O aluno institucionalizado apresenta um vasto campo de atuação que precisa
ir para além da sua dimensão biológica. Todas as dimensões envolvidas devem ser
apresentadas num perfil avaliado perante uma situação limite que leva a
situações de desmotivação, agressão, apatia derivado de conflitos de identidade
e de desinteresse pela vivência em ambiente escolar. A justificação do porquê
deste perfil negativo dos alunos institucionalizados
é derivado da privação do seu próprio espaço subjetivo pouco participativo ao
nível dos seus conteúdos pouco concretizáveis numa realidade em que se
apresenta por deficits afetivos.
Nas
experiências comportamentais existe uma sensação de vazio, de dor condicionada
à indiferença ou à perplexidade de um sonho de não terem uma mãe e um pai
presente o que traduz num produto de solidão permanente. Por não compreenderem
as angústias do mundo, a sua personalidade encontra-se modelada, cheia de
contradições derivadas do afastamento da família. O seu quadro de referências
são a escola, os amigos, os vizinhos, os bens materiais, a nutrição, no fundo é
tudo aquilo que carateriza o seu ambiente quer que seja bom ou ruim. O ser
humano é produto das recordações que carrega consigo numa dinâmica de
experiências nostálgicas que influenciam o comportamento presente. A Quebra de laços condena o passado prejudica seriamente o futuro e torna
mais difícil viver o presente.
Segundo a opinião de determinados psicólogos, não é a melhor opção os
alunos irem para um lar institucionalizado porque é prejudicial ao seu processo
de socialização ao nível do seu desenvolvimento familiar. Dentro da instituição,
a rotatividade dos cuidadores é prejudicial à formação de vínculos afetivos com
graves agravantes ao nível do seu comportamento social.Existem ainda outros autores que consideram que a instituição pode não
constituir um risco para o desenvolvimento, dependendo do historial do aluno
que trás consigo. Existe a necessidade de se conhecer o tempo de destituição de
um bom ambiente que foi destruído por algum motivo que levou ao afastamento ou
à morte de um dos progenitores ou dos dois, por motivos de doença ou acidentes.
Poderá sofrer uma regressão no seu desenvolvimento emocional, mas para esta
situação aconteça será necessário um estudo sobre o desenvolvimento emocional e
intelectual do indivíduo que por sua vez vai determinar o resultado do seu
próprio comportamento.
As dificuldades de aprendizagem dependem de determinados fatores que podem
interferir na aprendizagem de alunos institucionalizados que dependem
essencialmente dos elementos direcionados para o processo de desenvolvimento
humano.
Os alunos institucionalizados apresentam
características únicas, singulares, adquiridas no momento que assumem uma nova
identidade para iniciarem um novo ciclo de vida. Os cuidados nas
intervenções oferecidas neste período determinam um ambiente acolhedor. Os alunos expostos a situações de risco apresentam
maior probabilidade em adquirir falhas para o seu desenvolvimento, entre
elas, as dificuldades de aprendizagem.Entretanto, nem todos os alunos vivenciaram situações de vulnerabilidade em
algumas dificuldades
na aprendizagem de conceitos
dentro de uma mesma filosofia de pensamento. É necessário que haja conhecimento
sobre as bases neurológicas da aprendizagem, no qual as suas dificuldades em alunos institucionalizados poderão
ser um foco de investigação que exige algumas reflexões que podem ser válidas
nos conceitos abordados.
Christopher Brandão,2016
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