexível de
um controlo postural e de um controlo atencional que são fundamentais à
capacidade instrumental do homo sapiens de se desenvolver
cineantropologicamente.Piaget (1974 e 1976/pag 39) afirma que a
epistemologia genética é do conhecimento primário “ …uma acção sobre objecto”,
reforça o papel da postura e da motricidade da génese dos processos cognitivos
manifestados pela ação sobre a realidade que a
transforma.Para Rey (1935) toda a exteriorização
das ações é uma manifestação típica de todas as funções psicológicas simples,
uma vez que as aferências (respostas postuo motoras) produzem um contato com a
realidade exterior. Para o mesmo autor, as novas aferências planificadas a
partir de um contato postuo motor permite ao ser humano imaginar uma ação, observá-la
e analisá-la de forma a produzir interconexões muito estreitas entre a atividade
motora e a atividade mental.Nesta dimensão postural de motricidade,
não se trata de simples compostos motores, mas de sistemas coordenados e
intencionais de um objetivo de exteriorização dos seus movimentos.
Analisando cineantropologicamente os humanos
potencialmente elaboram estratégias de ação ou de sequencialização
espacio-temporais, intencionais, decorrentes da solução de qualquer problema
hipercomplexo que se lhes depara. A importância estratégica pressupõe
evidentemente um controlo postural de determinadas informações vestibulares e
proprioceptivas.Lorenz (1968) defende o conhecimento do
corpo baseado na interpretação ancestral do homem primitivo, capaz de manipular
objetos e simultâneamente visualizá-los pela sua capacidade de consciencializar
os seus movimentos através de formulações das suas primeiras conceitualizações. Este
princípio filogenético da espécie humana está enraizado na sua capacidade de
aprender para praticar.Quirós e Schrager (1978) elevam o
controlo postural ao nível hemisférico e não simplesmente ao nível cerebeloso,
dando-lhe ênfase e relevância psíquica superior à medida que se equaciona a
aprendizagem humana em termos intra e inter-hemisférica.O hemisfério esquerdo é simbólico e
trata prioritariamente as funções da linguagem, da análise e do tratamento
sequencial. O hemisfério direito é definido pela linguagem não verbal e trata
das informações corporais, e da síntese de tratamento simultâneo e global.
Segundo estes autores o somatório destes
hemisférios confere à postura um estatuto neuropsicológico inter-relacionado
com a lateralização e especialização hemisférica.Relativamente à especialização
hemisférica, o hemisfério simbólico, muitas vezes inibe o hemisfério postural
de forma a receber convenientemente a informação.
Em linguagem cibernética para se
chegar evolutivamente aos circuitos do hemisfério simbólico é preciso passar
pelos circuitos inferiores do hemisfério postural (noção de potencialidade
postural), sem esta estrutura funcional, a linguagem e a aprendizagem não se
integram, nem se desenvolvem cineantropologicamente.Em termos evolutivos é impossível
chegar a processos superiores de aprendizagem sem determinar as necessidades
corporais de sobrevivência ou de conforto.Os humanos no que diz respeito ao
desenvolvimento simbólico e à construção de relações interpessoais interagem no
sistema postural e na somatagnosia pela evolução cultural que se operacionaliza
por processos de tradução de linguagem falada para uma linguagem escrita ao longo
do desenvolvimento cineantropológico adquirido ao longo do seu ciclo de vida
humano.Ayres (1975) afirma que a postura exige
certas condições do meio envolvente, do solo e das forças gravitacionais que no
seu todo constituem um sistema funcional quase exclusivo da espécie humana
desenvolvido pela aprendizagem cineantropológica.Para que o organismo aprenda é
necessário uma adequação energética de forma a ampliar e inibir estímulos processar informações e agir. Sem o domínio postural do cérebro não existe
aprendizem motriz que não se desenvolve pelas atividade simbólicas e por sua
vez afeta os sistemas comunicacionais.O cérebro necessita automatizar as suas
funções antigravíticas antes de poder processar as informações simbólicas
adquiridas pelas aquisições posturais que por sua vez são pré-requisitos
específicos dos humanos ao seu desenvolvimento cognitivo.A primeira fonte de conhecimento humano
exige experiência psicomotora e não é viável em determinadas condições
cineantropológicas de estabilidade postural. Com a instabilidade postural,
nenhum conhecimento é apropriavél na medida em que se perdem todas as
referências necessárias ao processamento de informação cerebral.No animal e no ser humano de baixo
nível etário, o conhecimento inicia-se a partir das atividades psicomotoras
possíveis após aquisição da segurança gravitacional.A transformação do conhecimento
derivado pelas ações mentais exige principalmente a organização de unidades
funcionais preexistentes, o equilíbrio é sempre ponto de partida
e de chegada de novas combinações cineantropologicas.As atividades motoras posturais
suportadas pelos centros corticais utilizam outras atividades motoras e não
motoras mais complexas.Queirós e Schrager (1978) e Fonseca
(1989), afirmam que as atividades motoras automáticas podem ser produzidas de
forma satisfatória por processos de conhecimento que têem melhores e maiores
possibilidades de desenvolvimento cineantropológico.O significado psiconeurológico parece
mais compreensível na medida em que envolve a maturação de todo o sistema
nervoso e de todas as suas capacidades de conhecimento.O controlo postural é indispensável ao
desenvolvimento motor ou cineantropológico.A importância da postura e da psicomotricidade
no desenvolvimento utilizado na obtenção de novos conhecimentos adquiridos no
espaço geográfico pela ação cineantropológica da espécie humana.As atividades posturais associadas às
motoras estão subordinadas às actividades cognitivas. A dualidade do acto ao
pensamento e do pensamento ao acto permite a transformação da cineantropologia.O equilíbrio define a integração das
sinergias posturais e motoras que são reguladas pelo cerebelo pelas suas áreas
mais antigas, arquicerebelo e as mais recentes neocerebelo.O cerebelo em termos evolutivos
apresenta a expansão dos seus lobos nos quais o córtex obteve as suas áreas
associativas.O equilíbrio desempenha um papel
organizativo de todas as atividades cerebrais motoras, psicomotoras e
simbólicas. Fonseca (1999) determina que o cerebelo, o sistema vestibular, a formação reticular, estão intimamente associados ao longo
da filogénese e da ontogénese, na medida em que se criam circuitos em formato
de fluxograma de retroactivação, de referenciação, e de comando, moldando a tonicidade e o equilíbrio de forma a
serem integrados em movimentos hipercomplexos sequenciais de antropomacromotricidade,
de forma a proporcionar a elasticidade e a adaptação.
A hierarquização harmoniosa dos
movimentos, das tarefas e subtarefas do equilíbrio não fornecem dados
funcionais, vestibulares e cerebelosos como também talâmicos, límbicos e
reticulares visto que em termos sistémicos, é impossível dividir o cerebelo do
tálamo, da formação reticular e do centro vermelho do sistema límbico.Hipoteticamente a base destas
interconexões e do servomecanismo chega destas tarefas, tanto nos sinais de
descontrolo psicoemocional, como nas expressões faciais, sorrisos e gestos.Wallon (1966 a 1970) define a vida
emocional pela interação de ações tónicas, emotivas e de motricidade que
interacionam em termos de desenvolvimento afetivo, donde o significado
psiconeurológico dos dados obtidos funciona como fator psicomotor.Lúria (1973 e 1980) afirma que toda a activação
se transforma em sistema de segurança gravítico, independência motora, em
capacidade motora de controlo emocional, capacidade de atenção e de alerta e em
apreensão espacial que em si consubstância o cerebelo, como um centro de
tácticas posturais e motoras integradas na primeira unidade de Lúria.A postura gravitacional é produto do
desenvolvimento da atenção selectiva e de conservação dessa função primordial
do cérebro, através da qual os extero-receptores, essencialmente, a audição e a
visão se desabrocham no seu meio envolvente, de forma a organizarem as
funcionalidades psíquicas superiores.O equilíbrio associado com a tonicidade
formam a organização neuromotora superior, constituída pela lateralidade
somatagnosia, estruturação espácio-temporal e práxicas.A motricidade pré-antecipada é
importante para a neuromotricidade em termos filogenéticos e ontogenéticos e por sua vez
constroi a cineantropologia humana.
A atividade cognitiva superior integra
a motricidade fazendo o transfert em neuromotricidade que se traduz numa
organização neurológica importante para todo o processo de aprendizagem humana.A organização neuromotora é resultado
da integração dos dados proprioceptivos tónicos, vestibulares, posturais,
motores e quinestésicos em dados extero-receptivos (tácteis, auditivos,
rítmicos, visuais, espaciais, temporais etc.).Lúria (1973) define um sistema
funcional hipercomplexo que transforma a motricidade numa perspetiva
neurointrínseca.A cineantropologia com os seus graus de
liberdade liberta-se para uma dinâmica do seu universo psicomotriz para se
transformar em neuromotricidade.Esta relação é avaliada por um conjunto
de dados intrínsecos e extrínsecos na sua concepção e elaboração, organização,
regulação, verificação e execução.A transformação e a modificação da
motricidade, na qual a tonicidade e o equilíbrio relacionados na primeira
unidade de Lúria interferem na elaboração de fatores neuromotores hipercomplexos, como a lateralização, a noção do corpo e a estruturação
espácio-temporal e produção das práxicas determinantes à activação da segunda e
terceira unidades funcionais lurianas. A ontegenia cineantropológica provavelmente poderá ser considerado um dos processos da evolução da evolução humana.
autor- Christopher Brandão 2014
sábado, 27 de setembro de 2014
cineantropologia: O Paradoxo De Valor Do Espaço Cineantropológico
cineantropologia: O Paradoxo De Valor Do Espaço Cineantropológico: O Espaço Cineantropológico um Paradoxo De Valor ? O espaço contribuiu para a formação pessoal, social, ética, técnica e científica d...
O Paradoxo De Valor Do Espaço Cineantropológico
O Espaço Cineantropológico um Paradoxo De Valor ?
O espaço
contribuiu para a formação pessoal, social, ética, técnica e científica dos
investigadores, idenpendentemente do seu grau académico que se encontram
inseridos. A consciencialização por parte dos investigadores ao nível dos
valores científicos relativos à sua área é de primordial importância para a
aprendizagem das metas científicas propostas. As opções de investigação
condicionam o conhecimento produzido pelos investigadores dando uma utilidade
pública dos bens tangíveis adquiridos. Os orientadores conhecem bem as
situações de grande conflito interno com que muitos investigadores se debatem
sobre os reflexos dos seus resultados científicos relativos a uma determinada
área científica. Esta sensação de inutilidade não é estranha relativamente ao
espaço geográfico se for encarado como disciplina talvez possuirá potencialidades
científicas e educativas que muitas vezes não são exploradas na sua real valorização.
A interação do espaço físico e geográfico com o ambiente constitui uma linhagem
de estudo direcionada para a multidisciplinaridade das várias abordagens
possíveis de estudar as localizações humanas. Apesar de realçar aspetos
fundamentais do conhecimento não se deve sobrevalorizar qualquer espaço para
reforçar a sua fronteira entre as ciências sociais, humanas e naturais relativas à interdisciplinaridade
das grandes investigações atuais sobre a evolução humana.A dimensão espacial não deve ser desinserida no contexto
da evolução humana porque sem espaço não há desenvolvimento dos fatores que
interagem com as populações e as sociedades no seu todo. Podemos associar em
categorias distintas nomeadamente;- Alterações significativas nos recursos materiais
tecnológicos e bens tangíveis transmíssiveis às gerações futuras,- Alterações ao nível das ações comportamentais e dos
modus vivendi e operandi que provocam grandes transformações sociológicas das
próprias populações num determinado espaço físico,- Alterações na morfologia espacial e dos metódos de
conhecimento geográfico em prol da evolução humana,As alterações diversificam-se de uma forma aleatória e
muito crescente numa dinâmica cineantropológica evolutiva em prol da adaptação
e desenvolvimento que são os instrumentos fundamentais para a mutuação genética
e que por sua vez permitem uma nova dinâmica espacial dos povos e uma maior
transmissão de cultura e informação. No seu todo este processo conduz à
diversificação genética populacional que são fontes de uma intensificação
informativa efetuada pelo transfert da tecnologia associada ao deslocamento das
populações. A origem da tecnologia surgiu de uma mudança crucial da evolução
que conduziu ao pensamento casual e à capacidade de realizar instrumentos que
possam interagir com o espaço físico e geográfico. A relação entre a utilização
de instrumentos com o pensamento casual associado à linguagem foi fundamental
para a evolução e poderá ser um problema hipercomplexo interessante para a sua
desmistificação. Um destes elementos poderá ter servido para arrastar os outros
elementos. A tecnologia é essencialmente de natureza padronizada, complexa e
repetitiva que exige um domínio manual apurado na sua forma em associar os
diversos componentes.
A questão do
tamanho cerebral leva-nos a outra alteração significativa que ocorreu num
momento do percurso evolutivo cineantropológico originário dos nossos
antepassados e muito semelhantes ao dos símios. Os cérebros grandes exigem
maiores crânios permitindo assim uma maior vantagem na luta pela sobrevivência,
de tal forma haja uma grande pressão evolutiva para o crescimento cerebral
tanto quanto possível. A dimensão cerebral é cada vez maior e permite uma maior
assimilação de conhecimento derivado por um melhor processo de
ensino-aprendizagem na aquisição de cultura e tecnologia quer rudimentar quer
tecnológica ao longo do tempo.Podemos afirmar que o progresso da tecnologia foi lento,
as lascas de sílex utilizadas como lâminas datam apenas de há 100 000 anos. Os
artefatos de ossos de chifres e marfins eram transformados em artefatos
especificamente afiados como o caso das lanças e arpões. Há cerca de 20 000
anos os artefatos do Paleolítico superior sugerem uma possível divisão laboral
na produção de instrumentos mais hipercomplexos. As lâminas distintas de lascas
eram então comuns, assim como os instrumentos de origem de compósitos eram
importantes para a sua utilização e manufaturação de vários materiais
realizados em osso. Estas técnicas exigiam um enorme espaço temporal para serem
dominadas.
Um dos mistérios da evolução humana é saber o porquê dos
nossos cérebros serem enormes. Estes órgãos enormes e hipercomplexos utilizam
muita energia mesmo durante a fase do sono. Qualquer cérebro de maior dimensão
exige alimentos de elevado teor calórico do tipo em que se obtém, por exemplo a
carne dos cadáveres das presas abatidas pelos leões que esmagavam os ossos para
comer a sua metafíse fértil.Segundo Deacon (1997); Dunbar (1996) quase todas as
teorias convencionais assumem o grande cérebro como uma adaptação ou uma
vantagem dos humanos em produzir relações sociais complexas baseadas no crescimento
interactivo grupal que por sua vez permitiu o fabrico de utensílios. O cérebro
em cada segundo consegue processar 100 milhões de bits de informações e de
mensagens adquiridas pelos sentidos. No tronco encefálico existe uma rede de
nervos designado por formação reticular que atua como uma espécie de centro de
controlo de tráfego em que monitoriza milhões de mensagens que lá chegam. Este
consegue separar as mensagens principais das restantes pelo córtex cerebral. Em
cada segundo esta pequena rede de nervos só permite no máximo algumas centenas de
mensagens que penetrem na mente e no consciente. As células cerebrais chaves
designam-se por neurónios que por sua vez estão separadas por sinapses por
diminutos espaços de 25 milionésimos de milímetro. Estes espaços são cruzados
por substâncias químicas definidas por neurotransmissores, 30 das quais são
conhecidas, mas o cérebro pode possuir muitas outras ainda desconhecidas. Estes
sinais químicos são recebidos pela terminação nervosa do neurónio por uma malha
de diminutos filamentos designados dentritos. Os sinais transmitidos para a
outra terminação nervosa do neurónio são efetuadas através de uma fibra nervosa
chamada axónio. Os neurónios são estimulados por sinais eléctricos que cruzem
em espaços que muitas vezes são químicos. A transmissão dos sinais nervosos é
de natureza electroquímica. Cada impulso tem a mesma força, mas a intensidade do
sinal depende da frequência dos impulsos.Não é exato saber quais são exatamente as estruturas que sofrem
transformações fisiológicas cerebrais que ocorrem durante o processo de
ensino-aprendizagem. A experiência sugere que à medida que aprendemos na fase
inicial da vida humana obtemos melhores conexões de interneurónios que libertam
mais substâncias químicas e por sua vez cruzam com os espaços dos
interneurónios. A aplicação continuada das conexões fortalece e reforça a
aprendizagem. Segundo o neurocirugião Robert J. White (1994) afirma que o
cérebro humano evolui mais do que qualquer animal o que contradiz a razão dos
fatos. A destreza manual exigiu transformações sensoriais e motrizes no cérebro
ao longo do tempo. O cérebro moderno humano provavelmente deverá ter evoluído
em reação de uma capacidade integrada na manipulação e utilização de
instrumentos. É mais lógico reconhecer a existência de um intelecto superior
responsavél pelo desenvolvimento da relação entre o cérebro e o cognitivo provavelmente
poderá desmistificar a compreensão da metafísica humana.Analisando a evolução humana a nível mundial podemos
observar que a dinâmica cineantropólogica é instrumentalizada pela adaptação e
desenvolvimento de determinadas variáveis sociobiomorfohumanas. A evolução
humana teve de se adaptar de tal forma que a informação atual é mais credível
aos investigadores por ser muito diversificada manuseável e útil dos que nos
tempos remotos. Em segundo lugar resulta de uma observação global e universal
das variáveis em constante transformação do conhecimento produzido diariamente
pelos investigadores nos seus laboratórios. Tal fato advém de uma série de
experiências condicionadas ao modo com que os investigadores analisam o seu
espaço científico e como os envolve na aplicação de metodologias científicas
baseadas numa fase inicial num conjunto de questões que pretendem dar respostas
mais verídicas possíveis. Tais vivências podem ser aproveitadas não só pelo
orientador como também pelos investigadores que pretendem respostas convincentes
às suas questões e anseios. É importante desenvolver atitudes e competências
necessárias para uma apreciação crítica da informação e das provas que os
investigadores detêm ao seu dispor, tendo em atenção ao conhecimento estudado do
homem quanto à sua distribuição relativa às grandes diferenças ao nível do
desenvolvimento e da adaptação humana. O espaço físico e
geográfico poderá desenvolver-se como ciência cineantropológica nos universos
de investigação, ao nível dos estudos logitudinais ligados aos problemas
evolutivos humanos. Neste quadro situacional é possível definir um conjunto de
variáveis para o espaço físico e geográfico num contexto de evolução humana ao
longo do tempo.Os objetivos serão formulados no sentido de auxiliar os
investigadores a:- Desenvolver a compreensão e o interesse sobre o
conhecimento não só de espaços que lhes são próximos mas também dos espaços
longínquos,- Apreender uma grande variedade de condições existentes
sobre a superfície terrestre, local de desenvolvimento evolutivo humano nos
quais os indivíduos adaptaram, desenvolverem, modificaram o ambiente sob
influência das atividades sociais, políticas, cineantropológicas,
económicas,etc,- Delinear um quadro globalizante no qual possam situar
fenómenos evolutivos do passado até ao presente,- Percepcionar um modo mais completo do significado
humano quer na sua atividade desenvolvida num determinado espaço quer nas suas
interações cineantropológicas, - Desenvolver uma melhor compreensão acerca dos
mecanismos de organização espacial pertencente às atividades humanas,- Compreender os processos hipercomplexos que deram
origem à diversidade dos padrões psicomotores humanos segundo determinados padrões
espaciais da superfície terrestre e no modo como influenciaram as
transformações espaciais e cineantropológicas,- Ter uma crescente consciencialização acerca da
diferença de oportunidades e constrangimentos que afetam as diferentes
populações nos diferentes espaços sob diferentes condições económicas, sociais,
políticas e físicas,- Desenvolver uma melhor compreensão na natureza das
sociedades multiculturais e multiraciais,- Compreender no seu todo um conjunto de problemas,
sociais, económicos, políticos e ambientais numa dimensão espacial e geográfica
e refletir sobre estes problemas, produzindo juízos de valor devidamente
fundamentados na Ciência Cineantropológica,- Desenvolver um vasto leque de capacidades e
competências necessárias ao raciocínio espacial e geográfico igualmente úteis e
aplicáveis noutros quadros situacionais,- Atuar de modo mais interveniente no seu ambiente
enquanto indivíduos ou membros sociais.Estes objetivos traduzem claramente muitas das
preocupações do desenvolvimento humano perante um espaço físico e geográfico em
que os investigadores devem analisar toda a verdade dos fatos.
A reflexão de uma determinada postura investigativa e
epistemológica permite evitar distrações se quisermos proceder à sua apreciação
crítica das suas bases rigorosas. Os modelos evolutivos e pedagógicos que os
cosubstanciam enquadram-se em finalidades evolutivas que representam muitos dos
princípios básicos vulgarmente designados por evolução cineantropológica.As ideologias de que temos vindo apresentar, pretendem
sobretudo restabelecer uma ligação interativa entre a evolução humana com o
espaço físico através de ações cineantropológicas. Elas confrontam-se no
próprio seio da comunidade científica em determinados especialistas que propõem
o retorno às origens humanas de forma entendermos que a evolução humana é
fundamental para compreendermos o homem contemporâneo em termos de uma correta
informação sobre o mundo atual sem quaisquer dúvidas de que o espaço físico e
geográfico desempenha um papel fundamental na adaptação e no desenvolvimento
cineantropológico.A interpretação de mapas, entre outros, são básicos para
melhor compreensão do espaço físico e geográfico que muitas vezes auxiliam os
investigadores nas tomadas de decisão sobre as melhores teorias
motricomunicativas humanas.
É importante reconhecer a todos que investigam a evolução
humana num determinado espaço físico ou geográfico que se pode constituir uma
ferramenta essencial ou um meio de melhor compreensão, não só do mundo humano
mas também do quadro situacional onde este se encontra inserido na
cineantropologia.A melhor articulação entre espaço físico ou geográfico
associado à evolução humana permite uma melhor descoberta da verdade
científica. Esta situação poderá suscitar uma curiosidade científica que poderá
ser uma via alternativa estimulante na compreensão do desenvolvimento humano
através das ações cineantropológicas. Torna-se necessário uma descrição
detalhada das situações espaciais e geográficas que se concretize na descoberta
de soluções e respostas referentes aos problemas e interrogações que surgem. A
descrição das situações espaciais poderá ser um conjunto de enigmas no qual
estas questões levantadas pelos raciocínios dos investigadores possam
solucionar toda a problemática relacionada com a área cineantropológica.A investigação espacial e geográfica poderá ser um meio
de auxiliar as ciências para finalidades instrumentais motricomunicativas de
futuro, através dos desenvolvimentos das mentalidades abertas dos próprios
investigadores que futuramente irão investigar a ciência cineantropológica.
autor- Christopher Brandão 2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
cineantropologia: A Evolução Cineantropológica Do Jogo De Ténis
cineantropologia: A Evolução Cineantropológica Do Jogo De Ténis: A cineantropologia evolutiva Do Jogo De Ténis A biomecânica atual do ténis data do ano 1874. A base tenística tem origem nos jogos de p...
A Evolução Cineantropológica Do Jogo De Ténis
A cineantropologia evolutiva Do Jogo De Ténis
A biomecânica atual do ténis data do ano 1874. A base
tenística tem origem nos jogos de parada produzidos na idade média. A
diversidade de variantes produziu pouco a pouco a dimensão moderna do ténis
atual originária no ano de 1874. O desenvolvimento ascendente permitiu a
criação de uma estrutura organizativa do clube, da associação, da federação e por
fim a inernacionalização do ténis proveniente do produto das competições
nacionais e internacionais, que por sua vez permitiram a popularização desta modalidade e a sua expansão pelo mundo. A evolução ténico-tàtica do jogo està provavelmente relacionado
com a sua difusão . Os jogadores de primeira categoria demonstram sempre em competições as suas novidades psicomotoras e tecno- táticas, levando assim ao aperfeiçoamento
e ao desenvolvimento da modalidade. A evolução tenística demonstra uma certa
flexibilidade ao nível das regras e da técnica nos diversos estilos de jogo
consoante a individualidade de cada atleta e de cada cultura de cada país em que se
desenvolveu a modalidade.O enquadramento físico e mental de cada atleta
demonstra a sua eficácia ao nível da sua psicomotricidade que determina a sua
ação comportamental tecno- tática no jogo. O produto da técnica e da tática
individual se constroi numa base fixa.
Só o conhecimento das regras básicas permitirá o estilo
pessoal e cineantropológico do sujeito ao nível dos movimentos
produzidos pela ação dos diferentes níveis de jogo.
Assimilação das regras básicas gerais permitirà uma melhor
adaptação às suas caraterísticas individuais.
O princípio elementar do ténis consiste na bola ser trocada
sobre um obstáculo com auxílio de uma raqueta. A bola tem de cair num campo
limitado e ser devolvida antes de bater a segunda vez na superficie limitada.
Em dois tipos de jogo com bola em que se aplica o termo jogo
de «Palone», se encontra a sua base no século XI (Itália).
A atividade de lazer relacionado com grande bola, batia-se a
bola revestido de coiro ou de madeira com ação biomecânica do antebraço. O jogo
com bola pequena pode -se considerar a origem do ténis atual.
A palheta numa fase inicial era utilizado com a palma da
mão. Devido às dores provocadas recorreu-se depressa a uma proteção de cabedal
cujas as faces eram muitas vezes reforçadas por uma rede. Na Itália, o jogo do
«soco na bola» atingiu enorme popularidade enquanto nos outros países românicos
optava-se por uma bola pequena.
Em Espanha houve uma evolução dos príncipios para o jogo da
«pelota», que ficou, até hoje, como
desporto nacional dos Bascos. Na sua prática utiliza-se uma bola dura que é
lançada contra a parede com o auxílio de um instrumento em forma de bico
curvo, e que deve ser devolvida antes de bater no chão, como no ténis inclui
jogos de variantes de singulares e de pares.
Na França do século XIV a ambição do sexo
masculino de galantaria, contra a educação cavalheiresca mais rude salientava-se em relação aos outros países.
A expressão «galant homme» em relação aos
princípios deste jogo produz uma oportunidade para o cavalheiro brilhar na sociedade através das
suas potencialidades físicas, sem dar impressão de grosseria cavalheiresca. Diz-se
que semelhante exercício com bases amorosas nos salões e nos banhos públicos,
se relacionavam com os mesmos excessos dissolutos. Logicamente este jogo
adquiriu uma dinâmica de rápida difusão na sociedade francesa, na mesma altura que a versão italiana foi introduzida.
O jogo definido por «jogo da palmada», todavia, não
conseguiu a sua difusão ao ar livre devido às condições climatéricas de baixa
temperatura , ao contrário dos outros países, até se edificarem os
recintos em massa. Semelhantes construções numa maneira geral apresentaram
medidas padrões nomeadamente, 30 metros de comprimento, 10 de largura e 7 de
altura. A sala encontrava divida em duas metades separadas por uma corda cujo o piso
era coberto de azuleijo.
A validade do lançamento com bola obrigava o seu batimento na
parte mais inclinada do tecto que seguidamente tinha de tabelar na parede até
não ser possível batê-la.
Antes utilizava-se como raquete um instrumento curvo de
madeira de pega curta.
No século XVI utilizava-se uma moldura de madeira unida por
fitas de coiro ou de tripa. Estas supostas raquetes eram fabricadas em madeira de
freixo, ou tília, de tal forma entrelaçada que ficava uma face àspera e outra
lisa. A forma de contagem em relação à contagem do ténis atual ser semelhante à
do «jogo de palmada», há que salientar que o número 15 foi eleito como unidade
no qual o somatório tem um sequência de 30 pontos e de seguida passa para 40 e
não para 45, como a contagem que se encontra em todos os povos latinos . Na eventualidade de
igualdade, depois do penúltimo ponto, (40-40) são precisos conquistar mais dois
para vencerem o jogo.
Relativamente ao processo de contagem existem divergências
de opiniões. A explicação de alguns investigores em que consideram a mais
verosímil foi de Schnell que considera a
terminologia da palavra journée cuja a sua terminiologia significa «dia» ou «luta» num contexto de jogo
competitivo. Numa divisão do dia em 24
horas permitiu a divisão do ténis em 24 jogos no qual cada jogo correspondia a
uma hora, e cada hora tem 60 minutos. A divisão do jogo de ténis em 4
partes jogando um ponto que equivalia 15 pontos. Depois do somatório dos pontos
chegar ao 45 -45, o vencedor teria de conquistar um duplo ponto para vencer o
jogo muitas vezes dependia do acaso.
A preferência pelo número quarenta em vez do 45 é explicada
pelo fato de mais pontos, depois do número 45 chegarem. Na eventaulidade de
igualdade optava-se pelos 40-40 no qual
os próximos pontos valiam cada um 10. Na eventualidade existir a renovação do
empate (50-50), regressava-se aos 40. Para simplificar igualdade em vez de se utilizar
a pontuação de 45 contava-se 40.
Na mesma situação sucede com o número 24, enquanto
igualmente era necessàrio 2 jogos de diferença em competição no qual contava-se em
caso de igualdade, 22-22, para trás. Devido à falta de tempo, ou talvez para
dar possibilidade a uma desforra sucessiva, o despique foi reduzido de 12
para 6 jogos.
O jogo da palmada nunca chegou a ser um jogo do povo mas das
elites atendendo ser uma atividade que exigia no máximo 4 participantes e além disso exige um recinto específico que impunha elevados custos de recursos
materiais o que impedia o seu desenvolvimento popular, dado às circunstâncias da
sociedade daquele tempo.
No sec XVIII desapareceu o jogo do salão (de dança), tanto
na França como na Europa central e ocidental.
Nos primeiros anos o ténis jogava-se essencialmente na linha
de fundo sendo o serviço executado por baixo. A evolução do estilo de jogo
de cada atleta mais especificamente em jogos onde prevalecia as acções
psicomotoras de bolas atlas utilizadas nas técnicas dos smashs e dos serviços, bem como em
ações biomecânicas de movimentos executados em fases de ataque permitiu que o
ténis ganhasse a sua dinâmica e diversidade.
A evolução do jogo para um ataque à rede por parte do
jogador permitiu desenvolver acções técnicas mais rápidas designadas por
passing-shot de forma a imprimir uma maior velocidade no jogo.
A evolução da transferência do jogo de fundo para o jogo de
rede determinou a sua própria concepção evolutiva do ténis.
Os irmãos Doherty influenciaram de maneira decisiva a
evolução táctica do ténis
entre os anos de 1897 a 1907, no qual houve um expoente
máximo de evolução ténistica ao nível tecno- tático. Podemos avaliar o jogo dos
Doherty como um jogo clássico na arte do impato da bola com a raquete associado
ao sistema de ataque de subida à rede eficaz, no qual a sua defesa sobressaía
na devolução de bola com o gesto técnico da esquerda.
Em comparação ao atual nível de jogo, o jogo dos irmãos
Doherty apresentava um ponto fraco na modalidade do ténis na variante singular como a de pares em que a sua transição para rede era concluída só a meio do campo. Tendo em conta que
o crossing –ball ainda não era conhecido no qual a acelaração do batimento de
preparação poderia apresentar com algumas deficiências táticas.
No ano de 1910 surgiram mais dois tipos de jogos cujo o
sucesso foi evoluído num espaço temporal de curta duração. O tenísta
australiano Brooks tentou com os seus lifts que são efeitos de bola muito
ortodoxos em pertubar o batimento das ações técnicas dos seus adversários.
Atendendo às batidas defensivas estas variantes era demasiados lentas e
igualmente se inferiorizava em pontos fracos nas batidas laterais.
Houve um jogador norte- americano possuidor de um serviço canhão, atendendo que
lançava uma bola alta, mas por sua vez era mediano no batimento elementar de campo
sendo ainda pioneiro na descida à rede. Estes sistemas de jogo eram restritos.
No primeiro período evolutivo de ténis houve a necessidade
de se jogar em todo o campo numa combinação razoavél de subida à rede através
do jogo de fundo.
Nas variações do jogo e aumento do ritmo Tilden foi
considerado o melhor tenista de todos os tempos na sua época. Este jogador
utilizava todas as variações possíveis dos efeitos de bola, associados a
diversos sistemas de jogo , tendo sido pioneiro em utilizar o corte longo com máximo aproveitamento do ressalto da bola. Também dominava a velocidade e o
efeito da bola. Contribiu com os seus conhecimentos práticos para manuais e
filmes para o desenvolvimento científico da modalidade. Durante a sua época
compreendida num intervalo temporal entre 1920 e 1926 foi considerado pelos
especialistas de ténis como um símbolo americano do run and rush.Também foi
considerado um jogador predominantemente atacante procurando acumular pontos e
aproveitando os diferentes processos técnico-táticos. Por outro lado aumentou o
ritmo de jogo essencialmente no ataque enquanto Cochet era especialista na
receção imediata, tanto no ataque como na defesa. O seu batimento antecipativo
imprimia maior velocidade de jogo. A sua forma de batimento antecipativo sobressaía
pela sua eficácia em resposta ao serviço violento, atendendo à sua espera
adiantada em relação ao serviço permitia uma enorme vantagem sobre a linha de
fundo. Esta situação dimínua o tempo de batimento da bola, mas em compensação
reduzia o ângulo de ressalto, bem como o intervalo de tempo de resposta.
Um serviço potente em que a bola ressalta no quadro de
serviço apenas 1 a 2 metros da linha de fundo concebe ao servidador uma
potencialidade de receber a resposta junto à rede.
O tenista inglês Fred Perry afirma : « a juventude deve
alicerçar os fundamentos da sua técnica na velha escola, mas apenas os
fundamentos, uma vez conseguido esta situação podemos orientamos por novas
versões de batimento antecipado da bola. Acredito que tal método de batimento
rápido poderá consolidar-se com o tempo e ocupar o espaço concedido à velha
escola pelos manuais.».
No final deste período evolutivo predominava um tipo de jogo
em que se aproveitava de todos os preceitos técnicos e tácticos ofensivos,
visando um maior ganho de pontos possível.
No ano de 1940 houve um reforço atacante no qual o
desenvolvimento na maneira de jogar foi idêntico durante este período que foi
considerado essencialmente pela geração mais velha como pouco profundo e sem
nada de comum com a cobertura total do campo. As expressões analisadas em campo e definidas em expressões desce ao campo,
bate com força; corre à rede e tenta apanhar a bola, quer saltando, quer
torcendo, devolvendo de qualquer maneira para além da red, caracteriza a
atual forma de jogar.
Atualmente o ténis opta-se por um ataque rápido cujo o
objetivo incide conjuntamente com o serviço de forma atingir uma posição estratégica na rede. Deve-se atacar com o serviço desde que haja
garantias de êxito.
Em situações de jogo de bolas frouxas ou mal colocadas não são propícias, por isso é
aconselhavél, aguardar uma posição mais favoravél de aproximação à rede para
depois seja preparada uma boa performance de batimento longo . Para que o processo
resulte é necessário o jogador dominar as diversas formas de batimento.
O serviço é um gesto técnico decisivo no batimento na fase do jogo de ataque enquanto os gestos técnicos do volley e do smash
são considerados processos de conquista de pontos na subida à rede. No gesto técnico do serviço a sua execução geralmente produz uma acção biomecânica de rotação no qual a trajetória curva da
bola é mais lenta do que o batimento tenso e dá mais tempo ao adversário realizar o contra-ataque. Os jogadores da resposta ao serviço devem ter em conta as mudanças de direção resultantes do
ressalto da bola proveniente do serviço.
Para um jogador possuidor de um serviço potente com ida à rede
é preferivél ganhar à primeira o ponto ao adversário utilizando a técnica do
serviço que poderá ser decisivo para uma vitória final numa partida ou num set,
assim como a resposta ao serviço é determinande para atual forma de jogo. A
evolução do jogo de ténis e sua metodologia de treino deverá incidir na
interação do serviço e resposta ao serviço que será o ponto fundamental da
atual forma de jogo do ténis atual.
A utilização dos drives de direita e da esquerda associado à
resposta ao serviço poderá evoluir para um estilo de jogo tático que se reveste
de grande transcendência de batimentos intermédios e de preparação do próprio
ataque à rede. Atendendo a este quadro situacional o gesto técnico de direita e da esquerda
merecem uma atenção secundária no ténis moderno.
A técnica do Lob bem aplicado concede-nos um importante
batimento defensivo com muitas possibilidades de criar mudanças decisivas no jogo.
Atualmente as diferentes formas de batimento estão relacionados com o serviço, a resposta
ao serviço, gestos técnicos de direita e esquerda, volley, smash e lob. Qualquer uma destas formas
de batimento quando bem executadas contra um adversário do mesmo nível
competitivo poderá constituir uma enorme vantagem tenística.
Estas técnicas de batimentos de bola poderá ser
exemplificadas em contextos de jogos nomeadamente na final do jogo singulares
masculinos do Torneio de Wembley de 1959 foi ganho por Olmedo de nacionalidade
norte- americana contra o tenista australiano Rod Laver, pelos parciais 6-4,
6-3, 6-4.
Bastou a Olmedo ter êxito 3 vezes consecutivas na técnica do serviço que ganhou ao
adversário com a vantagem de 5-4 que foi suficiente para quebrar o jogo de uma vez e ganhar por um resultado de 6-4. No segundo set como parcial 4-3 conseguiu durante o serviço de Laver,
fazer 5-3 na receção acabando por vencer por um resultado de 6-3 devido ao gesto técnico do serviço imediato. Na
terceira partida Laver controlava a situação de jogo servia primeiro com uma vantagem no resultado 4-3 e após o just no resultado de igualdade de jogos 4-4 houve novamente um rompimento que permitiu a Olmedo chegar
aos parciais 5-4 completando com o seu serviço a partida de jogo. Com o
desenrolar do jogo competitivo demonstra claramente como o ténis ao nível
mundial evoluiu numa dinâmica evolutiva do gesto técnico do serviço contra o adversário no qual comprova com a sua vitória na final naquela época. Como conclusão podemos ver que os dois
jogadores demonstraram um idêntico poder de serviço referente à situação de
jogo na rede no qual Laver foi mais versátil por utilizar um gesto técnico do volley enviesado. Em contrapartida para Olmedo foi decisivo a sua estratégia defensiva. Devido à sua maior eficácia
dos seus batimentos de devolução em passing-shot obrigou a Laver a lutar
muito mais para conquistar o serviço. Em diversas situações Olmedo teve de sair
de situações de jogo extramente difíceis de defesa de forma conquistar pontos
em situações vitoriosas de ataque. O jogo diversificado de defesa resultou numa
forma atacante poderosa.
Através dos comentários após o jogo de Laver em Wembley em
que afirma que o seu adversário Alex Olmedo demonstrou-se num jogador muito maduro
com um sistema ofensivo de volleys bastantes controlados. Os seus batimentos no
fundo do court não tinha nada de extraordinário, mas eram suficientemente
eficazes para não o comprometer quando não se encontrava próximo da rede. Para
derrotar Olmedo Laver tinha de chegar primeiro à rede e além disso precisava de
servir pelo menos com a mesma potência de Olmedo. O serviço de Olmedo era
difícil de devolver, só podia mandar-lhe a bola para perto. Laver chegou à
conclusão que Olmedo deteve o domínio do jogo pelo fato deste se encontrar em
permente deslocamento o que obrigou a precipitar os seus batimentos, tendo em
consequência os seus erros derivados dos seus atos.
Se tivessem atuado sobre terra batida, em vez de relva
sobressairia uma velocidade de jogo diferente mais especificamente na
velocidade da bola de serviço. Efetivamente a velocidade da bola sobre a relva
diminiu em relação à superficie de terra batida.
Nos jogos realizados em campos vulgares provavelmente
podemos captar muitas bolas e devolvê-las, o que nunca seria possível sobre a
superfície de relva. Deste quadro situacional resulta igualmente o aumento das
hipóteses de vitória em situações de jogo de ataque, mas também só tem sucesso
o jogador que possua uma estratégia atacante.
Analisando o desenvolvimento tenístico nas últimas décadas
conclui-se que atualmente se joga de maneira muito diferente de há 20 anos. Um
jogador só subia à rede quando conseguia forjar as boas condições de ataque na
linha de fundo. Atualmente podemos criar situações de ataque imediatamente após
o serviço. Um bom serviço e um bom jogo de rede são tão básicos com o domínio
dos batimentos e dos gestos técnicos do lob e do corte originário num jogo de ataque ao adversário. Em caso de igualdade de capacidades psicomotoras
e coordenativas dos atacantes, um dos jogadores sobressairá se possuir
melhor jogo de fundo derivado de uma estratégia de defesa. O jogo de fundo de court e o jogo de ataque
transformou-se num jogo transitório de defesa e ataque simultâneo. O domínio da
técnica adquire-se pela forma de atuação do batimento básico e elementar. Numa
situação primária temos que executar o batimento dos gestos técnicos de direita e esquerda antes de
chegarmos ao gestos técnicos do volley e do smash.
A atual forma de jogar exige uma condição
psicomotora muito maior do que antigamente. A corrida constante à rede depois do
serviço, o jogo de rede e o ritmo balístico da bola em trajetória aérea exige maiores capacidades piscomotoras e coordenativas dos atletas.
Neste período de desenvolvimento temos que avaliar
numa fase posterior mesmo que o estilo do jogo seja comprometido pelo ritmo, um jogador de ténis deverá ter um maior trabalho nas capacidades psicomotoras e coordenativas de
forma haja uma maior rapidez, uma maior força,e uma maior altura física para
atingir os princípios básicos estabelecidos no jogo de ténis. Nas inovações
técnicas e tácticas haverá sempre opiniões precipitadas que exigem um paradigma
nas regras de forma o ténis não se tornar um jogo monótono e desinteressante. De futuro
fala-se na redução da área de serviço para diminuir a eficácia do serviço, mas
isso contraria o desenvolvimento do ténis, pois desta forma poderá restringir
as nuances técnicas e táticas. Como é do conhecimento
geral o reportório técnico dura pouco com a própria evolução do jogo e cria-se um
novo paradigma evolutivo na modalidade. O desenvolvimento do futuro da modalidade provavelmente poderá estar dependente do aumento do ritmo de jogo e por sua vez tornar-se-à um fator primordial de evolução do atleta.
O aperfeiçoamento das condições psicomotoras possibilitará o
aumento das capacidades motoras e coordenativas do atleta no qual a construção tática
dependerá da evolução da técnica.
Relativamente à area técnica a melhoria do jogo deverá
refletir-se fundamentalmente na maior eficácia do serviço e na resposta quer na
batida do gesto técnico de direita ou esquerda.
A força ascendente associada às condições necessárias de
segurança poderão aumentar a eficácia rítmica do segundo serviço.
Nos batimentos normais constatam-se as potencialidades de
acertar na bola no momento exato de impacto depois do ressalto. Além de uma
melhor ação biomecânica da resposta ao serviço, estas potencialidades incidem
principalmente no batimento em posição de atacante contra um adversário que se
encontre próximo da rede. Através do batimento agressivo consegue-se o aumento
da velocidade da bola e da redução do tempo de batida. A importância da economia
de esforço em relação ao espaço de batimento no qual o adversário poderá ter
reduzidas hipóteses na avaliação do jogo que provavelmente poderá dificultar a
antecipação dos movimentos.
Com a evolução do material que constituem as raquetes
permitiu influenciar o próprio ritmo do jogo. Encontramos uma
prova no material que constitui a raquete de metal das décadas passadas que permitiu uma maior
elasticidade do que as de madeira normal ao nível de impressão de força à bola criando uma maior velocidade
com o mesmo dispêndio de energia.
Por outro lado a raquete impõe a conveniência do batimento
exatamente no centro, para isso basta uma ligeira diferença para provocar um
desvio na bola.
Este é o fator que poderá encontrar a razão para o tipo
de raquete a ser escolhida pelo atleta .O futuro dos materiais de grafite , kelvar , cada
vez mais influenciarão o ritmo de jogo, como em todas as variantes de desporto que visa
essencialmente o aumento das capacidades psicomotoras para o êxito do progresso
técnico. O ritmo acelarado do jogo exige uma condição fisica elevada associada à biomecânica ajustada a uma velocidade de movimentação que depende das
qualidades cognitivas do indivíduo manifestadas em situações de atenção e reação. Do mesmo
modo torna-se necessário uma aplicação de uma metodologia de treino científica
de forma os indivíduos possam desenvolver de futuro um ténis cada vez competitivo e por sua vez não é importante
que os mais jovens atletas possam fazer hoje mas o que irão fazer de futuro com a evolução da modalidade.
autor- Christopher Brandão 2014
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
cineantropologia: A Evolução Cineantropológica Da Técnica e Táctica ...
cineantropologia: A Evolução Cineantropológica Da Técnica e Táctica ...: A Cineantropologia Evolutiva Da Técnica e Tática Do Ténis No ano de 1874 foi o início do ténis contemporâneo. Podem desde já avaliar t...
A Evolução Cineantropológica Da Técnica e Táctica Do Ténis
A Cineantropologia Evolutiva Da Técnica e Tática Do Ténis
No ano de 1874 foi o início do ténis contemporâneo. Podem
desde já avaliar três períodos essenciais:
- A evolução do jogo na linha do fundo até à transição do
jogo de defesa ao ataque,
- As variações do jogo e o aumento do ritmo,
- Reforço do jogo atacante a partir do ano 1940.
No intervalo cronológico compreendido entre as datas de 9 a 19
de Julho de 1977, participaram vinte e um jogadores no campeonato de Wimbledon
no qual foi vencedor William Gore, que bateu o seu adversário William Marshall
pelos parciais 6-1, 6-2, 6-4, na presença de 200 espectadores.
A Associação de Ténis dos Estados Unidos ( The United States
Lawn Ténnis Association) foi fundada em 1881 e no final desse ano a organização dos seus primeiros campeonatos de ténis em Newport, Rhode Island, Jogaram-se as variantes singulares e de pares masculinos.
Os primeiros singulares femininos em Wimbledon tiveram lugar
em 1884, mas só em 1887 foram introduzidos nos campeonatos dos Estados Unidos
da América, as variantes de pares masculinos e também começaram oficialmente em Wimbledon em
1884, enquanto que as variantes de pares mistos e pares femininos só seriam introduzidos
oficialmente no ano de 1913.
Os primeiros campeonatos franceses tiveram lugar em 1891, mas
estavam abertos exclusivamente aos membros dos clubes franceses e só se
tornaram um acontecimento internacional no ano de 1925. Os campeonatos
australianos, fourth Leg do Grand Slam, foram inaugurados no ano 1905. Em
Portugal os primeiros campeonatos efetuaram-se no ano de 1925.
O Ténis foi introduzido nos primeiros Jogos Olímpicos da era
moderna, realizado em Atenas no ano 1896, e esteve presente em todos os jogos.
Tendo-se expandido internacionalmente nos seus primeiros
anos de vida, o ténis teve no ano 1883 o primeiro encontro entre a Grã-Bretanha
e os Estados Unidos em Wimbledon. No ano seguinte foi a vez de três americanos os pioneiros a tomarem de assalto os campeonatos de Wimbledon.
A internacionalização do ténis permitiu à fundação da Taça
Davis, o principal evento internacional de equipas tenísticas. No ano de 1900
os Estados Unidos Da América venceram facilmente a Grã- Bretanha em Boston, Massachusetts, e ganharam o seu
primeiro troféu. O capitão vencedor foi Dwight F.Davis, na variante singulares masculinos que apresentou o troféu.
Em Março de 1913 foi constituída a Federação Internacional
de Ténis que veio dar importância deste desporto ao nível mundial.
A grande maioria dos seus doze membros fundadores eram de
origem europeia incluindo a atual Rússia, mas dela faziam parte a Àfrica do Sul
e alguns países da Oceania.
Num curto espaço de tempo o ténis adquiriu uma grande
popularidade como atividade de lazer e recreação.
No ano de 1992 foi
introduzido pela primeira vez o seeding nos campeonatos americanos permitindo
assim um acontecimento histórico no ténis que dois anos mais tarde foi
utilizado pela primeira vez no torneio de Wimbledon.
Em 1922 foi também uma data espacial na história do
All-England Club que se tranferiu para a atuais instalações na Church Road. Em
segundo lugar, os campeonatos de 1922 foram os primeiros a decorrer numa fase
de eliminatórias designada por Knock-out.
Desde a inauguração dos campeonatos em 1877, os jogos haviam
sido disputados numa base de desafio que consistia no jogador que defendia o
Título de vencedor só precisava jogar um jogo para manter o seu título.
O jogador que desafiava, no entanto, era apurado em
resultado de um torneio por eliminatórias. As lendas como William Renshaw,
Reggie e Laurie Doherty e Tony Wilding tornam-se campeões de longa duração no
qual tornava-se muito díficil em destronà-los. Na década de 70 os irmãos
Renshaw demonstraram um estilo de jogo que originou polémicas entre os
jogadores ingleses mais conservadores sobre o jogo de ténis clàssico que por
sua vez gerou um conjunto de protestos obrigando até a probição da evolução do
jogo. Este quadro situacional não é assim tão incompreensivél naquela época
atendendo à altura original da rede apresentar-se mais especificamente no seu
centro, uma medida standard inglesa de 4
pés o que equivale a 1,22m, tornando impossível a passagem de um gesto técnico
de maior potência. Na sequência desta situação as medidas da rede ao nível dos
seus extremos 1,06m; e no centro 0,91 m acabaram por ser reduzidas para as medidas
atuais.
O jogador lendário
Renshaw manteve o título durante seis anos consecutivos.
A abolição deste sistema de desafio permitiu uma nova
sucessão de novos jogadores no ténis mundial. Nos primeiros anos quatro
jogadores franceses Jean Bototra, Henri Cochet, René Lacoste e por fim Jaques
Brugnon dominaram o ténis da sua época
tanto no seu país como em Wimbledom no qual estes jogadores ficaram
conhecidos no seu tempo como os quatros mosqueteiros. Entre eles ganharam os
singulares masculinos em Wimbledon seis vezes nos primeiros oito anos, depois
da abolição do sistema de desafio, o seu domínio foi interrompido no final dos
anos 30, quando a Grã-bretanha produziu o seu herói Fred Perry que foi o último
campeão britânico de singulares masculinos em Wimbledon.
Em 1938, o americano Donald Budge foi o primeiro homem a
vencer o Grand Slam, a vitória dos quatro torneios principais num ano
Wimbledon, USA Open, Australia Open, Roland Garros. Desde então só houve um
outro jogador de nacionalidade Australiana chamado Rod Laver que conseguiu
conquistar quatro títulos num intervalo temporal compreendido entre os anos de
1962 a 1969 .
O Ténis feminino também tiveram as suas lendas ao logo
destes anos nomeadamente Lottie Dod, foi a campeã mais jovem a ganhar Wimbledom
com a idade de 15 anos, dominou a modalidade nos primeiros tempos e mais tarde
tornar-se-ia uma notavél campeã de golfe. A tenista Suzanne Lenglen de nacionalidade
francesa foi uma grande campeã feminina na época em que os quatro mosqueteiros
referidos anteriormente dominavam o ténis masculino. O espaço temporal
compreendido entre as duas guerras mundiais o ténis feminino foi dominado por
Helen Wills- Moody dos Estados Unidos que ganhou o título de wimbledon por oito
vezes, um grande recorde para época.
Depois da Grande Guerra, Maureen Connoly, afectuosamente
conhecida por « Little Mo», foi a primeira mulher a vencer do Grand Slam, em
1953.
A tenista Magaret Court foi outra mulher que ganhou os
quatro títulos na mesma época.
Embora Martina Navratilova tenha possuído os quatro títulos
simultaneamente não os ganhou nos mesmo ano. A tenista Billie Jean King
consegui um recorde invejável de vinte
títulos em Wimbledom, mas nunca conseguiu realizar a proeza do Grand Slam.
Os quatro grandes campeonantos eram estritamente amadores.
Entre os anos 50 e 60 muito dos grandes jogadores
abandonaram o ténis amador para ingressarem no ténis profissional de tours que
mais tarde vieram a ser estabelecidos.
A profissionalização do ténis tornou-se moda com os
patrocinadores no qual a marca Rothmans patrocinou um torneio em Beckenham
localizado em Kent.
No ano 1963 surgem os primeiros interesses comerciais ao
nível do marketing desportivo de marcas comerciais em patrocinarem jogos de
ténis nomeadamente os opens de Grand Slam nomeadamente o campeonanto de
Wimbledom.
Em pouco tempo o
Ténis tornou-se um atividade com uma enorme dimensão enconómica até aos tempos
atuais.
No ano de 1968, os campeonatos do Hard Court em Bournemouth
foi apresentado o primeiro Open de Ténis. No mesmo ano o tenista Rod Laver
regressou a Wimbledon como tenista profissional no qual foi vencedor do seu
quarto título.
Em 1926 era utilizado um sistema de sets de longa duração no
qual a tenista Suzanne Lenglen, e outros tornaram-se tenistas profissionais.
Em 1970 foi utilizado pela primeira vez nos jogos de ténis
um sistema designado por tie –break de forma a reduzir o tempo de disputa de
pontos em sets mais numerosos.
Nunca mais veremos em Wimbledon pontuações de sets como
22-24, 1-6, 16-14, 6-3, 11-9 em singulares masculinos no qual o tenista Pancho
Gonzalez derrotou o seu adversário Charlie Pasarell no ano de 1969.
Durante muito tempo os tenistas americanos e australianos
dominaram tanto as competições masculinas e femininas, mas na década de 70, surgiu a oportunidade dos europeus ascenderem ao raking mundial desta
modalidade em ambos os sexos.
Numa fase inicial a Taça Davis como todos os outros grandes
eram jogados em formato de desafio mais tarde adoptou –se um sistema de
eliminatórias a partir do ano de 1973.
Desde então surgiram novas nacões tenísticas como o caso da
Roménia, a Checoslováquia e a Suécia que se tornaram grandes rivais dos Estados
Unidos e da Austrália.
As estrelas do ténis como o tenista Romeno Nastase, o sueco Bjorn Borg, o checoslavaco Ivan Lendl e por fim o alemão federal Boris Becker
rivalizaram com os tenistas americanos Jimmy Connors e Jhon McEncore.
O recorde de vitórias do tenista sueco Bjorn Borg na
categoria de singulares masculinos em Wimbledom em cinco vezes consecutivas será muito difícil de ser batido no futuro próximo enquanto no ténis feminino a
jogadora Martina Navratilova ganhou o título de senhoras em seis anos
consecutivos e de forma geral ganhou wimbledom oito vezes consecutivas.
No passado o ténis era jogado em superfície de relva, hoje
em dia existe uma diversidade de superfícies apesar de se manter a sua terminologia
em língua inglesa originária do Lawn tennis (ténis jogado em relva). A diversidade de
superfícies artificiais, de turfa, de terra batida, ou de cimento, etc. A
modalidade do ténis poderá ser jogado em pavilhões cobertos com superfícies em
madeira ou cimento que por sua vez poderá ser revestido num tapete artificial
de relva sintética.
A especialização de alguns tenistas num determinado tipo de
superfície como o caso Ivan Lendl ser considerado um dos melhores jogadores da
sua época no qual nunca venceu o torneio de wimbledon, o que não se pode fazer
justiça quanto ao seu talento.
Perante esta breve análise histórica podemos concluir que a evolução do ténis deveu-se essencialmente à evolução da economia e do marketing desportivo associado aos mass média deram uma projecção universal desta modalidade.
autor- Christopher Brandão
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
cineantropologia: Importância Do Espaço Geográfico Na Cineantropolog...
cineantropologia: Importância Do Espaço Geográfico Na Cineantropolog...: A Dimensão Do Espaço Geográfico Na Cineantropologia A posição de encruzilhada em que se encontra a Cineantropologia nos diversos ram...
Importância Do Espaço Geográfico Na Cineantropologia
A Dimensão Do Espaço Geográfico Na Cineantropologia
A posição de encruzilhada em que se encontra a
Cineantropologia nos diversos ramos do conhecimento leva-nos a deduzir que
poderá ainda persistir uma dúvida importante sobre o espaço geográfico a ser
considerado como uma ciência original?.
Podemos refletir a sua orginalidade que reside
essencialmente em dois elementos de distinção:
- No tipo de questões que se coloca,
- No modo de pensar caraterístico do espaço físico e
geográfico, sem pondo em causa o seu conteúdo interdisciplinar desta ciência.
Muitos investigadores preocupam-se em formular questões
associativas sobre o espaços físicos e geográficos enquadrados numa investigação
cineantropológica de enormes proporções de um determinado quadro situacional de
evolução humana inserido num determinado contexto temporal. As distribuições
populacionais serão mais estruturadas em relação ao espaço físico, tal como as
suas evoluções inseridas num determinado contexto geográfico ao longo do tempo?.
A ambiguidade
desta pergunta é evidente devido ao seu significado ser abrangente ao nível da
distribuição e estrutura social de algumas culturas, como a dos Inuit na
América do Norte nas quais a ingestão da proteína animal não são típicas, mas
foram impostas a estes povos por um meio ambiente agreste e duro. Com o
surgimento da agricultura em condições climatéricas mais suaves houve um
período de adaptação de aprendizagem durante o qual as mulheres e os homens
adquiriram uma melhor compreensão da fauna vegetal e animal para a sua
domesticação. Quando os seres primitvos encontram espaços geográficos
acessíveis à sedentarização estes por sua vez adquirem um maior potencial de
conhecimento sobre a vida agrícola. Os investigadores ainda não descobrirem o
porquê das motivações dos primitivos modifacarem o seu estilo de vida.
Ninguém escolheu este novo estilo de vida por mudanças de
vagas sugeridas por Alvim Tofler (1980) que ocorrem em períodos longos e por
sua vez são o produto de milhares decisões individuais sobre as previsões
futuras das civilizações. Tais mudanças ocorrem aleatoriamente e aos poucos sem
que ninguém as deseje e normalmente sem que ninguém se aperceba o que està a
acontecendo numa determinada cultura ou nação. Na nossa perspetiva a revoluçao
agrária foi derivada de um produto de diversos tipos de cultura agrícolas que
se desenvolveram em diferentes espaços geográficos. Cada uma delas teve lugar
de um modo diferente diversificado ligado à fauna vegetal e aos métodos de
cultivo diferenciados. Uma das principais revoluções agrárias ocorreu na zona
«Crescente fértil» uma região geográfica que cobre o sul da Palestina, da
Síria, do Sul da Turquia, do Norte do Iraque e da parte ocidental do Irão. As
outras revoluções ocorreram no vale do rio Amarelo no Norte da China, no vale
do rio Yangtzé, ou no rio Azul localizado na China central, no México central,
no planalto Andino, entre a Colômbia e o Norte do Chile passando pelo Perú, e
em África a sul do Saara.
A região geográfica traduz-se num clima específico que
determina o tipo de fauna animal e vegetal de uma determinada localização.
Existe um fator comum de extrema importância em todas as revoluções agrárias
que se denomina por domesticação que por sua vez se traduz na manipulação das
plantas e animais por humanos. Só através da domesticação das espécies
selvagens permitiu-se uma verdadeira agricultura. A domesticação exige uma
seleção, um domínio e uma dependência das espécies mais desejáveis e úteis ao
homem ao nível da produtividade e de rendimento. No caso dos cereais, e das
espécies selváticas serem cultivadas em solos cuidadosamente preparados de
forma a receber as sementes derivadas das culturas anteriores e condicionadas
às caraterísticas do solo. A padronização deste processo obriga a novas
diversidades de maior produtividade de produtos alimentares, como o caso das
ovelhas que se reproproduziam criando maiores membros no qual a extracção da
sua lã e a da sua carne eram mais suculenta. A seleção e a manipulação são
fatores primordiais para a evolução de novas variedades de animais e de plantas
provocadas intencionalmente e geneticamente controlado pelo homem para a sua
domesticação e sedentarização, através da agricultura associada ao
desenvolvimento da civilização.
As remotas bases agrícolas são originárias da parte
ocidental da zona Crescente Fértil onde se dava o início do cultivo dos cereais
através de um modelo de sistema misto de culturas arverenses associadas à
criação de gado.
Mais do que a originalidade das questões dos objetivos
que se pretende desmistificar os problemas da ciência cineantropológica são
importantes para demonstrar a singularidade da resposta que justifica o estudo
do espaço físico e geográfico perante as restantes ciências. Independentemente
dos pressupostos subjacentes a cada uma das ciências perspetivadas numa
investigação anteriormente enunciadas, só é possível delinear por um processo
de raciocínio lógico encaminhado para uma analíse organizativa do espaço físico
e geográfico comportado pelas seguintes etapas:
1. Identificação
de uma dimensão espacial através da localização do homem e das suas estruturas
a ser implentadas cineantropologicamente;
2. Estudo
das causas de determinadas formas de organização espacial humana deacordo com o
seu espaço numa perspetiva evolutiva da cineantropologia ao longo do tempo,
3. Identificação
dos espaços e dos padrões evolutivos humanos diversificados de forma a serem
explicados por um conjunto de diversos fatores cineantropológicos.
Este exemplo pretende apenas demonstrar que nenhuma
ciência como a Cineantropologia se preocupa em conhecer simultaneâmente aspetos
tão diversificados como:
1. Distribuição
dos fenómenos evolutivos do homem na superficie terrestre na tentativa de
proceder à sua localização rigorosa de processos cineantropológicos;
2. As
respetivas estruturas espaciais ou seja o conhecimento das suas variações
cineantropológicas e sua heterogeneidade de ações práxicas e motrizes
desenvolvidas na superficie terrestre;
3. As
causas da localização e a sua variação cineantropológica procuram explicação da
origem e da evolução do movimento humano.
Qualquer elemento da superfície terrestre que nos seja
dado a observar poderà ser localizado com precisão, sendo ainda possível
proceder a um registo da mesma localização. O verdadeiro raciocínio evolutivo
do homem é aquele que sem menosprezar a componente espacial vai mais longe na
tentativa de compreender o porquê do desenvolvimento cineantropológico perante um
espaço fisico?. Não basta saber onde é que as coisas se encontram, pois é mais
importante conhecer o porquê das realidades que lá estão e de que maneira se explica e se enquadra toda a cinemática humana.
Para a Cineantropologia ambas as etapas são importantes e
indispensáveis ao caminho da investigação no encontro de respostas elaboradas pelos
investigadores acerca da localização das estruturas e dos processos espaciais,
essencialmente as causas destes elementos que se distinguem claramente na
Ciência Cineantropológica de todas as outras ciências que definem a sua originalidade.
Muitas outras ciências se preocupam de igual forma com os fenómenos que acontecem
num determinado espaço físico e geográfico, o que muitas vezes coincide com as
estruturas dos fenómenos pertencentes aos próprios espaços da nossa história
que futuramente estarão por descobrir. O que a Cineantropologia possui de
original e que se traduz numa visão holística que se inter-relaciona nos
diferentes fenómenos físicos e humanos na superficie terrestre em que estes
ocorrem. Nesta perspetiva integradora independentemente na forma temporal em
que os investigadores foram encarando a própria superfície terrestre como um
espaço fisico ou geográfico evolutivo que funciona como fonte de pesquisa de
elementos que determinam a evolução humana através das distribuições
populacionais pelos espaços geográficos, procurando sobretudo saber o porquê
destas causas e destes efeitos.
Atualmente
qualquer abordagem espacial perspetivada na adaptação e desenvolvimento deve
necessariamente comportar uma componente explicativa dos elementos que permitem
localizar rigrosamente sobre a superficie terrestre os fenómenos, os elementos
ou as estruturas humanas que possam ser objeto de analíse de estudo. Qualquer
que seja a nossa postura face ao modelo conceptual e metodológico deduz-se seja
o mais adequado para a Cineantropologia. Hipoteticamente para que possa ser
estudado pelos investigadores que se preocupam com as interdependências entre o
homem e o seu espaço físico através das suas ações cineantropológicas tendo
como consequência o produto destas interações derivadas das causas do próprio
espaço envolvente.
Á posteori terão oportunidade de nos referimos mais
pormenorizadamente sobre os reflexos desta evolução humana perante um espaço
geográfico nos diferentes contextos que possam ser perspetivados de futuro.
3. Identificação
dos espaços e dos padrões evolutivos humanos diversificados de forma a serem
explicados por um conjunto de diversos fatores cineantropológicos.
1. Distribuição
dos fenómenos evolutivos do homem na superficie terrestre na tentativa de
proceder à sua localização rigorosa de processos cineantropológicos;
3. As
causas da localização e a sua variação cineantropológica procuram explicação da
origem e da evolução do movimento humano.
Para a Cineantropologia ambas as etapas são importantes e
indispensáveis ao caminho da investigação no encontro de respostas elaboradas pelos
investigadores acerca da localização das estruturas e dos processos espaciais,
essencialmente as causas destes elementos que se distinguem claramente na
Ciência Cineantropológica de todas as outras ciências que definem a sua originalidade.
Muitas outras ciências se preocupam de igual forma com os fenómenos que acontecem
num determinado espaço físico e geográfico, o que muitas vezes coincide com as
estruturas dos fenómenos pertencentes aos próprios espaços da nossa história
que futuramente estarão por descobrir. O que a Cineantropologia possui de
original e que se traduz numa visão holística que se inter-relaciona nos
diferentes fenómenos físicos e humanos na superficie terrestre em que estes
ocorrem. Nesta perspetiva integradora independentemente na forma temporal em
que os investigadores foram encarando a própria superfície terrestre como um
espaço fisico ou geográfico evolutivo que funciona como fonte de pesquisa de
elementos que determinam a evolução humana através das distribuições
populacionais pelos espaços geográficos, procurando sobretudo saber o porquê
destas causas e destes efeitos.
autor- Christopher Brandão 2014
terça-feira, 23 de setembro de 2014
cineantropologia: A Cineantropologia histórica Da Modalidade Do Téni...
cineantropologia: A Cineantropologia histórica Da Modalidade Do Téni...: A Origem Cineantropológica Do Ténis A prática tenística em recintos cobertos é cronologicamente datada no século XI , quando se jogava u...
A Cineantropologia histórica Da Modalidade Do Ténis
A Origem Cineantropológica Do Ténis
A prática tenística em recintos cobertos é cronologicamente datada no século XI ,
quando se jogava um jogo designado Jeu de paume muito praticado nos mosteiros
franceses.
Este jogo fora bastante original e constitui a base concreta
do ténis real, como é jogado atualmente. Deduz-se que a primeira raquete de
cordas terá sido introduzida no século XV por um padre italiano, António de
Scalo que escreveu um tratado geral sobre uma totalidade de jogos lúdicos que englobasse
bola, incluindo o ténis.
O ténis foi mencionado no jornal inglês Sporting Magazine,
em 1973, como um jogo praticado ao ar livre referido como field tennis (ténis
ao ar livre). É improvavél que se trate do mesmo ténis mencionado num livro de jogos e desportos editado oito anos mais tarde.
O Tenis Real ( Royal Tennis) era um jogo praticado pela
aristocracia, mas o ténis ao ar livre (lawn tennis), popularizou-se durante o
reinado da rainha Vitória , já era um jogo delineado para as classes médias que por sua vez adaptaram o ténis real para um jogo de ar livre ou de exterior.
Origem do Lawn Tennis
No século XV, em Inglaterra, se conhecia o tal jogo do salão
pela designação de tennis.
A palavra tennis tem um significado originário dos gritos da
população inglesa a dizerem um palavra de origem francesa tennez cujo
significado traduz-se em atenção com pronúncia inglesa que por sua vez deu origem à palavra
ténis originária no timing de batimento da bola com a raquete.
Esta ideia foi reforçada por expressões francesas que
prevaleceram na terminologia do jogo.
No Reino Unido só o jogo de salão era famoso. Inúmeras vezes
tentou-se passar este jogo para o ar livre. Notoriamente nos sec XVII e XVIII as variantes
Field-tennis, Real Tennis, Rackets, Squash e Fives deram contributos essenciais para o atual
jogo. Um dos motivos da evolução do jogo
deveu-se ao fato de se encontrar materiais de qualidade para a bola.
A constituição da bola do jogo da palmada era efetuada a
partir de materiais de lino enrolado, misturado e forrado com coiro. As
propriedades de elasticidade da bola em superficies de madeira ou de pedra, como
também em superficies mistas de madeira e cortiça que surgiram mais tarde, enquanto a sua perda de elasticidade em surperfícies de relva jà não acontecia.
Podemos avaliar o interesse deste jogo em meados do sec XIX, com o surgimento da
bola de borracha que proporcionaria novos desafios de evolução cineantropológica da modalidade. No ano
de 1830 multiplicaram-se as inúmeras tentivas no Reino Unido em encontrar uma
solução para um novo sistema de jogo de parada e resposta.
Existem determinadas informações sobre um espanhol chamado
J.B. Perera, e o Major Harry Gem, secretário dos magistrados de Birmingham em que jogaram uma versão de ténis ao ar livre num relvado envolvente à propriedade de
Perera localizada em Ampton Road, Edgbaston em Birmingham, datadas em 1859.
Provavelmente teriam jogado posteriormente num relvado adjacente ao Hotel Manor
House localizado Leamington Spa, onde em 1872, com o Dr Frederick Haynes e o
Dr Arthur Tomkins, formaram o primeiro clube de ténis ao ar livre até agora
conhecido por Leamington Club. Contudo esta modalidade não era designado por
ténis ao ar livre naquela época, mas por pelota ou Lawn rackets.
Em Fevereiro de 1874 o Major Winfield registou no serviço de
patentes na cidade de Londres um jogo da sua autoria designado por Shairistique, cujo o seu significado em grego
traduz-se em algo realizado com arte ao nível do batimento de bola. Ficou
simplesmente registado os instrumentos moveis e transportaveis conjuntamente
com os marcos dos cantos, redes e cordas de vedação circundantes que só mais
tarde vieram ser substítuidas pelas linhas de marcação.No mesmo ano o Major
Walter Clopton Wingfield tentou comercializar o jogo que designou como
sphairistiké, publicando um livro de regras sob o título New and Improved Court
for Playing the Ancient Game of Tenis ( Campo novo e melhorado para praticar o
velho jogo de Ténis).A dimensão do campo de Wingfield apresentava-se em formato
de ampulheta sendo mais estreito na zona da rede.O jogo podia ser jogado em
singulares ou em pares. Para ganhar o jogo eram decisivos 15 pontos. O serviço
realizava-se só de um lado definido-se como um ponto de serviço e obrigando a
bola a bater no campo oposto do adversário.Ganhava-se o ponto sempre que a bola não fosse
devolvida antes de tocar segunda vez no chão ou na devolução batesse na rede,
ou fosse para fora. Só o jogador servidor podia ganhar pontos, mas tinha de
ceder a bola ao adversário sempre que falhava. O campo de Winfield era ao
contrário do campo de Leamington que se apresentava em formato retangular.
Wingfield era parente direto de Jhon wingfield o carcereiro inglês de Charles
D´Orléans, neto de Carlos VI Da França um grande jogador apaixonado pelo ténis.
Como informação adicional o busto do Major Wingfield apresenta na sua inscrição de Fundador
do Ténis que por sua vez está patente na Associação Britânica de Ténis.
A modalidade do tenís era considerado um jogo unisexo adequado
para os ambos os sexos, atendendo a este quadro situacional a sua popularidade
aumentou rapidamente.
Atendendo às regras e às dimensões do campo apresentado por
Wingfield deixava muito a desejar.Durante dois anos a invenção de wingfield foi
acalorosamente discutida depois de algumas alterações das regras, em Março de
1875, O jogo foi finalmente inserido na competição e pela primeira vez
utilizou-se o termo de Lawn –Tennis.
Houve então uma alteração nos regulamentos anteriores,
passando a marcar duas áreas de serviço. A partir da linha de fundo realizava-se o serviço na diagonal para o lado contrário.
Nos finais de 1874, Dr James Dwight e F.R Sears jogaram os
primeiros jogos de todos os jogos de ténis nos Estados Unidos Da América.
O Clube All-England Croquet Club foi fundado em 1868 e dois
anos mais tarde abriu a sua sede em Worple Poad em Wimbledon. Este clube
assimilou o jogo de Wingfield cuja a popularidade ganhou terreno entre a alta
sociedade como atividade de lazer e de recreação. Sob a influência de Marshall cuja a sua
função era de escrivão do Clube fundou-se uma comissão que reformolou as regras.
Assim nasceu uma nova versão de ténis que perdurou até aos nossos dias e que por sua vez
se expandiu pelo mundo, apenas com ligeiras alterações. Em 1875 o clube
concordou em reservar parte da sua área para a prática do ténis e do badminton.Com
as novas regras realizou-se no dia 9 de junho de 1877 em Wembley o
primeiro campeonato Inglês. A forma do campo e do jogo de Winfield pouco
restava. O terreno passou a ter uma forma retangular.As regras incluíam três
pontos principais:
1- Comprimento do campo 26 jardas, largura 9 jardas no qual
uma jarda corresponde a 0,9144m.
2- A contagem como Real-Tennis (variante britânica do jogo
da palmada)
3- Duas bolas de serviço para o respectivo beneficiário
Tudo indica que as medidas do campo foram tiradas do jogo da palmada. Scaino foi o autor mais antigo que escreveu um compêndio sobre
os jogos. A sua origem provavelmente poderá ter sido francesa, o país que
desenvolveu o jogo do salão no qual o recinto tinha como dimensões normais de
30 metros de comprimento por 10 de largura. Existe também uma correlação entre
as medidas do campo com a raqueta:
-Linha lateral equivale a 26 jardas o que corresponde a
23,77 metros que equivale 34 vezes o comprimento da raquete associado a mais
duas larguras.
-Linha de fundo para singulares equivale 9 jardas o que
corresponde a 8,23 metros que equivale 12 vezes o comprimento da raquete
- Linha de fundo pares equivale 12 jardas o que corresponde
a10,97 metros que equivale 16 vezes o comprimento da raquete
- Extensão da área de serviço equivale a 7 jardas o que
corresponde a 6,40 metros que equivale a 9 vezes o comprimento da raquete mais
uma largura
- Distância da linha de fundo à do serviço equivale a 6
jardas que corresponde 5,48 metros que corresponde a 8 vezes o comprimento da
raquete
- Altura da rede corresponde a 0,9 jardas que equivale 0,91
metros que equivale 1 comprimento da raquete mais uma largura
- O comprimento da raquete 0,685 metros e de largura
0,236
A rede do meio, com 11,90 é quase tão comprida como metade
do campo 10,89; a distância da rede à área de serviço, 6,40 m, é quase tão
grande como a área de serviço, enquanto a linha transversal com 5,50 m e tão
longa como a distância da linha de fundo relativamente à area do serviço.
A colaboração dos principais clubes permitiu em 1880
aperfeiçoar um conjunto de regras. As bolas que batiam na rede, no serviço eram
anuladas e as que roçavam na rede seguiam.
Eram também situações irregulares que determinavam a validação da falta e dupla
falta no serviço.
Passados poucos meses eram apresentado as
regras padrão do ténis no final do ano de 1875 ,foi inaugurado o primeiro clube
de ténis americano localizado em Staten Island.
O All-England Croquet Club alterou o seu nome em 1877 para
incorporar a palavra Ténis, em 1882, a palavra «croquet» desapareceu para ser
retomada em 1899, na época em que o clube assumiu o nome que hoje possuiu
All-England Lawn Tennis and Croquet Club.
Em junho de 1977 a sua direcção concordou em organizar um
campeonato que se deveria chamar «Campeonatos de Ténis», que seriam um marco dos acontecimentos mais importante do ténis mundial – O torneio grand
slam de Wimbledon.
autor- Christopher Brandão 2014
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