terça-feira, 30 de setembro de 2014

cineantropologia: Modelo espacial humano

cineantropologia: Modelo espacial humano: A Cineantropologia Espacial Humana No último século, vários teóricos desenvolvimentistas estudaram intimidamente o fenómeno do desenvol...

Modelo espacial humano

A Cineantropologia Espacial Humana


No último século, vários teóricos desenvolvimentistas estudaram intimidamente o fenómeno do desenvolvimento humano. Sigmund Freud (1827-1939), Erik Erikson (1963), Arnold Gesell (1954), Robert Havighurst (1972) e Jean Piaget (1974), entre outros, fizeram contribuições valiosas às ciências na área do desenvolvimento Humano. Cada um deles construíram modelos teóricos que retrataram processos desenvolvimentistas com base na adaptação e desenvolvimento humano. A importância de um estudo detalhado sobre o desenvolvimento motor permite avaliar determinadas caraterísticas biomorfológicas importantes ao fenómeno cineantropológico e fundamentais ao desenvolvimento da evolução humana. Num determinado período espácio-temporal o desenvolvimento espacial deverá fornecer as indicações e as finalidades necessárias aos humanos. Os objetivos definidos em termos de percepção espacial são definidos pelas orientações das capacidades e valores das estruturas psicomotoras humanas. Os conceitos ou temas das unidades são assimilados pelo próprio homem que investiga a ciência. Independentemente dos fatores externos que condicionam a estruturação humana por várias etapas de desenvolvimento e adaptação definidos no âmbito dos sistemas hipercomplexos e interativos que por sua vez são canalizadores de uma organização multidisciplinar perante um meio aleatório. Neste contexto é possível encontrar muitos desenvolvimentos humanos através da diversidade do espaço físico ou geográfico. O processo de desenvolvimento motor é específico a cada indivíduo. Cada indivíduo tem um tempo peculiar de aprendizagem psicomotora importante para aquisição das habilidades motoras. O relógio biológico embora seja bastante específico numa sequência de aquisição motora é extensível ao desenvolvimento individual de determinadas exigências da tarefa. As faixas etárias de desenvolvimento representam escalas temporais de ações comportamentais de sujeitos que podem ser observados e avaliados num determinado quadro situacional.O estudo do desenvolvimento motor data apenas no início do séc XX. Determinados métodos de estudo evoluíram numa multidiversidade de problemas que influenciaram a quantidade e a qualidade das possíveis informações. A história dos métodos de estudos foram descobertos em problemas de desenvolvimento motor baseados num recente espaço temporal da humanidade que se esqueceu explicar os desenvolvimentos dos nossos antepassados remotos. A importância da origem da terra tem provocado na comunidade científica uma crise de identidade acerca do paradigma do meteorito ou do vulcanismo.Na era mesozóica compreendido num intervalo cronológico entre 65 a 145 milhões de anos apresenta-se por uma escassez de fósseis. A extinção dos dinaussaros no período cretáceo-terciário designado pela crise Kt definida por uma perestroika de biodiversidade na terra. Segundo os palentológos não sabemos o que se passou com a crise KT, sabemos que ouve uma transformação brusca climática no final do período cretácio. Segundo explica o cientista Ronan Allain (2010) o clima naquele tempo sofreu oscilações bruscas de temperaturas entre o frio e o quente levando à destruição da biodiversidade da terra que provavelmente poderia ser provocada pela queda de um meteorito gigante ou por uma atividade intensa de vulcanismo.No início dos anos 80 descobriu-se vestígios na Índia de uma placa de basalto constituída por uma acumulação de lava acumulada a 1500 metros de altura.Durante os primeiros tempos as datações radiocronológicas revelam uma idade de 65 milhões de anos coincidentes com a tal crise KT anunciada anteriormente.Estudos recentes comprovam que determinadas estrias datadas num período temporal de 100 000 anos provam que houve picos intensivos de atividade vulcânica. A influência catrastófica do clima oscilatório entre temperaturas elevadas e frias é discutível quanto à queda de um meteorito e mais plausível face à descoberta de uma camada de argila cretáceo-terciário que se apresenta por sua vez por um produto 30 vezes superior ao normal descoberto pelo italiano Luís Alvarez (1968) que ganhou  o prémio Nobel da física. O iridum encontrado poderá ser a tese comprovativa do impacto da queda do meteorito que dispersou e depositou os seus componentes na superfície do globo da Terra. Em 1991 houve uma descoberta de alguns vestígios derivados de um impacto de um meteorito, comprovado por uma cratera de diâmetro de 180 km não distante de Chicxulub localizado a sudoeste do México  e encontra-se soterrada debaixo da Península do Lucatã.Num jornal científico 41 investigadores afirmam ter desmistificado o mistério da origem da terra através de um asteróide que atingiu a terra com uma potência mais elevada do que a bomba atómica de Hiroshima. Provavelmente seria carregado de material em grande velocidade para a atmosfera desencadeado por uma reação em cadeia que provocou um resfriamento por irradiação sobre o planeta terra num espaço temporal compreendido de alguns dias. Esta tese do meteorito poderá ser radical ao nível da extinção dos dinossauros, mas alguns palentólogos afirmam: «Porque todos os dinaussaros desapareceram, com excepção das aves, no tempo que os pterossauros desapareceram?»Não sabemos exatamente a idade do seu desaparecimento, também não sabemos a razão da sobrevivência dos mamíferos, mas estamos cientes que atualmente o homem poderá ser responsavél por uma nova extinção de seres vivos na terra pela sua ação cineantropológica.


autor- Christopher Brandão 2014

domingo, 28 de setembro de 2014

cineantropologia: Ontogenia Cineantropológica

cineantropologia: Ontogenia Cineantropológica: A Cineantropologia Da Ontogenia A ontogénese define-se por uma integração sensorial da espécie humana no sistema uterino materno, no qual...

Ontogenia Cineantropológica

A Cineantropologia Da Ontogenia

A ontogénese define-se por uma integração sensorial da espécie humana no sistema uterino materno, no qual é considerado um potencial pré-requisito do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem que se prolonga extrauterinamente através do seu repertório de aquisições cineantropológicas que vão desde o movimento até à comunicação.Em termos evolutivos e funcionais a postura erecta será uma conquista contra a gravidade, uma das primeiras aprendizagens cineantropológicas e cerebrais da espécie humana.A acção cineantropológica do equilíbrio permite uma resistência à gravidade, ao fortalecimento e à tonicidade dos músculos à inibição, à facilitação dos reflexos, da vigilância neuromuscular pertencentes aos sistemas gama, proprioceptivo e vestibular coordenativo que por sua vez são comandados pelo cerebelo e tronco cerebral. No seu todo libertam o corpo humano para uma evolução cineantropológica dos processos biológicos de sobrevivência através de uma aprendizagem de cultura.Segundo os autores Ajurriaguerra (1964), Kephart (1971), Wallon (1966 e 1970) a postura tem como resultado um sistema funcional donde emerge a síntese integrada de múltiplas aferências sensoriais produzida nos recetores periféricos (proprioceptivas, vestibulares e visuais), cibernética e sistematicamente regulada à base de processos de ação retroacção que permitem ao indivíduo uma capacidade cineantropológica funcional única no reino dos vertebrados.A integração vestibular e proprioceptiva está associada a todos vertebrados através de uma organização axial que interconeta com uma polaridade céfalo caudal que provavelmente criam os pressupostos funcionais do controlo dos movimentos oculares relacionados com a captação da informação envolvente, fundamental para as respostas adaptativas definidas por Ayres (1982) e para a formação da consciência do ser humano  baseada na teoria bios semiótica de Rothschild (1963).O ser humano tem necessidades e motivações necessárias à emergência do fabrico de aparelhos, de utensílios, da arte, da escrita, da apreensão do fogo graças à integração postural e especial derivada da sua locomoção vertical que por sua vez estão relacionadas com a focalização visual e cerebral desenvolvidas em situações onde se encontram  objetos, imagens e símbolos.
Uma cineantropologia controlada, elaborada e construtiva, requer uma manutenção,fixação plástica e flexível de um controlo postural e de um controlo atencional que são fundamentais à capacidade instrumental do homo sapiens de se desenvolver cineantropologicamente.Piaget (1974 e 1976/pag 39) afirma que a epistemologia genética é do conhecimento primário “ …uma acção sobre objecto”, reforça o papel da postura e da motricidade da génese dos processos cognitivos manifestados pela ação sobre a realidade que a  transforma.Para Rey (1935) toda a exteriorização das ações é uma manifestação típica de todas as funções psicológicas simples, uma vez que as aferências (respostas postuo motoras) produzem um contato com a realidade exterior. Para o mesmo autor, as novas aferências planificadas a partir de um contato postuo motor permite ao ser humano imaginar uma ação, observá-la e analisá-la de forma a produzir interconexões muito estreitas entre a atividade motora e a atividade mental.Nesta dimensão postural de motricidade, não se trata de simples compostos motores, mas de sistemas coordenados e intencionais de um objetivo de exteriorização dos seus movimentos.
Analisando cineantropologicamente os humanos potencialmente elaboram estratégias de ação ou de sequencialização espacio-temporais, intencionais, decorrentes da solução de qualquer problema hipercomplexo que se lhes depara. A importância estratégica pressupõe evidentemente um controlo postural de determinadas informações vestibulares e proprioceptivas.Lorenz (1968) defende o conhecimento do corpo baseado na interpretação ancestral do homem primitivo, capaz de manipular objetos e simultâneamente visualizá-los pela sua capacidade de consciencializar os seus movimentos através de formulações das suas primeiras conceitualizações. Este princípio filogenético da espécie humana está enraizado na sua capacidade de aprender para praticar.Quirós e Schrager (1978) elevam o controlo postural ao nível hemisférico e não simplesmente ao nível cerebeloso, dando-lhe ênfase e relevância psíquica superior à medida que se equaciona a aprendizagem humana em termos intra e inter-hemisférica.O hemisfério esquerdo é simbólico e trata prioritariamente as funções da linguagem, da análise e do tratamento sequencial. O hemisfério direito é definido pela linguagem não verbal e trata das informações corporais, e da síntese de tratamento simultâneo e global.
 Segundo estes autores o somatório destes hemisférios confere à postura um estatuto neuropsicológico inter-relacionado com a lateralização e especialização hemisférica.Relativamente à especialização hemisférica, o hemisfério simbólico, muitas vezes inibe o hemisfério postural de forma a receber convenientemente a informação.
Em linguagem cibernética para se chegar evolutivamente aos circuitos do hemisfério simbólico é preciso passar pelos circuitos inferiores do hemisfério postural (noção de potencialidade postural), sem esta estrutura funcional, a linguagem e a aprendizagem não se integram, nem se desenvolvem cineantropologicamente.Em termos evolutivos é impossível chegar a processos superiores de aprendizagem sem determinar as necessidades corporais de sobrevivência ou de conforto.Os humanos no que diz respeito ao desenvolvimento simbólico e à construção de relações interpessoais interagem no sistema postural e na somatagnosia pela evolução cultural que se operacionaliza por processos de tradução de linguagem falada para  uma linguagem escrita ao longo do desenvolvimento cineantropológico adquirido ao longo do seu ciclo de vida humano.Ayres (1975) afirma que a postura exige certas condições do meio envolvente, do solo e das forças gravitacionais que no seu todo constituem um sistema funcional quase exclusivo da espécie humana desenvolvido pela aprendizagem cineantropológica.Para que o organismo aprenda é necessário uma adequação energética de forma a ampliar e inibir estímulos processar informações e agir. Sem o domínio postural do cérebro não existe aprendizem motriz que não se desenvolve pelas atividade simbólicas e por sua vez afeta os sistemas comunicacionais.O cérebro necessita automatizar as suas funções antigravíticas antes de poder processar as informações simbólicas adquiridas pelas aquisições posturais que por sua vez são pré-requisitos específicos dos humanos ao seu desenvolvimento cognitivo.A primeira fonte de conhecimento humano exige experiência psicomotora e não é viável em determinadas condições cineantropológicas de estabilidade postural. Com a instabilidade postural, nenhum conhecimento é apropriavél na medida em que se perdem todas as referências necessárias ao processamento de informação cerebral.No animal e no ser humano de baixo nível etário, o conhecimento inicia-se a partir das atividades psicomotoras possíveis após aquisição da segurança gravitacional.A transformação do conhecimento derivado pelas ações mentais exige principalmente a organização de unidades funcionais preexistentes, o equilíbrio é sempre ponto de partida e de chegada de novas combinações cineantropologicas.As atividades motoras posturais suportadas pelos centros corticais utilizam outras atividades motoras e não motoras mais complexas.Queirós e Schrager (1978) e Fonseca (1989), afirmam que as atividades motoras automáticas podem ser produzidas de forma satisfatória por processos de conhecimento que têem melhores e maiores possibilidades de desenvolvimento cineantropológico.O significado psiconeurológico parece mais compreensível na medida em que envolve a maturação de todo o sistema nervoso e de todas as suas capacidades de conhecimento.O controlo postural é indispensável ao desenvolvimento motor ou cineantropológico.A importância da postura e da psicomotricidade no desenvolvimento utilizado na obtenção de novos conhecimentos adquiridos no espaço geográfico pela ação cineantropológica da espécie humana.As atividades posturais associadas às motoras estão subordinadas às actividades cognitivas. A dualidade do acto ao pensamento e do pensamento ao acto permite a transformação da cineantropologia.O equilíbrio define a integração das sinergias posturais e motoras que são reguladas pelo cerebelo pelas suas áreas mais antigas, arquicerebelo e as mais recentes neocerebelo.O cerebelo em termos evolutivos apresenta a expansão dos seus lobos nos quais o córtex obteve as suas áreas associativas.O equilíbrio desempenha um papel organizativo de todas as atividades cerebrais motoras, psicomotoras e simbólicas. Fonseca (1999) determina que o cerebelo, o sistema vestibular,  a formação reticular, estão intimamente associados ao longo da filogénese e da ontogénese, na medida em que se criam circuitos em formato de fluxograma de retroactivação, de referenciação, e de comando, moldando a tonicidade e o equilíbrio de forma a serem integrados em movimentos hipercomplexos sequenciais de antropomacromotricidade, de forma a proporcionar a elasticidade e a adaptação.
A hierarquização harmoniosa dos movimentos, das tarefas e subtarefas do equilíbrio não fornecem dados funcionais, vestibulares e cerebelosos como também talâmicos, límbicos e reticulares visto que em termos sistémicos, é impossível dividir o cerebelo do tálamo, da formação reticular e do centro vermelho do sistema límbico.Hipoteticamente a base destas interconexões e do servomecanismo chega destas tarefas, tanto nos sinais de descontrolo psicoemocional, como nas expressões faciais, sorrisos e gestos.Wallon (1966 a 1970) define a vida emocional pela interação de ações tónicas, emotivas e de motricidade que interacionam em termos de desenvolvimento afetivo, donde o significado psiconeurológico dos dados obtidos funciona como fator psicomotor.Lúria (1973 e 1980) afirma que toda a activação se transforma em sistema de segurança gravítico, independência motora, em capacidade motora de controlo emocional, capacidade de atenção e de alerta e em apreensão espacial que em si consubstância o cerebelo, como um centro de tácticas posturais e motoras integradas na primeira unidade de Lúria.A postura gravitacional é produto do desenvolvimento da atenção selectiva e de conservação dessa função primordial do cérebro, através da qual os extero-receptores, essencialmente, a audição e a visão se desabrocham no seu meio envolvente, de forma a organizarem as funcionalidades psíquicas superiores.O equilíbrio associado com a tonicidade formam a organização neuromotora superior, constituída pela lateralidade somatagnosia, estruturação espácio-temporal e práxicas.A motricidade pré-antecipada é importante para a neuromotricidade em termos filogenéticos e ontogenéticos e por sua vez  constroi a cineantropologia humana.
A atividade cognitiva superior integra a motricidade fazendo o transfert em neuromotricidade que se traduz numa organização neurológica importante para todo o processo de aprendizagem humana.A organização neuromotora é resultado da integração dos dados proprioceptivos tónicos, vestibulares, posturais, motores e quinestésicos em dados extero-receptivos (tácteis, auditivos, rítmicos, visuais, espaciais, temporais etc.).Lúria (1973) define um sistema funcional hipercomplexo que transforma a motricidade numa perspetiva neurointrínseca.A cineantropologia com os seus graus de liberdade liberta-se para uma dinâmica do seu universo psicomotriz para se transformar em neuromotricidade.Esta relação é avaliada por um conjunto de dados intrínsecos e extrínsecos na sua concepção e elaboração, organização, regulação, verificação e execução.A transformação e a modificação da motricidade, na qual a tonicidade e o equilíbrio relacionados na primeira unidade de Lúria interferem na elaboração de fatores neuromotores hipercomplexos, como a lateralização, a noção do corpo e a estruturação espácio-temporal e produção das práxicas determinantes à activação da segunda e terceira unidades funcionais lurianas.  A ontegenia cineantropológica provavelmente poderá ser considerado um dos processos da evolução da evolução humana.
autor- Christopher Brandão 2014          



sábado, 27 de setembro de 2014

cineantropologia: O Paradoxo De Valor Do Espaço Cineantropológico

cineantropologia: O Paradoxo De Valor Do Espaço Cineantropológico:  O Espaço Cineantropológico um Paradoxo De Valor ?   O espaço contribuiu para a formação pessoal, social, ética, técnica e científica d...

O Paradoxo De Valor Do Espaço Cineantropológico

 O Espaço Cineantropológico um Paradoxo De Valor ? 


 O espaço contribuiu para a formação pessoal, social, ética, técnica e científica dos investigadores, idenpendentemente do seu grau académico que se encontram inseridos. A consciencialização por parte dos investigadores ao nível dos valores científicos relativos à sua área é de primordial importância para a aprendizagem das metas científicas propostas. As opções de investigação condicionam o conhecimento produzido pelos investigadores dando uma utilidade pública dos bens tangíveis adquiridos. Os orientadores conhecem bem as situações de grande conflito interno com que muitos investigadores se debatem sobre os reflexos dos seus resultados científicos relativos a uma determinada área científica. Esta sensação de inutilidade não é estranha relativamente ao espaço geográfico se for encarado como disciplina talvez possuirá potencialidades científicas e educativas que muitas vezes não são  exploradas na sua real valorização. A interação do espaço físico e geográfico com o ambiente constitui uma linhagem de estudo direcionada para a multidisciplinaridade das várias abordagens possíveis de estudar as localizações humanas. Apesar de realçar aspetos fundamentais do conhecimento não se deve sobrevalorizar qualquer espaço para reforçar a sua fronteira entre as ciências sociais, humanas e naturais relativas à interdisciplinaridade das grandes investigações atuais sobre a evolução humana.A dimensão espacial não deve ser desinserida no contexto da evolução humana porque sem espaço não há desenvolvimento dos fatores que interagem com as populações e as sociedades no seu todo. Podemos associar em categorias distintas nomeadamente;- Alterações significativas nos recursos materiais tecnológicos e bens tangíveis transmíssiveis às gerações futuras,- Alterações ao nível das ações comportamentais e dos modus vivendi e operandi que provocam grandes transformações sociológicas das próprias populações num determinado espaço físico,- Alterações na morfologia espacial e dos metódos de conhecimento geográfico em prol da evolução humana,As alterações diversificam-se de uma forma aleatória e muito crescente numa dinâmica cineantropológica evolutiva em prol da adaptação e desenvolvimento que são os instrumentos fundamentais para a mutuação genética e que por sua vez permitem uma nova dinâmica espacial dos povos e uma maior transmissão de cultura e informação. No seu todo este processo conduz à diversificação genética populacional que são fontes de uma intensificação informativa efetuada pelo transfert da tecnologia associada ao deslocamento das populações. A origem da tecnologia surgiu de uma mudança crucial da evolução que conduziu ao pensamento casual e à capacidade de realizar instrumentos que possam interagir com o espaço físico e geográfico. A relação entre a utilização de instrumentos com o pensamento casual associado à linguagem foi fundamental para a evolução e poderá ser um problema hipercomplexo interessante para a sua desmistificação. Um destes elementos poderá ter servido para arrastar os outros elementos. A tecnologia é essencialmente de natureza padronizada, complexa e repetitiva que exige um domínio manual apurado na sua forma em associar os diversos componentes.
 A questão do tamanho cerebral leva-nos a outra alteração significativa que ocorreu num momento do percurso evolutivo cineantropológico originário dos nossos antepassados e muito semelhantes ao dos símios. Os cérebros grandes exigem maiores crânios permitindo assim uma maior vantagem na luta pela sobrevivência, de tal forma haja uma grande pressão evolutiva para o crescimento cerebral tanto quanto possível. A dimensão cerebral é cada vez maior e permite uma maior assimilação de conhecimento derivado por um melhor processo de ensino-aprendizagem na aquisição de cultura e tecnologia quer rudimentar quer tecnológica ao longo do tempo.Podemos afirmar que o progresso da tecnologia foi lento, as lascas de sílex utilizadas como lâminas datam apenas de há 100 000 anos. Os artefatos de ossos de chifres e marfins eram transformados em artefatos especificamente afiados como o caso das lanças e arpões. Há cerca de 20 000 anos os artefatos do Paleolítico superior sugerem uma possível divisão laboral na produção de instrumentos mais hipercomplexos. As lâminas distintas de lascas eram então comuns, assim como os instrumentos de origem de compósitos eram importantes para a sua utilização e manufaturação de vários materiais realizados em osso. Estas técnicas exigiam um enorme espaço temporal para serem dominadas.
Um dos mistérios da evolução humana é saber o porquê dos nossos cérebros serem enormes. Estes órgãos enormes e hipercomplexos utilizam muita energia mesmo durante a fase do sono. Qualquer cérebro de maior dimensão exige alimentos de elevado teor calórico do tipo em que se obtém, por exemplo a carne dos cadáveres das presas abatidas pelos leões que esmagavam os ossos para comer a sua metafíse fértil.Segundo Deacon (1997); Dunbar (1996) quase todas as teorias convencionais assumem o grande cérebro como uma adaptação ou uma vantagem dos humanos em produzir relações sociais complexas baseadas no crescimento interactivo grupal que por sua vez permitiu o fabrico de utensílios. O cérebro em cada segundo consegue processar 100 milhões de bits de informações e de mensagens adquiridas pelos sentidos. No tronco encefálico existe uma rede de nervos designado por formação reticular que atua como uma espécie de centro de controlo de tráfego em que monitoriza milhões de mensagens que lá chegam. Este consegue separar as mensagens principais das restantes pelo córtex cerebral. Em cada segundo esta pequena rede de nervos só permite no máximo algumas centenas de mensagens que penetrem na mente e no consciente. As células cerebrais chaves designam-se por neurónios que por sua vez estão separadas por sinapses por diminutos espaços de 25 milionésimos de milímetro. Estes espaços são cruzados por substâncias químicas definidas por neurotransmissores, 30 das quais são conhecidas, mas o cérebro pode possuir muitas outras ainda desconhecidas. Estes sinais químicos são recebidos pela terminação nervosa do neurónio por uma malha de diminutos filamentos designados dentritos. Os sinais transmitidos para a outra terminação nervosa do neurónio são efetuadas através de uma fibra nervosa chamada axónio. Os neurónios são estimulados por sinais eléctricos que cruzem em espaços que muitas vezes são químicos. A transmissão dos sinais nervosos é de natureza electroquímica. Cada impulso tem a mesma força, mas a intensidade do sinal depende da frequência dos impulsos.Não é exato saber quais são exatamente as estruturas que sofrem transformações fisiológicas cerebrais que ocorrem durante o processo de ensino-aprendizagem. A experiência sugere que à medida que aprendemos na fase inicial da vida humana obtemos melhores conexões de interneurónios que libertam mais substâncias químicas e por sua vez cruzam com os espaços dos interneurónios. A aplicação continuada das conexões fortalece e reforça a aprendizagem. Segundo o neurocirugião Robert J. White (1994) afirma que o cérebro humano evolui mais do que qualquer animal o que contradiz a razão dos fatos. A destreza manual exigiu transformações sensoriais e motrizes no cérebro ao longo do tempo. O cérebro moderno humano provavelmente deverá ter evoluído em reação de uma capacidade integrada na manipulação e utilização de instrumentos. É mais lógico reconhecer a existência de um intelecto superior responsavél pelo desenvolvimento da relação entre o cérebro e o cognitivo provavelmente poderá desmistificar a compreensão da metafísica humana.Analisando a evolução humana a nível mundial podemos observar que a dinâmica cineantropólogica é instrumentalizada pela adaptação e desenvolvimento de determinadas variáveis sociobiomorfohumanas. A evolução humana teve de se adaptar de tal forma que a informação atual é mais credível aos investigadores por ser muito diversificada manuseável e útil dos que nos tempos remotos. Em segundo lugar resulta de uma observação global e universal das variáveis em constante transformação do conhecimento produzido diariamente pelos investigadores nos seus laboratórios. Tal fato advém de uma série de experiências condicionadas ao modo com que os investigadores analisam o seu espaço científico e como os envolve na aplicação de metodologias científicas baseadas numa fase inicial num conjunto de questões que pretendem dar respostas mais verídicas possíveis. Tais vivências podem ser aproveitadas não só pelo orientador como também pelos investigadores que pretendem respostas convincentes às suas questões e anseios. É importante desenvolver atitudes e competências necessárias para uma apreciação crítica da informação e das provas que os investigadores detêm ao seu dispor, tendo em atenção ao conhecimento estudado do homem quanto à sua distribuição relativa às grandes diferenças ao nível do desenvolvimento e da adaptação humana. O espaço físico e geográfico poderá desenvolver-se como ciência cineantropológica nos universos de investigação, ao nível dos estudos logitudinais ligados aos problemas evolutivos humanos. Neste quadro situacional é possível definir um conjunto de variáveis para o espaço físico e geográfico num contexto de evolução humana ao longo do tempo.Os objetivos serão formulados no sentido de auxiliar os investigadores a:- Desenvolver a compreensão e o interesse sobre o conhecimento não só de espaços que lhes são próximos mas também dos espaços longínquos,- Apreender uma grande variedade de condições existentes sobre a superfície terrestre, local de desenvolvimento evolutivo humano nos quais os indivíduos adaptaram, desenvolverem, modificaram o ambiente sob influência das atividades sociais, políticas, cineantropológicas, económicas,etc,- Delinear um quadro globalizante no qual possam situar fenómenos evolutivos do passado até ao presente,- Percepcionar um modo mais completo do significado humano quer na sua atividade desenvolvida num determinado espaço quer nas suas interações cineantropológicas, - Desenvolver uma melhor compreensão acerca dos mecanismos de organização espacial pertencente às atividades humanas,- Compreender os processos hipercomplexos que deram origem à diversidade dos padrões psicomotores humanos segundo determinados padrões espaciais da superfície terrestre e no modo como influenciaram as transformações espaciais e cineantropológicas,- Ter uma crescente consciencialização acerca da diferença de oportunidades e constrangimentos que afetam as diferentes populações nos diferentes espaços sob diferentes condições económicas, sociais, políticas e físicas,- Desenvolver uma melhor compreensão na natureza das sociedades multiculturais e multiraciais,- Compreender no seu todo um conjunto de problemas, sociais, económicos, políticos e ambientais numa dimensão espacial e geográfica e refletir sobre estes problemas, produzindo juízos de valor devidamente fundamentados na Ciência Cineantropológica,- Desenvolver um vasto leque de capacidades e competências necessárias ao raciocínio espacial e geográfico igualmente úteis e aplicáveis noutros quadros situacionais,- Atuar de modo mais interveniente no seu ambiente enquanto indivíduos ou membros sociais.Estes objetivos traduzem claramente muitas das preocupações do desenvolvimento humano perante um espaço físico e geográfico em que os investigadores devem analisar toda a verdade dos fatos.
A reflexão de uma determinada postura investigativa e epistemológica permite evitar distrações se quisermos proceder à sua apreciação crítica das suas bases rigorosas. Os modelos evolutivos e pedagógicos que os cosubstanciam enquadram-se em finalidades evolutivas que representam muitos dos princípios básicos vulgarmente designados por evolução cineantropológica.As ideologias de que temos vindo apresentar, pretendem sobretudo restabelecer uma ligação interativa entre a evolução humana com o espaço físico através de ações cineantropológicas. Elas confrontam-se no próprio seio da comunidade científica em determinados especialistas que propõem o retorno às origens humanas de forma entendermos que a evolução humana é fundamental para compreendermos o homem contemporâneo em termos de uma correta informação sobre o mundo atual sem quaisquer dúvidas de que o espaço físico e geográfico desempenha um papel fundamental na adaptação e no desenvolvimento cineantropológico.A interpretação de mapas, entre outros, são básicos para melhor compreensão do espaço físico e geográfico que muitas vezes auxiliam os investigadores nas tomadas de decisão sobre as melhores teorias motricomunicativas humanas.
É importante reconhecer a todos que investigam a evolução humana num determinado espaço físico ou geográfico que se pode constituir uma ferramenta essencial ou um meio de melhor compreensão, não só do mundo humano mas também do quadro situacional onde este se encontra inserido na cineantropologia.A melhor articulação entre espaço físico ou geográfico associado à evolução humana permite uma melhor descoberta da verdade científica. Esta situação poderá suscitar uma curiosidade científica que poderá ser uma via alternativa estimulante na compreensão do desenvolvimento humano através das ações cineantropológicas. Torna-se necessário uma descrição detalhada das situações espaciais e geográficas que se concretize na descoberta de soluções e respostas referentes aos problemas e interrogações que surgem. A descrição das situações espaciais poderá ser um conjunto de enigmas no qual estas questões levantadas pelos raciocínios dos investigadores possam solucionar toda a problemática relacionada com a área cineantropológica.A investigação espacial e geográfica poderá ser um meio de auxiliar as ciências para finalidades instrumentais motricomunicativas de futuro, através dos desenvolvimentos das mentalidades abertas dos próprios investigadores que futuramente irão investigar a ciência cineantropológica.

autor- Christopher Brandão 2014

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

cineantropologia: A Evolução Cineantropológica Do Jogo De Ténis

cineantropologia: A Evolução Cineantropológica Do Jogo De Ténis:  A cineantropologia evolutiva Do Jogo De Ténis  A biomecânica atual do ténis data do ano 1874. A base tenística tem origem nos jogos de p...

A Evolução Cineantropológica Do Jogo De Ténis


 A cineantropologia evolutiva Do Jogo De Ténis 

A biomecânica atual do ténis data do ano 1874. A base tenística tem origem nos jogos de parada produzidos na idade média. A diversidade de variantes produziu pouco a pouco a dimensão moderna do ténis atual originária no ano de 1874. O desenvolvimento ascendente permitiu a criação de uma estrutura organizativa do clube, da associação, da federação e por fim a inernacionalização do ténis proveniente do produto das competições nacionais e internacionais,  que por sua vez permitiram a popularização desta modalidade e a sua expansão pelo mundo. A evolução ténico-tàtica do jogo està provavelmente relacionado com a sua difusão . Os jogadores de primeira categoria demonstram sempre em competições as suas novidades psicomotoras e tecno- táticas, levando assim ao aperfeiçoamento e ao desenvolvimento da modalidade. A evolução tenística demonstra uma certa flexibilidade ao nível das regras e da técnica  nos diversos estilos de jogo consoante a individualidade de cada atleta e de cada cultura de cada país em que se desenvolveu a modalidade.O enquadramento físico e mental de cada atleta demonstra a sua eficácia ao nível da sua psicomotricidade que determina a sua ação comportamental tecno- tática no jogo. O produto da técnica e da tática individual se constroi numa base fixa.
Só o conhecimento das regras básicas permitirá o estilo pessoal  e cineantropológico do sujeito ao nível dos movimentos produzidos pela ação dos diferentes níveis de jogo.
Assimilação das regras básicas gerais permitirà uma melhor adaptação às suas caraterísticas individuais.
O princípio elementar do ténis consiste na bola ser trocada sobre um obstáculo com auxílio de uma raqueta. A bola tem de cair num campo limitado e ser devolvida antes de bater a segunda vez na superficie limitada.
Em dois tipos de jogo com bola em que se aplica o termo jogo de «Palone», se encontra a sua base no século XI (Itália).
A atividade de lazer relacionado com grande bola, batia-se a bola revestido de coiro ou de madeira com ação biomecânica do antebraço. O jogo com bola pequena pode -se considerar a origem  do ténis atual.
A palheta numa fase inicial era utilizado com a palma da mão. Devido às dores provocadas recorreu-se depressa a uma proteção de cabedal cujas as faces eram muitas vezes reforçadas por uma rede. Na Itália, o jogo do «soco na bola» atingiu enorme popularidade enquanto  nos outros países românicos optava-se por uma bola pequena.
Em Espanha houve uma evolução dos príncipios para o jogo da «pelota»,  que ficou, até hoje, como desporto nacional dos Bascos. Na sua prática utiliza-se uma bola dura que é lançada contra a parede com o auxílio de um instrumento em forma de bico curvo, e que deve ser devolvida antes de bater no chão, como no ténis inclui jogos de variantes de singulares e de pares.        
 Na França do século XIV a ambição do sexo masculino de galantaria, contra a educação cavalheiresca mais rude salientava-se em relação aos outros países.
A expressão «galant homme»  em relação aos princípios deste jogo produz uma oportunidade para o cavalheiro brilhar na sociedade através das suas potencialidades físicas, sem dar impressão de grosseria cavalheiresca. Diz-se que semelhante exercício com bases amorosas nos salões e nos banhos públicos, se relacionavam com os mesmos excessos dissolutos. Logicamente este jogo adquiriu uma dinâmica de rápida difusão na sociedade francesa, na mesma altura que a versão italiana foi introduzida.
O jogo definido por «jogo da palmada», todavia, não conseguiu a sua difusão ao ar livre devido às condições climatéricas de baixa temperatura , ao contrário dos outros países, até se edificarem os recintos em massa. Semelhantes construções numa maneira geral apresentaram medidas padrões nomeadamente, 30 metros de comprimento, 10 de largura e 7 de altura. A sala encontrava divida em duas metades separadas por uma corda cujo o piso era coberto de azuleijo.
A validade do lançamento com bola obrigava o seu batimento na parte mais inclinada do tecto que seguidamente tinha de tabelar na parede até não ser  possível batê-la.
Antes utilizava-se como raquete um instrumento curvo de madeira de pega curta.
No século XVI utilizava-se uma moldura de madeira unida por fitas de coiro ou de tripa. Estas supostas raquetes eram fabricadas em madeira de freixo, ou tília, de tal forma entrelaçada que ficava uma face àspera e outra lisa. A forma de contagem em relação à contagem do ténis atual ser semelhante à do «jogo de palmada», há que salientar que o número 15 foi eleito como unidade no qual o somatório tem um sequência de 30 pontos e de seguida passa para 40 e não para 45,  como a contagem que se encontra em todos os povos latinos . Na eventualidade de igualdade, depois do penúltimo ponto, (40-40) são precisos conquistar mais dois para vencerem o jogo.
Relativamente ao processo de contagem existem divergências de opiniões. A explicação de alguns investigores em que consideram a mais verosímil  foi de Schnell que considera a terminologia da palavra journée cuja a sua terminiologia significa «dia» ou «luta» num contexto de jogo competitivo.  Numa divisão do dia em 24 horas permitiu a divisão do ténis em 24 jogos no qual cada jogo correspondia a uma hora, e cada hora tem 60 minutos. A divisão do jogo de ténis em 4 partes jogando um ponto que equivalia 15 pontos. Depois do somatório dos pontos chegar ao 45 -45, o vencedor teria de conquistar um duplo ponto para vencer o jogo muitas vezes dependia do acaso.
A preferência pelo número quarenta em vez do 45 é explicada pelo fato de mais pontos, depois do número 45 chegarem. Na eventaulidade de igualdade optava-se pelos 40-40 no  qual os próximos pontos valiam cada um 10. Na eventualidade existir a renovação do empate (50-50), regressava-se aos 40. Para simplificar igualdade em vez de se utilizar a pontuação de 45 contava-se 40.
Na mesma situação sucede com o número 24, enquanto igualmente era necessàrio 2 jogos de diferença em competição no qual contava-se em caso de igualdade, 22-22, para trás. Devido à falta de tempo, ou talvez para dar possibilidade a uma desforra sucessiva, o despique foi reduzido de 12 para 6 jogos.
O jogo da palmada nunca chegou a ser um jogo do povo mas das elites atendendo ser uma atividade que exigia no máximo 4 participantes e além disso exige um recinto específico que impunha elevados custos de recursos materiais o que impedia o seu desenvolvimento popular, dado às circunstâncias da sociedade daquele tempo.
No sec XVIII desapareceu o jogo do salão (de dança), tanto na França como na Europa central e ocidental.
Nos primeiros anos o ténis jogava-se essencialmente na linha de fundo sendo o serviço executado por baixo. A evolução do estilo de jogo de cada atleta mais especificamente em jogos onde prevalecia as acções psicomotoras de bolas atlas utilizadas nas técnicas dos smashs e dos serviços, bem como em ações biomecânicas de movimentos executados em fases de ataque permitiu que o ténis ganhasse a sua dinâmica e diversidade.
A evolução do jogo para um ataque à rede por parte do jogador permitiu desenvolver acções técnicas mais rápidas designadas por passing-shot de forma a imprimir uma maior velocidade no jogo.
A evolução da transferência do jogo de fundo para o jogo de rede determinou a sua própria concepção evolutiva do ténis.  
Os irmãos Doherty influenciaram de maneira decisiva a evolução táctica do ténis
entre os anos de 1897 a 1907, no qual houve um expoente máximo de evolução ténistica ao nível tecno- tático. Podemos avaliar o jogo dos Doherty como um jogo clássico na arte do impato da bola com a raquete associado ao sistema de ataque de subida à rede eficaz, no qual a sua defesa sobressaía na devolução de bola com o gesto técnico da esquerda.
Em comparação ao atual nível de jogo, o jogo dos irmãos Doherty apresentava um ponto fraco na modalidade do ténis na variante singular como a de pares em que a sua transição para rede era concluída só a meio do campo. Tendo em conta que o crossing –ball ainda não era conhecido no qual a acelaração do batimento de preparação poderia apresentar com algumas deficiências táticas.
No ano de 1910 surgiram mais dois tipos de jogos cujo o sucesso foi evoluído num espaço temporal de curta duração. O tenísta australiano Brooks tentou com os seus lifts que são efeitos de bola muito ortodoxos em pertubar o batimento das ações técnicas dos seus adversários. Atendendo às batidas defensivas estas variantes era demasiados lentas e igualmente se inferiorizava em pontos fracos nas batidas laterais.
Houve um jogador norte- americano possuidor de um serviço canhão, atendendo que lançava uma bola alta, mas por sua vez era mediano no batimento elementar de campo sendo ainda pioneiro na descida à rede. Estes sistemas de jogo eram restritos.
No primeiro período evolutivo de ténis houve a necessidade de se jogar em todo o campo numa combinação razoavél de subida à rede através do jogo de fundo.
Nas variações do jogo e aumento do ritmo Tilden foi considerado o melhor tenista de todos os tempos na sua época. Este jogador utilizava todas as variações possíveis dos efeitos de bola, associados a diversos sistemas de jogo , tendo sido pioneiro em utilizar o corte longo com máximo aproveitamento do ressalto da bola. Também dominava a velocidade e o efeito da bola. Contribiu com os seus conhecimentos práticos para manuais e filmes para o desenvolvimento científico da modalidade. Durante a sua época compreendida num intervalo temporal entre 1920 e 1926 foi considerado pelos especialistas de ténis como um símbolo americano do run and rush.Também foi considerado um jogador predominantemente atacante procurando acumular pontos e aproveitando os diferentes processos técnico-táticos. Por outro lado aumentou o ritmo de jogo essencialmente no ataque enquanto Cochet era especialista na receção imediata, tanto no ataque como na defesa. O seu batimento antecipativo imprimia maior velocidade de jogo. A sua forma de batimento antecipativo sobressaía pela sua eficácia em resposta ao serviço violento, atendendo à sua espera adiantada em relação ao serviço permitia uma enorme vantagem sobre a linha de fundo. Esta situação dimínua o tempo de batimento da bola, mas em compensação reduzia o ângulo de ressalto, bem como o intervalo de tempo de resposta.      
Um serviço potente em que a bola ressalta no quadro de serviço apenas 1 a 2 metros da linha de fundo concebe ao servidador uma potencialidade de receber a resposta junto à rede.
O tenista inglês Fred Perry afirma : « a juventude deve alicerçar os fundamentos da sua técnica na velha escola, mas apenas os fundamentos, uma vez conseguido esta situação podemos orientamos por novas versões de batimento antecipado da bola. Acredito que tal método de batimento rápido poderá consolidar-se com o tempo e ocupar o espaço concedido à velha escola pelos manuais.».
No final deste período evolutivo predominava um tipo de jogo em que se aproveitava de todos os preceitos técnicos e tácticos ofensivos, visando um maior ganho de pontos possível.
No ano de 1940 houve um reforço atacante no qual o desenvolvimento na  maneira de jogar foi idêntico durante este período que foi considerado essencialmente pela geração mais velha como pouco profundo e sem nada de comum com a cobertura total do campo. As expressões analisadas em campo e definidas em expressões  desce ao campo, bate com força; corre à rede e tenta apanhar a bola, quer saltando, quer torcendo, devolvendo de qualquer maneira para além da red, caracteriza a atual forma de jogar.
Atualmente o ténis opta-se por um ataque rápido cujo o objetivo incide conjuntamente com o serviço de forma atingir uma posição estratégica na rede. Deve-se atacar com o serviço desde que haja garantias de êxito.
Em situações de jogo de bolas frouxas ou mal colocadas não são propícias, por isso é aconselhavél, aguardar uma posição mais favoravél de aproximação à rede para depois seja preparada uma boa performance de batimento longo . Para que o  processo resulte é necessário o jogador dominar as diversas formas de batimento.
O serviço é um gesto técnico decisivo no batimento na fase do jogo de ataque enquanto os gestos técnicos do  volley e do smash são considerados processos de conquista de pontos na subida à rede. No gesto técnico do serviço a sua execução geralmente produz uma acção  biomecânica de rotação no qual a trajetória curva da bola é mais lenta do que o batimento tenso e dá mais tempo ao adversário realizar o contra-ataque. Os jogadores da resposta ao serviço devem ter em conta as mudanças de direção resultantes do ressalto da bola proveniente do serviço.   
Para um jogador possuidor de um serviço potente com ida à rede é preferivél ganhar à primeira o ponto ao adversário utilizando a técnica do serviço que poderá ser decisivo para uma vitória final numa partida ou num set, assim como a resposta ao serviço é determinande para atual forma de jogo. A evolução do jogo de ténis e sua metodologia de treino deverá incidir na interação do serviço e resposta ao serviço que será o ponto fundamental da atual forma de jogo do ténis atual.
A utilização dos drives de direita e da esquerda associado à resposta ao serviço poderá evoluir para um estilo de jogo tático que se reveste de grande transcendência de batimentos intermédios e de preparação do próprio ataque à rede. Atendendo a este quadro situacional  o gesto técnico de direita e da esquerda merecem uma atenção secundária no ténis moderno.
A técnica do Lob bem aplicado concede-nos um importante batimento defensivo com muitas possibilidades de criar mudanças decisivas no jogo. Atualmente as diferentes formas de batimento estão relacionados com o serviço,  a resposta ao serviço, gestos técnicos de direita e esquerda, volley, smash e lob. Qualquer uma destas formas de batimento quando bem executadas contra um adversário do mesmo nível competitivo poderá constituir uma enorme vantagem tenística.
Estas técnicas de batimentos de bola poderá ser exemplificadas em contextos de jogos nomeadamente na final do jogo singulares masculinos do Torneio de Wembley de 1959 foi ganho por Olmedo de nacionalidade norte- americana contra o tenista australiano Rod Laver, pelos parciais 6-4, 6-3, 6-4.
Bastou a Olmedo ter êxito 3 vezes consecutivas na técnica do serviço que ganhou  ao adversário com a vantagem de 5-4 que foi suficiente para quebrar o jogo de uma vez e  ganhar por um resultado de 6-4. No segundo set como parcial 4-3 conseguiu durante o serviço de Laver, fazer 5-3 na receção acabando por vencer por um resultado de 6-3 devido ao gesto técnico do serviço imediato. Na terceira partida Laver controlava a situação de jogo servia primeiro com uma vantagem no resultado 4-3 e após o just no resultado de igualdade de jogos 4-4  houve novamente um rompimento que permitiu a Olmedo chegar aos parciais 5-4 completando com o seu serviço a partida de jogo. Com o desenrolar do jogo competitivo demonstra claramente como o ténis ao nível mundial evoluiu numa dinâmica evolutiva do gesto técnico do serviço contra o adversário no qual comprova com a sua vitória na final naquela época. Como conclusão podemos ver que os dois jogadores demonstraram um idêntico poder de serviço referente à situação de jogo na rede no qual  Laver foi mais versátil por utilizar um gesto técnico do volley enviesado.  Em contrapartida para Olmedo foi decisivo a sua estratégia defensiva. Devido à sua maior eficácia dos seus batimentos de devolução em passing-shot  obrigou a Laver a lutar muito mais para conquistar o serviço. Em diversas situações Olmedo teve de sair de situações de jogo extramente difíceis de defesa de forma conquistar pontos em situações vitoriosas de ataque. O jogo diversificado de defesa resultou numa forma atacante poderosa.
Através dos comentários após o jogo de Laver em Wembley em que afirma que o seu adversário Alex Olmedo demonstrou-se num jogador muito maduro com um sistema ofensivo de volleys bastantes controlados. Os seus batimentos no fundo do court não tinha nada de extraordinário, mas eram suficientemente eficazes para não o comprometer quando não se encontrava próximo da rede. Para derrotar Olmedo Laver tinha de chegar primeiro à rede e além disso precisava de servir pelo menos com a mesma potência de Olmedo. O serviço de Olmedo era difícil de devolver, só podia mandar-lhe a bola para perto. Laver chegou à conclusão que Olmedo deteve o domínio do jogo pelo fato deste se encontrar em permente deslocamento o que obrigou a precipitar os seus batimentos, tendo em consequência os seus erros derivados dos seus atos.
Se tivessem atuado sobre terra batida, em vez de relva sobressairia uma velocidade de jogo diferente mais especificamente na velocidade da bola de serviço. Efetivamente a velocidade da bola sobre a relva diminiu em relação à superficie de terra batida.
Nos jogos realizados em campos vulgares provavelmente podemos captar muitas bolas e devolvê-las, o que nunca seria possível sobre a superfície de relva. Deste quadro situacional resulta igualmente o aumento das hipóteses de vitória em situações de jogo de ataque, mas também só tem sucesso o jogador que possua uma estratégia atacante.
Analisando o desenvolvimento tenístico nas últimas décadas conclui-se que atualmente se joga de maneira muito diferente de há 20 anos. Um jogador só subia à rede quando conseguia forjar as boas condições de ataque na linha de fundo. Atualmente podemos criar situações de ataque imediatamente após o serviço. Um bom serviço e um bom jogo de rede são tão básicos com o domínio dos batimentos e dos gestos técnicos do lob  e do corte originário num jogo de ataque ao adversário. Em caso de igualdade de capacidades psicomotoras e coordenativas  dos atacantes, um dos jogadores sobressairá se possuir melhor jogo de fundo derivado  de uma estratégia de defesa. O jogo de fundo de court e o jogo de ataque transformou-se num jogo transitório de defesa e ataque simultâneo. O domínio da técnica adquire-se pela forma de atuação do batimento básico e elementar. Numa situação primária temos que executar o batimento dos gestos técnicos de direita e esquerda antes de chegarmos ao gestos técnicos do volley e do smash.
A atual forma de jogar exige uma condição psicomotora muito maior do que antigamente. A corrida constante à rede depois do serviço, o jogo de rede e o ritmo balístico da bola em trajetória  aérea exige maiores capacidades piscomotoras e coordenativas dos atletas.
Neste período de desenvolvimento temos que avaliar numa fase posterior mesmo que o estilo do jogo seja comprometido pelo ritmo, um jogador de ténis deverá ter um maior trabalho nas capacidades psicomotoras e coordenativas de forma haja uma maior rapidez, uma maior força,e uma maior altura física para atingir os princípios básicos estabelecidos no jogo de ténis. Nas inovações técnicas e tácticas haverá sempre opiniões precipitadas que exigem um paradigma nas regras de forma o ténis não se tornar um jogo monótono e desinteressante. De futuro fala-se na redução da área de serviço para diminuir a eficácia do serviço, mas isso contraria o desenvolvimento do ténis, pois desta forma poderá restringir as nuances técnicas e táticas. Como é do conhecimento geral o reportório técnico dura pouco com a própria evolução do jogo e cria-se um novo paradigma evolutivo na modalidade. O desenvolvimento do futuro da modalidade provavelmente poderá estar dependente do aumento do ritmo de jogo e por sua vez tornar-se-à um fator primordial de evolução do atleta.
O aperfeiçoamento das condições psicomotoras possibilitará o aumento das capacidades motoras e coordenativas do atleta no qual a construção tática dependerá da evolução da técnica.
Relativamente à area técnica a melhoria do jogo deverá refletir-se fundamentalmente na maior eficácia do serviço e na resposta quer na batida do gesto técnico de direita ou esquerda.
A força ascendente associada às condições necessárias de segurança poderão aumentar a eficácia rítmica do segundo serviço.
Nos batimentos normais constatam-se as potencialidades de acertar na bola no momento exato de impacto depois do ressalto. Além de uma melhor ação biomecânica da resposta ao serviço, estas potencialidades incidem principalmente no batimento em posição de atacante contra um adversário que se encontre próximo da rede. Através do batimento agressivo consegue-se o aumento da velocidade da bola e da redução do tempo de batida. A importância da economia de esforço em relação ao espaço de batimento no qual o adversário poderá ter reduzidas hipóteses na avaliação do jogo que provavelmente poderá dificultar a antecipação dos movimentos.
Com a evolução do material que constituem as raquetes permitiu influenciar o próprio ritmo do jogo. Encontramos uma prova no material que constitui a raquete de metal das décadas passadas que permitiu uma maior elasticidade do que as de madeira normal ao nível de impressão de força à bola criando uma maior velocidade com o mesmo dispêndio de energia.
Por outro lado a raquete impõe a conveniência do batimento exatamente no centro, para isso basta uma ligeira diferença para provocar um desvio na bola.
Este é o fator que  poderá encontrar a razão para o tipo de raquete a ser escolhida pelo atleta .O futuro dos materiais de grafite , kelvar , cada vez mais influenciarão o ritmo de jogo, como em todas as variantes de desporto que visa essencialmente o aumento das capacidades psicomotoras para o êxito do progresso técnico. O ritmo acelarado do jogo exige uma condição fisica elevada associada à biomecânica ajustada a uma velocidade de movimentação que depende das qualidades cognitivas do indivíduo manifestadas em situações de atenção e reação. Do mesmo modo torna-se necessário uma aplicação de uma metodologia de treino científica de forma  os indivíduos possam desenvolver de futuro um ténis cada vez competitivo e por sua vez não é importante que os mais jovens atletas possam fazer hoje mas o que irão fazer de futuro com a evolução da modalidade.

autor- Christopher Brandão 2014      


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

cineantropologia: A Evolução Cineantropológica Da Técnica e Táctica ...

cineantropologia: A Evolução Cineantropológica Da Técnica e Táctica ...: A Cineantropologia Evolutiva Da Técnica e Tática Do Ténis  No ano de 1874 foi o início do ténis contemporâneo. Podem desde já avaliar t...

A Evolução Cineantropológica Da Técnica e Táctica Do Ténis

A Cineantropologia Evolutiva Da Técnica e Tática Do Ténis 


No ano de 1874 foi o início do ténis contemporâneo. Podem desde já avaliar três períodos essenciais:
- A evolução do jogo na linha do fundo até à transição do jogo de defesa ao ataque,
- As variações do jogo e o aumento do ritmo,
- Reforço do jogo atacante a partir do ano 1940.
No intervalo cronológico compreendido entre as datas de 9 a 19 de Julho de 1977, participaram vinte e um jogadores no campeonato de Wimbledon no qual foi vencedor William Gore, que bateu o seu adversário William Marshall pelos parciais 6-1, 6-2, 6-4, na presença de 200 espectadores.
A Associação de Ténis dos Estados Unidos ( The United States Lawn Ténnis Association) foi fundada em 1881 e no final desse ano a organização dos seus primeiros campeonatos de ténis em Newport, Rhode Island, Jogaram-se as variantes singulares e de pares masculinos.
Os primeiros singulares femininos em Wimbledon tiveram lugar em 1884, mas só em 1887 foram introduzidos nos campeonatos dos Estados Unidos da América, as variantes de pares masculinos e também começaram oficialmente em Wimbledon em 1884, enquanto que as variantes de pares mistos e  pares femininos só seriam introduzidos oficialmente no ano de 1913.
Os primeiros campeonatos franceses tiveram lugar em 1891, mas estavam abertos exclusivamente aos membros dos clubes franceses e só se tornaram um acontecimento internacional no ano de 1925. Os campeonatos australianos, fourth Leg do Grand Slam, foram inaugurados no ano 1905. Em Portugal os primeiros campeonatos efetuaram-se no ano de 1925.
O Ténis foi introduzido nos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, realizado em Atenas no ano 1896, e esteve presente em todos os jogos.
Tendo-se expandido internacionalmente nos seus primeiros anos de vida, o ténis teve no ano 1883 o primeiro encontro entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos em Wimbledon. No ano seguinte foi a vez de três americanos os pioneiros a tomarem de assalto os campeonatos de Wimbledon.
A internacionalização do ténis permitiu à fundação da Taça Davis, o principal evento internacional de equipas tenísticas. No ano de 1900 os Estados Unidos Da América venceram facilmente a Grã- Bretanha  em Boston, Massachusetts, e ganharam o seu primeiro troféu. O capitão vencedor foi Dwight F.Davis,  na variante singulares masculinos que apresentou o troféu.   
Em Março de 1913 foi constituída a Federação Internacional de Ténis  que veio  dar importância deste desporto ao nível mundial.   
A grande maioria dos seus doze membros fundadores eram de origem europeia incluindo a atual Rússia, mas dela faziam parte a Àfrica do Sul e alguns países da Oceania.
Num curto espaço de tempo o ténis adquiriu uma grande popularidade como atividade de lazer e recreação.
 No ano de 1992 foi introduzido pela primeira vez o seeding nos campeonatos americanos permitindo assim um acontecimento histórico no ténis que dois anos mais tarde foi utilizado pela primeira vez no torneio de Wimbledon.
Em 1922 foi também uma data espacial na história do All-England Club que se tranferiu para a atuais instalações na Church Road. Em segundo lugar, os campeonatos de 1922 foram os primeiros a decorrer numa fase de eliminatórias designada por Knock-out.
Desde a inauguração dos campeonatos em 1877, os jogos haviam sido disputados numa base de desafio que consistia no jogador que defendia o Título de vencedor só precisava jogar um jogo para manter o seu título.
O jogador que desafiava, no entanto, era apurado em resultado de um torneio por eliminatórias. As lendas como William Renshaw, Reggie e Laurie Doherty e Tony Wilding tornam-se campeões de longa duração no qual tornava-se muito díficil em destronà-los. Na década de 70 os irmãos Renshaw demonstraram um estilo de jogo que originou polémicas entre os jogadores ingleses mais conservadores sobre o jogo de ténis clàssico que por sua vez gerou um conjunto de protestos obrigando até a probição da evolução do jogo. Este quadro situacional não é assim tão incompreensivél naquela época atendendo à altura original da rede apresentar-se mais especificamente no seu centro,  uma medida standard inglesa de 4 pés o que equivale a 1,22m, tornando impossível a passagem de um gesto técnico de maior potência. Na sequência desta situação as medidas da rede ao nível dos seus extremos 1,06m; e no centro 0,91 m acabaram por ser reduzidas para as medidas atuais. 
 O jogador lendário Renshaw manteve o título durante seis anos consecutivos.
A abolição deste sistema de desafio permitiu uma nova sucessão de novos jogadores no ténis mundial. Nos primeiros anos quatro jogadores franceses Jean Bototra, Henri Cochet, René Lacoste e por fim Jaques Brugnon dominaram o ténis da sua época  tanto no seu país como em Wimbledom no qual estes jogadores ficaram conhecidos no seu tempo como os quatros mosqueteiros. Entre eles ganharam os singulares masculinos em Wimbledon seis vezes nos primeiros oito anos, depois da abolição do sistema de desafio, o seu domínio foi interrompido no final dos anos 30, quando a Grã-bretanha produziu o seu herói Fred Perry que foi o último campeão britânico de singulares masculinos em Wimbledon.
Em 1938, o americano Donald Budge foi o primeiro homem a vencer o Grand Slam, a vitória dos quatro torneios principais num ano Wimbledon, USA Open, Australia Open, Roland Garros. Desde então só houve um outro jogador de nacionalidade Australiana chamado Rod Laver que conseguiu conquistar quatro títulos num intervalo temporal compreendido entre os anos de 1962 a 1969 .
O Ténis feminino também tiveram as suas lendas ao logo destes anos nomeadamente Lottie Dod, foi a campeã mais jovem a ganhar Wimbledom com a idade de 15 anos, dominou a modalidade nos primeiros tempos e mais tarde tornar-se-ia uma notavél campeã de golfe. A tenista Suzanne Lenglen de nacionalidade francesa foi uma grande campeã feminina na época em que os quatro mosqueteiros referidos anteriormente dominavam o ténis masculino. O espaço temporal compreendido entre as duas guerras mundiais o ténis feminino foi dominado por Helen Wills- Moody dos Estados Unidos que ganhou o título de wimbledon por oito vezes, um grande recorde para  época.
Depois da Grande Guerra, Maureen Connoly, afectuosamente conhecida por « Little Mo», foi a primeira mulher a vencer do Grand Slam, em 1953.
A tenista Magaret Court foi outra mulher que ganhou os quatro títulos na mesma época.
Embora Martina Navratilova tenha possuído os quatro títulos simultaneamente não os ganhou nos mesmo ano. A tenista Billie Jean King consegui um recorde invejável de  vinte títulos em Wimbledom, mas nunca conseguiu realizar a proeza do Grand Slam.
Os quatro grandes campeonantos eram estritamente amadores.
Entre os anos 50 e 60 muito dos grandes jogadores abandonaram o ténis amador para ingressarem no ténis profissional de tours que mais tarde vieram a ser estabelecidos.
A profissionalização do ténis tornou-se moda com os patrocinadores no qual a marca Rothmans patrocinou um torneio em Beckenham localizado em Kent.
No ano 1963 surgem os primeiros interesses comerciais ao nível do marketing desportivo de marcas comerciais em patrocinarem jogos de ténis nomeadamente os opens de Grand Slam nomeadamente o campeonanto de Wimbledom.
 Em pouco tempo o Ténis tornou-se um atividade com uma enorme dimensão enconómica até aos tempos atuais.
No ano de 1968, os campeonatos do Hard Court em Bournemouth foi apresentado o primeiro Open de Ténis. No mesmo ano o tenista Rod Laver regressou a Wimbledon como tenista profissional no qual foi vencedor do seu quarto título.
Em 1926 era utilizado um sistema de sets de longa duração no qual a tenista Suzanne Lenglen, e outros tornaram-se tenistas profissionais.
Em 1970 foi utilizado pela primeira vez nos jogos de ténis um sistema designado por tie –break de forma a reduzir o tempo de disputa de pontos em sets mais numerosos.       
Nunca mais veremos em Wimbledon pontuações de sets como 22-24, 1-6, 16-14, 6-3, 11-9 em singulares masculinos no qual o tenista Pancho Gonzalez derrotou o seu adversário Charlie Pasarell no ano de 1969.
Durante muito tempo os tenistas americanos e australianos dominaram tanto as competições masculinas e femininas, mas na década de 70, surgiu a oportunidade dos europeus ascenderem ao raking mundial desta modalidade em ambos os sexos.
Numa fase inicial a Taça Davis como todos os outros grandes eram jogados em formato de desafio mais tarde adoptou –se um sistema de eliminatórias a partir do ano de 1973.
Desde então surgiram novas nacões tenísticas como o caso da Roménia, a Checoslováquia e a Suécia que se tornaram grandes rivais dos Estados Unidos e da Austrália.
As estrelas do ténis como o tenista Romeno Nastase, o sueco Bjorn Borg, o checoslavaco Ivan Lendl e por fim o alemão federal Boris Becker rivalizaram com os tenistas americanos Jimmy Connors e Jhon McEncore.
O recorde de vitórias do tenista sueco Bjorn Borg na categoria de singulares masculinos em Wimbledom em cinco vezes consecutivas será muito difícil de ser batido no futuro próximo enquanto no ténis feminino a jogadora Martina Navratilova ganhou o título de senhoras em seis anos consecutivos  e de forma geral ganhou wimbledom oito vezes consecutivas.   
No passado o ténis era jogado em superfície de relva, hoje em dia existe uma diversidade de superfícies apesar de se manter a sua terminologia em língua inglesa originária do Lawn tennis (ténis jogado em relva). A diversidade de superfícies artificiais, de turfa, de terra batida, ou de cimento, etc. A modalidade do ténis poderá ser jogado em pavilhões cobertos com superfícies em madeira ou cimento que por sua vez poderá ser revestido num tapete artificial de relva sintética.
A especialização de alguns tenistas num determinado tipo de superfície como o caso Ivan Lendl ser considerado um dos melhores jogadores da sua época no qual nunca venceu o torneio de wimbledon, o que não se pode fazer justiça quanto ao seu talento.
 Perante esta breve análise histórica podemos concluir que a evolução do ténis deveu-se essencialmente à evolução da economia e do marketing desportivo associado aos mass média deram uma projecção universal desta modalidade.

autor- Christopher Brandão

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

cineantropologia: Importância Do Espaço Geográfico Na Cineantropolog...

cineantropologia: Importância Do Espaço Geográfico Na Cineantropolog...: A Dimensão Do Espaço Geográfico Na Cineantropologia   A posição de encruzilhada em que se encontra a Cineantropologia nos diversos ram...

Importância Do Espaço Geográfico Na Cineantropologia

A Dimensão Do Espaço Geográfico Na Cineantropologia

 
A posição de encruzilhada em que se encontra a Cineantropologia nos diversos ramos do conhecimento leva-nos a deduzir que poderá ainda persistir uma dúvida importante sobre o espaço geográfico a ser considerado como uma ciência original?.
Podemos refletir a sua orginalidade que reside essencialmente em dois elementos de distinção:
- No tipo de questões que se coloca,
- No modo de pensar caraterístico do espaço físico e geográfico, sem pondo em causa o seu conteúdo interdisciplinar desta ciência.
Muitos investigadores preocupam-se em formular questões associativas sobre o espaços físicos e geográficos enquadrados numa investigação cineantropológica de enormes proporções de um determinado quadro situacional de evolução humana inserido num determinado contexto temporal. As distribuições populacionais serão mais estruturadas em relação ao espaço físico, tal como as suas evoluções inseridas num determinado contexto geográfico ao longo do tempo?.
 A ambiguidade desta pergunta é evidente devido ao seu significado ser abrangente ao nível da distribuição e estrutura social de algumas culturas, como a dos Inuit na América do Norte nas quais a ingestão da proteína animal não são típicas, mas foram impostas a estes povos por um meio ambiente agreste e duro. Com o surgimento da agricultura em condições climatéricas mais suaves houve um período de adaptação de aprendizagem durante o qual as mulheres e os homens adquiriram uma melhor compreensão da fauna vegetal e animal para a sua domesticação. Quando os seres primitvos encontram espaços geográficos acessíveis à sedentarização estes por sua vez adquirem um maior potencial de conhecimento sobre a vida agrícola. Os investigadores ainda não descobrirem o porquê das motivações dos primitivos modifacarem o seu estilo de vida.
Ninguém escolheu este novo estilo de vida por mudanças de vagas sugeridas por Alvim Tofler (1980) que ocorrem em períodos longos e por sua vez são o produto de milhares decisões individuais sobre as previsões futuras das civilizações. Tais mudanças ocorrem aleatoriamente e aos poucos sem que ninguém as deseje e normalmente sem que ninguém se aperceba o que està a acontecendo numa determinada cultura ou nação. Na nossa perspetiva a revoluçao agrária foi derivada de um produto de diversos tipos de cultura agrícolas que se desenvolveram em diferentes espaços geográficos. Cada uma delas teve lugar de um modo diferente diversificado ligado à fauna vegetal e aos métodos de cultivo diferenciados. Uma das principais revoluções agrárias ocorreu na zona «Crescente fértil» uma região geográfica que cobre o sul da Palestina, da Síria, do Sul da Turquia, do Norte do Iraque e da parte ocidental do Irão. As outras revoluções ocorreram no vale do rio Amarelo no Norte da China, no vale do rio Yangtzé, ou no rio Azul localizado na China central, no México central, no planalto Andino, entre a Colômbia e o Norte do Chile passando pelo Perú, e em África a sul do Saara.
A região geográfica traduz-se num clima específico que determina o tipo de fauna animal e vegetal de uma determinada localização. Existe um fator comum de extrema importância em todas as revoluções agrárias que se denomina por domesticação que por sua vez se traduz na manipulação das plantas e animais por humanos. Só através da domesticação das espécies selvagens permitiu-se uma verdadeira agricultura. A domesticação exige uma seleção, um domínio e uma dependência das espécies mais desejáveis e úteis ao homem ao nível da produtividade e de rendimento. No caso dos cereais, e das espécies selváticas serem cultivadas em solos cuidadosamente preparados de forma a receber as sementes derivadas das culturas anteriores e condicionadas às caraterísticas do solo. A padronização deste processo obriga a novas diversidades de maior produtividade de produtos alimentares, como o caso das ovelhas que se reproproduziam criando maiores membros no qual a extracção da sua lã e a da sua carne eram mais suculenta. A seleção e a manipulação são fatores primordiais para a evolução de novas variedades de animais e de plantas provocadas intencionalmente e geneticamente controlado pelo homem para a sua domesticação e sedentarização, através da agricultura associada ao desenvolvimento da civilização.
As remotas bases agrícolas são originárias da parte ocidental da zona Crescente Fértil onde se dava o início do cultivo dos cereais através de um modelo de sistema misto de culturas arverenses associadas à criação de gado.   
Mais do que a originalidade das questões dos objetivos que se pretende desmistificar os problemas da ciência cineantropológica são importantes para demonstrar a singularidade da resposta que justifica o estudo do espaço físico e geográfico perante as restantes ciências. Independentemente dos pressupostos subjacentes a cada uma das ciências perspetivadas numa investigação anteriormente enunciadas, só é possível delinear por um processo de raciocínio lógico encaminhado para uma analíse organizativa do espaço físico e geográfico comportado pelas seguintes etapas:
1.     Identificação de uma dimensão espacial através da localização do homem e das suas estruturas a ser implentadas cineantropologicamente;
2.     Estudo das causas de determinadas formas de organização espacial humana deacordo com o seu espaço numa perspetiva evolutiva da cineantropologia ao longo do tempo,
3.     Identificação dos espaços e dos padrões evolutivos humanos diversificados de forma a serem explicados por um conjunto de diversos fatores cineantropológicos.
Este exemplo pretende apenas demonstrar que nenhuma ciência como a Cineantropologia se preocupa em conhecer simultaneâmente aspetos tão diversificados como:
1.     Distribuição dos fenómenos evolutivos do homem na superficie terrestre na tentativa de proceder à sua localização rigorosa de processos cineantropológicos;
2.     As respetivas estruturas espaciais ou seja o conhecimento das suas variações cineantropológicas e sua heterogeneidade de ações práxicas e motrizes desenvolvidas na superficie terrestre;
3.     As causas da localização e a sua variação cineantropológica procuram explicação da origem e da evolução do movimento humano.
Qualquer elemento da superfície terrestre que nos seja dado a observar poderà ser localizado com precisão, sendo ainda possível proceder a um registo da mesma localização. O verdadeiro raciocínio evolutivo do homem é aquele que sem menosprezar a componente espacial vai mais longe na tentativa de compreender o porquê do desenvolvimento cineantropológico perante um espaço fisico?. Não basta saber onde é que as coisas se encontram, pois é mais importante conhecer o porquê das realidades que lá estão e de que maneira se explica e se enquadra toda a cinemática humana.
Para a Cineantropologia ambas as etapas são importantes e indispensáveis ao caminho da investigação no encontro de respostas elaboradas pelos investigadores acerca da localização das estruturas e dos processos espaciais, essencialmente as causas destes elementos que se distinguem claramente na Ciência Cineantropológica de todas as outras ciências que definem a sua originalidade. Muitas outras ciências se preocupam de igual forma com os fenómenos que acontecem num determinado espaço físico e geográfico, o que muitas vezes coincide com as estruturas dos fenómenos pertencentes aos próprios espaços da nossa história que futuramente estarão por descobrir. O que a Cineantropologia possui de original e que se traduz numa visão holística que se inter-relaciona nos diferentes fenómenos físicos e humanos na superficie terrestre em que estes ocorrem. Nesta perspetiva integradora independentemente na forma temporal em que os investigadores foram encarando a própria superfície terrestre como um espaço fisico ou geográfico evolutivo que funciona como fonte de pesquisa de elementos que determinam a evolução humana através das distribuições populacionais pelos espaços geográficos, procurando sobretudo saber o porquê destas causas e destes efeitos.
 Atualmente qualquer abordagem espacial perspetivada na adaptação e desenvolvimento deve necessariamente comportar uma componente explicativa dos elementos que permitem localizar rigrosamente sobre a superficie terrestre os fenómenos, os elementos ou as estruturas humanas que possam ser objeto de analíse de estudo. Qualquer que seja a nossa postura face ao modelo conceptual e metodológico deduz-se seja o mais adequado para a Cineantropologia. Hipoteticamente para que possa ser estudado pelos investigadores que se preocupam com as interdependências entre o homem e o seu espaço físico através das suas ações cineantropológicas tendo como consequência o produto destas interações derivadas das causas do próprio espaço envolvente.
Á posteori terão oportunidade de nos referimos mais pormenorizadamente sobre os reflexos desta evolução humana perante um espaço geográfico nos diferentes contextos que possam ser perspetivados de futuro.


autor- Christopher Brandão 2014


terça-feira, 23 de setembro de 2014

cineantropologia: A Cineantropologia histórica Da Modalidade Do Téni...

cineantropologia: A Cineantropologia histórica Da Modalidade Do Téni...: A Origem Cineantropológica Do Ténis  A prática tenística em recintos cobertos é cronologicamente datada no século XI , quando se jogava u...

A Cineantropologia histórica Da Modalidade Do Ténis

A Origem Cineantropológica Do Ténis 


A prática tenística em recintos cobertos é cronologicamente datada no século XI , quando se jogava um jogo designado Jeu de paume muito praticado nos mosteiros franceses.
Este jogo fora bastante original e constitui a base concreta do ténis real, como é jogado atualmente. Deduz-se que a primeira raquete de cordas terá sido introduzida no século XV por um padre italiano, António de Scalo que escreveu um tratado geral sobre uma totalidade de jogos lúdicos que englobasse bola, incluindo o ténis.
O ténis foi mencionado no jornal inglês Sporting Magazine, em 1973, como um jogo praticado ao ar livre referido como field tennis (ténis ao ar livre). É improvavél que se trate do  mesmo ténis mencionado num livro de jogos e desportos editado oito anos mais tarde.
O Tenis Real ( Royal Tennis) era um jogo praticado pela aristocracia, mas o ténis ao ar livre (lawn tennis), popularizou-se durante o reinado da rainha Vitória , já era um jogo delineado para as classes médias que por sua vez adaptaram o ténis real para um jogo de ar livre ou de exterior.

Origem do Lawn Tennis

No século XV, em Inglaterra, se conhecia o tal jogo do salão pela designação de tennis.
A palavra tennis tem um significado originário dos gritos da população inglesa a dizerem um palavra de origem francesa tennez cujo significado traduz-se em atenção com pronúncia inglesa que por sua vez deu origem à palavra ténis originária no timing de batimento da bola com a raquete.
Esta ideia foi reforçada por expressões francesas que prevaleceram na terminologia do jogo.
No Reino Unido só o jogo de salão era famoso. Inúmeras vezes tentou-se passar este jogo para o ar livre. Notoriamente  nos sec XVII e XVIII as variantes Field-tennis, Real Tennis, Rackets, Squash e Fives deram contributos essenciais para o atual jogo. Um dos motivos da  evolução do jogo deveu-se ao fato de  se encontrar materiais de qualidade para a bola.
A constituição da bola do jogo da palmada era efetuada a partir de materiais de lino enrolado, misturado e forrado com coiro. As propriedades de elasticidade da bola em superficies de madeira ou de pedra, como também em superficies mistas de madeira e cortiça que surgiram mais tarde, enquanto a sua perda de elasticidade em surperfícies de relva jà não acontecia. Podemos avaliar o interesse deste jogo em meados do sec XIX, com o surgimento da bola de borracha que proporcionaria novos desafios de evolução cineantropológica da modalidade. No ano de 1830 multiplicaram-se as inúmeras tentivas no Reino Unido em encontrar uma solução para um novo sistema de jogo de parada e resposta. 
Existem determinadas informações sobre um espanhol chamado J.B. Perera, e o Major Harry Gem, secretário dos magistrados de Birmingham em que jogaram uma versão de ténis ao ar livre num relvado envolvente à propriedade de Perera localizada em Ampton Road, Edgbaston em Birmingham, datadas em 1859. Provavelmente teriam jogado posteriormente num relvado adjacente ao Hotel Manor House localizado Leamington Spa, onde em 1872, com o Dr Frederick Haynes e o Dr Arthur Tomkins, formaram o primeiro clube de ténis ao ar livre até agora conhecido por Leamington Club. Contudo esta modalidade não era designado por ténis ao ar livre naquela época, mas por pelota ou Lawn rackets.
Em Fevereiro de 1874 o Major Winfield registou no serviço de patentes na cidade de Londres um jogo da sua autoria designado por Shairistique, cujo o seu significado em grego traduz-se em algo realizado com arte ao nível do batimento de bola. Ficou simplesmente registado os instrumentos moveis e transportaveis conjuntamente com os marcos dos cantos, redes e cordas de vedação circundantes que só mais tarde vieram ser substítuidas pelas linhas de marcação.No mesmo ano o Major Walter Clopton Wingfield tentou comercializar o jogo que designou como sphairistiké, publicando um livro de regras sob o título New and Improved Court for Playing the Ancient Game of Tenis ( Campo novo e melhorado para praticar o velho jogo de Ténis).A dimensão do campo de Wingfield apresentava-se em formato de ampulheta sendo mais estreito na zona da rede.O jogo podia ser jogado em singulares ou em pares. Para ganhar o jogo eram decisivos 15 pontos. O serviço realizava-se só de um lado definido-se como um ponto de serviço e obrigando a bola a bater no campo oposto do adversário.Ganhava-se o ponto sempre que a bola não fosse devolvida antes de tocar segunda vez no chão ou na devolução batesse na rede, ou fosse para fora. Só o jogador servidor podia ganhar pontos, mas tinha de ceder a bola ao adversário sempre que falhava. O campo de Winfield era ao contrário do campo de Leamington que se apresentava em formato retangular. Wingfield era parente direto de Jhon wingfield o carcereiro inglês de Charles D´Orléans, neto de Carlos VI Da França um grande jogador apaixonado pelo ténis. Como informação adicional o busto do Major Wingfield apresenta na sua inscrição de  Fundador do Ténis que por sua vez está patente na Associação Britânica de Ténis.
A modalidade do tenís era considerado um jogo unisexo adequado para os ambos os sexos, atendendo a este quadro situacional a sua popularidade aumentou rapidamente.
Atendendo às regras e às dimensões do campo apresentado por Wingfield deixava muito a desejar.Durante dois anos a invenção de wingfield foi acalorosamente discutida depois de algumas alterações das regras, em Março de 1875, O jogo foi finalmente inserido na competição e pela primeira vez utilizou-se o termo de Lawn –Tennis.
Houve então uma alteração nos regulamentos anteriores, passando a marcar duas áreas de serviço. A partir da linha de fundo realizava-se o serviço na diagonal para o lado contrário.
Nos finais de 1874, Dr James Dwight e F.R Sears jogaram os primeiros jogos de todos os jogos de ténis nos Estados Unidos Da América.
O Clube All-England Croquet Club foi fundado em 1868 e dois anos mais tarde abriu a sua sede em Worple Poad em Wimbledon. Este clube assimilou o jogo de Wingfield cuja a popularidade ganhou terreno entre a alta sociedade como atividade de lazer e de recreação. Sob a influência de Marshall cuja a sua função era de escrivão do Clube fundou-se uma comissão que reformolou as regras. Assim nasceu uma nova versão de ténis que perdurou até aos nossos dias e que por sua vez se expandiu pelo mundo, apenas com ligeiras alterações. Em 1875 o clube concordou em reservar parte da sua área para a prática do ténis e do badminton.Com as novas regras realizou-se no dia 9 de junho de 1877 em Wembley o primeiro campeonato Inglês. A forma do campo e do jogo de Winfield pouco restava. O terreno passou a ter uma forma retangular.As regras incluíam três pontos principais:
1- Comprimento do campo 26 jardas, largura 9 jardas no qual uma jarda corresponde a 0,9144m.
2- A contagem como Real-Tennis (variante britânica do jogo da palmada)
3- Duas bolas de serviço para o respectivo beneficiário
Tudo indica que as medidas do campo foram tiradas do jogo da palmada. Scaino foi o autor  mais antigo que escreveu um compêndio sobre os jogos. A sua origem provavelmente poderá ter sido francesa, o país que desenvolveu o jogo do salão no qual o recinto tinha como dimensões normais de 30 metros de comprimento por 10 de largura. Existe também uma correlação entre as medidas do campo com a raqueta:
 -Linha lateral equivale a 26 jardas o que corresponde a 23,77 metros que equivale 34 vezes o comprimento da raquete associado a mais duas larguras.
-Linha de fundo para singulares equivale 9 jardas o que corresponde a 8,23 metros que equivale 12 vezes o comprimento da raquete
- Linha de fundo pares equivale 12 jardas o que corresponde a10,97 metros que equivale 16 vezes o comprimento da raquete
- Extensão da área de serviço equivale a 7 jardas o que corresponde a 6,40 metros que equivale a 9 vezes o comprimento da raquete mais uma largura
- Distância da linha de fundo à do serviço equivale a 6 jardas que corresponde 5,48 metros que corresponde a 8 vezes o comprimento da raquete
- Altura da rede corresponde a 0,9 jardas que equivale 0,91 metros que equivale 1 comprimento da raquete mais uma largura
- O comprimento da raquete 0,685 metros e de largura 0,236  
A rede do meio, com 11,90 é quase tão comprida como metade do campo 10,89; a distância da rede à área de serviço, 6,40 m, é quase tão grande como a área de serviço, enquanto a linha transversal com 5,50 m e tão longa como a distância da linha de fundo relativamente à area do serviço.
A colaboração dos principais clubes permitiu em 1880 aperfeiçoar um conjunto de regras. As bolas que batiam na rede, no serviço eram anuladas e as que roçavam  na rede seguiam. Eram também situações irregulares que determinavam a validação da falta e dupla falta no serviço.
  Passados poucos meses eram apresentado as regras padrão do ténis no final do ano de 1875 ,foi inaugurado o primeiro clube de ténis americano localizado em Staten Island.
O All-England Croquet Club alterou o seu nome em 1877 para incorporar a palavra Ténis, em 1882, a palavra «croquet» desapareceu para ser retomada em 1899, na época em que o clube assumiu o nome que hoje possuiu All-England Lawn Tennis and Croquet Club.
Em junho de 1977 a sua direcção concordou em organizar um campeonato que se deveria chamar «Campeonatos de Ténis», que seriam um marco dos acontecimentos mais importante do ténis mundial – O torneio grand slam de Wimbledon.



autor- Christopher Brandão 2014