quinta-feira, 19 de maio de 2016

O Ambiente Micro e Macro Familiar Da Criança Institucionalizada

 O ambiente micro familiar constitui a primeira célula nuclear da sociedade que se encontra diretamente ligada ao desenvolvimento psicomotor da criança. Quando acolhida institucionalmente num ambiente diferente, estabelece um macrosistema mais centralizado e absorvido pela instituição que lhe acolhe. Neste sistema são identificados processos interativos, que influenciam as suas atividades sociais, ao nível da sua liberdade e garantia da autonomia, durante as relações estabelecidas com os cuidadores, é fundamental que exista um afeto mútuo e homeostático.
O ambiente macro familiar é definido por um somatório de microsistemas, no qual um indivíduo desenvolve a sua rede social. O microsistema familiar são estruturas fundamentais para o processo de desenvolvimento social da criança adquirido pela educação, e por sua vez, são constituídos por ambientes que exercem influência direta em contextos independentes de aprendizagem da criança acolhida institucionalmente.
O macrosistema familiar será último sistema que abrange todos os valores, as crenças, as ideologias ao nível da sua tecno estrutura de organização social.
Os conceitos permeiam a existência dos diversos sistemas culturais, que por sua vez, são vivenciados e assimilados durante o percurso de um ciclo de vida de um ser humano.
Os elementos integrantes do macrosistema familiar de crianças institucionalizadas, dependem essencialmente dos valores pejorativos, relacionados com os preconceitos e ideias que influenciem um bom desempenho escolar, ou em determinadas situações permitem desvios comportamentais destas próprias crianças predestinadas a viver à margem de fora da lei.
A possibilidade de um ambiente macro familiar poderá funcionar em contexto de desenvolvimento, e depende essencialmente das interconexões estabelecidas pela criança institucionalizada, após de ser afastada do seu ambiente de origem, passa por uma mudança radical em assumir novos comportamentos sociais. A instituição de acolhimento passa a ser considerada um ambiente macro familiar, podendo manifestar fatores de risco de maior ou menor grau, relativamente aos processos de ensino e aprendizagem.
O fator de risco é definido como um elemento que determina um aumento da probabilidade em que surge um problema, também poderá ser definido como um fator que aumenta a vulnerabilidade de um individuo em desenvolver um potencial de ação para a resolução deste mesmo problema.
O desenvolvimento infantil poderá estar relacionado com as interações da criança com o seu meio social, influenciados pela própria família, que é considerada o primeiro microsistema derivado de uma sequência de processos afetivos que permitem a interação desse sistema com o espaço. As dificuldades que surgem, apresentam uma ameaça ao desenvolvimento psicomotor produzido por uma complexidade de interações surgidas entre os fatores genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais.
Para a criança acolhida em instituição, os fatores que mais influenciam o desenvolvimento são o ambiente social e o psicológico ,que por sua vez, superam as principais caraterísticas intrínsecas, relacionadas com o desenvolvimento cognitivo e emocional do indivíduo em formação. A institucionalização pode constituir um fator de risco e ao mesmo tempo de proteção da criança em diferentes contextos, que interagem entre si, pela alteração do percurso de vida de um determinado indivíduo, adquirido através da experiência, poderá ser uma condição de sobrevivência, que dependerá dos efeitos dos mecanismos mais concretizados para os campos da realidade escolar.
Considerando que as instituições de acolhimento possam potencialmente prover os fatores de risco em maior ou menor grau relativamente às dificuldades de aprendizagem encontradas pelas crianças acolhidas em instituições, surgem critérios de exclusão e de seleção que foram eliminadas sem especificar as principais dificuldades de aprendizagem, que dificultam as intervenções mais lúdicas dos próprios processos que mais influenciam o combate da depressão e o baixo desempenho escolar.


Christopher Brandão, 2016

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