quinta-feira, 19 de maio de 2016

O Ambiente Micro e Macro Familiar Da Criança Institucionalizada

 O ambiente micro familiar constitui a primeira célula nuclear da sociedade que se encontra diretamente ligada ao desenvolvimento psicomotor da criança. Quando acolhida institucionalmente num ambiente diferente, estabelece um macrosistema mais centralizado e absorvido pela instituição que lhe acolhe. Neste sistema são identificados processos interativos, que influenciam as suas atividades sociais, ao nível da sua liberdade e garantia da autonomia, durante as relações estabelecidas com os cuidadores, é fundamental que exista um afeto mútuo e homeostático.
O ambiente macro familiar é definido por um somatório de microsistemas, no qual um indivíduo desenvolve a sua rede social. O microsistema familiar são estruturas fundamentais para o processo de desenvolvimento social da criança adquirido pela educação, e por sua vez, são constituídos por ambientes que exercem influência direta em contextos independentes de aprendizagem da criança acolhida institucionalmente.
O macrosistema familiar será último sistema que abrange todos os valores, as crenças, as ideologias ao nível da sua tecno estrutura de organização social.
Os conceitos permeiam a existência dos diversos sistemas culturais, que por sua vez, são vivenciados e assimilados durante o percurso de um ciclo de vida de um ser humano.
Os elementos integrantes do macrosistema familiar de crianças institucionalizadas, dependem essencialmente dos valores pejorativos, relacionados com os preconceitos e ideias que influenciem um bom desempenho escolar, ou em determinadas situações permitem desvios comportamentais destas próprias crianças predestinadas a viver à margem de fora da lei.
A possibilidade de um ambiente macro familiar poderá funcionar em contexto de desenvolvimento, e depende essencialmente das interconexões estabelecidas pela criança institucionalizada, após de ser afastada do seu ambiente de origem, passa por uma mudança radical em assumir novos comportamentos sociais. A instituição de acolhimento passa a ser considerada um ambiente macro familiar, podendo manifestar fatores de risco de maior ou menor grau, relativamente aos processos de ensino e aprendizagem.
O fator de risco é definido como um elemento que determina um aumento da probabilidade em que surge um problema, também poderá ser definido como um fator que aumenta a vulnerabilidade de um individuo em desenvolver um potencial de ação para a resolução deste mesmo problema.
O desenvolvimento infantil poderá estar relacionado com as interações da criança com o seu meio social, influenciados pela própria família, que é considerada o primeiro microsistema derivado de uma sequência de processos afetivos que permitem a interação desse sistema com o espaço. As dificuldades que surgem, apresentam uma ameaça ao desenvolvimento psicomotor produzido por uma complexidade de interações surgidas entre os fatores genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais.
Para a criança acolhida em instituição, os fatores que mais influenciam o desenvolvimento são o ambiente social e o psicológico ,que por sua vez, superam as principais caraterísticas intrínsecas, relacionadas com o desenvolvimento cognitivo e emocional do indivíduo em formação. A institucionalização pode constituir um fator de risco e ao mesmo tempo de proteção da criança em diferentes contextos, que interagem entre si, pela alteração do percurso de vida de um determinado indivíduo, adquirido através da experiência, poderá ser uma condição de sobrevivência, que dependerá dos efeitos dos mecanismos mais concretizados para os campos da realidade escolar.
Considerando que as instituições de acolhimento possam potencialmente prover os fatores de risco em maior ou menor grau relativamente às dificuldades de aprendizagem encontradas pelas crianças acolhidas em instituições, surgem critérios de exclusão e de seleção que foram eliminadas sem especificar as principais dificuldades de aprendizagem, que dificultam as intervenções mais lúdicas dos próprios processos que mais influenciam o combate da depressão e o baixo desempenho escolar.


Christopher Brandão, 2016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Ambiente Humano

O desenvolvimento do ambiente humano é derivado de um conjunto de processos realizados em ambiente social, que por sua vez necessita de um lar acolhedor à própria estimulação do indivíduo, ao longo do seu ciclo de vida. Este quadro situacional exige uma permanente mudança das suas características morfológicas que interferem ao nível da sua personalidade.
Em termos de genealogia, os grandes e os pequenos acontecimentos familiares, marcam o ser humano, que vão desde o nascimento de um novo membro familiar, ou a morte, até uma mudança de residência que leva ao afastamento do seu próprio lar, são considerados fatores que exercem uma grande influência comportamental em qualquer momento da vida. O tempo transforma o ciclo circadiano de um ser humano para alterações momentâneas que ocorrem sob situações aleatórias de produtos paradigmáticos de registos históricos.
A explicação do desenvolvimento humano centrada em diversos níveis dinâmicos de hipercomplexidade psicomotora de processos proximais, exige mudanças paradigmáticas constantes, baseadas em determinadas caraterísticas físicas e psicológicas. Na vida, o ser humano cria uma expressão corporal que pode interferir nos seus próprios processos proximais de desenvolvimento psicomotor. As relações recíprocas mais complexas e duradouras dependem de diferentes etapas percorridas pelo individuo, durante o seu percurso de vida, ao longo do seu desenvolvimento cineantropológico
Os processos dinâmicos encontram-se condicionados à variabilidade do potencial genético que cada individuo possui. Neste quadro situacional, é necessário um desenvolvimento das capacidades motoras que possibilitam a estimulação necessária dos sentidos num determinado contexto, onde o indivíduo possa desenvolver as suas melhores habilidades psicomotoras no espaço onde se encontra inserido. O sistema de desenvolvimento humano ultrapassa os vários níveis cineantropológicos que por sua vez influência outros contextos de interação não imediata.
O sistema ecológico é compreendido por um sistema de estruturas independentes mas dinâmicos ao nível da sua complexidade de variáveis.
A etiologia do sujeito tem por base a educação, responsável pela libertação e criação de influências de contextos mais amplos de conhecimento, proveniente de diversas fontes, como o caso da escola, da vizinhança, da família, dos amigos, consoante o seu espaço social em que o tempo atribui um determinado valor histórico às continuidades e descontinuidades que acontecem ao longo de uma previsibilidade futura e aleatória que acontece durante o percurso de um determinado indivíduo.

Christopher Brandão, 2016

terça-feira, 17 de maio de 2016

As Bases Neurológicas da Aprendizagem

O processo ensino-aprendizagem depende da eficácia dos estímulos recebidos durante a fase da infância. O indivíduo demonstra raciocínio lógico abstrato pela aprendizagem manifestada pelas atividades lúdicas desenvolvidas em espaço cineantropológico. Através da proliferação de transmissões sinápticas realizadas por redes neuronais de células nervosas, permitem a estimulação e o desenvolvimento psicomotor da aprendizagem. A produção de substâncias químicas nos próprios neurónios promove o progresso do desenvolvimento cognitivo. A reorganização estrutural do sistema nervoso central constrói-se a partir de várias etapas desencadeadas por processos de ensino e aprendizagem.
A neuroplasticidade é uma propriedade de reorganização do sistema nervoso, em função do desenvolvimento normal da aprendizagem, que consolida a informação adquirida pela memória. A reestruturação funcional poderá ser uma resposta adaptativa das conexões sinápticas processadas de uma forma diversificada de eficiência de funções, caraterizada por uma fase metamorfóbica cerebral.
Perante condições normais e patológicas, a neuropsicologia carateriza-se por uma ciência interdisciplinar que estuda as relações comportamentais do cérebro em diferentes níveis de hipercomplexidade. A deteção de problemas comportamentais relacionados com as dificuldades de aprendizagem realizadas de acordo com a área científica, mais adequada à solução do problema, depende das contribuições ao nível do conhecimento, dependente do grau de escolaridade que estimula a atividade mental do individuo.
As dificuldades de aprendizagem referem-se a um grupo heterogéneo de desordens, manifestadas por dificuldades significativas, na aquisição e compreensão de conhecimentos mal descodificados na sua forma comunicativa, que muitas vezes, se encontram relacionadas com a leitura, a escrita e o raciocínio lógico dedutivo. Tais desordens são consideradas intrínsecas ao indivíduo, presumindo-se que sejam devidas a uma disfunção do sistema nervoso central que pode ocorrer durante todo o ciclo de vida humano. Problemas da aprendizagem provavelmente podem ter origem na autorregulação comportamental da perceção e da interação social, apesar de ocorrerem outras deficiências ou distúrbios sócio-emocionais com influências extrínsecas, nomeadamente as diferenças culturais que podem ser insuficientes ou inapropriadas à instrução. O resultado destas dificuldades de aprendizagem podem ser derivados por problemas intrínsecos do indivíduo, embora sejam mencionadas as influências extrínsecas num determinado tipo de transtorno neurodesenvolvimental, com origem em fatores neurobiológicos que por sua vez, comprometem a aprendizagem das habilidades fundamentais, ou seja, ler, escrever, realizar cálculos de aritmética ou de raciocínio lógico dedutivo. Os primeiros sinais de alerta para as dificuldades na aprendizagem podem aparecer na infância e tornar-se-ão perceptíveis depois de iniciada a sua aprendizagem formal, podendo ser diagnosticado de forma confiável. Estas habilidades são a base para outras competências definidos em critérios diagnosticados pela dificuldade de uso das habilidades fundamentais, conforme indicado pela presença de pelo menos um dos sintomas que tenha persistido por um tempo superior a seis meses. As intervenções dirigidas a essas dificuldades apresentadas a nível escolar da seguinte forma:
1. Leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta e com esforço;
2. Dificuldade de compreender o sentido do que é lido;
3. Dificuldade para ortografar ou escrever ortograficamente;
4. Dificuldade com a expressão escrita;
5. Dificuldades em dominar o senso numérico, fatos numéricos ou cálculos;
6. Dificuldades no raciocínio;
 As habilidades fundamentais são afetadas substancialmente no individuo abaixo da sua idade cronológica. Ao nível do seu desempenho escolar ou profissional das atividades quotidianas realizadas pelo individuo deverão ser registadas após uma avaliação ou investigação do seu passado, que por sua vez será documentado historialmente ao nível das suas dificuldades de aprendizagem.

A avaliação familiar, individual, médica, escolar padronizada deverá ser iniciada nos anos escolares mais baixos, de forma alertar e sinalizar as deficiências intelectuais, a acuidade visual ou auditiva não corrigida, e outros transtornos mentais ou neurológicos que muitas vezes são derivados à falta de proficiência na língua, por uma má e inadequada gestão da instrução educacional.
As exigências das habilidades psicomotoras que sejam detetadas através da avaliação das capacidades motoras, não podem ser explicadas por critérios de diagnósticos essenciais, para detetar a dificuldade de aprendizagem que se apresenta no momento da avaliação de problemas com critérios que se encontram comprometidos.
Os transtornos de aprendizagem são definidos, muitas vezes, por necessidades educativas especiais, no qual o indivíduo apresenta dificuldades graves e persistentes na aprendizagem de um determinado domínio da escrita ou nos cálculos de aritmética, nos quais, não podem ser atribuídas a fatores secundários, tais como déficits cognitivos ou sensoriomotores ou dificuldades emocionais, baseados em experiências escolares inadequadas pela falta de carência sociocultural. A parte do diagnóstico se fundamenta num juízo clínico, uma vez que não existem marcos biológicos ou cognitivos confiáveis para a deteção dos respetivos transtornos de aprendizagem.
Os transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares são transtornos baseados em padrões normais de aquisição de habilidades, que são perturbados por estágios iniciais de desenvolvimento. Eles não são simplesmente uma consequência de uma falta de oportunidade de aprender, nem são decorrentes de qualquer forma de traumatismo ou de doença cerebral adquirida, ao contrário, julga-se que os transtornos são originários por anormalidades no processo cognitivo, que derivam em grande parte de algum tipo de disfunção biológica .
Para se estabelecer o diagnóstico desse tipo de transtorno, será necessário prevenir as dificuldades que se destacam no início de uma má infância, caraterizada por um atraso no desenvolvimento de atividades que se encontram diretamente ligados à maturidade biológica do sistema nervoso central do individuo.
As raízes dos transtornos na saúde mental do indivíduo, muitas vezes, são originada em condições desfavoráveis do ambiente onde vivem, propiciadas por situações de falta de estímulos ou estímulos inadequados ao seu desenvolvimento psicomotor. Os fatores ambientais tem um papel fundamental na génese dos problemas emocionais do aluno, mesmo quando são oferecidas diferentes oportunidades de reorganização das informações dos sistemas funcionais adquiridos pelos sentidos em espaço social.
As deficiências orgânicas podem ser compensadas em condições ambientais favoráveis, do provável processo de auto-organização das estruturas cerebrais. As interações mal sucedidas em espaço cineantropológico leva a uma pobre auto-organização interna, provocando déficits não compensados. A privação ambiental é considerado um fator funcional para estimular os déficits, por outras palavras, as conexões realizadas entre lesões orgânicas e distúrbios funcionais na infância não são tão definitivas como nos adultos.


Christopher Brandão, 2016

A Terminologia Do Ténis

A terminologia define-se pelos termos específicos e  aplicam-se à modalidade em determinadas acções biomecânicas ou gestos técnicos e regras da seguinte forma:

Ace- Um serviço no qual o adversário não consegue responder com grande potência, sem que a bola toque na raquete do adversário. Na eventualidade haja toque por parte da raquete com resposta falhada do adversário, não se pode considerar um ace ,mas sim um serviço vitorioso.

Apanha-bolas- Em competições formalizadas utilizam-se sujeitos de ambos os sexos para recolher as bolas perdidas entre os rallies (trocas de bola entre os jogadores), de modo a não interromper a concentração dos jogadores.

Árbito ou segundo Árbito- Considera-se o indivíduo mais importante do evento desportivo. A sua função essencial é controlar o jogo e tem o poder de anular as decisões do juiz ou do primeiro árbito.

Bola em jogo (Ball in play)- A bola que se encontra em jogo no momento em que é batida no serviço.  A não ser que seja marcada uma falta ou let ou qualquer obstrução da bola, continua em jogo até que o ponto seja decidido.

Bolas novas (New Balls)- Em competições formalizadas, são introduzidas bolas novas de nove em nove jogos. Cabe ao jogador que serve com bolas novas indicar ao adversário que elas são novas geralmente erguendo-as com a mão por cima da cabeça.

Dentro (in)- Uma bola está dentro  se qualquer parte dela cair nos limites do campo

Drop shot - (expressão conhecida por amortie ou deixada), considera-se um gesto técnico que possui uma trajetória curta e próxima da rede do campo do adversário. Geralmente é jogado com backspin ou efeito por trás, de forma evitar que ressalte demasiado alto logo que ultrapasse a rede.

Falta- Considera-se uma falta em situações de serviço no qual a bola embate na rede ou não acerta na área correta do campo de serviço. Se o serviço seguinte também for considerado falta trata-se de uma dupla falta (double fault), neste caso o servidor perde o ponto após dois serviços falhados.

Falta de pés ( Foot fault)- Considera-se um serviço que infringe as regras das faltas de pés. Haverá falta de pés para o jogador servidor, na eventualidade um dos seus pés tocar em qualquer outra área que não esteja atrás da linha de fundo e nos limites da extensão imaginária da marca central e da linha lateral. Contudo, se o jogador que serve alterar a sua posição para situações de corrida ou ultrapassar a linha também é considerada falta de pé. Uma falta de pé é tratada como qualquer outra falta.

Dupla falta- se não conseguir fazer um serviço adequado nas duas tentativas de que dispõe, comete uma dupla falta e o adversário ganha o ponto.

Fora (Out) - Uma bola está «fora», se nenhuma parte dela cair dentro dos limites do campo.

Gesto Técnico de Direita (Forehand) - Considera-se uma ação biomecânica que é efetuado com uma parte frontal da raquete e com o antebraço virado para a bola.

 Gesto Técnico de Esquerda (Revens ou Revés) – Considera-se uma ação biomecânica executada com o lado inverso da raquete e com as costas das mãos voltadas para a bola.

Gesto Técnico rasante- Considera-se uma ação técnica executada depois da bola ter ressaltado.

Jogo- um jogo desenvolve-se até que um jogador tenha ganho quatro pontos, desde que tenha ganhos pelo menos dois pontos de vantagem sobre o seu adversário. Na eventualidade de não acontecer, o jogo continua até que ele tenha dois pontos de vantagem, altura em que ganha o jogo.

Jogos da linha de fundo- É uma situação de jogo que decorre com os jogadores a executarem acções biomecânicas de impato de gestos técnicos sobre a bola próximo da linha de fundo.

Jogo de nada (love game) - É uma situação de jogo em que um jogador vencedor ganha tudo sem que o adversário marque nenhum ponto.


Jogo à rede- É uma situação de um jogador que adota uma posição junto à rede e inicia um gesto técnico do vólei também junto à rede 

Juiz ou primeiro árbitro (umpire) - Geralmente é uma função quase exclusiva da competição principal, encontra-se na cadeira colocada acima da rede, de forma possa ter uma visão global de toda a realidade do jogo e por sua vez controla o jogo, e é responsável pela contagem da pontuação e fiscaliza se as regras são cumpridas pelos jogadores.

Juiz de linha- Nos principais eventos desportivos relacionados com a modalidade existe a função de juiz de linha para apoiar as decisões do primeiro árbitro na ações de bola fora ou dentro. O árbitro pode interferir na decisão do juiz de linha na eventualidade de uma decisão for errada ou incorreta.

Bola cruzada- Consiste numa bola com trajetória em diagonal ao longo do campo

Bola de aproximação- Consiste numa ação efetuada antes de tomar posição junto à rede.

Bola de passagem- consiste numa ação em que a bola passa pelo adversário enquanto ele ou ela se encontra na rede, define-se por ação de passagem

Let- Na maioria dos desportos de raquete, assim como no ténis, o let é utilizado na repetição de uma ação técnica ou numa repetição de um ponto. Na eventualidade de um jogador sofrer a interferência de uma fonte exterior ou se um serviço for efetuado antes do adversário se encontrar preparado para receber, designa-se a situação por let. Na realidade tenística, o let tem outro significado na situação do serviço, se tocar na corda da rede e ressaltar para o campo do adversário no quadrado certo da resposta, no qual o ponto joga sem penalizações. Na eventualidade da bola bater na rede e ressaltar para fora do campo de serviço ou para o campo de serviço errado é considerado uma falta. Nas competições, um juiz de linha encontra-se sentado próximo da rede de forma tomar decisões em situações de ser ou não ser let.

Linha central- A linha central divide o campo do serviço em duas metades. Quem serve o faz para o campo de serviço à sua esquerda, tem de se colocar à direita da linha central, e vice-versa. Aquele que recebe a bola pode colocar-se no local mais adequado desde que permaneça do seu lado da rede.

Linha de serviço central- Designa-se a linha que se encontra ao centro do campo

Linha de fundo- Considera-se a linha que marca o fim do campo, é considerada a linha de fundo em que existe uma linha de fundo em cada extremidade do campo.

Lob- É um gesto técnico que se executa na bola de forma criar uma trajetória em balão para a metade do campo do adversário quando este se encontra mais próximo da rede.

Match Point – É uma situação que se carateriza por um jogador que necessita apenas um ponto para vencer o set designa-se por macth point. Se a pontuação for 40-30 diz-se que o jogador vencedor tem uma potencial pontuação de um match point para a vitória, se a situação for 40-15 o jogador vencedor tem dois matches point, se na eventualidade a pontuação for 40-0 o jogador vencedor tem 3 match points.

Half- Volley- Considera-se um gesto técnico executado geralmente próximo na rede, com a bola que bate ao mesmo tempo na superfície do court e na raquete

Nada (Love) – É uma situação em que o jogador não marcou nenhuma pontuação

Pares (Doubles) - Considera-se um jogo de pares quando existe dois jogadores de cada lado do campo que podem ser masculinos, femininos e mistos.

Partida- Consiste num número predeterminado de sets. Geralmente cinco nos singulares e nos pares masculinos em situações de competição de Gram Slam ou outros eventos, mas poderá ser 3 nos singulares e pares femininos e mistos.

Postes de singulares – Na eventualidade de um campo se encontrar equipado com rede preparado para o jogo de pares e de singulares, fixa-se num poste de singulares ao chão, a 0,91 m da linha lateral para o jogo de singulares. As áreas da rede entre os postes de singulares e os postes exteriores devem ser constantes.

Quarenta Igual (Deuce) – Terminologia inglesa que anuncia uma anulação de uma vantagem do adversário. Se cada jogador ganhar três pontos, a pontuação será de quarenta iguais. O ponto seguinte será uma vantagem para um dos jogadores. Se a pontuação voltar a igualar depois do rally seguinte, volta a quarenta igual e assim sucessivamente.

Rally (troca de bola) – Consiste numa sequência de jogadas entre jogadores sem que haja qualquer pontuação.

Seeding – Consiste em assegurar os melhores jogadores para que permaneçam em competição durante mais tempo. Teoricamente os adversários número um e dois deveriam defrontar-se em todas as finais, enquanto os números três e quatros deveriam ficar apurados para as semifinais, e assim sucessivamente. Felizmente, há sempre estranhos que conseguem perturbar esta triagem de adversários fortes e fracos, pois de outro modo, o ténis e todos os outros desportos que adotam este método, tornar-se-iam maçadores.

Serviço- A jogada que começa o jogo de ténis. O serviço deve ser executado na diagonal de forma a bola tenha uma trajetória em direção ao campo de serviço contrário e ela tem de ressaltar antes de ser devolvida.

Service Flat – Um serviço efetuado batendo a bola com uma face da raquete, sem dar efeito à bola.

Set (Partida) – Um set consiste numa sequência de seis jogos na eventualidade do jogador vencer todos de seguida ganha um set, desde que tenha dois jogos de vantagem sobre o seu adversário. Na eventualidade não acontecer este quadro situacional, o set continua até que um jogador obtenha os dois jogos de vantagem. Na situação do tie-break,ele entra em ação quando o jogo atingir os 6-6 e o que ganha o tie-break ganho o set por 7-6
Set point- É uma situação idêntica ao match point, só que desta vez acontece quando um jogador encontra-se numa situação preste a ganhar o set 

Smash – Considera-se um gesto técnico realizado com trajetória de bola alta que passa por cima do adversário de forma possa cair próximo da linha de fundo

Slice- Consiste num gesto técnico que produz um efeito por baixo na trajetória da bola e possivelmente na lateral.

Tie-Break (Quebra- emaptes) - Para evitar sets muito prolongados, introduziu-se em 1970 o tie-break. Se o número de jogos atingir os 6 iguais, joga-se então o tie-break. A primeira pessoa a atingir os sete pontos, desde que tenha dois pontos de vantagem sobre o seu adversário, vence o tie-break e o set. O tie-break é usado no final do set de uma partida.

Top spin – Considera-se uma jogada com efeito por cima que obriga uma trajetória da bola a mergulhar rapidamente em trajetória de voo.

Vantagens – Na eventualidade da pontuação atingir os quarenta iguais, o ponto seguinte é conhecido por vantagem e é para a pessoa que ganhou o ponto. Existe a vantagem do serviço e a vantagem de resposta para o jogador ganhar o jogo terá de ganhar os dois pontos, caso contrário fica nulo.

Volei- Consiste numa jogada executa por um gesto técnico direto na bola, sem tocar no chão. O recetor ao executar o volei em qualquer situação exceto na situação de serviço, na ocasião em que se tem de deixar a bola ressaltar primeiro no campo.

Volei terminal- Considera-se um stop volley geralmente executado próximo da rede que obriga a bola a cair metade do campo do adversário logo a seguir ao outro lado da rede.

  Christopher Brandão, 2016

  

quarta-feira, 11 de maio de 2016

As Dificuldades No Processo De Aprendizagem

A aprendizagem é um processo de aquisição de novos conhecimentos quando assimilados, conduzem a transformações comportamentais dos próprios indivíduos. Os bens tangíveis acomoda-se em estruturas incorporativas cerebrais dimensionadas para um modelo de fluxograma interativo de informações sensoriais captadas pelos sentidos durante as situações espaciais em que se encontra inserido o indivíduo.
A adaptação da aprendizagem comportamental cria novas informações derivadas de uma seleção e análise do cognitivo de um determinado modelo de fluxogramas de estruturas neurológicas de receção (input), integração (processamento), controle e expressão (output), onde o comportamento biológico associa-se ao comportamento etiológico e social do individuo. Trata-se de um processo de construção e de assimilação derivado de uma relação de interação social inteligível com os outros, originada a partir de uma hipercomplexidade de conhecimentos necessários ao desenvolvimento psicomotor do individuo, durante a sua permanência no seu próprio espaço cineantropológico.
As conceções adquiridas pela aprendizagem em todos os momentos da sua vida dependem essencialmente de um processo interno ativo e pessoal e não de uma simples aquisição ou armazenamento de informações. A teoria do conhecimento estabelece os princípios básicos essenciais para uma zona desafio proximal, que consiste na capacidade de aprender através de um potencial de ação, de forma a desenvolve-lo numa forma mais cineantropológica. A conceção do indivíduo transforma-se pelas relações socioculturais promovidas pela influência do ambiente em processo de ensino e aprendizagem, torna-se cada vez mais válidas, desde a fase do nascimento até à morte, onde existe uma dialética ascendente no processo de desenvolvimento cognitivo na fase mais jovem até mais adulta, para posteriormente passar para uma fase decrescente, quando o individuo atinge um nível etário mais avançado. A sua manutenção ao nível do seu desempenho, leva a condições de desenvolvimento geralmente adquiridas em meio ambiente, através da captação de informação adquirida pelos sentidos no espaço onde se encontra inserido o próprio ser humano.
A capacidade de aprender é ilimitada ao processo de ensino e aprendizagem, no entanto há que considerar os seguintes fatores essenciais:
- Condição mental
- Condição física  
- Capacidade
-Motivação,
- Domínio,
- Maturação,
- Inteligência,
- Concentração
- Atenção
- Memória a longo, médio e curto prazo
As deficiências nestas caraterísticas encontram-se geralmente associados a fatores sociais e emocionais, o que provavelmente podem comprometer o fluxo energético da aprendizagem dos indivíduos, levando-os apresentar dificuldades ao nível do processo de ensino e aprendizagem.
O problema das dificuldades de aprendizagem provavelmente podem estar associados à estrutura individual ou familiar de um indivíduo, ao nível do seu contexto educacional, nas diferentes variáveis do ambiente. Geralmente manifesta-se por uma falha de uma função interativa diversificada ao nível da aprendizagem dos conceitos. A aprendizagem aleatória interativa depende essencialmente do potencial cognitivo de um individuo que se desenvolve intrinsecamente numa relação com os outros. As condições estabelecidas num determinado contexto imediato leva a sentimentos de elevada autoestima no seu ambiente de origem.
A dificuldade de aprendizagem envolve uma ampla gama de problemas capazes de interferir na capacidade cognitiva dos sujeitos pertencentes à mesma faixa etária. A falha no processo de aprendizagem é derivado muitas vezes, ao baixo desempenho escolar do individuo, devido à desfasagem entre o desempenho real com o inesperado, leva a uma incapacidade disfuncional do próprio processo aleatório de ensino e aprendizagem.

Christopher Brandão, 2016

terça-feira, 10 de maio de 2016

O Estatuto Da Criança Institucionalizada

A importância do estatuto da criança em defesa da igualdade e garantia dos seus direitos obriga a uma discriminação positiva ao nível das prioridades do seu próprio desenvolvimento psicomotor.
A conceção construtiva da fase da infância ao nível do planeta influencia a história da humanidade.
Em diversas zonas geográficas do planeta o paradigma da fase da infância vem mudando ao longo dos tempos, apresentando um modelo social e heterogéneo. As infâncias diferenciadas divergem muitas vezes para uma vida de luta pela sobrevivência no seu dia-a-dia, devido à falta dos seus direitos, levam à negligência da própria sociedade onde a criança se encontra inserida. Sem o apoio familiar e da comunidade são vulneráveis a diversos fenómenos de exploração e de abusos físicos e mentais que seriamente prejudica as suas próprias condutas comportamentais. A violação da infância em contexto de pobreza e de guerra constrói personalidades comportamentais cruéis ao nível de um processo de exclusão social.
A inexistência de leis estabelecidas leva à exclusão social na infância por ser um fenómeno já conhecido pelos relatórios da UNICEF em determinadas zonas de crise ou de conflito, em que a vulnerabilidade manifestada na família e na sociedade provoca o caos em situações desastrosas de exclusão social estigmatizante. O direito lúdico deveria ser uma norma adotada em todo o planeta, criando uma identidade pública de desenvolvimento psicomotor saudável e estável na família. A dificuldade de abranger medidas universais de proteção, provavelmente será uma utopia temporal que futuramente possa cumprir o seu papel como uma medida preventiva e protetora do desenvolvimento saudável e sustentável da fase infância, em diversas etapas do desenvolvimento psicomotor que fazem parte do ciclo de vida humano.
A desigualdade social denuncia uma dimensão ética condicionada pela injustiça causada pelo sofrimento. Uma prática da exclusão dos direitos da criança deverá ser estudada como um fenómeno social que exige uma abrangência de medidas de inclusão social. A política dos governos sobre a institucionalização da criança é uma das formas de abuso infantil adotadas na sua dimensão mais reducionista e economicista. A solução política estratégica de criar abrigos como norma adotada, poderá ser muitas vezes uma única opção de amparo encontrada pelos próprios cidadãos em minorar o sofrimento dos seus próprios filhos em determinadas situações de emergência familiar.
O principal motivo para o acolhimento destas crianças que residem nestas instituições de acolhimento derivam do fator surpresa que a vida lhes proporciona de uma forma aleatória. A carência  de recursos é insuficiente para explicar a violação dos direitos da criança. A violência contra esta população vulnerável ou indefesa não ocorre em todas as famílias pobres, mas também em famílias de estrato social mais elevado. Uma criança acolhida numa instituição vivência uma dor e um sofrimento derivado pela separação ou quebra do vínculo familiar, posteriormente, passa a viver num novo lar com pessoas estranhas que eventualmente poderá ficar desmotivada, levando a pensamentos de tristeza e de abandono, o que cria problemas de adaptação, de baixo desempenho escolar, ou dificuldades nas áreas do desenvolvimento afetivo e cognitivo.
A Lei de convivência familiar deverá ser projetada numa nova lei da adoção de forma garantir, proteger e aperfeiçoar a própria convivência familiar. A adoção poderá ser umas das potencialidades de validade e garantia deste direito, na eventualidade da intervenção governativa ser prioritariamente orientada para o apoio e promoção familiar.
Segundo a lei, as crianças que se encontram numa situação de vulnerabilidade social devem ser acolhidas em instituições numa forma transitória para posteriormente ser possível o retorno à família de origem, ou serem inseridas em famílias substitutas ou de apoio. Este recurso poderá ser utilizado depois de terem esgotadas todas as alternativas possíveis para manter a criança na família de origem criando a microcélula social mais básica da sociedade. Só deverá ser acolhida em instituição quando o seu sistema familiar deixar de ser funcional ou a sua rede de proteção pública forem insuficientes para suprir as suas necessidades mais básicas de segurança pessoal e social. A maioria das crianças institucionalizadas tem uma família mas vivem em situação de grande vulnerabilidade coletiva.         
Uma das mudanças da nomenclatura, foi a substituição do termo abrigo por acolhimento institucional que também passou a utilizar o termo inclusivo em prol do acolhimento familiar. O acolhimento institucional e o acolhimento familiar devem ser medidas provisórias e excecionais de transição para reintegração familiar. Sendo esta possível ao nível da sua concretização em termos de integração numa família substituta, não implicando a privação da sua própria liberdade e garantia. Com esta mudança paradigmática, as instituições de atendimento deixam de ser apenas um meio de transição para a adoção e passam a ser um trabalho de integração familiar que deverá ser realizado por uma equipa multitransdisicipilinar de técnicos especializados.

Christopher Brandão, 2016

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O Perfil Institucionalizado Do Aluno

O aluno institucionalizado apresenta um vasto campo de atuação que precisa ir para além da sua dimensão biológica. Todas as dimensões envolvidas devem ser apresentadas num perfil avaliado perante uma situação limite que leva a situações de desmotivação, agressão, apatia derivado de conflitos de identidade e de desinteresse pela vivência em ambiente escolar. A justificação do porquê deste perfil negativo dos alunos institucionalizados é derivado da privação do seu próprio espaço subjetivo pouco participativo ao nível dos seus conteúdos pouco concretizáveis numa realidade em que se apresenta por deficits afetivos.
Nas experiências comportamentais existe uma sensação de vazio, de dor condicionada à indiferença ou à perplexidade de um sonho de não terem uma mãe e um pai presente o que traduz num produto de solidão permanente. Por não compreenderem as angústias do mundo, a sua personalidade encontra-se modelada, cheia de contradições derivadas do afastamento da família. O seu quadro de referências são a escola, os amigos, os vizinhos, os bens materiais, a nutrição, no fundo é tudo aquilo que carateriza o seu ambiente quer que seja bom ou ruim. O ser humano é produto das recordações que carrega consigo numa dinâmica de experiências nostálgicas que influenciam o comportamento presente. A Quebra de laços condena o passado prejudica seriamente o futuro e torna mais difícil viver o presente.
Segundo a opinião de determinados psicólogos, não é a melhor opção os alunos irem para um lar institucionalizado porque é prejudicial ao seu processo de socialização ao nível do seu desenvolvimento familiar. Dentro da instituição, a rotatividade dos cuidadores é prejudicial à formação de vínculos afetivos com graves agravantes ao nível do seu comportamento social.Existem ainda outros autores que consideram que a instituição pode não constituir um risco para o desenvolvimento, dependendo do historial do aluno que trás consigo. Existe a necessidade de se conhecer o tempo de destituição de um bom ambiente que foi destruído por algum motivo que levou ao afastamento ou à morte de um dos progenitores ou dos dois, por motivos de doença ou acidentes. Poderá sofrer uma regressão no seu desenvolvimento emocional, mas para esta situação aconteça será necessário um estudo sobre o desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo que por sua vez vai determinar o resultado do seu próprio comportamento.
As dificuldades de aprendizagem dependem de determinados fatores que podem interferir na aprendizagem de alunos institucionalizados que dependem essencialmente dos elementos direcionados para o processo de desenvolvimento humano.
Os alunos institucionalizados apresentam características únicas, singulares, adquiridas no momento que assumem uma nova identidade para iniciarem um novo ciclo de vida. Os cuidados nas intervenções oferecidas neste período determinam um ambiente acolhedor. Os alunos expostos a situações de risco apresentam maior probabilidade em adquirir falhas para o seu desenvolvimento, entre elas, as dificuldades de aprendizagem.Entretanto, nem todos os alunos vivenciaram situações de vulnerabilidade em algumas dificuldades na aprendizagem de conceitos dentro de uma mesma filosofia de pensamento. É necessário que haja conhecimento sobre as bases neurológicas da aprendizagem, no qual as suas dificuldades em alunos institucionalizados poderão ser um foco de investigação que exige algumas reflexões que podem ser válidas nos conceitos abordados.

Christopher Brandão,2016 

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Os Alunos Institucionalizados

As dificuldades de aprendizagem dos alunos que apresentam sintomas depressivos são motivados pelo afastamento da família provavelmente, podem estar relacionados com o baixo desempenho escolar.
O desenvolvimento humano acontece por meio de interações entre fatores biológicos e ambientais. Nesta complexidade processual em que decorre desde o início do nascimento até à sua continuidade no ciclo vida humano que se manifesta pela maturidade das principais características da aprendizagem biológica realizada pela interação do seu meio social e cultural.
A fase da infância é uma fase de aprendizagens essenciais ao desenvolvimento psicomotor do indivíduo. O aluno adquire competências motoras de coordenação relacionadas com o cognitivo e com a capacidade de memória a curto, médio e a longo prazo que decorre durante esta fase e posteriormente vai refletir-se na fase da vida adulta à custa da elaboração de conhecimentos transformados em bens tangíveis.
A família nuclear mantém com o contexto social conexões que são  essenciais ao desenvolvimento psicomotor manifestada por uma linguagem não-verbal e caraterizada pela alfabetização corporal durante a fase infantil.
O aluno tem as suas próprias necessidades básicas satisfeitas e vivenciadas por experiências adequadas em atividades lúdicas que envolvam o ato, o pensamento e o sentimento assimilado pela acomodação do conhecimento que por sua vez modifica e constrói a própria realidade por bens tangíveis de acordo com seus gostos, interesses e motivações. Nem todos vivem em ambientes que possibilitam as condições necessárias para um espaço lúdico onde possam expressar os seus sentimentos e reclamar as suas necessidades sociológicas e educativas.
Alguns são prejudicados no desenvolvimento das suas áreas cognitivas, motoras e afetivas por viverem em situação de risco, por sofrerem abusos são negligenciados por serem de um estrato social diferenciado, muitas vezes caraterizado por um estado de extrema pobreza. A situação de abandonados passam a vivenciar uma quebra do vínculo familiar marcada pela sua identidade pessoal para posteriormente serem acolhidos primariamente em instituições de abrigo. O sentimento de culpa adquirido, por sofrerem abusos, poderá ser o motivo de afastamento do lar, passando a viver num local com pessoas desconhecidas. A Infância vai decidir o seu destino condicionado, provisório ou definitivo, dependendo do quadro situacional desenvolvido na realidade em que se encontra inserido.
O abrigo é considerado uma alternativa essencial ao próprio desenvolvimento que só deve ser empregue em última instância, tendo como função acolher, proteger e propiciar condições de reestruturação da dignidade afetiva do indivíduo que procura promover na sua vida a formação educativa necessária para novas experiências vividas.
A falta do convívio familiar e da atenção individualizada comprometem o desenvolvimento saudável das potencialidades sociais do aluno.
Muitas dos alunos institucionalizados são originários de lares desestruturados onde o seu desenvolvimento foi seriamente prejudicado. Ao serem acolhidos precisam de se adaptar em ambiente completamente novo, estando sujeitos a metamorfoses. A probabilidade de apresentarem problemas de desvio de conduta comportamental derivado ao mau desempenho intelectual origina déficits sociais e emocionais devido ao rompimento abrupto dos seus laços familiares que prevalecem sob a forma de sintomas.
A ausência das referências afetivas nas fases iniciais do desenvolvimento infantil provoca insegurança nos laços de amizade, levando a prejuízos psicossociais, cognitivos e comportamentais.
A pior violência cometida no indivíduo leva ao seu afastamento familiar, mediante o seu sofrimento conduz a determinadas negligências e privações a nível material e afetivo para posteriormente vivenciaram sentimentos de angústia, de desamparo, de carência afetiva, de agressividade que por sua vez leva ao isolamento e à desmotivação manifestadas por dificuldades de aprendizagem. A carência poderá eventualmente estar relacionada à qualidade dos vínculos, assim como o desamparo resulta das privações afetivas em que ficam submetidos.
Uma das situações manifestadas nos aspetos afetivos positivos depende de um ambiente favorável à aprendizagem, à confiança, ao respeito mútuo e à valorização do aluno. Estas são algumas das condições que devem ser avaliadas, atendendo à sua individualidade e especificidade. Nas instituições de abrigo, o tratamento massificado torna-se um dos grandes impedimentos para avaliação diagnóstica das causas derivadas de dificuldades que impedem a aprendizagem do aluno de seguir o seu percurso natural.
A dificuldade em aprender de forma satisfatória leva ao insucesso escolar que provavelmente advém das causas externas ou internas derivadas da estrutura familiar. As causas externas relacionadas com a abordagem escolar exige bons métodos e planos de ensino. A falta de bons planos de prevenção nas escolas de forma os alunos sejam estimulados para uma maior confiança na aprendizagem.
A intervenção do apoio pedagógico através da troca de conhecimentos ou de uma transição escolar poderão estar associadas às causas internas relacionadas com a estrutura familiar que se entrecruzam com uma estrutura individual configurada em sintomas que futuramente afetam integralmente o aluno na sociedade e na sua vida profissional.

Christopher Brandão, 2016